– 3 Fatores para sua Empresa Ganhar Credibilidade no Mercado.

Compartilho material bacana da Revista Exame sobre o tripé de virtudes que dão crédito às empresas: Bom Atendimento, Qualidade do Produto e Transparência. Abaixo:

Extraído de: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-sua-empresa-pode-ganhar-credibilidade-no-mercado

COMO SUA EMPRESA PODE GANHAR CREDIBILIDADE NO MERCADO

Transparência e disposição são atitudes essenciais para que os consumidores acreditem e confiem no seu negócio

por Priscila Zuini

A confiança dos clientes é um dos mais valiosos bens que as pequenas empresas podem ter. Com credibilidade no mercado, a imagem do negócio se espalha e fica mais fácil para o empreendedor crescer. Conquistar esta confiança, no entanto, não é fácil. “A gente acredita muito que a força de vendas no primeiro contato com o cliente é primordial para isso”, diz Tonini Junior, sócio diretor de vendas e varejo da Praxis Business.

Manter vendedores treinados e motivados é essencial para que os clientes sejam tratados de forma adequada. Além disso, a atuação do dono com os consumidores e com a equipe precisa ser próxima para evitar problemas. “O atendimento é a porta de entrada da empresa para todos os clientes”, explica Diego Maia, presidente do Grupo CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas).

1. Atendimento impecável

Dedique algum tempo para treinar os seus funcionários pessoalmente. Isso ajuda a garantir que eles estejam alinhados com os valores e a cultura da empresa. “Vivemos a era do relacionamento e a figura do vendedor ganha cada vez mais corpo”, diz Tonini.

Para Maia, não há dúvidas de que uma imagem de credibilidade está alinhada a um excelente atendimento. “Busque, entenda e atenda as reais necessidades dos clientes. Esteja sempre disponível para melhor atendê-lo e não permita que ela saia de sua empresa insatisfeito ou apenas satisfeito. Ele precisa sair encantado”, ensina Maia.

2. Tenha um bom produto

Não adianta ter um time super treinado, se o seu produto não satisfaz o cliente. “Para que uma empresa mereça credibilidade de seus clientes e, consequentemente do mercado, seu produto ou serviço não pode deixar a desejar. Precisa superar as expectativas dos clientes ou, pelo menos, atender às suas necessidades”, diz Maia.

O primeiro passo é dominar as especificidades dos itens comercializados. “Entender bem o produto é importante”, afirma Tonini. Sem um produto de qualidade, os clientes não voltam nem fazem propaganda do seu negócio.

3. Seja transparente

Com um bom produto e um bom atendimento, falta garantir a ideia de transparência e honestidade. “O cliente quer sentir essa relação de autenticidade e transparência”, conta Tonini.

Isso vale para negociações, vendas ou mesmo na comunicação da empresa. Os negócios criados com conceitos obscuros não se sustentam e ainda prejudicam a carreira do empreendedor. “Seja transparente e autêntico na hora de passar informação”, diz.

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer, favor informar para crédito na postagem.

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– Dilema profissional: responder o WhatsApp da empresa na hora da folga.

No discurso, é possível. Na prática, nem sempre: falamos da separação de trabalho e descanso no dia-a-dia!

Já trabalhei como empregado e como empregador (e como ambos simultaneamente) de segunda a segunda. Sempre me atentei a separar o profissional com o pessoal. É difícil obter êxito nesta missão…

Muitas vezes, quando eu falhava nesta distinção, eu pensei até que estava sofrendo de Síndrome de Burnout; noutros momentos, um misto de Depressão e Ansiedade. Afinal, eu não estava conseguindo me desligar dos afazeres e/ou estava impedido de ser desligado. Mas eu gosto muito de trabalhar, sou workaholic! Entretanto, saber ter limites (“meus limites” quando estou no comando ou “dar limites” aos meus comandados e comandantes) é importantíssimo para a saúde laboral e pessoal. Caso contrário, você ocupa o tempo de lazer, do repouso e do convívio com seus familiares para a continuação de serviços aos quais você deveria fazer na sua empresa, nos dias contratados / úteis de trabalho.

Continuar um compromisso fora do ambiente de trabalho, quando não é uma excepcionalidade / emergência, não ajuda a relação de ninguém. Estressa-se com a chefia, enerva-se o cônjuge e desgasta o corpo e a mente.

Tive a oportunidade de trabalhar em uma Instituição de Ensino Superior (nem a relato em meu curriculum, pois foi por pouco tempo), onde, durante a aula e eu estando em classe lecionando, a chefia mandava mensagens de WhatsApp e esperava respostas antes do intervalo – e de situações que poderiam ser depois do término, pois a atenção naquele momento era para os alunos. Ou o professor deve ficar na rede social e/ou nos comunicadores de mensagens on-line durante suas explanações?

O ideal, quando se é necessário algo assim aos finais de semana, o padrão:

“Estou enviando essa mensagem hoje, para na 2a feira discutirmos blá-blá-blá. Quem tiver sugestão e tempo, aproveite e vá pensando. Bom descanso!”

IMPORTANTE: fazer isso e esperar uma resposta no sábado ou domingo (ou dar a entender), não é legal.

Um interessante estudo da Universidade de Illinois mostra como é importante “combinar” bem essa situação. Abaixo:

(Extraído de: https://valor.globo.com/carreira/noticia/2020/07/03/limitar-a-comunicacao-on-line-com-chefes-apos-o-expediente-reduz-o-estresse.ghtml)

LIMITAR A COMUNICAÇÃO ON-LINE COM CHEFES APÓS O EXPEDIENTE REDUZ O ESTRESSE

Pesquisa da Universidade de Illinois investiga impacto das mensagens e pedidos fora do horário de trabalho

Por Barbara Bigarelli

Em um cenário com tecnologia disponível e profissionais conectados o tempo todo, aqueles capazes de estabelecer limites bem definidos entre vida pessoal e trabalho lidam melhor com o estresse ocupacional e efeitos negativos decorrentes, como a insônia. Essa é a conclusão de um estudo recente, realizado por pesquisadores da área de estresse ocupacional e bem-estar da Universidade de Illinois. A análise parte da noção de que os celulares e as novas tecnologias, ao permitir o trabalho onipresente, embaralham o tempo dedicado à vida pessoal. A conveniência tecnológica gera em muitos casos sobrecarga psicológica, aumentando o estresse e atacando a saúde mental.

“Essas tecnologias são tão onipresentes quanto convenientes, mas podem levar pessoas a pensarem que seus funcionários estão sempre disponíveis. Mas essa intromissão além do expediente, adentrando o tempo pessoal, é muito danosa à saúde e nossa pesquisa mostra que derrubar totalmente a fronteira, estando disponível sempre que necessário, eleva o estresse causado pelo trabalho”, diz YoungAh Park, professora de Illinois.

No estudo, os pesquisadores analisaram a rotina de 546 professores em tempo integral para medir as consequências de uma intromissão fora do horário de trabalho, por meio de alguma plataforma ou tecnologia, por cinco semanas consecutivas. Avaliaram se eles foram contatados principalmente fora do expediente normal e se era esperado deles responderem à mensagens e e-mails imediatamente. Os resultados indicam que aqueles que utilizaram técnicas para manter um limite de acesso a eles, como manter as notificações dos emails desligadas ou mesmo os celulares, relataram uma menor intromissão ao longo da semana. E, principalmente, que esse “controle” dos limites era um mecanismo importante para avisar o ‘outro lado’: sejam diretores das escolas, os chefes, ou os pais, os clientes, de que aquele momento não deveria ser usado para o trabalho. Ao ficar claro para todos os lados, o estresse dos professores semanal diminuiu.

Ficou claro aos pesquisadores também, através das evidências coletadas que o apoio de um gestor que zela pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e que permite aos funcionários criar soluções para estabelecer as fronteiras, é fundamental, avalia YoungAh. Também é necessário que a outra ponta do negócio respeite esses limites. Neste caso, o estudo recomenda que as escolas, por exemplo, estabeleçam regras para quando e com qual frequência a comunicação entre professor e pais deveria ocorrer.

Os pesquisadores escolheram estudar a rotina de professores por entender que a profissão consegue separar mais claramente o que é tarefa profissional de pessoal – e, assim, seria possível medir o impacto da intromissão tecnológica. “Embora essa descoberta seja específica dos professores, esse é um desafio a todos que permanecem conectados ao trabalho após o horário regular”, diz a pesquisadora.

Uma pesquisa no início do ano, realizada pela consultoria Randstad em 34 países, indicou que responder e-mails o tempo todo é uma prática entre os brasileiros. Segundo o estudo, 59% dos brasileiros entrevistados afirmam que seus empregadores esperam que eles estejam disponíveis fora do expediente e 62% respondem imediatamente a solicitações de trabalho, e-mails ou mensagens de texto quando não precisaria estar trabalhando.

Em entrevista recente ao Valor, Erin Kelly, professora de trabalho e organizações do MIT na Sloan School of Management, chamou atenção para a sobrecarga dos profissionais durante a pandemia e que seria importante as empresas terem políticas mais flexíveis e, principalmente, em prol do equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.

Imagem extraída de: https://lupecontabilidade.com.br/10-maneiras-de-os-millennials-lidarem-com-o-estresse-e-a-depressao-no-trabalho/

– Mais de 60% dos Brasileiros trabalham no Tempo Livre.

Veja que dado interessante: 61% dos brasileiros resolvem os problemas do trabalho em casa; mas 37% admitem que resolvem problemas da sua casa no trabalho. O quê fazer?

Extraído de Exame.com: http://is.gd/eW82ej

61% DOS BRASILEIROS RESOLVEM PROBLEMAS DE TRABALHO NO TEMPO LIVRE

Pesquisa mostra que, no Brasil, 36% dos profissionais precisam estar disponíveis para questões do trabalho num esquema 24/7

Além das jornadas de trabalho já extensas, mais da metade dos profissionais brasileiros admitem que resolvem questões do trabalho em seus momentos de folga. É o que aponta levantamento da consultoria Randstad divulgado neste mês.

Mesmo assim, quando comparados com chineses e indianos, os brasileiros são os que menos levam trabalho para casa. Na Índia, 69% dos profissionais afirmam que trabalham após o horário do expediente enquanto na China, 80% dos profissionais admitem esse tipo de comportamento.

A postura dos profissionais é um resultado direto da cultura corporativa. Na Índia, 61% dos profissionais afirmam que as empresas esperam que eles estejam disponíveis num esquema 24/7. Na China, 64% percebem isso. Já no Brasil, apenas 36% dos profissionais precisam estar disponíveis para questões do trabalho 24 horas por dia, sete dias por semana.

Ao ficar mais tempo ligados no trabalho, os chineses também são os que mais lidam com questões pessoais durante o expediente. Segundo a pesquisa, 60% aderem a esta prática. Na Índia, 49% fazem isso e no Brasil, 37% dos brasileiros resolvem problemas pessoais no trabalho.

Por outro lado, os indianos são os que mais distraem com a internet durante o expediente, segundo a pesquisa. No total, 51% deles admitem que se perdem durante o expediente navegando na rede.

No Brasil, apenas um em cada cinco profissionais admitem que se distraem facilmente com a internet no trabalho.

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Imagem extraída da Internet. Autoria desconhecida.

– Como conquistar comprometimento dos funcionários.

Conseguir que funcionários / alunos / envolvidos em quaisquer atividades “comprem” suas ideias e se sintam partícipes, é algo fácil?

Claro que não. Para isso, algumas boas dicas, extraídas de: https://medium.com/@jrsantiagojr/premissas-para-conquistar-o-engajamento-das-pessoas-edbd846b1b1c

PREMISSAS PARA CONQUISTAR O ENGAJAMENTO DAS PESSOAS

Por José Renato Sátiro Santiago

Certa vez, convidado por uma importante instituição de ensino para ministrar o módulo de um MBA, fui confrontado com o desafio de manter uma turma de 40 profissionais bem disposta ao longo de todo o final de semana. O ótimo nível dos alunos era um desafio a mais, cá entre nós, para mim uma motivação adicional. As 16 horas programadas deveriam parecer prazerosas e, ao mesmo tempo, propiciar os conhecimentos que estavam atrelados ao conteúdo programático proposto. Após ler um pouco sobre o perfil dos alunos, me atentei em fazer associações com seus nomes, uma estratégia que costumo usar para decorá-los de forma mais rápida. Há certo conhecimento em aplicar esta técnica mas também muita paixão em alcançar a excelência em tudo aquilo que faço. Creio que isto tenha me ajudado a alcançar novos patamares com turmas em cursos tão exclusivos. Mas o fato é que toda nova turma é única e, de certo, o nervosismo costuma vir à tona. E desta vez, não foi diferente. Tão logo os encontrei, destaquei para eles a minha timidez em falar em público, um paradoxo para quem ganha a vida também se apresentando e ministrando palestras. Busquei compartilhar com cada um deles o desafio que fora recebido e, de certa maneira, os embarquei para navegarmos juntos. A permanência de todos ao longo das 16 horas, ainda que não fosse obrigatória, surpreendeu a monitora que me resumiu tudo em uma frase: “Eles pareciam estar engajados em assistir sua aula”. Missão cumprida. Pode ter sido simples, mas será que foi fácil?
Engajar pessoas em prol do atendimento de um objetivo talvez seja o maior dos desafios enfrentados por quem gerenciamos equipes. Ainda que haja benefícios e/ou remunerações atreladas ao desenvolvimento de quaisquer atividades, é notório que haja questões que costumam interferir de forma consistente no nível de envolvimento das pessoas junto as ações por elas elaboradas e que, por conseguinte, possam impactar significativamente os resultados almejados. Dentre elas cabe destacar:

1. Empatia: saber se colocar na posição do outro é uma premissa básica de respeito pessoal e profissional, algo inerente para quem quer sinalizar a importância dada a outrem. Ainda que os objetivos do grupo devam se sobressair aos de qualquer indivíduo, conhecer, compreender e respeitar os objetivos particulares de cada um costuma ser um interessante meio de fortalecer o engajamento das pessoas.

2. Motivação: é natural à boa parte das pessoas que palavras e ações de incentivo e motivação sejam combustíveis muito eficientes em prol de estimular o engajamento. É essencial ter ciência da importância das palavras e seu poder em intervir na forma como as pessoas agem e tomam suas decisões. O cuidado recai apenas em seu uso indiscriminado sem ações e/ou resultados práticos;

3. Pessoalidade: ainda que estejamos em um ambiente profissional, o tratamento dispensado aos integrantes de uma equipe costuma propiciar energia e luz decisivas às pessoas. Algumas vezes atos simples fazem tanta diferença, quer seja um bom dia, um cumprimento mais terno, uma parada rápida para jogar conversa fora ou um café e, pasmem, até chamar a cada um pelo nome.

4. Crescimento Profissional: ainda que possa estar atrelado de alguma maneira à evolução na hierarquia, o que pode resultar em aumento nos ganhos financeiros, explicitar o crescimento profissional que poderá ser conquistado por conta das atividades em execução, costuma ser um importante requisito abraçado por aqueles que se propõem a se engajar com afinco em prol de suas metas.

5. Estar Presente: nada como se mostrar presente e atuante junto aos seus como uma maneira de pontuar a importância de tudo aquilo que está sendo feito, bem como a relevância de superarmos obstáculos e alcançarmos de forma efetiva os nossos intentos e objetivos. Isto não tem a ver necessariamente com presença física, mas sim com transparecer a convicção que a equipe jamais estará só.

6. Competência: a correta contextualização das informações sobre as quais temos acesso nos fortalece e costuma resultar naquilo que chamamos de conhecimento. Ele passa a fazer sentido efetivo em nossa vida, quando o colocamos em prática o que proporciona a competência. A estrada que nos mantém firmes e engajados é, certamente, pavimentada pelo conhecimento que construimos.

7. Paixão: apenas e tão somente ela tem o poder de nos manter vivos seja em qual situação e estado estivermos. Ela é o ar que respiramos, onipresente em qualquer atividade bem sucedida, essencial para tudo. Já octagenário e muito engajado em seu trabalho, quando perguntado o que o fazia manter-se tão ativo, o genial Ariano Suassuna foi econômico e direto: “paixão pelo que faço”.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem souber sobre a origem, informar para crédito.

– O Jeito Certo de Fracassar.

Nós, brasileiros, costumamos encarar os empreendedores que passaram pela experiência do fracasso como condenados; sujeitos sem segunda chance e marcados eternamente.

Diferentemente, os americanos encaram os administradores que já viveram o fracasso como executivos experientes; pessoas que aprenderam o que não fazer e que sentiram na pele os danos, conhecedores dos erros que devem evitar.

  • SER EMPREENDEDOR…

não é necessariamente ter sucesso, mas sim resiliente ao fracasso;

não é ser teimoso, mas persistente e sempre tentar;

não é buscar dinheiro, mas realizações.

A Revista Época Negócios, edição de Maio/2012, Caderno Inteligência, pg 137, trouxe um artigo inteligente de como fracassar no momento certo. Compartilho em: http://is.gd/FRACASSO

O JEITO CERTO DE FRACASSAR

Na célebre frase do humorista W. C. Fields (1880-1946), ele levou 20 anos até estourar do dia para a noite. O Angry Birds foi igual. O game só se tornou febre depois de 51 tentativas fracassadas, quando os três sócios da Rovio (a empresa fabricante), os finlandeses Niklas Hed, Jarno Väkeväinen e Kim Dikert, já estavam quase desistindo. Celebrar o fracasso é preciso. Porém, é necessário cautela na celebração, diz o economista Tim Harford, colunista do jornal Financial Times. Harford é autor de Adapt: why success always starts with failure (“Adaptar: por que o sucesso sempre começa com o fracasso”). No livro, ele demonstra que nunca o fracasso foi tão caro. E saber fracassar (sem ser engolido pelas circunstâncias adversas) é uma arte.

Ele começa com a má notícia. De um lado, as condições ao empreendedorismo são extremamente propícias, com a tecnologia barata e a facilidade de terceirização. Porém, de outro, as estatísticas dão um banho de água fria no empreendedor. Por exemplo, a criação de uma patente jamais foi tão cara quanto hoje em dia. Harford apoia-se no estudo do economista Benjamin F. Jones, da Kellogg School of Management. Entre 1975 e 2010, o custo de criação de uma patente aumentou consistentemente de ano para ano, assim como o tamanho das equipes de cientistas e pesquisadores envolvidos.

Na indústria do entretenimento, o mesmo fenômeno é registrado. Nos anos 80, o custo médio da criação de um videogame era de US$ 250 mil. Em 2009, o game Duke Nukem Forever foi engavetado pela 3D Realms depois de um desembolso de US$ 20 milhões, um custo considerado módico na indústria de games. Duke Nukem Forever nunca foi lançado. Segundo Harford, isto é sintomático do que ele chama de “ônus do conhecimento”. Quanto mais conhecemos, mais complexo (e dispendioso) se torna conhecer e criar. “É fácil falar de pequenas equipes de inovação, ou da criação de um ambiente propício para negócios revolucionários, mas quando para isso são necessários bilhões de dólares o conceito deixa de ser tão atraente”, diz Harford.

Três condições são indispensáveis para o inovador não soçobrar junto com a tentativa malograda. A primeira: “Tenha vários experimentos concomitantes”. Apostar em várias ideias simultâneas foi crucial à carreira de Karl Sims, um artista gráfico, pesquisador de computação gráfica no MIT e empreendedor de software. Ele usou os diversos projetos em que estava envolvido para polinizar criativamente uns aos outros, culminando na criação da GenArts, companhia sediada em Cambridge, Massachusetts, criadora de softwares de computação gráfica usados em O senhor dos anéis e Homem-aranha.

A segunda condição é a escala. “Nunca entre num projeto cujo fracasso pode acabar com você”, diz Harford. Fracasse, sim. Mas de preferência de modo econômico. Por fim, pode parecer óbvio: saber separar o erro do acerto. Mas, como diz o autor, “é árduo julgar o que está dando certo e o que está dando errado”.   

Criar ficou mais caro. O game Duke Nukem Forever custou US$ 20 milhões e nunca foi lançado (Foto: Divulgação)

Criar ficou mais caro. O game Duke Nukem Forever custou US$ 20 milhões e nunca foi lançado (Foto: Divulgação)

– Você cuida da sua Saúde Mental?

Acho que essa imagem com algumas dicas para cuidar da saúde mental são válidas tanto para a vida pessoal quanto para a profissional, não?

Avalie, reflita e responda: de acordo com as dicas desse quadro (abaixo), estou evitando esses contratempos no meu dia-a-dia?

Aqui:

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem souber sobre a origem, informar para crédito.

– O abuso das telas por parte das crianças.

Pela primeira vez na história, uma geração é menos inteligente do que os seus pais. E a culpa é das telas!

Extraído de: https://saude.abril.com.br/blog/pediatria-descomplicada/familia-digital-o-abuso-de-telas-cobra-um-preco-alto-de-todos/

O ABUSO DAS TELAS COBRANDO UM PREÇO ALTO DE TODOS

Não desgrudar de dispositivos tecnológicos atrapalha o desenvolvimento pleno das crianças e afeta o convívio familiar. Precisamos rever esse hábito

É um jantar típico de família. Os celulares estão apoiados sobre a mesa. Cada um possui seu próprio aparelho, que vibra de cinco em cinco segundos, chamando para algo que certamente pode esperar.

O pai utiliza fones sem fio e está numa call interminável. A criança mais nova é colocada diante de um tablet – que passa Mundo de Bita ou Galinha Pintadinha – para que consiga permanecer à mesa. O filho adolescente está preocupado em terminar logo o jantar para postar uma selfie com um filtro novo no Tik Tok. Ao fundo, a televisão ligada anuncia algo no noticiário. Parece uma cena comum para você? Essa é a mais nova geração digital. Ou melhor, família digital.

O fato é que nunca estivemos tão conectados com o mundo que nos cerca – as informações voam. Mas isso não é necessariamente um problema. A grande questão é o tempo que dedicamos às novas tecnologias. Pode reparar: não fazemos ideia da quantidade de horas que passamos em frente às telas. O turno de trabalho acaba e continuamos ali, passeando na rede social, assistindo a séries ou filmes, lendo notícias e fofocas, vendo lives…

O mais assustador é que esse tipo de comportamento se agrava sem nem percebermos. O tempo de tela foge do controle dos pais quando um tablet ou celular cai na mão de uma criança. Pior: perdemos a noção do que elas estão vendo. E é importante lembrar que, fora músicas inocentes e jogos educativos, as redes estão cheias de conteúdos perigosos, com insinuação sexual e cyberbullying, além de vídeos que estimulam o consumismo, definindo o comportamento do jovem e do adolescente.

Temos que refletir sobre onde chegamos. Afinal, o tempo de ócio criativo deixa de existir quando uma tela entra em jogo. Perde-se a capacidade de pensar, inventar, criar histórias. Perde-se a oportunidade de se relacionar com o outro, de dar risada e de curtir momentos em família – como acontecia na mesa de jantar.

Não precisamos (ou não deveríamos) ficar online o tempo todo. Esse comportamento nos desconectou da presença real, do olho no olho e da convivência em família. Isso tudo precisa ser resgatado – e urgentemente.

Estudos de neurociência mostram que o cérebro humano é capaz de fazer 700 a 1 mil conexões cerebrais por segundo nos primeiros anos de vida. Aos 2 anos de idade, teremos mais conexões cerebrais do que aos 6 anos. Apenas as mais importantes serão mantidas até a vida adulta. Que memórias e aprendizados você quer oferecer ao seu filho?

Viva o mundo real

Penso que o desenvolvimento da criança está intimamente ligado à vivência que ela tem do mundo. O brincar, o contato com a natureza e a relação com o outro, por exemplo, são momentos importantes de aprendizado. Muitas tarefas e estímulos podem e devem ser orientados, mas essas experiências mais livres permitem que a criança exercite a capacidade criativa em seu máximo potencial.

São aspectos do desenvolvimento que não podem ser conquistados através de uma tela. Por isso, refiro-me a esse aspecto de alienação digital: devemos perceber o quanto o uso dos eletrônicos nos privaram de tantas outras coisas essenciais.

Longe de mim ser contra o avanço da tecnologia! Seria negar o mundo que nos cerca. Nossos filhos nasceram na era touch, com a facilidade de ter tudo na palma da mão. O digital faz parte da vida deles. O grande dilema, faço questão de frisar, é o mau uso desses recursos.

Segundo o neurocientista francês Michel Desmurget, vivemos um momento histórico, no qual, pela primeira vez, os filhos têm um quociente de inteligência (o famoso QI) mais baixo que o dos pais. Em outras palavras, a geração atual tem menor capacidade cognitiva, apresentando problemas de linguagem, concentração, memória e cultura.

Isso é decorrente da diminuição das interações sociais, da piora da qualidade do sono, do aumento de atividades que não exercitam a mente, entre outras coisas que estão, no fundo, intimamente associadas ao uso abusivo das telas.

De parceiros a vilões

Os dispositivos digitais se transformam em um problema no momento em que deixamos de interagir com nossos filhos da forma que deveríamos. Veja: o cérebro deles é estimulado de outra maneira quando se divertem ao ar livre, usam jogos e brinquedos reais e lidam com pessoas de carne e osso.

Com a pandemia de coronavírus, a situação ficou ainda mais crítica. Afinal, atividades essenciais, como a ida à escola, ficaram restritas (quando possível) ao universo online. E, assim, passou-se um ano inteiro.

Sem falar que muitos pais liberaram as telas não apenas para as aulas, mas também para atuarem como passatempos, já que, além de cuidar das crianças, precisavam trabalhar e manter a casa em ordem.

Mas, como minimizar os danos? Como sobreviver às condições que uma pandemia nos impôs? É urgente que tomemos as rédeas e saibamos controlar o que nossos filhos estão vendo e por quanto tempo. Trago aqui algumas dicas de sobrevivência à tecnologia – elas servem inclusive para os adultos.

1. Comece impondo limites para todos: momentos em família nunca devem acontecer com o celular, tablet ou qualquer tecnologia individual sendo utilizada. Aproveitem o tempo para conversar e interagir de forma real.

2. O horário de refeições deve ser sagrado: nada de celulares à mesa.

3. Controle o tempo de uso: para crianças abaixo de 2 anos, as telas devem ser evitadas ao máximo. Para crianças de 2 a 5 anos, limitar a uma hora por dia. Dos 6 aos 10 anos, permita de uma a duas horas diárias. Para adolescentes entre 11 e 18 anos, de duas a três horas por dia é o suficiente. Todas as atividades devem ser supervisionadas e ter intuito educacional.

4. Não existe segredo na internet! Os pais devem estar cientes dos conteúdos que os filhos assistem, e tomar especial cuidado com aqueles de cunho violento e sexual (com nudez e pornografia), além das práticas de cyberbulling.

5. Tenham (todos) um momento de desconexão. Promova o contato com a natureza, a prática de exercícios físicos e as atividades ao ar livre – que sejam possíveis nesse momento.

6. Estejam atentos aos sinais de que algo não vai bem, como alteração de comportamento, agressividade, irritabilidade, dificuldade para dormir, sonolência excessiva durante o dia ou mesmo apatia. Tudo isso pode sinalizar depressão, ansiedade e até mesmo experiências de violência na internet.

7. Deem o exemplo enquanto pais, aprendendo também sobre o uso racional das tecnologias, já que isso afeta toda a família.

Seguimos nesse processo de constante aprendizado, lembrando sempre que a primeira infância só é vivida uma única vez.

criança brincando com tablet

Excesso de telas traz repercussões para a família toda. Foto: Robo Wunderkind/Unsplash/SAÚDE é Vital

– Uma SAF nem sempre é a solução. Quando elas “perdem o encanto”:

Olá amigos. Trago uma matéria abaixo de Rodrigo Mattos, do UOL (citação abaixo) sobre os repasses que a SAF do Botafogo não está cumprindo (e que deveria), a fim de reduzir a dúvida do clube.

E aí que está a grande discussão: vender seu futebol profissional (em forma de SAF) para um Terceiro, não é sinônimo de sucesso e fim das pendengas financeiras. Vamos a algumas observações:

1- O Botafogo-RJ (que vendeu 90% da sua SAF a John Textor, investidor americano que tem participação no Benfica-POR e é dono do Crystal Palace-ING e Lyon-FRA), como citado acima, não tem repassado 20% das receitas como a lei manda. Ele prefere tentar fazer acordos paralelos com os credores, descumprindo a lei. Fora isso, há uma mágoa de parte da torcida que enfim entendeu que uma SAF é baseada em negócios, e que dos clubes que Textor possui, não necessariamente o Fogão terá um investimento para ganhar títulos.

2- O Cruzeiro-MG vendeu 90% da sua SAF por 10 parcelas anuais de 40 milhões de reais (se bobear, quase o valor de um jogador de ponta) ao Ronaldo Nazário. Ao invés de pagar a dívida da Raposa no percentual de 20%, pediu recuperação judicial (a antiga concordata) e os acordos não aconteceram ainda, por conta da burocracia da Justiça.

3- O Vasco-RJ vendeu sua SAF ao grupo 777 (70% a R$ 700 milhões), e está pagando as dívidas no limite de 20% das receitas. Porém, não está incluindo os aportes financeiros que os investidores fazem, mas somente as arrecadações com venda de atletas e outras receitas.

Fica o detalhe: esses clubes endividados precisaram de uma SAF para pagar as contas. Flamengo e Palmeiras, que se reinventaram financeiramente (após os choques de gestão promovidos por Eduardo Bandeira de Melo e Paulo Nobre, respectivamente, profissionalizando a administração dos seus clubes), não precisam de SAF.

Mas há outros casos de clubes-empresas bem sucedidos (que não optaram pelo modelo SAF), com contas saneadas e nova filosofia de trabalho: o Bahia, que foi adquirido pelo Grupo City (do Manchester City) e o Bragantino (pela Red Bull). Isso também é uma tendência.

Em outra dimensão, há pequenos clubes-empresas voltados à formação de atletas, que possuem um dono e que tem gestões louváveis (e que se espalham pelo Brasil, abrindo mão do futebol profissional e se dedicando a comercializar “pé-de-obra”: o Metropolitano (de Campo Limpo Paulista-SP), o Sphera (de Salto-SP) e tantos outros. Esses, não querem sócios, são empresas de futebol. Porém, nem sempre ser empresa quer dizer ótimo resultado esportivo: vide o Audax, de propriedade do Sr Mário Teixeira (o número 3 do Bradesco) que foi vice-campeão paulista anos atrás e em 2023 foi rebaixado para a 4ª divisão.

Evidentemente, os modelos SAFs são diferentes de S.A. que o mundo conhece, como Bayern de Munique-ALE, que tem participação societária da Adidas, do Manchester United-ING (ações majoritárias da Família Glaze, que também é dona do Tampa Bay-USA, da NFL). Por fim, há outros modelos, os “clubes-estado” (fazendo a alusão de cidade-estado) como o Newcastle e o PSG (respectivamente, com dinheiro da Arábia Saudita e do Catar).

Aqui no Brasil, na virada dos anos 1990/2000, criamos modelos de parcerias: Co-Gestão (como Palmeiras e Parmalat), Arrendamento de Equipe (como Etti e Paulista de Jundiaí) e Terceirização do Departamento Profissional (HMTF e ISL com Corinthians e Flamengo).

Devido a pindaíba que os clubes estão (especialmente os pequenos), aceita-se atualmente qualquer suposto “investidor” (por mais aventureiro que seja) a fim do time não quebrar de vez. Desde parceiros que são simplesmente empresários que colocam seus jogadores no elenco, até treinadores que trazem seu “combo de atletas”. Pior: há quem se associe com qualquer um, sem se preocupar com a idoneidade do sócio, e vende sua SAF. Vide, recentemente, o caso do Gama-DF, que “despejou a sua SAF” e entrou na Justiça para revê-la (vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-IM0).

Como se vê, a SAF não é um “sonho dourado”.

Sugiro a leitura do artigo: “A Mágica do Investidor”, por César Grafietti, no InfoMoney, em: https://www.infomoney.com.br/colunistas/cesar-grafietti/a-magica-do-investidor-no-futebol/

Sobre a SAF do Botafogo FR, extraído de: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2023/03/18/nem-todos-os-clubes-repassam-20-da-receita-para-dividas-como-manda-lei.htm

NEM TODOS OS CLUBES REPASSAM 20% DA RECEITA PARA DÍVIDAS COMO MANDA A LEI.

Uma parte dos clubes grandes brasileiros não tem destinado 20% de sua receita para o pagamento de dívidas na Justiça como prevê a lei da SAF. As vendas de jogadores, por exemplo, em sua maioria não têm sido descontadas para atender credores. E há problemas na prestação de contas das arrecadações de clubes.

Há quatro grandes clubes brasileiros que recorreram ao sistema de centralização de dívidas (RCE) pela lei da SAF. Vasco, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense, sendo este último sem se transformar em empresa. As situações dos quatro são diversas.

Pelo artigo 10º da lei 14.193, as SAFs têm que destinar “20% (vinte por cento) das receitas correntes mensais auferidas pela Sociedade Anônima do Futebol, conforme plano aprovado pelos credores, nos termos do inciso I do caput do art. 13 desta Lei”.

No caso do Botafogo, o clube virou SAF e teve 90% das ações vendidas para o norte-americano John Textor. O clube não paga há quatro meses a Justiça trabalhista e tenta agora um novo acordo com os credores — a penhora está suspensa. Vendas de jogadores como Jeffinho não foram descontadas da receita. Caso não ocorra um acordo, volta a penhora sobre receitas do clube.

Nesta sexta-feira, o Botafogo anunciou um acordo com os credores para voltar a pagar a dívida. “O Botafogo, representantes dos credores trabalhistas e o Sindicato dos Clubes (Sindeclubes) chegaram a um consenso nesta sexta-feira (17) sobre as bases de uma nova proposta de encaminhamento das dívidas trabalhistas, que será apresentada à Justiça do Trabalho na próxima semana.” Não foram divulgadas as condições do acerto.

Advogados de credores já pediram prestação de contas por parte do Botafogo sobre os valores de sua receita bruta para saber se os repasses anteriores eram corretos. Não receberam os documentos. O Botafogo informa que se manifesta nos autos sobre processo.

Há o mesmo pedido por parte de advogados de credores em relação ao Vasco, cuja SAF foi comprada pelo grupo 777, no processo judicial para pagamento de suas dívidas. O clube apresentou alguns documentos com dados parciais de meses sobre suas receitas, segundo consulta do blog na ação.

O Vasco garante que tem destinado 20% de sua receita corrente mensal para os processos nas Justiça trabalhista e cível. Pelos dados disponíveis, é de fato a SAF que mais faz repasses do que os outros clubes e indica cumprir a meta prevista na lei. O clube explicou:

“Além disso, o bom desempenho dentro e fora do campo também corrobora para o sucesso do RCE do Vasco. Com o retorno à Série A e valorização da marca, as receitas aumentaram e, consequentemente, os repasses ao RCE. Em outubro de 2022, durante o segundo mês de constituição do Vasco SAF, R$ 1.140.354,00 foram destinados ao pagamento do RCE, sendo R$ 855.262,50 para o trabalhista (75%) e R$ 285.087,50 para o cível (25%). Já em janeiro 2023, no primeiro mês após o retorno à Série A, o repasse total foi de R$ 4.270.213,00, sendo R$ 3.202.660,00 para o trabalhista (75%) e R$ 1.067.553 para o cível (25%).”

Sem documentos completos, os credores entendem que não conseguem saber se os 20% de receita têm sido de fato pago. Agora, em março, o clube pagou com atraso de dez dias uma parcela de R$ 2,6 milhões.

Considerando esses dois repasses em 2023, seriam cerca uma média de R$ 3,4 milhões por mês de repasse, valor bem superior aos outros times. No total, daria R$ 41 milhões por ano. Isso significaria que o Vasco chegaria a receita anual em torno de R$ 200 milhões. É um valor baixo, mas compatível com a receita do Vasco pré-SAF. Um ponto questionado por advogados de credores é que os aportes da 777 Partners não entram na conta.

No caso do Cruzeiro, o clube optou por desistir de um Regime Centralizado de Execuções e iniciou um processo de recuperação judicial. Ainda precisa fechar um acordo com os credores para que isso se confirme. Na Recuperação Judicial, não vale a regra de 20% de destinação da receita para pagar dívidas. E o clube fará propostas de descontos das dívidas para os credores.

O Fluminense, único que não é SAF, é um clube que já tem acordo com os credores nas Justiças trabalhista e cível desde janeiro de 2022. Esse acordo prevê o pagamento de R$ 1,5 milhão mensal, em um total de R$ 18 milhões por ano.

“É uma parte R$ 1,2 milhão para a Justiça trabalhista, R$ 300 mil para a cível”, contou o diretor jurídico do Fluminense, Marcelo Ahmed. “Esse valor é um compromisso mensalmente, independente do que é a prática. É como se fosse um valor renegociação de dívida.”

O acordo não representa 20% da receita do Fluminense. Em 2021, o valor bruto foi R$ 333 milhões. Mas advogados de credores gostaram do acordo porque ele traz regularidade aos pagamentos. É permitido fazer esse tipo de acordo que se sobrepõe à lei.

Questionado, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) informou que os clubes deveriam incluir na conta do RCE todas as receitas, inclusive a venda de jogadores. “É uma manobra dos clubes. Para questões tributárias, as vendas não estão incluídas, mas a venda conta para a receita corrente. Até porque dá um booster para o pagamento das dívidas dos credores. Receita é receita”, disse ele.

Para ele, clubes que têm dívida muito alta não deveriam recorrer ao RCE, e sim à recuperação judicial.

A mágica do investidor no futebol - Opinião - InfoMoney

Imagem extraída de: https://www.infomoney.com.br/colunistas/cesar-grafietti/a-magica-do-investidor-no-futebol/

– Quantas propostas são necessárias para se ter uma boa ideia?

Thomas Edison disse um dia:

“Não fracassei, apenas cheguei a 10 mil propostas que não funcionaram”.

É justamente essa a discussão: nunca creia na 1a ideia e exija aperfeiçoamentos daquela que for a suposta ideal.

Texto extraído de: Época Negócios, Ed 111, Caderno Inteligência, pg 25

JAMAIS CONFIE NA PRIMEIRA SACADA

Siga a Regra de Thomas Edison: se quiser uma boa ideia, pense em dez outras.

Por Paulo Eduardo Nogueira

Thomas Edison, um dos ícones históricos da inovação, adotava um método que pode explicar, em boa parte, o sucesso de suas empreitadas: sempre que pedia à equipe de seu laboratório uma solução para desenvolver um produto ou componente, Edison exigia também que trouxessem dez propostas em vez de uma. Longe de ser apenas um capricho de um chefe rigoroso ou detalhista, esse método era uma forma de combater o fenômeno da chamada “preguiça cerebral”, responsável por adotar a primeira proposta surgida, que raramente é a melhor possível.

Neurocientistas do Baylor College of Medicine, em Houston, se basearam justamente no método de Edison para elaborar exercícios que evitam a preguiça cerebral, partindo do princípio de que a chave para inovar é sempre desenvolver a ideia inicial, para enriquecer ainda mais o ambiente em que ela surgiu.

Nosso cérebro, explicam os cientistas, geralmente adota o caminho da menor resistência – isto é, evita ficar elaborando em excesso, pois esta seria a forma mais rápida para avançar na tarefa. O resultado, porém, pode deixar a desejar. O neurocientista David Eagleman, um dos autores da pesquisa do Baylor College, realizou um interessante exercício: primeiro pediu à sua plateia que imaginasse a paisagem de uma praia e depois perguntou quantas pessoas haviam vislumbrado espuma de ondas do mar ou cocos balançando em um coqueiro.

Ninguém levantou a mão. Isso porque, explicou Eagleman, seus cérebros geraram as imagens mais simples possíveis para atender rapidamente à sua solicitação, sem maior elaboração.

Pesquisa da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, coordenada pelo professor Adam Grant (autor de Originais, livro que trata de inovação), confirma a conclusão dos colegas do Baylor: os maiores inovadores não necessariamente elaboram as melhores ideias, mas persistem o suficiente para obter mais ideias. Em seu livro, Grant explora os métodos necessários para reconhecer uma boa ideia, saber defendê-la, construir uma rede de aliados para apoiá-la e escolher o momento certo para implementá-la. “As primeiras ideias tendem a ser mais convencionais ou óbvias”, diz Grant, para quem a inovação só começa quando empacamos na busca inicial de soluções e, então, somos obrigados a explorar novos territórios mentais. Como diria Edison em uma conhecida frase, “não fracassei, apenas cheguei a 10 mil propostas que não funcionaram” – até obter a boa ideia.

Ideia X

Imagem extraída de: https://ideia.dataprev.gov.br/

– Malefícios e Benefícios de um Rival.

Que interessante: Robson Viturino e Álvaro Oppermann, da Revista Época Negócios, Ed fevereiro/2011, pg 60, trouxeram uma importante matéria sobre como a concorrência ajuda a vender mais, e alguns malefícios que ela traz, de forma leve e interessante.

JÁ VIU O QUE SEU RIVAL FEZ HOJE?

Estudo desvenda os mecanismos psicológicos que motivam o espírito de rivalidade entre empresas concorrentes.

No dia a dia dos negócios, as palavras “rival” e “concorrente” são usadas de forma indistinta. Uma nova pesquisa, porém, evidencia que existem diferenças claras entre as duas na relação de pessoas e empresas. E não é só uma questão semântica. “A primeira coisa a notar é que as pessoas são mais aguerridas na competição quando existe rivalidade entre elas”, dizem os autores do estudo, Gavin Kilduff, Hillary Elfenbein e Barry Staw. O trio de pesquisadores, professores de administração nas universidades de Nova York, Saint Louis e Berkeley, estudou a psicologia da rivalidade e da concorrência entre jogadores e times de basquete dos Estados Unidos. Segundo eles, as conclusões podem ser estendidas aos negócios.

“A literatura de negócios usava as duas palavras como sinônimos de competição”, dizem os pesquisadores em um artigo publicado no Academy of Management Journal. “No entanto, a concorrência é algo racional. A rivalidade é passional”, afirma o trio. Esta última nasceria do envolvimento psicológico entre os protagonistas. Ou seja, surge quando existe uma relação íntima, ou um histórico comum, às partes envolvidas, gerando implicações profundas na maneira como jogadores e equipes se relacionam. “O mesmo ocorre nos negócios”, dizem eles.

Se a concorrência é o motor do desempenho, a rivalidade é o seu “afrodisíaco”. Um bom exemplo disso está no basquete norte-americano dos anos 80, que foi polarizado por Larry Bird, do Boston Celtics, e Earvin “Magic” Johnson, do Los Angeles Lakers. Os dois iniciaram a carreira profissional em 1979. Antes eles eram estrelas dos principais times universitários dos Estados Unidos e acompanhavam com afinco a carreira um do outro. “Quando a tabela de jogos da temporada era publicada, os jogos do Celtics eram a primeira coisa que eu marcava”, diz Magic Johnson. “Eu começava a ler o jornal pela seção de esportes, para ver como estavam as estatísticas de Magic”, diz Bird. A rivalidade – ou quase obsessão – acabou servindo de combustível ao brilhantismo de ambos nas quadras. Concorrentes se esforçam e dão o sangue. Rivais fazem das tripas coração. Eis a diferença.

Nos negócios, a rivalidade também pode gerar um ciclo virtuoso. No Japão, os rivais Toyota e Nissan protagonizam um duelo de inovação desde os anos 70. Quando a Toyota invadiu o mercado americano com o Corolla, em 1972, a Nissan respondeu em seguida com o Bluebird. Em 2001, a Nissan redesenhou totalmente o Altima para enfrentar o Toyota Camry. Em 2010, diante do Leaf, carro elétrico mundial a ser produzido pela Renault-Nissan, a Toyota respondeu comprando uma fatia da Tesla Motors. Segundo a autora Evelyn Anderson, embora a Toyota seja altamente competitiva em relação a Ford e GM, a competição acirrada com a Nissan e a Honda sempre teve um gostinho especial.

A rivalidade também tem uma face sombria, dizem os pesquisadores. É comum rivais engalfinharem-se em lutas do tipo “custe o que custar”. O Boston Scientific Group, por exemplo, se dispôs a pagar US$ 24,7 bilhões pela fabricante de marca-passos Guidant, para não permitir que o eterno rival Johnson & Johnson abocanhasse a empresa. Esta é considerada pelos analistas a segunda pior aquisição da história, atrás somente da compra da Time Warner pela AOL. Já a Adidas e a Puma (criadas por dois irmãos que se detestavam) estavam tão preocupadas em espionar uma à outra, nos anos 70, que não viram a Nike chegar. “A rivalidade é uma faca de dois gumes”, concluem os autores. Moral: saiba diferenciar concorrência de rivalidade.

Como analisar a concorrência em diversas estratégias

Imagem extraída de: https://superatualizado.com.br/analisar-a-concorrencia/

– Você acredita em Especialistas e sabe tomar decisões sem influência?

Já ouviu falar da economista e consultora britânica Noreena Hertz?

Ela leciona na University College London, e foi orientadora de vários governantes em diversos assuntos: questões econômicas, negociações de paz e imbrólhos diplomáticos. E em entrevista à Revista Época (pg 68-71, ed 824 à Marcos Coronato), falou sobre a idolatria a alguns especialistas e aos modelos pré-definidos para tomadas de decisões. Disse ela:

“É claro que as opiniões, educação e treinamento com especialistas são importantes e devem ser levados em conta, mas especialistas erram muito (…) Nunca ouça um especialista só, questione as opiniões deles e busque informações”.

Mas gostei mesmo sobre quando ela fala da influência digital! Veja:

“Vivemos uma era de distração digital, de e-mails e redes sociais. Mantemo-nos num estado hormonal de estresse constante e podemos ficar viciados. Recomendo que você tire folgas digitais, ao menos uma vez por semana, sem checar e-mail ou entrar nas redes sociais. Um dos melhores procedimentos que você pode adotar antes de tomar uma decisão, privada ou profissional, é delimitar um tempo e espaço para apenas pensar. É incrivelmente difícil fazer isso hoje”.

Concordo e assino embaixo. Precisamos muitas vezes buscar a calmaria para a reflexão e para podermos melhor pensar!

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Semenzato e as dicas de franquias.

José Carlos Semenzato deu uma entrevista muito bacana sobre franquias, ao Pânico da JP. Você pode assistir as dicas dele em: https://youtu.be/rdNRS6OVJ_g

O empreendedor tem (pasmem) 4500 franquias, de Educação à Saúde, mostrando que estudar tal modelo pode valer a pena.

Abaixo:

– Empatia e Profissionalismo.

Compartilho ótimo artigo do professor José Renato Sátiro Santiago a respeito dos delicados cuidados com a Empatia no mundo organizacional. Vale a pena dar uma conferida! Abaixo:

Extraído de: http://fb.me/2CISbo93z

EMPATIA, TOME CUIDADO! ELA TAMBÉM PODE ESCONDER SÉRIOS PROBLEMAS E DEFEITOS

Quantas vezes – creio que muitas – usamos a palavra empatia para qualificar pessoas que demonstram de uma forma natural algo bom, positivo e até amigo. Pois bem, não há duvida que a empatia é algo positivo.

Muitas vezes, quando não achamos palavras para qualificar alguém, costumamos falar: “Fulano tem uma empatia… fora do comum.”. Algo que, às vezes, procuramos ter também principalmente em nossas primeiras impressões, quer sejam com amigos ou, até mesmo, desconhecidos.

Costumamos gostar, facilmente, de pessoas que têm empatia, mostrar certa proximidade ou até certa dose de alinhamento com as nossas crenças. E normalmente isto ocorre de forma rápida, quase imediata, uma vez que a empatia é algo que “ou o sicrano tem ou não tem…”, isto é, acredita-se que seja algo difícil de desenvolver como se fosse alguma coisa que já viesse naturalmente com a pessoa.

Pois bem, infelizmente esta empatia, muitas vezes, por não ser algo construído sob os fortes alicerces da confiança e dos valores pode esconder sérios problemas, muitos defeitos, até mesmo destrutivos.

Gostamos de pessoas que tem empatia. No entanto, precisamos fundamentar esta empatia em fatos e ações que estas pessoas costumam tomar, em seus valores, nas suas atitudes, nas suas formas de agir.

Ter um pé atrás talvez não seja o termo mais adequado, mas sim, estabelecermos motivos e razões que possam transformar esta empatia em algo muito mais importante: confiança. Esta sim, coisa de grande valor em que podemos suportar e mais, algo com que realmente podemos qualificar uma pessoa. E que ela, certamente, irá apreciar muita mais ser confiável a ter empatia, simplesmente.

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– O Drama de ser Filha de Pai Viciado em Drogas.

Um depoimento que assusta: neta do fundador da Supergasbrás e filha do maior revendedor da Scania no Brasil, jovem conta como é o drama de ter um pai viciado em Drogas!

E tem gente que curte…

Extraído de: Revista Época, ed 08/04/2013, pg 80-82

COMO SOBREVIVI AO VÍCIO DO MEU PAI

As pessoas dizem não entender por que eu, “bonita e de boa família”, morando em Beverly Hills, tive bulimia e depressão. Estava tentando salvar meu pai do crack

Por Ana Luiza Cardoso e Marcela Buscato

Tinha 14 anos quando descobri que meu pai, o empresário João Flávio Lemos de Moraes, fumava crack. Ali, minha infância acabou. Só pensava em como poderia tirá-Io daquela situação. Os especialistas chamam isso de codependência. Eu e toda a minha famÍlia – meus avôs paternos, minha mãe, meus três irmãos – sofremos com isso. Você anula sua vida para cuidar da outra pessoa, e é frustrante porque não se pode fazer muito. O codependente também fica problemático. Cada filho adoeceu de alguma maneira. Comecei a desenvolver bulirnia aos 12 anos. Aprendi com meu pai o que ele chamava de truque: provocar vômito para não absorver calorias. Ele tinha bulimia desde os 18 anos, e sempre o vi vomitando. Aos 17 anos, fiquei três meses internada para me tratar. Cheguei a pesar 47 quilos, muito pouco para o meu 1,69 metro.Ainda tenho pensamentos obsessivos com magreza, mas consigo me controlar. Aos 33 anos, pedi para ser internada numa clínica psiquiátrica porque achava estar deprimida. As pessoas não entendiam: “Por que você está assim? É bonita, de boa fanúlia!’: Sofri preconceito. Não escolhi ter esses problemas.

Minha família é bem-sucedida há três gerações. Meu avô, Wilson Lemos de Moraes, morto em 2011, fundou a Supergasbras, empresa de distribuição de gás de cozinha. Hoje, minha família não é mais a dona. Agora, temos a WLM, a maior representante de veículos Scania da América Latina. Temos fazendas, agronomia, pecuária. Por causa do vício e de outros transtornos p9iquiátricos, meu pai torrou milhões. Não sei quantos, mas foram muitos. Hoje, ele está longe das drogas, e a mãe dele o ajuda a administrar seus bens.

O primeiro contato dele com as drogas foi com 31 anos. Havia fundado uma empresa distribuidora de titulos, a Universal, e ficou em evidência. Como sempre foi tímido, começou a usar cocaína para ficar desenvolto. Desde os 10 anos, eu desconfiava que tinha algo errado em casa. Sentia que tinha perdido aquele pai carinhoso. Quase não o via trabalhando, ele vivia trancado no quarto. Até que, aos 14 anos, achei dentro do carro um estojo de maquiagem com cocaína pura. Hoje, as pessoas compram a pedra de crack pronta. Mas, em 1989, cozinhavam a cocaína e fumavam a pedra. Naquela época, morávamos nos Estados Unidos, para onde tínhamos nos mudado em 1983. Um pouco era para fugir de ameaças de sequestro. E era também uma tentativa dos meus avós de manter meu pai afastado das drogas. Mas foi pior.

Entre idas e vindas, moramos 14 anos na Califórnia, em Bever1y Hills, conhecida por suas mansões. Foi lá que meu pai conheceu o crack. Ele tinha amizade com muitos artistas de cinema, com o ator e cantor Sammy Davis Jr., o pessoal todo da droga. Meu pai também andava muito com Sylvester Stallone, Julio Iglesias e Alain Delon, mas não sei se eles se drogavam.

A gente sempre passava as férias no Brasil, e às vezes meu pai esticava o período aqui. Eu e meus irmãos perdíamos aula. Meus pais nos deram muito amor, mas nunca limites. Tínhamos um ônibus casa, com dois quartos, sala, micro-ondas, televisão. Fazíamos muitas viagens a Brasília, para as fazendas. Ficávamos naquele mundo de fantasia. No Rio de Janeiro, tínhamos um barco ancorado no Iate Clube. Saíamos para o mar junto com o Lady Laura, de Roberto Carlos, padrinho do meu irmão. Parávamos os barcos lado a lado e ficávamos mergulhando.

Meu pai e Roberto Carlos se conheceram antes de ele ser famoso. Ele ficava em nossa fazenda em Itaipava, onde escrevia músicas. Quando morávamos nos Estados Unidos, fazia muitos shows lá. Roberto sabia do vício do meu pai e sempre tentou ajudar. Inclusive escreveu para ele a música “O careta” (talvez você ache uma droga essas coisas que eu falo/Mas certas verdades nem sempre são fáceis de ouvir/Não custa pensar no que eu digo/Eu só quero ser seu amigo/Mas pense no grande barato de ser um careta). Roberto acabou se afastando porque era uma pessoa pública. Não podia andar com meu pai, principalmente porque o comportamento dele piorou. Ele começou a ter alucinações. A droga potencializou outros distúrbios psiquiátricos. Meu pai achava que falava com Elvis Presley, o ídolo americano morto em 1977. Ele dizia perceber nas músicas frases como “God gave João Flávio daughter”.

Numa de suas crises de paranoia lá nos EUA, meu pai cismou que minha mãe tinha fugido com meus irmãos. Dizia que iria matá-Ia quando a encontrasse. Como nessa época eu já estava morando sozinha – tinha saído de casa aos 16 anos, porque não suportava ver meu pai levar suas amantes -, ele achou que minha mãe estava escondida lá. Arrombou a porta e encostou o revólver em minha barriga. Eu sabia que aquela explosão de raiva tinha um limite. Não queria acreditar que ele fosse capaz de algo tão violento com a própria filha. Eu e meus irmãos crescemos acostumados com ele armado pela casa. Tín amos medo de ele nos machucar sem querer.

Aos 17 anos, eu não aguentava mais aquele estresse todo nos EUA e voltei para o Brasil. O resto da família ficou nos EUA, e um dia minha mãe descobriu que minha irmã, então com 13 anos, estava usando drogas com meu pai. Ele ficou com medo de que ela exigisse a guarda dos filhos e resolveu (ugir. Saiu de casa num Rolls- Royce cheio de drogas levando meus três irmãos. Viajou sem rumo pela Califórnia por 14 dias. Minha mãe havia dado queixa, e ele foi preso quando o carro quebrou. Ele ficou pouco tempo preso, porque foi considerado um dependente químico, não traficante. Meus irmãos ficaram sob tutela do Estado americano por 15 dias, até nossa mãe conseguir provar que era seguro eles ficarem sob a responsabilidade dela.

Meu pai parou de usar drogas há cinco anos, depois de 25 anos. Foi quando ele realmente percebeu que tinha perdido a família e resolveu mudar. Hoje, ele está com 62 anos. Minha mãe se casou há dez anos com um cara superlegal, está feliz. Moro num apartamento com meu filho de 17 anos, do namorado que conheci aos 19 na clínica para tratar a bulimia. Minha família me deu o apartamento em 2006 e me ajuda ainda, mas eu controlo minha vida. Por muito tempo, morei com meu filho no apartamento do meu pai. Vivia com medo de que o menino, então com 6 anos, sofresse o que eu sofri e se tornasse uma pessoa insegura como fui, com problemas de identidade e medos. Parti para o ataque, escrevendo cartas para vovó e mamãe, telefonando todos os dias, implorando que me dessem uma condição de sair dali. Minha avó finalmente comprou um apartamento em meu nome. Consegui minha independência e passei a ter noção do que era ter uma vida real, com limites, compromissos, responsabilidades. Foi como acordar para a realidade.

Acordei ainda mais quando comecei a fazer psicanálise, há quatro anos. Minha avó não queria, porque não tinha noção de quanto a história de meu pai fizera mal aos netos. Achava que tínhamos de ajudar meu pai, não a nós mesmos. No desespero, ameacei: se não me ajudasse a pagar, iria aos jornais dizer tudo o que passei. Comecei a fazer psicanálise cinco vezes por semana. Finalmente, pensava em mim. Só recentemente passei a prestar atenção a minha cor preferida, ao barzinho aonde eu gosto de ir, livros, discos e decoração da casa. Eu não sabia nada do meu gosto pessoal. Se a empregada perguntava o que meus irmãos queriam comer, eu explicava minuciosamente. Se perguntavam sobre mim, não sabia direito.

Nunca gostei de depender dos outros. Trabalhei muito como modelo, período em que conheci meu ex-marido, Eduardo Rodrigues, com quem fui casada por cinco anos. Entrei para a faculdade, cursei quatro anos de Direito, dois de moda. Eu seria uma ótima advogada, mas não consegui levar para a frente. Tive de parar tudo e cuidar de mim. Agora, quero terminar a faculdade de jornalismo e fazer pós em psicanálise. Penso em criar uma clínica para dependentes químicos. Só consigo ver meu pai umas duas vezes por semana para não me envolver na vida dele de novo. Não que eu não queira, mas não posso. Amo meu pai mais do que tudo, ele é meu amor. Mas também preciso cuidar de mim.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– E sobram Ovos de Páscoa! São de chocolate ou de ouro?

Os ovos de chocolate não estão caros. Estão caríssimos!!!

Leio que estão encalhando nos supermercados, pois muitas pessoas estão comprando ovos caseiros, mais baratos e com mais bombons.

Acontecerá às vésperas do domingo o que acontece depois da Páscoa: promoção do tipo “leve 2 pague 1”.

A verdade é que os fabricantes sempre abusam do oportunismo da data. Neste ano, com o país em crise, se deram mal.

E saber que no Exterior, o mesmo ovo é mais barato…

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Quem é o “Guarda-Chuva” no seu emprego ou na sua vida pessoal?

Todos nós temos momentos de dificuldade no trabalho ou em casa. São fases, que podem ou não ser momentos ruins, depressão ou qualquer outra coisa.

Compartilho essa ótima analogia sobre o “Guarda-Chuva” e nossa proteção nesses momentos pessoais ou de labuta, abaixo, extraído de: https://jrsantiagojr.medium.com/sabe-quando-as-coisas-parecem-não-evoluir-e-tudo-parece-dar-errado-2846f82ba772

SABE QUANDO AS COISAS PARECEM NÃO EVOLUIR E TUDO PARECE DAR ERRADO? O QUE O GUARDA-CHUVA TEM A VER COM ISSO

Por Prof José Renato Sátiro Santiago

Uma vontade gigantesca de jamais sair da cama parece nos invadir. Certa vez acreditei que isso seria um sintoma de depressão. Não é, pode ser sono mesmo. Ainda assim, seja qual o for a nossa idade e situação pessoal ou profissional que estejamos vivendo, todos estamos sujeitos a isso. Aliás, talvez todos já tenhamos sentido isso em algum momento de nossas vidas. Alguns estão passando por isso neste exato momento. Outros vivem neste estado. Faz parte.

Evitar, obviamente, é o melhor a se fazer, mas isto parece tão igual quanto qualquer propaganda em prol da vacinação: “É melhor prevenir do que remediar.” Nem sempre temos o controle das variáveis que podem nos levar a uma sensação de pouco sucesso ou de tristeza, fracasso e solidão (não que elas estejam juntas).

A forma como pequenas coisas têm o poder de nos afetar pode chegar a níveis bem altos, e nem sempre temos conosco uma taxa satisfatória de anticorpos que nos proteja delas. Talvez por isso que evitar seja tão mais improvável e difícil.

Sendo assim, uma vez que estejamos dentro de situações inadequadas, o que nos cabe é sair delas o mais rápido possível. E isso está inteiramente sob nosso controle. A boa notícia é que, de certa forma, isto já está presente no nosso instinto, sim nos temos isso.

Muitas vezes eventuais sensações de marasmo têm origem no ambiente em que vivemos. Nestes casos, podem estar onde trabalhamos, junto aos nossos colegas ou amigos e, até mesmo, com os nossos entes.

Ao contrário do que acontece quando há claras expectativas de dias com muito sol a frente, a pequena possibilidade que uma tempestade poderá vir e nos levar ao meio de uma enxurrada tem um poder muito maior de nos afetar, uma vez que já teremos a crença que iremos nos afogar nela.

Um grande paradoxo tentar entender como as expectativas boas não conseguem nos influenciar com a mesma intensidade que as negativas.

Até parece que somos seres fadados ao pessimismo, o que certamente não é verdade.

Uma prova disso é que, quando nos encontramos no meio de uma enorme tempestade, e estamos sem os devidos anticorpos, no caso o guarda-chuva, a primeira coisa que fazemos é nos movimentar, no caso, sair correndo para algum lugar que nos abrigue.

Nestes momentos, poucas vezes encontraremos alguém com um guarda-chuva disponível. E mesmo quando achamos tão pouco será provável que ele esteja predisposto a ceder um espaço para que possamos nos abrigar.

A primeira razão para que isso aconteça é que normalmente não há espaço o suficiente para proteger mais de uma pessoa embaixo de um único guarda-chuva. Sendo assim, no caso, é inegável que o dono do guarda-chuva também se molhará.

Isto talvez gere a segunda razão. Nem sempre o dono do guarda-chuva olhará para os lados e/ou irá se dispor a compartilhar de seu pequeno abrigo, preferindo seguir em frente.

Na verdade, há alguns donos de guarda-chuva, que continuam andando no mesmo passo, lento, obstruindo a passagem daqueles que se molham de forma abundante e que correm atrás de um abrigo.

Enfim, uma vez no meio da tempestade, nos movimentar, apertar o passo e até mesmo correr, é a solução, e isso certamente todos nós já fazemos.

Por mais que possamos nos molhar pouco ou muito, agindo desta forma, não demorará, sairemos da tempestade.

Nossa roupa ficará molhada, mas ela se enxugará.

Podemos pegar um resfriado, que passará, algumas vezes nem precisaremos tomar remédio para isso.

Por fim, algo ficará em nossa mente: Porque não carregar um guarda-chuva sempre conosco?

A resposta é simples: Ninguém carrega guarda-chuva todos os dias.

Quando muito quando achamos que vai chover.

E nestes casos, por mais que as previsões estejam corretas, as chuvas não passam de poucas gotas.

As chuvas que nos derrubam não são as mais fortes, e sim aquelas que nos pegam de surpresa, sem que tenhamos previsto uma forma de sair dela.

E neste caso, bastam que sejam bem poucas gotas para que nos afoguemos.

Imagem extraída do link acima citado

– Valorização por resultados ou por relacionamentos?

Comumente, discutimos em sala de aula a respeito do ambiente organizacional. Historicamente, as empresas, desde os tempos tayloristas, determinaram valores imprescindíveis às organizações. Esses valores deveriam ser cuidados com atenção, pois eram as variáveis determinantes do sucesso na empresa. No começo do século, tal variável foi a boa realização das tarefas (executar corretamente o serviço era o principal). Na década de 20, surgiu a preocupação com a manutenção da estrutura (estrutura forte, organização perene) . Já nos anos 30/40, surgiu a preocupação com o relacionamento social, e descobriu-se, pasmem, que o grande patrimônio das instituições eram suas pessoas. Nos anos 70 a preocupação começou a se transferir para a harmonia nas relações do trabalho, focando o ambiente. Por fim, a última variável, iniciada nos anos 90, passou a ser tecnologia. Hoje, talvez possamos afirmar que a nova variável é a informação, compartilhada pelos meios de comunicação, mas também por conhecimentos agregados pelos funcionários. Assim, a valorização do empregado e o bom relacionamento estão novamente em voga.

Diante disso, compartilho um artigo interessante, de Adriano Silva, extraído do Blog do Executivo Ingênuo, discutindo onde seria melhor trabalhar: nas empresas que valorizam o relacionamento ou os resultados?

Extraído de: http://portalexame.abril.com.br/blogs/manualdoexecutivo/listar1.shtml

ONDE VOCÊ QUER TRABALHAR?

Há empresas que tem uma cultura baseada no relacionamento. E há empresas que tem uma cultura baseada nos resultados. Claro que nas empresas que priorizam o relacionamento o bottom-line também é importante. Claro que nas empresas que priorizam os resultados o networking também é levado em conta. Mas o que as separa de modo cabal é o estilo que estas escolhas dão à empresa, ao clima interno, ao tipo de gente que conseguem atrair, formar e reter.

Nas culturas de relacionamento, você precisa fazer conexões com todo mundo, precisa ser gostado, precisa ter a confiança absoluta do seu chefe, precisa ser cordato ainda que preferisse discordar, precisa obedecer ainda que preferisse questionar, precisa virar um yesman para não desagradar ninguém. Nesses ambientes, é preciso ser político. Fazer alianças, conchavar, nunca dizer o que está pensando de verdade e nunca dizer nada frontalmente. Em empresas que operam por essa lógica, as árvores estão cheias de cágados. Como você sabe, cágados não sobem em árvores. Antes que você fique intrigado, e às vezes indignado, com o fato de aquele quelônio estar num galho tão alto, num lugar completamente fora das possibilidades concretas daquele animal, lembre de que alguém colocou o cágado lá em cima. E é para ficar lá exatamente porque ele é um cágado.

Nas culturas de resultado, você precisa inovar, fazer acontecer, trazer o número, bater a meta. Precisa expressar as suas divergências para que elas não sejam soterradas, inchem debaixo do tapete, e atrapalhem a sua performance e a do time – o que acaba sendo ruim para todo mundo. Uma amiga me conta que o presidente da Inbev, Carlos Brito, faz uma exigência muito clara a todos os seus colaboradores: “Não tenha dor de estômago.” Significa não guardar nada, para não virar bílis. Significa explicitar as discordâncias, resolvê-las abertamente, e seguir vivendo e produzindo. Em ambientes assim, conversas laterais, amarrações silenciosas e pactos secretos não pegam muito bem. O negócio é ser transparente e exigir transparência, disseminar e consumir informação abertamente, e ganhar dinheiro.

Onde você prefere trabalhar?

Resultados do varejo aliado a inovação e valorização do shopper

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Gestão ou Administração de Empresas?

Admiro muito o professor Stephen Kanitz. Tenho livros dele e o sigo no Twitter (e ele me segue, dá para acreditar? Me sinto orgulhoso!).

Recentemente, ele tratou em seu blog sobre as diferenças entre “Gestão das Empresas” e “Administração de Empresas”. Para a maioria, gerir e administrar são as mesmas coisas. Entretanto, Kanitz diferencia os modos de administrar no século 21 e gerir no século 16.

Para os Administradores de Empresas, um ótimo artigo! Abaixo:

Extraído de: http://blog.kanitz.com.br/2011/03/gest%C3%A3o-ou-administra%C3%A7%C3%A3o-qual-%C3%A9-a-diferen%C3%A7a-.html?

GESTÃO OU ADMINISTRAÇÃO. QUAL A DIFERENÇA?

Por Stephen Kanitz

Administradores invariavelmente usam o termo Administração, e não Gestão. Afinal, ninguém estuda quatro anos ou mais, segue os princípios éticos e o juramento da profissão, para jogar fora o termo tão duramente conquistado.

Gestão normalmente é usado por aqueles que não são formados, e pior, que não acreditam que Administração acrescente muito valor à sociedade.

Gestão não vem de Gerar ou Gestação. Administrar não é levar a termo nove meses um projeto, como muitos acreditam.

Gestão vem de Gesto, Gesticulação. Eram aqueles que gesticulavam, que apontavam com o dedo indicador onde o carregamento de alimentos deveria ser deixado ou estocado. Coloque este fardo aqui.” “Coloque este outro ali.”

Lembre-se que administrar, controlar e cuidar dos estoques estratégicos de comida era uma das primeiras funções administrativas da humanidade.

Os “Gestores” indicavam onde os escravos deveriam colocar os fardos que estavam entregando. 

Gestores ainda usam termos como “indicadores” de produção, “apontar” uma solução, “apontamentos” de uma reunião, remanescentes da época em que administrar era basicamente apontar com o indicador a direção a seguir.

“Contratos de Gestão”, técnica que gestores adoram, são apontamentos escritos em contrato, onde “indicadores” de desempenho são previamente acordados pelo “dirigente”. Apontam com o indicador o que querem que seja cumprido. 

Isto não é Administração do Século XXI, isto é gestão do Século XVI que ainda usamos nas empresas estatais e empresas de gestão familiar. 500 anos de atraso administrativo.

Se você usa ainda o termo Gestão, cuidado. Você está mostrando para todo mundo que acredita que administrar é dar ordens para subordinados onde colocar isto e onde colocar aquilo. Mas administração moderna é muito mais do que isto, nem preciso relembrar.

Portanto, preste atenção quem são aqueles que ainda usam o termo Gestão.  E reze.

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Reprodução da Internet, imagem comum na Web, autoria desconhecida.

– As 10 empresas com melhor reputação no Brasil.

Você escolher uma empresa como “a melhor” de qualquer setor é difícil. E a com melhor reputação no Brasil inteiro, independente da atividade? Mais difícil ainda!

Pois bem: a Exame fez seu ranking (com critérios respeitáveis) e publicou em: https://exame.com/negocios/natura-tem-melhor-reputacao-do-brasil-pelo-nono-ano-consecutivo/

Adiantando as TOP 10, abaixo:

Posição em 2022 EMPRESA SETOR
1 NATURA COSMÉTICOS E PERFUMARIA
2 AMBEV BEBIDAS
3 ITAÚ UNIBANCO SERVIÇOS FINANCEIROS
4 GOOGLE INDÚSTRIA DIGITAL
5 MAGAZINE LUIZA VAREJO
6 MERCADO LIVRE COMÉRCIO ELETRÔNICO
7 GRUPO BOTICÁRIO COSMÉTICOS E PERFUMARIA
8 NUBANK SERVIÇOS FINANCEIROS
9 BRADESCO SERVIÇOS FINANCEIROS
10 TOYOTA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Natura: empresa tem melhor reputação corporativa do Brasil em 2022 (Leandro Fonseca/Exame)

Imagem: Leandro Fonseca/Exame.

– Postos de Combustíveis e Crime Organizado.

Do ano passado, mas atual:

Frente aos bandidos, tudo é mais difícil: como os proprietários de postos de combustíveis honestos sofrem frente a picaretagem.

Extraído de: https://www-moneytimes-com-br.cdn.ampproject.org/c/s/www.moneytimes.com.br/crime-organizado-drena-bilhoes-de-postos-de-combustiveis-no-brasil/amp/

CRIME ORGANIZADO DRENA BILHÕES DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

Viaje pelo Brasil e você perceberá em quase todo lugar sinais da BR Distribuidora (BRDT3), proprietária da maior cadeia de combustíveis da América do Sul.

O clássico logotipo verde e amarelo da companhia que remete à Petrobras (PETR3; PETR4) é presença constante nas pequenas e grandes cidades do país.

Menos conhecido, porém, é o esforço da BR para afastar sua rede varejista de supostos vigaristas. Em 2019, a empresa expulsou centenas de franqueados independentes de sua rede por “irregularidades”, incluindo evasões fiscais e comercialização de gasolina adulterada, disse à Reuters um porta-voz da distribuidora.

No total, a BR Distribuidora retirou seu nome de 730 pontos de venda, cerca de 10% de sua rede à época no Brasil, segundo a empresa.

Mas outros suspeitos de crimes continuam operando postos da BR. Um importante franqueado no Rio de Janeiro, por exemplo, foi acusado por procuradores estaduais pelo menos 12 vezes por crimes relacionados a combustíveis nos últimos 15 anos, e atualmente é julgado por supostas participações em uma ampla quadrilha de transporte ilegal de combustível, de acordo com documentos judiciais vistos pela Reuters.

Ele não foi condenado em nenhum dos processos examinados pela agência de notícias.

A situação da BR não é exclusiva. Vigaristas se infiltraram nas quatro maiores redes de combustíveis do Brasil. Estima-se que controlem centenas –senão milhares– de postos, de acordo com entrevistas da Reuters com mais de duas dezenas de autoridades da indústria e policiais.

A Reuters também analisou milhares de páginas de processos judiciais e registros de execução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os trapaceiros vendem gasolina roubada e utilizam bombas adulteradas para comercializar aos clientes menos do que o total pago, segundos as entrevistas e documentos.

Crimes mais graves também são recorrentes. Alguns empresários utilizam seus postos para lavar dinheiro para gangues como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior grupo de crime organizado da América do Sul, e para milícias –empreendimentos criminosos compostos em parte por policiais aposentados e fora de serviço–, afirmam as autoridades.

No Sul do Brasil, o proprietário de um posto está sendo julgado pelo assassinato, em 2017, do chefe de um órgão de vigilância do setor, que investigava suspeitas de fraude nas operações do empresário.

O crime com postos de combustíveis é lucrativo. Os ganhos ilícitos nas bombas do país chegam a 23 bilhões de reais por ano, de acordo com uma estimativa feita em novembro pelo Instituto Combustível Legal (ICL), grupo fundado no ano passado para combater fraudes.

O presidente Jair Bolsonaro culpou proprietários de postos por enganar o Tesouro e prejudicar motoristas em meio à revolta pública com os recentes aumentos nos preços dos combustíveis.

“É um negócio bilionário”, disse Bolsonaro em uma transmissão ao vivo em redes sociais em fevereiro, na qual citou fraudes fiscais e em termos de quantidade e qualidade dos combustíveis.

Em notas enviadas à Reuters, as maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil por participação de mercado –BR, Ipiranga, Raízen e Ale– reconheceram lidar com malfeitores em seus pontos de venda, todos de propriedade de franqueados independentes.

Juntas, essas quatro empresas respondem por quase metade dos postos do Brasil. Os distribuidores disseram que trabalham com diligência para eliminar os vigaristas, fornecendo informações sobre supostas condutas ilícitas à polícia, procuradores e órgãos reguladores.

Essas companhias possuem ligações com alguns dos maiores nomes da indústria petrolífera mundial. A Raízen Combustíveis, por exemplo, é uma joint venture entre Shell e o grupo Cosan (CSAN3); ela conta com cerca de 5 mil postos com bandeira Shell no Brasil, segundo os dados mais recentes da ANP.

A Ale Combustíveis, com cerca de 1.500 postos, é uma unidade da suíça Glencore. A BR possui aproximadamente 7.800 unidades. Já a Ipiranga, que pertence à Ultrapar, tem 7.105 postos no Brasil.

As ações judiciais que visam eliminar supostos infratores de suas franquias podem levar anos em meio ao sistema judiciário brasileiro, afirmaram autoridades do setor.

Medidas periódicas, como a “limpeza da casa” feita em 2019 pela BR, podem ser ineficientes, já que malfeitores encontram maneiras de obter o controle de outros postos, disse Carlo Faccio, diretor do ICL.

“O combustível está numa situação muito ruim”, afirmou. “A gente ainda está muito atrás, tem muito para ser feito.”

Nenhuma agência governamental monitora quantos postos de combustíveis têm ligações com criminosos condenados ou suspeitos de crimes no Brasil.

A Reuters analisou autos judiciais no Estado do Rio de Janeiro –que, segundo as autoridades, é um dos focos da atividade ilícita.

A agência de notícias identificou 20 proprietários de postos que foram indiciados ou condenados por crimes relacionados ao combustível desde 2015.

Em conjunto, os 101 postos que eles possuem representam cerca de 4% de todos os pontos de venda de combustíveis no Rio. A maioria desses proprietários possuía conexões com grupos do crime organizado, de acordo com procuradores e documentos judiciais apresentados em vários processos criminais.

Guilherme Vinhas, sócio do escritório Vinhas e Redenschi Advogados, no Rio de Janeiro, que já trabalhou para todas as grandes distribuidoras, disse que a infiltração criminosa no setor varejista de combustíveis se tornou uma grande preocupação para seus clientes.

“As empresas monitoram isso, e há uma preocupação”, afirmou Vinhas.

Oportunidade irresistível

No México, por exemplo, os ladrões que acessam oleodutos custam à petroleira estatal Pemex 15 milhões de pesos (738 mil dólares) por dia, disse o presidente-executivo da empresa, Octavio Romero Oropeza, no ano passado. Esse combustível roubado costuma ser “cercado” por proprietários de postos de gasolina cúmplices das irregularidades, de acordo com as autoridades mexicanas.

Mesmo assim, executivos da indústria afirmam que os ladrões do Brasil estão entre os piores do mundo, em parte devido a um regime fiscal que, segundo eles, convida à trapaça.

Os impostos sobre combustíveis no Brasil variam de Estado para Estado. O imposto estadual sobre o etanol, por exemplo, é de 32% no Rio de Janeiro, ante 13% na vizinha São Paulo. Isso cria um incentivo para que os criminosos comprem combustíveis de unidades com impostos baixos para revendê-los em Estados com impostos mais altos para donos de postos desonestos, que cobram dos clientes o imposto e embolsam a diferença, disseram membros do setor.

“É o sistema tributário mais complexo que eu conheço”, disse Marcelo Araújo, presidente da Ipiranga, durante uma conferência virtual do setor em dezembro.

Os criminosos do Brasil abocanham 7,2 bilhões de reais por ano apenas com a evasão fiscal dos combustíveis, de acordo com estudou de 2019 da Fundação Getúlio Vargas.

Autoridades destacaram que a adulteração da gasolina com etanol ou outros líquidos é mais um dos truques utilizados para aumentar os lucros.

Mas algumas das maiores recompensas para os proprietários de postos, segundo autoridades e fontes em empresas, vêm da utilização de seus meios para lavar dinheiro para organizações criminosas.

Entre os donos de postos cariocas com antecedentes criminais identificados pela Reuters está Cleber “Clebinho” Oliveira da Silva. Atualmente, ele possui dois postos de gasolina no Rio, de acordo com cadastros corporativos –um posto independente, sem filiação com qualquer marca nacional, e outro franqueado da Ipiranga.

Em 2018, Silva foi condenado na esfera estadual por pertencer à Liga da Justiça, uma das maiores milícias do Rio. Hoje com 37 anos, ele recebeu uma pena de seis anos de prisão, mas permaneceu em liberdade enquanto recorre da decisão.

Em 2019, Clebinho foi condenado a pagar uma multa e prestar serviços comunitários em um processo à parte, pelo uso de seu posto independente para supostamente lavar lucros ilícitos da Liga da Justiça.

A natureza do serviço comunitário e o valor da multa não foram especificados no documento de sentença. As autoridades afirmam que a Liga da Justiça está envolvida em uma variedade de atividades ilegais, incluindo contrabando de combustível, roubo de automóveis e redes de proteção.

Os procuradores não fixaram a quantia lavada por Silva. Mas o juiz, em sua decisão, citou o depoimento de uma testemunha alegando que a receita mensal do posto mais do que quadruplicou, para 900 mil reais, depois que Clebinho adquiriu uma parcela do negócio, em 2015.

Pouco depois dessa condenação, Silva adquiriu outro posto –este, franqueado da Ipiranga–, segundo os registros corporativos e registros regulatórios.

A Ipiranga disse à Reuters que Silva não fazia parte do quadro societário do posto quando a unidade entrou na rede de distribuição da empresa, em 2008, e que desconhecia seu envolvimento no negócio.

“Se o mesmo compõe atualmente a sociedade o fez à completa revelia da Ipiranga e de forma contrária ao que está previsto no próprio contrato de fornecimento”, disse a empresa em comunicado enviado por e-mail.

Silva não pôde ser contatado para comentários. Seu advogado não respondeu a pedidos por comentários e preferiu não fornecer informações de contato de seu cliente.

Outro suposto envolvido em esquemas com postos é José Rodrigo Gallo de Faria, ex-franqueado da Shell no Rio de Janeiro. Em 2019, procuradores estaduais indiciaram Faria por receber gasolina roubada, segundo uma cópia da acusação, vista pela Reuters. Ele está livre e aguarda julgamento.

Nessa acusação, a polícia descreveu Faria como o “maior fomentador” da chamada Milícia de Xerém, especializada em roubar combustíveis de oleodutos. De acordo com a acusação, em abril de 2019 a milícia invadiu ilegalmente um duto em um bairro popular próximo à cidade do Rio de Janeiro, provocando uma explosão que matou uma menina de 8 anos. Faria não foi implicado na morte da menina.

Um advogado de Faria, Ralph Hage, afirmou que seu cliente é inocente e pode provar que seu combustível era adquirido de forma legal.

A Raízen, que comanda a marca Shell no Brasil, preferiu comentar sobre Faria. Seu empreendimento não possui mais bandeira Shell.

Em janeiro de 2021, poucas semanas após o primeiro contato da Reuters com a Raízen sobre Faria, o posto deixou a rede da Shell e passou a ser independente, segundo registros da ANP.

Uma das figuras mais conhecidas entre os donos de postos de gasolina do Rio de Janeiro é Mário “Marinho” Augusto de Castro, que possui participação em pelo menos 43 empreendimentos do setor no Estado, segundo registros societários vistos ​​pela Reuters.

Castro foi alvo de pelo menos 15 investigações policiais nas últimas duas décadas, todas envolvendo combustíveis, de acordo com registros da Polícia Civil analisados ​​pela Reuters.

Neste momento, ele se defende em pelo menos cinco processos criminais. Em um desses casos, aberto em 2008, os procuradores acusaram Castro de participar de uma grande organização criminosa que contrabandeava combustível de baixa carga tributária para o Estado do Rio.

Pelo menos 18 dos postos de Castro possuem bandeira BR, e ao menos sete são franqueados da Shell, indicam os registros.

Renato Alves, advogado de Castro, disse que seu cliente nunca foi condenado por um crime e nega irregularidades em todos os processos judiciais em andamento. Ele disse que os vários contratos de franquia que Castro possui com a BR e a Raízen mostram que ele é muito respeitado no setor.

A BR disse que não tem conhecimento “da existência de condenação criminal relacionada à atuação do Sr. Mário Augusto de Castro”, acrescentando que a empresa “reforçará a utilização dos mecanismos que emprega para coibir desvios dessa natureza”.

A Raízen preferiu não comentar sobre Castro.

Revidando

Com frequência, distribuidoras de combustíveis abrem processos contra franqueados que suspeitam manter atividades irregulares, em um esforço para rescindir seus contratos, de acordo com várias fontes de empresas e processos judiciais vistos ​​pela Reuters.

No entanto, esses casos podem levar anos para chegar aos abarrotados tribunais brasileiro, conforme indicaram entrevistas e registros legais. E mesmo as vitórias não trazem um alívio imediato.

“As decisões judiciais, em regra, não impõem urgência para o cumprimento voluntário da descaracterização e os postos infratores muito comumente se valem de toda sorte de manobras para atrasar o cumprimento das decisões”, disse uma porta-voz da BR por e-mail.

A legislação brasileira determina que os postos de combustíveis no varejo não podem ser propriedade de produtores ou distribuidores de petróleo. Em vez disso, precisam ter como donos terceiros independentes –em geral, indivíduos–, que são livres para comprar e vender postos entre si.

Embora os acordos de franquia normalmente deem às distribuidores o direito de aprovar as transações, essas vendas acabam criando um mecanismo através do qual agentes sem escrúpulos podem adquirir redes conhecidas negociando diretamente com os proprietários dos postos, disse um porta-voz da distribuidora Ale, da Glencore.

“Em alguns casos, contrárias às condições contratuais em vigor, as mudanças de propriedade podem ocorrer sem o consentimento da companhia ter sido obtido”, afirmou.

Clebinho, condenado por lavagem de dinheiro, adquiriu seu posto Ipiranga em 2019 de dois indivíduos que possuíam um acordo de franquia pré-existente com a companhia, mostraram registros regulatórios.

Autoridades afirmam que os crimes no setor de combustíveis se tornaram tão lucrativos para o submundo do Brasil que aqueles que tentam impedi-lo estão em risco.

Em 23 de março de 2017, Fabrizzio Machado da Silva, presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis, entidade do Sul do Brasil, foi morto a tiros no lado externo de sua casa em Curitiba.

A polícia alega que o assassinato foi planejado por Onildo Chaves de Córdova II, empresário da região irritado com as investigações da associação sobre possíveis adulterações de combustíveis e manipulações de bombas em três de seus postos de gasolina independentes, segundo a acusação criminal e Luis Roberto de Oliveira Zagonel, advogado da família de Machado da Silva.

Procuradores estaduais acusaram Chaves de homicídio. Ele está livre e aguarda julgamento, para o qual uma data ainda não foi definida.

O advogado de Chaves, André Pontarolli, disse que seu cliente é inocente, acrescentando que as investigações policiais sobre as práticas comerciais de Chaves não resultaram em quaisquer acusações.

A Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis, enquanto isso, foi desfeita logo após o assassinato de Machado da Silva, disse Zagonel.

Como escolher o melhor local para montar um posto de combustível? | Blog Minaspetro

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem conhecer o autor, favor avisar para informar o crédito.

– Contra reuniões de trabalho enfadonhas… o verde!

Mas há estratégias que podem ajudar a encurtar os encontros e acelerar o processo decisório sem percalços.

Uma delas é marcar reuniões externas, que incentivem a criatividade na hora de construir um novo projeto, diz Isis Borge, gerente da consultoria de RH Robert Half.

Também ganham espaço os modelos ágeis, que preveem encontros rápidos e constantes e o uso de painéis que indicam, para toda a equipe, em que pé está o trabalho.

Mas é vital insistir para que os funcionários mudem a forma de trabalhar, ou o novo modelo não funcionará, diz o especialista em produtividade Christian Barbosa.

Veja quais são os principais erros na hora de marcar uma reunião, segundo especialistas, e como evitá-los. 

A reunião é enfadonha e não estimula o funcionário a propor novas ideias

Há quem seja adepto dos encontros em pé, como o gerente de projetos Thiago Nicolussi, 33, da Tevec, plataforma de gestão para a cadeia logística.

“A ideia é que, sem uma cadeira, as pessoas se sintam mais incentivadas a resolver logo seus assuntos e voltar para suas mesas”, afirma a gerente da recrutadora de RH Robert Half Isis Borge.

Outros gestores optam por saídas ao ar livre quando a proposta da reunião é gerar novas ideias. O administrador Marcelo Cansini, 48, fundador da empresa de intercâmbio World Study, reúne a equipe em parques.

“Além de diminuir a distância entre gestor e profissional, essa opção impulsiona a criatividade, já que as ideias surgem em um ambiente aberto, cheio de verde, e não há distrações”, conta.

Cada um só sabe de suas próprias funções

Use um painel que especifique o que precisa ser feito, o que está em andamento e o que ainda está pendente, o que permite uma visão mais clara do todo. Vale até usar post-its para ajudar no processo.

A Boali, rede de alimentação saudável, passou a usar um aplicativo de gestão aberto a todos os colaboradores, que ajuda a informar a todos sobre os projetos.

Entre as opções estão o Trello e o Google Sheets, disponíveis em plataformas como Android e iOS.

“Se todos já sabem qual é o andamento das atividades e quem é o responsável por elas, a tomada de decisão é muito mais simples e a reunião fica mais curta”, afirma Victor Giansante, 32, presidente da empresa.

A reunião é marcada de última hora e não há pauta

Todos os encontros devem ter uma agenda com, no máximo, três assuntos, diz o economista e administrador Vicente Picarelli Filho, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas).

“Os tópicos devem ser compartilhados com a equipe para que possam levantar dados, cenários e soluções, e não pensar em ideias ali mesmo”, afirma.

O gestor deve evitar marcar reuniões de última hora, mas avaliar quando realmente precisa da ajuda de toda a equipe, aponta o doutor em ciências sociais e professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) Carlos Vital Giordano.

E é preciso convocar as pessoas certas para o encontro. “Se aquele profissional não pode contribuir com uma ação clara, não vale a pena chamá-lo”, afirma Isis Borge, da Robert Half.

Os encontros duram tempo demais

Reuniões que têm o objetivo de corrigir o fluxo de atividades podem durar até 15 minutos.

Mesmo que mais longas, elas devem ter hora predeterminada para acabar, diz Picarelli, da FGV.

“É fundamental que, ao final do encontro, todos saiam com uma incumbência ou que uma decisão seja tomada.”

Mas elas só dão certo se existir comunicação efetiva entre os membros da equipe, ou seja, se o funcionário entendeu a informação ou pedido passado.

E um estudo de 2015 da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, recomenda que pelo menos um dia da semana seja livre de reuniões.

O consultor de produtividade Christian Barbosa recomenda o uso de um cronômetro para que a conversa não dure mais que o combinado. “O que não dá é pra deixar o tempo correr.”

Não há quem conduza a reunião e o assunto se perde

Toda a reunião deve ter um líder, seja o gestor da área ou do projeto, e ele deve ser responsável por identificar os obstáculos que deixam a equipe mais lenta e formas de aprimorar a produtividade.

O condutor também deve prezar pela objetividade, sem deixar que outros assuntos dominem a pauta estipulada antes do encontro.

“Fica mais difícil desempenhar essa função de corrigir a rota se a pessoa concede demais, por isso deve ficar atenta para não cometer esse erro”, diz Picarelli.

Nicolussi, da Tevec, busca ser direto para que as decisões sejam tomadas rápido. “Tínhamos reuniões muito longas, que desgastavam a todos. Vi que precisava aprender a identificar os gargalos e não me aprofundar nos detalhes que não ajudam o trabalho”, conta.

47% dos profissionais acham que perdem tempo ao serem convocados para reuniões sem propósito

30 minutos é a duração máxima ideal para uma reunião

60% das horas de trabalho de um CEO são ocupadas por reuniões

1/3 das reuniões não são produtivas e não ajudam a equipe a alcançar seus objetivos

75% não aprovam atender ou mexer no celular durante reuniões

86% acham inadequado ler ou enviar mensagens de texto

Fontes: Universidade do Sul da Califórnia, consultoria de remuneração Salary.com, Carlos Vital Giordano (professor do MBA Gestão Estratégica de Negócios da FAAP), Harvard Business School, Triad

SAO PAULO/SP BRASIL. 25/05/2017 - Novas formas, mais produtivas, de fazer reunioes no trabalho. Marcelo Cansini, Presidente da World Study (camisa polo azul), faz reunioes no Parque do Povo como forma de motivar a equipe.(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, COTIDIANO)***EXCLUSIVO***
Reunião da empresa de intercâmbio World Study no Parque do Povo, em São Paulo. Crédito da foto: Ana Rangel, FSP.