– Nikolas Ferreira e a intenção equivocada…

Para defender as mulheres, você não precisa atacar ninguém. Certo?

Para o radical deputado Nikolas Ferreira, errado. Que papelão fazer discurso homofóbico dentro do Congresso, ao tentar falar sobre mulheres trans com tom de crítica. Errou em tudo!

A pauta é interessante quando se fala em esporte e competitividade (pelas questões físicas e hormonais), mas ainda assim deve ser respeitoso. Nikolas confundiu tudo e ainda vestiu um peruca loira… que mico!

Imagem: print de tela.

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– Argumentar e discutir é ótimo, mas IMPOR a sua opinião é desrespeito, fanatismo ou falta de educação.

Se você for de Esquerda ou de Direita, gay ou hétero, crente em qualquer crença ou ateu, palmeirense ou corintiano, caipira ou caiçara, moderninho ou conservador, que seja. MAS… respeite quem não pensa igual! Não insista para que eu tenha a mesma opinião que a sua, que aja como você e tampouco tenha os seus mesmos anseios e valores.

A minha opinião é minha, sem viés, sem manipulação de ninguém. Só minha. Assim como creio que a sua, seja qual for, seja somente de você – sem influência de Fake News ou de lavagens ideológicas de quem for.

Mais especificamente, não estou nem aí se você é Bolsonaro, Lula, Dória, Marronzinho, Enéias ou Eymael. Seja da ARENA ou do PCO, respeitarei seu direito de expressão. Respeite o meu também.

Vivemos numa sociedade onde a pessoa quer ser seu amigo em Rede Social (seja qual for), mas vai lá encher o saco dela. E depois fica “magoadinha” porquê é bloqueada. Mas por quê isso ocorreu? Sou obrigado a aguentar chato tentando me catequisar, converter, lavar minha mente?

O pior: você emite educadamente sua ideia, procura manter o bom senso e, de repente, aparecem as pessoas que discordam de você que, ao invés de recíproca e educadamente escrever no mesmo tom de educação que leu, enche seu espaço de CTRL C + CTRL V com um monte de argumentos dos outros, já prontos e com palavras raivosas. Abarrota de palavrões, ofensas, e outras bobagens, achando que é natural fazer isso (sim, sou politicamente correto e entendo ser necessária a boa conduta). Se a pessoa não teve tom ofensivo mas sim opinativo, que raio de sanha maldosa e imbecil que o outro tem em perder tempo e ir te ofender gratuitamente? Eu não vou na sua página escrever coisas que você possa se ofender, não vá à minha também. E se veio, por quê insiste em ser amigo virtual?

O cara escreve te chamando de vários “nomes”, mas depois diz que não se referiu a você. Então cite a quem! Saiba escrever, arranhe e arrisque algumas palavras entendíveis e inteligentes. Mas o principal: seja educado, cidadão, democrático e justo.

As pessoas falam nas Redes Sociais como se “tudo pudesse”, um mundo sem escrúpulos nem leis de convivência. “Rasga a saia” e desanda a digitar o que não tem coragem de falar no frente-a-frente. Se dói por qualquer coisa. Liberdade de expressão não é direito de calúnia!

Insisto: argumentar e discutir é ótimo, mas IMPOR a sua opinião é desrespeito, fanatismo ou falta de educação.

Enfim, vida que segue onde as pessoas gratuitamente perdem tempo de entrar na postagem alheia simplesmente para exercer a atividade da imbecilidade, sem entender que se pode opinar contrariamente e não percebendo e nem tendo a sensibilidade de que não pode é atacar simplesmente por ignorância.

Que necessidade idiota é essa de atacar? A maldita ideia do “nós contra eles” dos anos 2000 voltou a todo vapor nos dias atuais.

O apelo é: cada um respeitando o próximo, é o mínimo que a cidadania exige.

Resultado de imagem para respeito

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer o autor, favor avisar para informar o crédito.

– Tolerar nas Redes Sociais é importante!

Gostei demais dessa imagem, que retrata uma grande realidade: as Redes Sociais estão muitíssimo intolerantes!

Educação, Democracia, Empatia… aceitar o pensamento diferente (que não significa concordar com ele, mas respeitar a opinião alheia) é questão de cidadania.

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– E pouco se fala sobre o bispo da Nicarágua!

Dom Rolando José Álvarez Lago, bispo católico de Matagalpa, vive os horrores da ditadura da Nicarágua. E o governo de Daniel Ortega parece ser blindado de queixas… triste.

Extraído de: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-02/nicaragua-condenado-bispo-matagalpa-prisao-alvares-ortega-igreja.html

BISPO ÁLVVAREZ É CONDENADO A 26 ANOS DE PRISÃO

O bispo de Matagalpa foi condenado por um tribunal nicaraguense depois de se recusar a deixar o país junto com outros sacerdotes e opositores políticos

por Andrea de Angelis

Recusou-se a deixar a Nicarágua para ir para o exílio nos EUA. Por isso, um tribunal nicaraguense condenou o bispo nicaraguense de Matagalpa e administrador apostólico da Diocese de Estelí, dom Rolando José Álvarez Lagos, a 26 anos de prisão, no dia seguinte à sua recusa em embarcar num avião junto com 222 outras pessoas, padres, seminaristas, opositores políticos ou simples críticos do regime. Uma sentença lida por um juiz da Corte de apelação definiu dom Álvarez, 56 anos, “um traidor da pátria”, condenando-o a permanecer na prisão até 2049.

O bispo de Matagalpa é acusado de “conspiração para minar a integridade nacional e propagação de falsas notícias através das tecnologias da informação e da comunicação em detrimento do Estado e da sociedade nicaraguense”. O julgamento estava previsto para começar em 15 de fevereiro, mas o veredicto veio primeiro. Além do bispo, dois outros sacerdotes, Manuel García e José Urbina, do clero da Diocese de Granada, ainda estão detidos em prisões nicaraguenses.

Outros cinco padres, um diácono e dois seminaristas acusados de “conspiração” e condenados a dez anos de prisão já chegaram aos EUA, onde devem receber uma autorização de residência por um período inicial de dois anos. As oito pessoas estão entre aquelas para as quais o Tribunal de Apelação de Manágua ordenou “a expulsão imediata e efetiva por cometer atos que minam a independência, soberania e autodeterminação do povo, por incitar a violência, o terrorismo e a desestabilização econômica”. Os expulsos foram declarados “traidores da pátria”, tiveram seus “direitos de cidadania suspensos por toda a vida” e foram privados de sua cidadania nicaraguense.

O presidente Daniel Ortega falou sobre a condenação de dom Álvarez na televisão nacional, chamando a posição do bispo de “absurda” e afirmando que ele está preso por “terrorismo”. A polícia havia prendido Álvarez em agosto passado e os tribunais o acusaram sucessivamente de “conspiração” e de divulgar “falsas notícias”.

O cardeal Jean-Claude Hollerich denunciou a falsidade das acusações em uma carta datada de 6 de fevereiro e dirigida a dom Carlos Enrique Herrera Gutiérrez, presidente da Conferência Episcopal Nicaraguense. Na missiva, o cardeal, em sua qualidade de presidente da Comece, a Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia, tomou uma posição sobre a situação na Nicarágua, expressando a solidariedade dos bispos da União Europeia para com a Igreja católica no país centro-americano “que enfrenta um profundo sofrimento como resultado da perseguição do Estado”. Hollerich denunciou o agravamento da situação com eventos recentes como “o fechamento de estações de rádio católicas, a obstrução do acesso às igrejas pela polícia e outros atos graves que perturbam a liberdade religiosa e a ordem social”.

Da prisão domiciliar ao cárcere

Dom Álvarez é o primeiro bispo a ser preso e condenado desde que o presidente Daniel Ortega voltou ao poder na Nicarágua, em 2007. Ele havia sido levado do palácio episcopal em Matagalpa na madrugada de 19 de agosto por policiais, juntamente com padres, seminaristas e leigos, após ter sido detido à força durante 15 dias na Cúria sob a acusação de tentar “organizar grupos violentos” com o “objetivo de desestabilizar o Estado nicaraguense e atacar as autoridades constitucionais”. O bispo foi depois transferido para sua residência particular em Manágua sob prisão domiciliar, mas agora foi transferido para uma prisão de segurança máxima.

Dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa

Imagem extraída do link acima.

– Operação Tabajara: Marcos do Val e a fumaça!

Agente duplo?

O senador Marcos do Val denunciou que teria acordado com Bolsonaro e Daniel Silveira para tentar “grampear” Alexandre de Moraes, o gravando em conversa informal e tentando fazer ele dizer coisas condenáveis. Está sendo chamada jocosamente de “Operação Tabajara”.

Depois, negou o envolvimento de Bolsonaro e agora sugeriu até abrir mão do seu mandato.

Como em político não se deve acreditar piamente… não acredito, mas não duvido!

Saiba quem é Marcos do Val, senador que participou de reunião com Bolsonaro  sobre golpe

Imagem extraída de: Marcos Oliveira/Agência Senado

– A Gestão Compartilhada está em alta!

Quando se fala em democratização no gerenciamento organizacional, você encontrará termos como “administração participativa”, “gestão horizontal” e “organizações de hierarquia mínima”. Não importa, falamos da mesma coisa: o compartilhamento de ideias, decisões, soluções e criações.

As grandes empresas globais adotam isso, que são os modelos baseados no que fazem  “Google” ou da “Netflix”, mostrando como chefes e subordinados se relacionam beirando a informalidade e dividem a cumplicidade de ações.

Pois bem: na Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (Julho/2018), em matéria de Lara Silbiger, o assunto é tratado bem didático.

Por exemplo: “administrar compartilhando” seria ideal para a empresa que…:

  1. Confia nos funcionários. Para abrir mão do controle tradicional, o empreendedor precisa ver os empregados como pessoas responsáveis, criativas e capazes de tomar decisões.
  2. Estão dispostas a apostar na distribuição das atividades de gestão entre equipes habilitadas e definir prioridades a planejar e a tomar decisões.
  3. Investem no engajamento e na formação de pessoas, uma vez que a adesão à gestão descentralizadas pressupõe uma chuva de aprendizagem.
  4. Adotam avaliações de desempenho e reuniões de Feedback para fazer uma leitura mais precisa de quanto cada pessoa colabora para os resultados.
  5. Estão dispostas a discutir se a remuneração dos funcionários reflete, na mesma proporção, o valor que eles agregam aos resultados do negócio.
  6. Têm como alicerce uma gestão baseada em princípios de governança, como ética, responsabilidade, compliance e respeito à sustentabilidade.

Além disso, os modelos de gestão compartilhada poderiam ser com (seus prós e contras): Sociocracia, Holacracia, e Management 3.0 – mas aqui ficará para uma outra postagem.

Claro, para que isso funcione, são necessárias algumas atitudes descentralizadas, como:

  1. Envolva nas discussões todas as pessoas que serão impactos pela decisão ou que serão relevantes para a evolução da iniciativa.
  2. Valorize a diversidade de experiências e de competências das pessoas que formam o grupo.
  3. Descubra o que elas têm em comum e que pode alavancar a participação colaborativa, como metas, aspirações e valores.
  4. Evite crítica precoces e abra mão de defender só os seus pontos de vista. Escute cada proposta com foco nas contribuições que pode trazer para o negócio.
  5. Não tema as possíveis tensões. Elas são parte essencial do processo de geração de novas ideias.
  6. Identifique as semelhanças entre as pessoas. isso aumenta a confiança umas nas outras e ainda minimiza antagonismos.
  7. Crie um ambiente que estimule o convívio coletivo. Os espaços de trabalho devem favorecer a comunicação sem barreiras físicas.

De fato, a distância hierárquica das organizações está cada vez menor e não cabe mais tanto distanciamento entre os níveis de pessoal.

Imagem extraída de: https://mundocarreira.com.br/lideranca-e-gestao-de-pessoas/entenda-o-que-e-gestao-compartilhada-e-como-pode-funcionar/

– Desconfie de quem condena os atos golpistas mas diz “apesar de”…

Quando alguém escrever: “Sou contra os atos violentos do protesto de domingo, ‘APESAR DE’ que…”, desconfie. Não existe “apesar” nesse episódio.

Brasileiro sensato que tenha votado em Bolsonaro, Lula, Padre Kelmon, Marronzinho ou quem quer que seja, deve sempre ir contra a violência.

Para que não paire dúvidas, abordei aqui: https://professorrafaelporcari.com/2023/01/09/todo-radicalismo-e-toda-violencia-deve-ser-criticada-seja-de-quem-for

Imagem extraída do UOL.com.br (print de tela).

– Todo radicalismo e toda violência devem ser criticados, seja de quem for.

Não podemos ter memória curta, nem cair no “canto da sereia dos políticos”. Sendo assim, vamos discutir sobre as “manifestações antidemocráticas” travestidas de “atos pela democracia”?

Para que não se iluda achando que “um lado ideológico é bonzinho” e “outro é malvadinho”: os radicais de ambos são vândalos, baderneiros e cegos pelo fanatismo.

IMPORTANTE: aqui, não estou me referindo ao cidadão comum, eleitor de Bolsonaro ou de Lula. Estou falando de radicais de Bolsonaro e de Lula. Se você se considera uma pessoa sensata e equilibrada, entenderá tudo:

Sao dois momentos distintos:

1) Em 2017, black blocs esquerdistas invadiram a Esplanada dos Ministérios e causaram um enorme prejuízo em Brasília. Fomentados pelas Centrais Sindicais, esses supostos guardiões dos direitos trabalhistas foram protestar contra Michel Temer e causaram prejuízos milionários, quebrando equipamentos do Governo, incendiando bens públicos, vandalizando prédios, pichando símbolos comunistas e ditos como “morte à burguesia. Houve grande repercussão na época, pois pedia-se a renúncia de Michel Temer, que era vice da Dilma Rousseff, que sofreu impeachment.

Você pode acessar uma das matérias aqui: https://veja.abril.com.br/brasil/esplanada-tem-prejuizo-milionario-com-depredacao-e-ate-furto/ . Veja a foto daquela oportunidade:

Foto: WILTON JUNIOR/Estadão Conteúdo

2) Em 2023, extremistas direitistas invadiram a Praça dos Três Poderes, e fizeram algo parecido: vandalizaram o Congresso, destruiram bens públicos, pediram intervenção militar e praticaram outros atos condenáveis. Não reconheceram a vitória de Lula e, nos mesmos moldes dos “contrapontos de 2017”, acham-se os paladinos da Justiça e do Brasil, com o auto-título de “patriotas”.

Uma matéria sobre isso aqui: https://g1.globo.com/df/noticia/2023/01/08/vandalos-radicais-invadem-congresso-stf-e-planalto-em-brasilia-fotos.ghtml

Foto: UESLEI MARCELINO/Reuters

Sabe qual a verossimilhança dos dois episódios? Ambos os grupos acham que estavam certos; ambos alegam defender a Democracia (mesmo não a praticando); ambos alegam que foram infiltrados que produziram baderna (puxa, haja infiltrados…); e, por fim, ambos acabaram punidos: meia dúzia de presos + multas para os manifestantes de 2017, e prisão para os de 2023.

Sabe qual a diferença dos dois episódios? Em 2017, representavam a Esquerda e usavam o Vermelho. Ontem, representavam a Direita e usavam Verde e Amarelo.

Alguém perguntará: “ei, mas repercutiu muito mais agora!“.

Pois é: temos a popularização dos celulares e das Redes Sociais, além de Intenet de melhor qualidade. E por esses instrumentos tecnológicos, vândalos publicavam on-line a quebradeira na Web e se orgulhavam disso. Decerto, se assim fosse em 2017, também assistiríamos ao show de horrores.

Não se consegue justificar nenhum dos episódios, por mais que alguém tente. Alguém também me disse: “a culpa é do STE e suas urnas eletrônicas“. Ué, mas algo foi provado nos últimos 4 anos? NÃO! O próprio pessoal das Forças Armadas não conseguiu comprovar fraude, oficialmente falando. Alguém ainda me disse: “mas os juízes estão se achando deuses!” Pode ser, mas a esse reclamante, fica o lembrete: os senadores podem pedir o impeachment de um juiz do Supremo… e por quê não o fazem? Se o seu Senador de Direita (ou de Esquerda) acha que os juízes são injustos, por quê não agem? Se nada devem, é permitido usar os instrumentos democráticos.

Eu estou muito a vontade para escrever: eu gostaria de um presidente honesto, competente, democrático e que transmita credibilidade – e não encontro um sequer! Portanto, respeitemos as leis, gostando ou não delas, e usemos dos instrumentos disponíveis para protestar PACIFICAMENTE.

Em tempo: esses caras, que se dizem contra o Lula, foram tão burros, que deram um fato relevante ao atual presidente para usar contra Bolsonaro, a partir do momento que usaram de violência e pediram intervenção militar. Era tudo o que Lula queria, e foi entregue de bandeja… o que não faz o fanatismo, não?

Ops: Não vale dizer que foi um movimento pacífico – não foi, e a quebradeira foi registrada. Não vale dizer também que foram infiltrados, pois dos identificados, há gente que militou em campanha, e que fez questão de se fotografar / filmar. Aliás, as redes sociais são boas para isso: https://tecnoblog.net/noticias/2023/01/09/redes-sociais-ajudam-a-identificar-terroristas-de-brasilia-mas-e-preciso-cuidado/

Pobre Brasil… um país dividido por dois extremos que têm políticos de estimação. E aqui reitero: as pessoas equilibradas (mesmo as que votaram em Bolsonaro e Lula) não têm nada a ver com essa balbúrdia

– Manifestar é uma coisa; vandalizar é outra.

15h30 – Radicais de Extrema Direita (Direitistas e Esquerdistas – ou isentos – respeitam as leis, mas fanáticos não) invadem o Congresso Nacional. Tentarão o Palácio do Planalto?

Lamentável…

Curiosidade: há dois anos, algo semelhante acontecia com Trumpistas no Congresso dos EUA. Coincidência?

Imagem extraída do UOL.com.br (print de tela).

– Eu tenho medo de quem se diz “dono da verdade”…

Leio que o Deputado Federal Guilherme Boulos, líder do MTST, defendeu a criação de uma Procuradoria em Defesa da Democracia, que visa denunciar crimes contra desinformação e levar a pessoa a julgamento (foi à CNN Brasil, em reportagem de Marcelo Sappio).

Apesar do nome bonito, isso é um perigo… afinal, quem é dono da informação verdadeira?

Explico: ditaduras criam nomes pomposos como “Tribunais de defesa do povo” ou “Juntas da democracia popular”, e nada disso exerce a função proposta, mas se tornam instrumentos de censura à oposição (e os exemplos existem: Cuba e China, por exemplo). Não sejamos ingênuos…

Como avaliar informação real e diferenciar de opinião, que pode ser certa ou errada? Vemos no Brasil alguns excessos disso nos dias de hoje, e de vários lados ideológicos.

Reflita o expoente maior: se estou em um culto / missa / cerimônia religiosa, e defendo um conjunto de crenças que vão ao contrário de algum interesse, isso pode ser criminalizado! Traga ao âmbito político: os radicalismos de Lula e de Bolsonaro, tornariam-se um prato cheio à causa, dependendo do interesse.

A liberdade de expressão ainda é o melhor caminho, e o mau uso dela (como a ofensa a outrem) deve render responsabilização. Mas crime de “opinião”, travestido de fake news ou algo semelhante, é assustador.

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal eleito

Imagem extraída de https://www.cnnbrasil.com.br/politica/boulos-defende-criacao-de-procuradoria-contra-desinformacao-e-diz-que-fake-news-influenciaram-eleicao/?utm_source=social&utm_medium=twitter-feed&utm_campaign=politica-cnn-brasil&utm_content=link

– Não consigo entender paixões políticas, de Direita ou de Esquerda.

Respeito todas as ideologias políticas e seus eleitores, mas não me obrigue a aplaudir demagogo populista, seja de direita ou de esquerda.

“Torcida”, como no futebol? Piorou!

A corrupção de Lula fez com que Bolsonaro se elegesse. A inabilidade de Bolsonaro trouxe Lula de volta.

Pobre país. De novo, não temos um Chefe de Estado honesto, competente e que traga credibilidade.

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida. Quem souber, informar para crédito.

– 31 anos do fim da União Soviética.

Há exatamente 31 anos, um monstrengo chamado União Soviética – felizmente – deixou de existir. Uma ditadura (não importa se foi comunista, capitalista, ou o que tivesse sido – a censura e a ausência de democracia é sempre algo condenável) que enganou muita gente e que ilude pessoas com uma história mentirosa até hoje.

Uma matéria interessante sobre o acontecido (eu me recordo muito bem desse dia) aqui: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/12/26/5-razoes-pelas-quais-a-uniao-sovietica-entrou-em-colapso-ha-30-anos.ghtml

5 RAZÕES PELAS QUAIS A URSS ENTROU EM COLAPSO

Em dezembro de 1991, o maior país do mundo — e o primeiro Estado comunista — oficialmente deixou de existir. E isso teve efeitos profundos sobre como a Rússia hoje enxerga a si mesma e interage com o resto do mundo.

Em 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachev renunciou formalmente ao cargo de presidente da União Soviética (URSS). No dia seguinte, em 26 de dezembro, o Parlamento do país — o Soviete Supremo — reconheceu formalmente a independência de 15 novos Estados, encerrando assim a existência da União Soviética.

Gorbachev havia chegado ao poder em 1985, aos 54 anos. Ele iniciou uma série de reformas para dar um novo fôlego ao país, que estava estagnado.

Muitos argumentam que essas reformas, conhecidas como Perestroika (reconstrução e reestruturação) e Glasnost (abertura e liberdade de expressão), provocaram o fim do bloco soviético. Outros dizem que não havia salvação para a União Soviética, dada sua estrutura rígida.

Neste texto, a BBC examina as razões subjacentes a um colapso que teve efeitos profundos sobre como a Rússia hoje enxerga a si mesma e interage com o resto do mundo.

Uma economia em colapso era o maior de todos os problemas da União Soviética. O país tinha uma economia planificada, ao contrário da economia de mercado da maioria dos outros países.

Na URSS, o estado decidia quanto iria produzir em cada setor (quantos carros ou pares de sapatos ou pães, por exemplo).

Também decidia o quanto desses produtos cada cidadão precisava, quanto tudo deveria custar e quanto deveria ser pago às pessoas.

A teoria era que esse sistema seria eficiente e justo, mas na realidade ele teve dificuldades para funcionar.

A oferta sempre ficou atrás da demanda, e o dinheiro não rendia na mão da população.

Muitas pessoas na União Soviética não eram exatamente pobres, mas simplesmente não conseguiam comprar itens básicos porque nunca havia dinheiro o suficiente.

Na União Soviética, as pessoas não falavam em comprar algo (kupit), mas em conseguir (dostat).

O que piorou a situação foram os gastos com a exploração espacial e a corrida armamentista entre a União Soviética e os Estados Unidos, que começou no final dos anos 1950.

A URSS foi o primeiro país do mundo a colocar um homem em órbita e possuía um arsenal de armas nucleares e mísseis balísticos altamente avançados, mas produzir tudo isso custou muito caro ao país.

A União Soviética dependia de seus recursos naturais, como petróleo e gás, para pagar por essa corrida, mas, no início da década de 1980, os preços do petróleo despencaram, atingindo duramente a economia já debilitada do bloco.

A política da Perestroika de Gorbachev introduziu alguns princípios de mercado, mas a gigantesca economia soviética era pesada demais para ser reformada rapidamente.

Os bens de consumo permaneceram escassos, e a inflação disparou.

Em 1990, as autoridades introduziram uma reforma monetária que eliminou as poupanças, por mais parcas que fossem, de milhões de pessoas.

A frustração com o governo cresceu.

Por que isso importa hoje?

A escassez de bens de consumo teve um efeito duradouro no pensamento da população depois da queda do bloco soviético.

Mesmo agora — uma geração depois —, o medo de ficar sem produtos básicos ainda persiste.

Esse é um temor poderoso que pode ser facilmente manipulado durante as campanhas eleitorais.

A política de Glasnost de Gorbachev visava permitir maior liberdade de expressão em um país que passou décadas sob um regime opressor, onde as pessoas tinham muito medo de dizer o que pensavam, fazer perguntas ou reclamar.

Gorbachev começou a abrir arquivos históricos que mostravam a verdadeira escala da repressão sob Joseph Stalin (líder soviético entre 1924 e 1953), que resultou na morte de milhões de pessoas.

Ele encorajou um debate sobre o futuro da União Soviética e suas estruturas de poder, sobre como elas deveriam ser reformadas para seguir em frente.

O político até contemplou a ideia de um sistema multipartidário, desafiando o domínio do Partido Comunista.

Em vez de apenas ajustar a ideia soviética, essas revelações levaram muitos na URSS a acreditar que o sistema governado pelo Partido Comunista — onde todos os funcionários do governo eram nomeados ou eleitos por meio de eleições não contestadas — era ineficaz, repressivo e aberto à corrupção.

O governo de Gorbachev tentou apressadamente introduzir alguns elementos de liberdade e justiça no processo eleitoral, mas era tarde demais.

Por que isso importa hoje?

O atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, percebeu desde cedo a importância da ideia de uma nação forte, especialmente para um governo que não é totalmente transparente e democrático.

Ele utilizou um ideário de várias épocas do passado russo e soviético para promover um sentimento nacional de reverência ao seu governo: a riqueza e o glamour da Rússia Imperial, o heroísmo e o sacrifício da vitória na Segunda Guerra Mundial sob Stalin e a calma estabilidade dos anos 1970. A era soviética é ecleticamente misturada para inspirar orgulho e patriotismo, deixando em segundo plano os numerosos problemas da Rússia atual.

A União Soviética era um estado multinacional, sucessor do Império Russo.

Consistia em 15 repúblicas, cada uma teoricamente igual em seus direitos como nações irmãs.

Na realidade, a Rússia era de longe a maior e mais poderosa, e a língua e a cultura russas dominavam muitas áreas.

A Glasnost revelou a extensão da repressão na época de Stálin — Foto: Getty Images.

A Glasnost revelou a extensão da repressão na época de Stálin — Foto: Getty Images.

– Na sociedade em geral, o não aceite de críticas leva muitas vezes à demagogia.

Vivemos tempos difíceis, onde as pessoas não aceitam críticas. E a primeira contestação delas é imputar a quem observa problemas e tece comentários, os mesmos termos do que ele, criticado, faz. Como, por exemplo, chamar alguém de “dono da verdade“. 

O erro é visto; a abordagem pontual é feita; a correção é mostrada; mas… surge o VITIMISMO! Ao invés do aceite humilde do conselho, vem o discurso demagogo de perseguição.

Vide as falas de extremistas políticos. A Direita Radical acusa o mundo de perseguir as “pessoas de bem” (auto-intitulando-se). A Esquerda Radical fala de ditadura contra os “marginalizados e sofredores” (se auto-rotulando). E a sensatez fica esquecida…

A verdade é: poucos aceitam críticas, preferem criar discursos demagógicos para agradar a parcela que lhes segue cegamente. E aqui é um problema não só da política, mas da sociedade em geral. Nos Clubes de Futebol (falamos disso em: https://wp.me/p4RTuC-rZA), nas Igrejas, nas Associações diversas…

Quando iremos ser mais pro-ativos, receptivos e respeitosos com o próximo, aceitando a opinião diferente sem justificar o injustificável? Ou evitando tergiversar dos assuntos (tirando o foco do erro, mudando discursos e enrolando o próximo)?

O grande defeito daqueles que não aceitam críticas é: desqualificar o crítico, mesmo que isso seja algo não possível, dependendo do tema.

Imagem extraída de: https://www.alingua.com.br/petrolina-macaco-que-nao-olha-o-rabo-e-o-cachorro-morto/

– Saiba discutir e respeite seu próximo.

Como se portar num debate? Com educação e ideias propositivas.

Cansa ver pessoas desqualificando o seu oponente com críticas à sua honra. O argumento em discussão fica esquecido pelo vício de alguém se achar acima do bem e do mal, impondo sua opinião como verdade. O país não precisa disso.

– O direito de ter opinião.

É obvio que todos nós temos direito à liberdade de expressão. Igualmente temos que levar em conta a educação e o respeito no que escrevemos para não ofender alguém com injustiças ou calúnias.

Leio esse artigo, abaixo, e observo algo interessante: a necessidade da RESPONSABILIDADE do que se fala! E isso é importantíssimo para uma sociedade mais cidadã!

Criar fake news, promover movimentos controversos e que podem prejudicar alguém, ou ainda, levantar bandeiras sem embasamento e/ou de comprovada cientificidade adversa, não seria usar o direito de expressão de maneira perniciosa?

Compartilho, extraído de: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/daniel-martins-de-souza/o-direito-de-ter-opiniao

O DIREITO DE TER OPINIÃO

Por Daniel Martins de Souza

É possível afirmar que uma das maiores conquistas da humanidade é o direto de expressar suas opiniões. Direito este que é parte da tão apreciada liberdade de expressão, garantida por lei, a todos os cidadãos brasileiros. Expressar nossa opinião tem sido ainda mais frequente na era das redes sociais, onde encontramos canais totalmente abertos às mais diversas opiniões, sem nenhuma barreira ou limite.

Algumas décadas atrás, os fóruns para expressão de opiniões que atingissem uma quantidade significativa de pessoas eram muito restritos. Alguns poucos membros da sociedade opinavam: aqueles muitíssimo poucos indivíduos que podiam escrever uma coluna de jornal ou comentar num telejornal. A grande maioria das opiniões das pessoas eram emitidas a um número muito limitado de ouvintes, numa conversa de bar, ou na mesa de jantar. Talvez num jornal local.

Em meados da década de 1990, os grandes meios de comunicação passaram a tornar a participação popular mais presente em suas programações (no caso das rádios e TVs) ou publicações (no caso dos jornais e revistas). Esta popularização passou a possibilitar que a quantidade de opiniões nos grandes meios de comunicação se ampliasse cada vez mais.

E as redes sociais, já no século XXI, vieram para coroar o direto que cada individuo tem de expressar sua opinião a milhares, milhões de pessoas potencialmente, assim como o apresentador de um grande telejornal diariamente. Este é um feito maravilhoso para a humanidade. Cada indivíduo da sociedade teria direto e é livre para expressar o que pensa (teria, pois, infelizmente, ainda não há uma inclusão digital que propicie isso de verdade à grande parte da população brasileira).

À medida que a humanidade conquista um feito, reflexos deste aparecem e temos de ir sintonizando finamente como a conquista deve ser usufruída. Creio estarmos justamente neste momento de necessidade de ajuste, pois ao passo que temos direito de ter e expressar nossa opinião, temos também de exercer maior responsabilidade sobre ela. E hoje em dia, a responsabilidade sobre o que se fala e escreve, praticamente não existe.

O que temos visto e vivenciado diariamente é um aumento no número de canais que garantem o direito da expressão de opiniões, mas muito pouca, ou nenhuma cobrança de responsabilidade sobre elas. Cada um fala e escreve o que quer e bem entende, da forma que acha mais adequado. E quando isso acontece por trás de uma tela, de um teclado, de uma webcam ou até por trás de um microfone, parece que inclusive a simpatia e cordialidade se perdem.

Algumas pessoas defendem que podem dizer e escrever o que bem entender, mesmo sem assumir qualquer responsabilidade, pois aquela é a opinião pessoal dela. Opinião esta que é parte do direito garantido pela constituição da liberdade de se expressar. Assim, ninguém tem o direto de questionar o que é dito por outrem.

Mas está justamente aí um enorme equívoco. Ao passo que temos o direito de opinar, temos o dever de nos responsabilizar pelo que dizemos. É justamente da liberdade de expressar sem responsabilidade que nascem as famigeradas “fake news”: conceitos, fatos ou notícias expressas, sem nenhuma responsabilidade com a verdade, mas fortemente tendenciosas à opinião ou intenção do interlocutor. E a partir daí, especialmente dado o infinito alcance que os meios de comunicação e redes sociais têm, temos visto enxurradas de opiniões deletérias que desmontam, com muito poder e do dia para a noite, o trabalho conceitual de séculos da ciência e da justiça social.

Tanto esta afirmação é verdadeira que hoje temos visto questões superadas pela ciência há décadas (eventualmente há séculos!) voltarem como forma de explicação para conceitos da natureza. A crença de que a terra é plana é uma das maiores evidências deste argumento. E é bem aí que está o que me fez escrever este texto: conceitos comprovados cientificamente baseiam-se em dados. Não em opinião.

Se alguém diz “na minha opinião, a terra é plana”, esta não é uma opinião aceitável. Porque a terra é comprovadamente redonda. Temos aqui então um dilema, pois, numa sociedade democrática, todos têm direito a sua própria opinião. Mas tenho eu direito a uma opinião que é comprovadamente não verdadeira? Ou ainda tenho eu direito a uma opinião não aceitável socialmente? É justamente sob a luz de exercer o direito à opinião que as pessoas praticam atitudes homofóbicas, racistas e até neofascistas nas redes sociais diariamente.

Uma opinião sólida e com poder agregador perante a sociedade e não tendenciosa à formação de uma notícia falsa é aquela baseada em dados. Dados verdadeiros, sólidos e apropriadamente interpretados. Para ilustrar este ponto, temos diversos exemplos atualmente: a última eleição presidencial nos EUA tem sido posta em xeque por alguns quanto à sua validade; o uso de urnas eletrônicas na eleição para prefeitos aqui no Brasil foi também questionado por alguns. Mas quais são os dados que comprovam – ou ao menos indicam – que as eleições nos EUA foram fraudadas ou que as urnas eletrônicas não funcionam no Brasil? Até agora, nenhum. As alegações são somente opiniões pessoais, sem base em dados. As alegações baseiam-se em sentimentos de um apoio popular não quantificado. Assim, são opiniões que tendem a gerar notícias falsas, que se espalham com grande força e rapidez, ainda mais dependendo do interlocutor que as traz.

Durante a pandemia, é acalorado o debate sobre o tratamento da COVID-19. Uma das perguntas que permeiam a discussão cotidiana é: Há algum medicamento eficaz para tratar a COVID-19? É comum ler e ouvir respostas como “na opinião do Doutor Fulano, o medicamento XYZ funciona”. Mas a questão aqui é que em termos de tratamento de uma doença, não existe opinião: ou o medicamento funciona ou não funciona, baseado em dados científicos. De maneira muito genérica, para o tratamento efetivo de uma doença, existe a necessidade de estudar em diversas fases e em diferentes modelos biológicos (células, animais até chegar em humanos) os efeitos de um composto químico (um medicamento) sobre a doença. Os dados destas investigações, conduzidas com rigor e apropriada cadência científica, é que vão definir se um tratamento é efetivo ou não. Assim, a opinião do “Doutor Fulano” só é válida se houver dados que comprovem sua afirmação. Do contrário, não importa a opinião dele. A opinião sobre um remédio só é válida se houver comprovação científica. Voltando a pergunta então: Há algum medicamento eficaz para tratar a COVID-19? A resposta é “não”, pois até hoje, não há estudo científico que comprove a eficácia de um medicamento sobre a COVID-19. E isso independe da opinião de qualquer pessoa.

Você pode ler este parágrafo acima e se contrapor, dizendo que teve COVID-19 e que se curou, por exemplo, tomando 3 copos de água a cada 1 hora. Ao passo que, na sua opinião, este seja o caminho da cura da COVID-19, esta é uma observação isolada, baseada na sua experiência, única e individual. Logo, não é uma opinião que vale como verdade. Provavelmente nem seja uma opinião segura e responsável. Para comprovarmos se 3 copos de água a cada 1 hora tem a capacidade de curar a COVID-19, um estudo sistemático e com rigor e design científico deve ser conduzido em centenas de milhares de pessoas. As observações clínicas e sintomatológicas serão coletadas por cientistas capacitados para interpretá-los e somente a partir destes resultados poderíamos afirmar se esta seria uma maneira de curar a COVID-19. Assim, será que alguém tem direito de ter a opinião que 3 copos de água a cada hora curam a COVID-19? Frente a responsabilidade envolvida neste caso, talvez esta não seja uma opinião que tenhamos direito de ter. É uma situação na qual a responsabilidade pela opinião impacta o seu direito constitucionalmente garantido de expô-la.

Nós vivemos em uma era na qual nunca tanta informação esteve tão disponível. Todas as enciclopédias do mundo e as experiências pessoais da humanidade estão nas palmas de nossas mãos. Na era da informação, a maneira com a qual se usa o conhecimento determina se é bom ou ruim ter tanta informação disponível. Dentre os tópicos mais discutidos da humanidade nas últimas semanas estão as vacinas para preveção da COVID-19. E o assunto vacina nos traz novamente para a discussão sobre como o obscurantismo pode ser cultivado, mesmo em tempos de tanta luz. Há uma crença, posta justamente por pessoas que expõe opiniões de forma irresponsável, de que vacinas fazem mal às pessoas. Este é um argumento insustentável cientificamente. Assim, não deve ser uma opinião válida. Grande parte da “opinião” sobre o eventual mal que as vacinas fazem vem de crenças pessoais ou do fato de dados científicos serem interpretados equivocadamente.

Certa vez li um blog anti-vacina que explicava o porquê uma vacina faz mal. Ao ler o texto, pude perceber que o autor, apoiado num texto científico legítimo, interpretou-o de maneira escandalosamente equivocada. E assim espalhou pela web sua interpretação: estudo científico mostra que vacinas causam doenças. O autor do texto era um advogado. Em posse de dados que esta pessoa não tem preparo técnico para interpretar – afinal, o estudo científico havia sido conduzido por imunologistas, cuja formação é muito distinta – gerou um entendimento incorreto e perigosíssimo, pois sua interpretação apoiava-se justamente em um texto científico. E tudo que clamo aqui é “confie na ciência”. E quando alguém usa a ciência pra justamente sustentar um argumento errado? Especialmente para defendê-lo a outras pessoas que também não tem as melhores condições para interpretá-lo? Este é um exemplo de como o acesso a muita informação pode ser deletério. É importantíssimo, portanto, que usemos filtros adequados no acesso a informação. Eu como bioquímico, por exemplo, não tenho a menor condição de ler um texto jurídico e interpretá-lo. Assim, devo procurar um canal, certificado e conduzido por especialistas no assunto, que o façam. Do contrário, as pessoas podem até se apoiar em dados científicos, mas para conclusões equivocadas. E pior, difundindo estes equívocos nas redes sociais, por exemplo, gerando uma falsa sensação de confiança em quem lê.

Abro um parênteses: o que discuto aqui versa sobre o conceito de vacina. Isso não tem a ver com a preocupação sobre a segurança e eficácia das vacinas que estão sendo produzidas para COVID-19. Sem sombra de dúvidas, as vacinas que estão sendo aceleradamente produzidas precisam ter sua eficácia comprovada, com estudos científicos robustos e rigorosos, seguindo o ritmo da ciência. Preocupar-se e cobrar das autoridades a eficácia e segurança das vacinas para COVID-19 é importantíssimo e até um ato de cidadania de cada um de nós. Com isso, a ciência é capaz de nos ajudar. E tem nos ajudado. Veja o quanto descobrimos sobre esta doença todos os dias.

Depois de argumentar que a falta de formação para a compreensão de determinada pauta é a causa pela qual conceitos errados se espalham, é necessário lembrar que o ser humano, inteligente como é, pode manipular a informação em prol de seu próprio benefício. É comum ver indivíduos cientificamente letrados defendendo causas que não têm embasamento científico, usando justamente suas credenciais como cientista para dar força a seus argumentos. Lembrem-se sempre que o uso da informação para promover desinformação nem sempre é ignorância, mas uma estratégia, ainda mais em tempos de acirradas e polarizadas discussões de cunho político.

Voltando a atenção ao direto à opinião e o incrível alcance das redes sociais, é observável como conceitos incrustados na sociedade brasileira como o racismo e o preconceito contra as classes menos favorecidas emergem em tempos de crise. Quando tudo vai bem – especialmente em termos econômicos – há menor polarização de opiniões e maior paz social. Quando a economia sucumbe ou situações como a atual pandemia emergem, há sempre a busca por culpados para aquelas situações. E é neste momento que invariavelmente estes conceitos reaparecem com muita força. O grande alcance das redes sociais une as opiniões, aumentando o eco significativamente. O eco é tamanho que a sinceridade daquele individuo que exprime uma opinião – que deveria ser socialmente inaceitável – é taxada como autêntica e não desprezível, como se esperaria ser. E esta bizarra espécie de selo de autenticidade é que mostra as entranhas preconceituosas do povo, eclodidas violentamente nas redes sociais. Quando a economia brasileira vai mal, as políticas governamentais integrativas – chamadas sarcasticamente de populistas – são culpadas. E por conseguinte, as classes desfavorecidas são culpadas pelo fracasso econômico daquele momento. Isso demonstra não só preconceito, mas a falta de conceitos das pessoas ao ignorar que promover maior igualdade de classes é necessário para a saúde da sociedade em todos os aspectos. Quando a diferença social é grande, não há paz e equilíbrio econômico. Para diminuir a desigualdade social, é natural que deva haver políticas promotoras desta noção. Momentos de crise, somadas a uma sociedade preconceituosa com ferramentas de alcance em massa pode realmente polarizar opiniões de forma deletéria.

Mas como resolver isso tudo? Como eliminar o obscurantismo, representados recentemente por conceitos como os de terra plana e movimento antivacinas? Como levar aos cidadãos o conceito do opinar responsável, baseado em dados e não em crenças? Como mostrar aos cidadãos que a ciência é confiável, dado seu rigor e imparcialidade? A resposta é sempre a mesma: educação. A educação é a resposta para todos os nossos problemas, inclusive os tantos outros que transcendem esta discussão. Além de uma educação que preze por dados e comprovações sólidas, é necessária uma educação que cultive o respeito à opinião do próximo e à diversidade de ideias. Com educação de qualidade e pautadas à luz da ciência e de conhecimento sólido, a população terá discernimento sobre manobras de desinformação.

Temos o direito a uma opinião? Claro! O ideal é que cada um de nós expresse sua opinião para um indivíduo, a um grupo ou ao mundo, usando a potência de alcance das redes sociais. Mas a responsabilidade de uma opinião, munida de dados confiáveis, é algo central para um mundo justo. O direito à opinião é um legado que deve ser perpetuado na humanidade. Mas com sempre com respeito e responsabilidade.

Cuidado com opiniões e relatos de caso - Ortodontia Descomplicada

Imagem extraída de: http://ortodontiadescomplicada.com.br/cuidado-com-opinioes-e-relatos-de-caso/

– E a Proclamação da República? Como foi?

Dando uma fuçada na Internet, achei o interessante blog do prof Bruno Viveiros, que conta detalhes do Golpe de Estado que levou o Brasil a trocar o Império Monárquico pela República Democrática.

Vale a pena dar uma visitada, em: http://proclamacaorepublicaportal.wordpress.com

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Na metade do século XIX, a urbanização e as transformações econômicas que ocorreram provocaram mudanças na sociedade brasileira e com isso novas aspirações e interesses foram gerados. A nova elite cafeeira do Oeste Paulista exigia a abolição da escravatura e maior participação política, já que São Paulo era o estado que sustentava a maior parte da economia do país. As camadas médias urbanas também aderiram a essas reivindicações, pois desejavam chegar ao poder. Incapaz de atender às novas aspirações sociais e de se modernizar politicamente, o governo imperial entrou em crise e transformou-se em República em 1889.

Os republicanos insistiram para que Marechal Deodoro da Fonseca chefiasse o movimento revolucionário pela transformação do Brasil de monarquia em república. Depois de boatos sobre a pretensão de prisão de Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant, os revolucionários resolveram antecipar o golpe de estado e, na madrugada do dia 15 de novembro, os revolucionários deram início ao movimento. Os revolucionários ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro, depois o Ministério da Guerra e no Paço Imperial. Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens de Visconde de Ouro Preto (primeiro-ministro), que o havia mandado atacar as tropas inimigas assim como fez na Guerra do Paraguai, dizendo assim: “Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!”, e em seguida aderiu ao movimento dando voz de prisão a Visconde de Ouro Preto.

Na tarde de 15 de Novembro de 1889, solenemente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi proclamada a República, sendo redigida nesta  noite a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, que saiu em todos os jornais no dia seguinte, informando ao povo da mudança do regime.

Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro quando foi informado do golpe de estado e procurou anunciar um novo nome em substituição ao de Visconde de Ouro Preto. Porém, com o boato de que Dom Pedro escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca, este aderiu definitivamente a causa republicana. Com isso, Dom Pedro II decidiu não oferecer resistência e, no dia seguinte, recebeu uma comunicação, dando ciência da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa. A família imperial brasileira retornou novamente ao Brasil somente na década de 20.

Assim sendo, a Proclamação da República Brasileira aconteceu em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, onde foi instaurado o regime republicano, derrubando a monarquia de Dom Pedro II. Foi liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca que deu um golpe de estado. No mesmo dia, foi instituído um “governo provisório” republicano, onde Marechal Deodoro da Fonseca era o presidente e Floriano Peixoto o vice-presidente.

Que legal o belo Hino da República. Minha parte preferida: 

“Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!z”.

Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=v64YLLd-ueA

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– Cada Xarope nesse Brasil…

Alguns querem parar o país entendendo que o relatório das Forças Armadas alegou fraude nas Eleições. Confesso que ao ler, não interpretei isso…

Outros, querem colocar busto para Alexandre de Moraes em praças. É mole?

Enlouquecemos? Ou só são os extremistas (independente de lado)?

Veja só: https://olivre.com.br/deputado-do-pt-quer-construir-bustos-de-alexandre-de-moraes-em-pracas-publicas?amp=1

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

– Teorias conspiratórias da “não-posse” de Lula.

As eleições se realizaram, gostemos ou não, com a vitória de Lula. Eu ainda acho que não temos uma pessoa honesta, competente e que transmita credibilidade no Brasil, e lamento a polarização de Luís Inácio e Bolsonaro.

Porém, num país civilizado, não se pode forçar situações. E vejo um monte de teorias alucinadas na Web… que Alexandre de Moraes está com a prisão decretada, que houve a interferência da CIA no processo eleitoral, que Bolsonaro venceu com 65% dos votos já no 1o turno, e que segunda-feira os militares tomarão o poder após uma greve geral.

Para com isso… não se leve a sério essas coisas.

Preocupemo-nos em coisas mais reais: ao invés de golpe ou fraude, a fiscalização de um presidente corrupto que voltou ao poder. Veja José Guimarães (do inesquecível episódio do Dólar na Cueca) logo no primeiro discurso após a vitória. Ou o apoio de Geddel Vieira Lima, o homem da mala de dinheiro!

Gastemos tempo com o que é verdade (e temível), não com delírios. Afinal, negou-se tanta coisa e agora acredita-se em tantas outras…

Negacionismo Científico e Teorias da Conspiração

Imagem extraída de: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/negacionismo-cientifico-e-teorias-da-conspiracao

– Sem extremismos!

Meses atrás, surgiu um vídeo de pessoas chutando algo, representando “a cabeça de Bolsonaro” como uma bola.

Ridículo.

Agora, Nelson Piquet aparece sugerindo Lula morto. Igualmente ridículo.

É esse país odioso que queremos ensinar para os nossos filhos?

Lamentável…

– Quando suas Preferências o tornam ignorante por culpa das Redes Sociais!

Publicado originalmente há 3 anos, mas com uma temática bem atual…

As redes sociais estão por trás do fanatismo de muitos. Em especial, os algoritmos do Facebook, onde você lê o que “só se quer”.

Pegue Haddad ou Bolsonaro na última Eleição Presidencial: se você tem preferência por um deles, as publicações que lhe aparecem são de louvor ao amado e demonização ao outro. Não existe bom senso!

Aliás, o Internauta centrado, que tem espírito crítico aguçado, é obrigado a receber publicações dos dois lados! E isso cansa.

Talvez o texto abaixo, publicado na Folha de São Paulo em 12 de Outubro passado (5 dias depois do 1º turno presidencial), diga muita coisa sobre essa bolha criada pelas Redes Sociais (e aqui a observação é precisa, independente da preferência política da autora do texto). 

Abaixo, extraído de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandatorres/2018/10/bolha.shtml

BOLHA

Por FERNANDA TORRES

WhatsApp, fake news e engajamento dos cultos evangélicos ganharam de lavada as eleições

No programa de David Letterman na Netflix, Barack Obama cita um teste realizado pela Casa Branca durante a Primavera Árabe, que pretendia avaliar o poder de direcionamento do algoritmo nas redes sociais. Internautas de direita, de esquerda e de centro digitaram a palavra Egito, a fim de descobrir o que cada segmento obteria como resposta.

Os conservadores foram direcionados para links relacionados ao terrorismo, ao jihad e à ameaça muçulmana. A busca dos progressistas resultou em notícias que festejavam o levante egípcio como um auspicioso despertar do mundo árabe. Já os de centro foram brindados com inofensivos sites turísticos, que anunciavam os “Best Places to Visit in Egypt”.

Vivemos isolados em bolhas de preferência, ignorando, por completo, a do vizinho.

Quem esteve presente na manifestação do #EleNão vivenciou uma multidão pacífica de senhoras, senhores, crianças e militantes feministas. Os que não foram às ruas viram versões distorcidas de meninas de peito de fora, enfiando crucifixos no meio das pernas, fumando maconha e clamando pela volta de Satanás.

A assombrosa alavancada de um candidato a governo do Rio de Janeiro, o ex-juiz Wilson Witzel —que, em dois dias, atingiu 39% de preferência nas urnas—, prova que os métodos de convencimento da velha política foram parar na lata de lixo da história.

O WhatsApp, as fake news e o engajamento dos cultos evangélicos ganharam de lavada as eleições de 2018.

Num vídeo gravado, Witzel se dirige à Polícia Militar, prometendo extinguir a Secretaria de Segurança Pública para eliminar a má influência dos políticos nos órgãos de policiamento investigativo e ostensivo.

A medida, acredito, receberá o apoio de uma massa de eleitores que associam a política ao crime. Um cidadão que, fora de sua bolha, levantar a voz em favor da secretaria de Segurança corre o risco de ser crucificado pela conivência com a corrupção.

A classe artística, cuja opinião vem sendo inoculada pelo simples teclar de dez letras: Lei Rouanet, tem enfrentado rejeição semelhante à da política.

No último debate presidenciável, na TV Globo, os candidatos presentes repetiram a retórica de acusações ao PT e ao PSDB, além das réplicas do Lula Livre. Indefesos diante da nova máquina eleitoral, eles pareciam falar do túnel do tempo do milênio passado.

Os grupos fechados do meu celular aplaudiram o discurso de Boulos contra a ditadura militar, mas a indignação morria ali, entre muros. A ditadura não está na pauta dos que cresceram na redemocratização com o celular em punho. A Lava Jato e a crise na segurança, sim.

O golpe de 1964 e o AI-5 são tão distantes da experiência histórica dos que têm menos de 40 anos quanto Juscelino, o tenentismo e a política do café com leite.

No colégio abastado do filho de um amigo meu, todos os garotos de 18 que votaram no partido Novo migrarão para o PSL, convencidos de que a aliança do livre mercado com a “sociedade de bem” armada trará benefícios para o país.

Nenhum deles se preocupa com uma possível ascensão de forças paramilitares —muito menos com a perseguição a grupos identitários. Tudo é visto como petismo travestido de mimimi humanitário para esconder os anos de roubalheira.

O que impressiona é perceber que, assim como na eleição de Donald Trump, os chamados progressistas, que deveriam estar atentos ao futuro das novas mídias, permaneceram fiéis aos mesmos instrumentos de divulgação de ideias do tempo da vovó menina.

Enquanto isso, a ultra direita vem agindo cirurgicamente, há bastante tempo, em dois campos aparentemente antagônicos e difíceis de serem vencidos agora: a inteligência artificial e a fé em Cristo, em voga desde o fim da Antiguidade.

Vai encarar?

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Charge de Thiago Lucas

– No fundo, trocamos seis por meia dúzia.

O Brasil trocou uma “lunaticocracia”, formada por um bando de radicais, pela volta de uma “cleptocracia“, formada por um bando de corruptos.

Geddel Vieira Lima, o da mala de dinheiro vivo, estava ao lado de Lula no discurso da vitória. Mas quem é Bolsonaro para falar sobre dinheiro vivo?

A corrupção de Lula no Mensalão, Petrolão, Máfia dos Sanguessugas, conluio de Construtoras e Bancos (e por mais que alguns se esforcem em negar esses fatos, o dinheiro não “criou pernas e foi para o estrangeiro sozinho”, já que foi repatriado pela Lava-Jato), proporcionou o surgimento de Bolsonaro. E Bolsonaro, com a cloroquina, a teimosia e birra na pandemia, recriou Lula (somado ao fato de brigar com o STF que, evidentemente, “descondenou” Luís Inácio para concorrer nas Eleições).

Em suma: trocamos o populismo de Esquerda pelo da Direita, e agora voltamos no mesmo lugar de antes. Passamos por corrupção, intolerância e incompetência, e ainda… festejamos!

O Brasil está perdendo desde que nos polarizamos. Simples.

Eu desejo um nome honesto, competente e que tenha credibilidade para 2026. Não vi em 2022. Vou torcer para que Lula não faça cáca e nem remonte o esquema de corrupção, da mesma foram que torci para Bolsonaro não fanatizar o Brasil e criar uma teocracia à moda dele. Afinal, precisamos torcer para que o país dê certo (apesar desses senhores políticos).

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputam o segundo turno neste domingo (30) - Ricardo Stuckert e Divulgação/Palácio do PlanaltoImagem extraída de: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/29/atlas-pesquisa-segundo-turno-lula-bolsonaro.htm, por Ricardo Stuckert e Divulgação/Palácio do Planalto.

– Teremos 4 tristes anos para o Brasil (independente de quem for o novo presidente)

Agora: 19h12. Tudo indefinido na apuração para Presidente da República. Mas uma coisa é certa: o país se dividiu.

Diz-se que toda a unanimidade é burra, e isso é uma verdade popular. Entretanto, a divisão 50-50 como vemos, torna o país ingovernável. Não sei quem ganhará para presidente, mas é lógico que quem já perdeu foi o país.

De novo, 4 anos de “eles contra nós”, de Esquerda contra Direita (e vice-versa).

No mundo imaginário, seria ótimo quem quiser Lula ou Bolsonaro como seu líder, que o tenha – assim não teríamos briga. Mas é ilusório isso…

Em tempo: o vencedor terá a maioria dos votos válidos, mas matematicamente, a sua votação será menor do que o desejo da maioria dos eleitores (pois se conta os votos adversários, dos “tanto-faz” que não escolheram e/ou dos que anularam, além dos faltosos).

Imagem extraída de: https://qualidadeonline.wordpress.com/2014/06/04/os-requisitos-para-a-bandeira-brasileira/

– As coisas proibidas pela Coreia do Norte!

O regime norte-coreano de Kim Jon-un é ditatorial ao extremo. Mas além de assustar o mundo com seu desejo doentio de explodir mísseis, é marcado pelas mais diversas proibições.

Olha só cada maluquice,

Extraído de: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2015/05/21/conheca-13-coisas-que-voce-faz-todo-dia-e-sao-ilegais-na-coreia-do-norte.htm?cmpid=tw-uolnot

CONHEÇA 13 COISAS QUE VOCÊ FAZ TODO DIA E SÃO ILEGAIS NA COREIA DO NORTE:

A Coreia do Norte é um dos países mais isolados do mundo. Comandado desde 2011 por Kim Jong-un, o terceiro “líder supremo”, o país tem uma legislação rigorosa sobre atitudes consideradas simples e corriqueiras em países democráticos.

As atividades consideradas ilegais podem ser punidas com trabalhos forçados, prisão e pena de morte. Muitas das execuções são públicas. Os campos de detenção do país –muitas vezes com trabalhos forçados– são secretos, porém alguns desertores já relataram à ONU (Organização das Nações Unidas) os horrores do que ocorre por lá.

Veja abaixo 13 atividades simples que são consideradas ilegais no país liderado por Kim Jong-un:

1) DORMIR DURANTE UMA REUNIÃO: dormir enquanto o chefe fala? Nada disso. O ministro da Defesa da Coreia do Norte foi executado com um tiro de bateria antiaérea em frente a centenas de pessoas por ter mostrado deslealdade ao presidente. Segundo o serviço secreto sul-coreano, Hyon teria adormecido durante um evento com Kim Jong-un e não cumpriu ordens.

2) TER O MESMO NOME DO LÍDER DA NAÇÃO: chamar-se Dilma ou Temer aqui no Brasil é permitido, por lá ter o nome Kim não pode. A proibição foi emitida há mais de 3 anos –um ano antes de que o ditador assumisse o poder no lugar do pai, Kim Jong-il. O regime totalitário, caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos líderes da dinastia Kim, exigiu que todos os cidadãos que se chamam “Kim Jong-un” mudem de nome “voluntariamente”, segundo o decreto, para destacar a personalidade única do “líder supremo”.

3) TER UMA BÍBLIA: em 2014, o americano Jeffrey Fowle, ficou preso por cinco meses na Coreia do Norte depois de deixar uma Bíblia no banheiro de um restaurante. Fowle, 56, foi preso por violar as regras de pregação religiosa do regime. Embora haja igrejas na Coreia do Norte, elas estão todas sob controle do Estado e o regime totalitário proíbe manifestações independentes de religiosidade.

4) TER UM PARENTE CRIMINOSO: segundo a lei norte-coreana, os familiares de alguém acusado por um crime são automaticamente considerados corresponsáveis. Como no conceito de Sippenhaft da Alemanha nazista, a argumentação é que em suas veias corre o sangue do criminoso.

5) ESCOLHER SUA PROFISSÃO: após concluir o estudo secundário e o serviço militar, com apenas 18 anos, Ahn Myeong Cheol, atualmente morando na Coreia do Sul, foi designado guarda de um campo de prisioneiros políticos, onde as regras eram extremamente rígidas.

6) USAR BIQUÍNI: as mulheres são proibidas de mostrar o umbigo no país de Kim Jong-un, mostrando o profundo conservadorismo que impregna esta sociedade comunista na qual a retidão moral é tão sagrada quanto a revolução.

7) ASSISTIR FILME OU OUVIR MÚSICA DE FORA DO PAÍS: na Coreia do Norte, assistir ou ouvir mídia estrangeira é considerado crime contra o Estado, passível de trabalhos forçados, prisão e até morte. A despeito disso, a popularidade dos filmes e programas de TV internacionais –contrabandeados para o país em pendrives e CDs e vendidos no mercado negro– não para de crescer. Existem níveis diferentes de punição. Se você for apanhado com um filme russo ou de Bollywood [Índia], é enviado para a prisão por três anos, mas, se o filme for sul-coreano ou americano, você é executado.

8) SORRIR, BEBER E FALAR ALTO EM DATAS ESPECÍFICAS: desde 1994, quando os norte-coreanos perderam seu primeiro líder, a cada 8 de julho está proibido sorrir, levantar a voz na rua, beber álcool ou dançar, embora ninguém cogite fazê-lo “porque todo o país está de luto”.

9) PORNOGRAFIA: pessoas são executadas publicamente por distribuir material pornográfico ou se prostituir. As execuções públicas são usadas como medida extrema do governo para suprimir as chamadas desordens públicas ou “formas aceleradas de capitalismo” no país.

10) DIRIGIR: só funcionários do governo têm permissão para ter um carro. É estimado que apenas uma a cada 100 pessoas no país tenha carro. As mulheres também são proibidas de dirigir, apesar de serem as guardas de trânsito.

11) LIGAR PARA FORA DO PAÍS: fazer uma ligação para alguém fora do Coreia do Norte pode levar à morte. Em 2007, um homem foi morto a tiros dentro de um estádio por fazer inúmeras chamadas internacionais.

12) DEIXAR O PAÍS: os norte-coreanos são proibidos de deixar o país sem permissão. Nem sequer passar um feriado na vizinha Coreia do Sul: certamente você será caçado.

13) ENTRAR NA INTERNET: Facebook? Mandar um inocente e-mail? Tuítar? Nada disso é possível no país de Kim Jong-un, que não tem internet livre, apenas um portal de propaganda estatal. Somente o governo, a elite, estrangeiros e jornalistas a trabalho têm acesso a conteúdo online, mas em uma rede com velocidade bem baixa.

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.