– Fenômeno no Campo, Fenômeno da Cartola, Fenômeno do Apito

Ronaldo Nazário foi excepcional jogador. Esqueçam da imagem dele no final da carreira, completamente gordo e desmotivado. Não se recordem do Tolima. Lembrem-se do maior recordista de gols em todas as Copas, ou do atleta que venceu 2 gravíssimas contusões e renasceu para a conquista do Penta.

Nesse momento em que Ronaldo se tornou a voz e a imagem do COL (Comitê Organizador Local para a Copa do Mundo do Brasil 2014), uma frase de alguém que deveria permanecer calado:

Acho que se gasta em tudo. Está sendo gasto também muito dinheiro em saúde, segurança, mas vamos receber uma Copa. Sem estádio não se faz Copa. Não se faz Copa do Mundo com hospital. Tem que ver o que você quer, o que é melhor?

Responda a indagação do Fenômeno.

Eu? Eu quero Escolas, Hospitais e Segurança. Não quero estádios. Nem Copa.

O jogador Fenomenal só não é mais Fenômeno do que o mentor do convite, o presidente da CBF Ricardo Teixeira. A quanto tempo esse cartola é acusado, achincalhado e indesejado? Ao mesmo tempo, nada é provado, sempre condecorado e reeleito pela cartolagem. Essa contradição pode ser explicada por qual fenomenalidade?

Fenômeno mesmo é o andamento da nossa Copa em todos os aspectos. Se fora do campo já está dando o que falar, imagine dentro de campo. Se questionamos ainda a construção dos estádios e, claro, o desenvolvimento e fraco desempenho da seleção de Mano Menezes, o que diremos de outro fator representativo para o futebol brasileiro: a arbitragem?

Para a Copa de 2014, virando o ano para 2012, qual(is) é(são) o(s) árbitro(s) brazuca(s) para a Copa do Mundo? Muito se fala de pré-selecionados. Mas em que documento constam? Quais são? O que farão? Como hoje estão?

O tempo é curto e o futuro nebuloso. Claro. Quem foi a grande revelação do apito no ano? Qual a unanimidade?

Apesar da torcida para que tudo dê certo, mesmo com chance de insucesso, volto a reforçar a minha resposta nas linhas de cima indagadas: Eu quero Escolas, Hospitais e Segurança. Afinal, na Copa do Mundo com mais investimentos públicos em obras privadas da história dos mundiais, fico com a convicção de que é um despropósito termos uma Copa em nosso país.

Para quê serve a Copa?

É só lembrarmos do fenomenal discurso:

Não se faz Copa do Mundo com hospital. Tem que ver o que você quer, o que é melhor”…

O que você, leitor, quer?

Um comentário sobre “– Fenômeno no Campo, Fenômeno da Cartola, Fenômeno do Apito

  1. É lamentável. São por falas como essas e por agentes públicos como este, que cada vez mais vemos – de modo passivo, infelizmente, os casos de desvio de dinheiro público, corrupção e verdadeiros assaltos ao erário público. Na verdade o titular da CBF – Ricardo Teixeira ja passou da hora de ser preso por malversação do dinheiro público.

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