Há exatos 4 anos, pude me regozijar por tal fato! Agora, devido a pandemia, fui obrigado a cessar as doações. Mas continuo incentivando! Abaixo, repost:
Muito feliz: hoje, dia de doar plaquetas! E ao todo: minha 100a vez.
A causa da doação voluntária surgiu em minha vida quando minha mãe estava doente, em 1995. Nunca havia doado nada e nem tinha noção da importância de tal gesto, e quando minha querida progenitora precisou, fraquejei.
Tentei doar a 1a vez logo quando ela necessitou. Desmaiei antes de começar o processo.
Tentei uma 2a vez, e ao ver o sangue passando pela mangueira à bolsa, idem.
Na 3a e última tentativa fracassada, em maio de 1997, meu estado emocional era ruim devido a gravidade da doença da minha mãe. A minha pressão caiu e fiquei extremamente perturbado. Uma senhora que estava à espera da doação se prontificou a doar para ela. Eu, ingênuo, agradeci e recusei, dizendo à generosa mulher que doasse sangue para o ente ou amigo que ela estava se prontificando. A resposta dela me marcou até hoje:
“Eu não estou doando para ninguém que eu conheça, sou doadora voluntária e minha alegria é doar para aqueles que não podem agradecer e que eu nem sei quem é. O prazer em doar é simplesmente o de ajudar!“.
Foi um tapa em minha cara! Jamais pensei em “doação voluntária”, e por ter fobia de agulhas e sangue (não é medo da dor, é a soma da aicmofobia + hemofobia, o trauma de ser espetado e ver o líquido vermelho – uma pura bobagem psicológica), não imaginei que eu poderia doar de verdade e justamente para pessoas que nem sei quem serão as receptoras.
Com a morte da minha mãe, insisti em fazer minha primeira doação voluntária pela honra da memória dela. Foi difícil, mas consegui.
Voltei uma segunda vez, com o propósito simbólico de agradecer à senhora doadora anônima (mesmo que essa pessoa que doou volutária e generosamente para a minha mãe não saiba). Também difícil, mas consegui.
Retornei a 3a vez, desta feita como um desafio pessoal para vencer minha barreira psicológica. Não a venci, mas fiz a doação.
Por fim, voltei ainda mais uma vez para doar voluntariamente, sem o propósito simbólico de devolver um favor, mas sim em ser cidadão solidário. Foi a melhor vez de todas! A alegria na alma extravasava o meu ser!!! Fiquei muito feliz.
Voltei a 5a, a 6a, a 7a… e resolvi encarar a dura missão de doar plaquetas (“dura” para quem é “panaca” como eu e pelas fobias citadas). Consegui, embora no começo pareça ser assustador (mas não é; é somente uma novidade).
Fui outras vezes, e junto dela com minha filhota Marininha, que se encantou com toda magia do “ajudar por amor sem desejar nada em volta” e abraçou a causa. Calma, é claro que ela não é doadora pela idade (um dia será, segundo ela própria), mas incentivando novos doadores sempre desenhando cartazes motivadores da doação.
Hoje, ciente da importância da doação de hemoderivados, estou acompanhado da minha esposa Andréia, das minhas filhas Marina e Estela (na barriga da mamãe), para a minha centésima doação. Pois é, a número 100!
Não sou eu quem deve ser aplaudido por tantas doações (acredite: há muitas pessoas com muito mais doações realizadas do que eu), mas sim as pessoas que INCENTIVAM novos doadores. O sangue e as plaquetas não são produzidos pela indústria farmacêutica, são obtidos por um ato de amor. E graças a uma ilustre e desconhecida voluntária, me tornei um abnegado por esse ato solidário.
Portanto: #DoeSangue, #DoePlaquetas, #DoeHemoderivados. A vida agradece e você sentirá o quão bom é ajudar!
E aqui destaco: agradeço ao Hospital Israelita Albert Einstein, que tão bem me acolhe e me suporta.



(comemoramos com um delicioso bolo de brigadeiro branco com brigadeiro preto, coberto de morangos).
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