– Enéas no Roda Viva!

Uma pérola da televisão brasileira: o Dr Enéas Carneiro (ele mesmo, do bordão “meu nome é Enééééaaaas”) sendo revivido pela TV Cultura no YouTube, no “Roda Viva Retrô”.

Sensacional! De 1994 (ele era candidato a Presidente do Brasil), logo após a URV ser implementada e virando Real, falando de vários assuntos dos dias passados e que são atuais. Comparou os dois candidatos à época, FHC e Lula, e sugeriu um concurso de inteligência para escolher o mais preparado Presidente da República, ao invés de Eleições.

Impressiona, chega a ser folclórico em alguns momentos mas é importante para se entender aquele momento histórico do país.

Em: https://youtu.be/l3EU9bsFkAE

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– 3o turno?

O Valdemar Costa Neto, presidente do PL, quer impugnar as Eleições por conta de não crer nas urnas antigas e alega que o presidente Bolsonaro venceu Lula por 51,05%.

Seria um 3º turno?

No meu íntimo: cansei desses caras. Nem Lula, nem Bolsonaro, nem ninguém desses velhotes populistas.

Vamos “vender o país aos japoneses”, como um dia cantou o Ultraje a Rigor? Talvez seja melhor…

Confira a programação da cobertura do Valor na reta final das Eleições 2022  | Eleições | Valor Econômico

Arte extraída de Valor Econômico.com

 

– Um silêncio perturbador.

Acabou o processo eleitoral. E não é estranho que o atual presidente tenha “sumido do mapa”, nada falando ou nem sequer sendo visto?

Ao menos, reconheça o resultado e peça aos caminhoneiros para desbloquearem as estradas. Não teremos 3º turno!

Apoiadores de Jair Bolsonaro em protesto na rodovia BR-251

Foto: Diego Vara / Reuters, extraído de BBC Brasil

– Isso faz alguém mudar o voto?

Eu e minha família curtindo a paz à beira do Lago do Taboão, e de repente… surge uma carreata política!

Pode ser 12, 13, 15, 22, 45, 50, 171… mas que isso não faz eleitor algum mudar o voto, não faz! Bolsonarista continua votando em Bolsonaro, lulista em Lula e outros em Outros. Simples.

Veja o vídeo com o áudio ligado: https://twitter.com/rafaelporcari/status/1586360732177702913

https://platform.twitter.com/widgets.js

– O debate entre Lula e Bolsonaro no 2º turno na Globo.

E o Debate dos candidatos a Presidente do Brasil?

Uma afronta à inteligência, com horas de populismo, demagogia, acusações e falta de propostas.

Uma vergonha que tenham sobrado dois homens sem conteúdo e com tantas reticências (e resistências). Será que eles pensam que todos os brasileiros são bobos?

Um dos piores embates já vistos. Aliás, no primeiro bloco, pareceu que não sairia do lugar um contra o outro na mesma temática insistente.

Pobre democracia brasileira… parece que vivemos na Suíça hoje. Igualmente a ontem.

Para quem não assistiu, em: https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/10/28/debate-da-globo-do-2o-turno-para-presidente-veja-integra-em-videos.ghtml?UTM_SOURCE=copiar-url&UTM_MEDIUM=share-bar-app&UTM_CAMPAIGN=materias

– Bolsonaro no Inteligência Ltda.

Para quem “ama” ou “odeia” o Bolsonaro (e para “isentões” como eu): O Rogério Vilela, do Inteligência Ltda, fez uma entrevista bacana com o presidente. E o bom é: ele já fez críticas ao atual mandatário e não vacilou em perguntas mais difíceis.

Trocando em miúdos: uma entrevista não-chapa branca.

Em: https://youtu.be/qbTzhB0akt8

– A arrogância é um mal da vaidade… né, Janones?

(IMPORTANTE – NESTA 6A FEIRA, DESCOBRIU-SE QUE A MENSAGEM TUITADA ABAIXO ERA FALSA!)

O deputado André Janones desafiou que “a live de Bolsonaro no Podcast Inteligência Ltda” não teria mais audiência da que a do Lula teve no “Flow”. Apostou, inclusive, seu mandato.

Perdeu, e perdeu feio. E estou muito à vontade para cobrar pois não tenho paixão por nenhum dos dois candidatos. Então… vai renunciar, Janones?

Abaixo, o tuíte arrogante (que serve de exemplo para que nunca tenhamos tais atitudes de fanfarrão).

– Você acredita que os eleitores que votaram em Lula ou em Bolsonaro no 1º turno, mudarão o voto?

Eu não! Nesse extremismo político, o cara é Lula ou é Bolsonaro de verdade. Portanto, nos debates, se os candidatos ficarem na mesma estratégia de sempre, estarão falando para quem já são seus eleitores e agradando somente a eles.

Para conquistar os indecisos e/ou quem votou em Tebet, Ciro ou Soraya, há de se mudar o discurso. “Falar para quem já é convertido, é chover no molhado.”

Arte e Imagem: Ricardo Stucker e Alan Santos/PR, extraído de: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/01/ultimo-datafolha-ipec-o-que-pesquisas-apontaram-em-2018.htm

– Lula e Alckmin vs Bolsonaro e Moro: a incoerência maior é de…

Um dia Geraldo Alckmin disse que Lula queria voltar à cena do crime. Hoje é vice dele…

Um dia Sérgio Moro saiu do Governo Bolsonaro atirando por todo lado. Hoje voltou-se em comunhão com ele…

E você aí, brigando por político?

– O debate do 2º turno na Band: deu Lula ou deu Bolsonaro?

Muitos ataques e poucas propostas no Debate da TV Bandeirantes, com os 2 candidatos se criticando bastante e criando suas narrativas.

Lulistas dirão que Luís Inácio venceu. Bolsonaristas dirão que Jair Messias foi o vencedor. E pra você, quem ganhou?

Para mim, o ponto alto foi a pergunta do Josías de Souza, que questionou sobre os métodos de Lula e Bolsonaro na hora de “comprar apoio do Centrão”!

Para quem não assistiu o debate, aqui: https://youtu.be/iYVk1CeIs60

– A guerra de narrativas é: “quem leva mais”.

Multidões seguindo o presidente Bolsonaro, e nas Redes Sociais as publicações de seguidores dele, tripudiando: “isso a TV Globo não mostra”.

Leio agora uma postagem de uma multidão acompanhando o ex-presidente Lula e um recorte escrito: “isso a TV Record não mostra”.

Que ninguém nos ouça, mas não parece fanatismo demais? Cada um quer vender seu peixe e criticar o outro!

Imagem extraída da Web.

– É Radicalismo Político de Ponta-a-Ponta…

No ótimo Morning Show da Jovem Pan, assisti ao deputado eleito Nikolas Ferreira falando sobre Fake News com o jornalista Guga Noblat.

De um lado, radicalismo de Direita versus radicalismo de Esquerda! Aí não dá… mais sensatez, amigos.

Em especial, assista quando Nikolas é perguntado sobre produção de Fakes. Tá difícil aceitar isso como algo “normal”

Em: https://youtu.be/OsEyW71a2nY

– Igreja não é palanque, diz CNBB em outras palavras.

O Papa Francisco, dias atrás, criticou os aproveitadores da fé. Agora, a CNBB pede para que não se faça campanha durante Missas.

Será que nossos políticos ouviram esses lembretes?

Abaixo, extraído de: https://www.cnbb.org.br/nota-cnbb-exploracao-fe-religiao-votos-2-turno/

NOTA DA PRESIDÊNCIA

“Existe um tempo para cada coisa” (Ecl. 3,1)

Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo 
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Mário Antonio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

– O Debate entre os candidatos a Governador de SP da Band (2º turno).

Foi realizado o primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado de SP (2º turno), com Tarcísio e Haddad falando um pouco mais de propostas (embora a federalização das ideias e discussões tenha acontecido).

Em alguns momentos, de novo o esquecimento de temas paulistas e a disputa entre Lula e Bolsonaro. Mas, ao menos, algumas coisas foram ditas sobre nosso Estado.

Para quem não assistiu, está em: https://youtu.be/wUt8Kns-tn0

– Bolsonaro com Pilhado e Paulo Figueiredo: para amar ou odiar!

Para quem gosta ou desgosta do presidente Bolsonaro, nesse momento se aproxima de 4 horas de live com os jornalistas Pilhado e Paulo Figueiredo.

Sem qualquer juízo / opinião pessoal, para que você tire conclusões: https://www.youtube.com/watch?v=u-ZGL90PfeI

– Simone e Mara: não combinaram no pós-Campanha?

Simone Tebet, candidata do MDB para a presidência da República, declarou voto em Lula e saiu em campanha para ele.

Mara Gabrilli, sua vice, disse que nunca apoiaria Lula pois ele dilacerou o Brasil.

Se eleitas, a “sinergia” entre elas seria grande, não?

– O futuro presidente será o escolhido pela minoria da população.

O último dado oficial brasileiro mostra: nossa população é de aproximadamente 215 milhões de habitantes.

Desse total, são 156.454.011 eleitores (segundo o IBGE, 72% da população).

No último pleito,
57.259.504 votaram em Lula.
51.702.345 votaram em Bolsonaro.
32.672.798 (20,89 % dos habilitados) não foram votar.
9.316.711 votaram em Tebet , Ciro, Soraya, D’ Ávila, Kelmon, Péricles, Manzano, Vera Lúcia e Eymael.
5.452.653 votaram em Branco ou Nulo.

Ou seja: o eleito será escolhido pela maior parte das pessoas (das diversas partes possíveis), mas não pela maioria delas. Só teremos um presidente eleito pela maioria dos eleitores habilitados brasileiros se receber 78.202.006 votos.

Portanto, pela lógica, a maioria dos brasileiros terá escolhido (vejam só) outras opções do que o eleito (o adversário perdedor, somando os brancos e nulos, mais os eleitores que não forem votar).

Em resumo: o eleito (qualquer que seja) será um presidente da minoria da população.

História das eleições no Brasil - Brasil Escola

Imagem extraída de: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/historia-das-eleicoes-no-brasil.htm

– E você brigando por esses caras da Política?

Rodrigo Garcia encheu o saco de Tarcísio, e agora o candidato de Bolsonaro ri com o apoio do atual governador.

Ciro Gomes difamou Lula durante a campanha, e agora o PT recebe o apoio dele e de Tebet, que está no partido de Renan Calheiros.

No fundo, não são todos farinha do mesmo saco? E há quem aplauda tudo isso!

Farinha do mesmo saco, por Helvécio Reis

Imagem extraída de: https://www.maisvertentes.com.br/noticia/2039/artigo-farinha-do-mesmo-saco-por-helvecio-reis

– Um país dividido de pesquisas ilusórias.

As Eleições 2022 mostraram que demorará para o Brasil se unir e que o país está rachado. O “nós contra eles” é de mão dupla, tendo Lula como melhor cabo eleitoral de Bolsonaro e vice-versa.

Veja o mapa dos estados: são dois Brasis, um lulista e outro bolsonarista. As 3ªs vias inexistiram (isso é péssimo para a democracia) e viram um fenômeno interessante: a desidratação de Ciro Gomes, que ficou atrás dos ponteiros até no Ceará:

A derrota de candidaturas alternativas é algo preocupante. Mas existiram outros dois pontos a se observar:

A demora na votação: muitos não sabiam, mas o grande número de idosos na Eleição se referiu ao fato de que votar serviu como “prova de vida” ao INSS, e em alguns lugares isso foi incentivado, ao invés de procurar uma agência da Previdência Social.

Os erros dos institutos de pesquisa: de 8 a 80! De Lula vencendo no 1º turno pelo DataFolha à vitória garantida de Bolsonaro na Brasmarket. Algo deve ser feito para corrigir tanto equívoco! Aliás, DE NOVO, as pesquisas erraram feio no RJ para governador. E em SP, ninguém acertou também.

A lamentar que Jundiaí não fez nenhum deputado. Abaixo, os votos dos candidatos locais (que perderam votos para “forasteiros” no âmbito federal e estadual, como Suplicy, Boulos, Zambelli, entre outros…). A propósito, vemos a reeleição de Tiririca no Congresso.

Ô Brasil…

 

– A nova bancada da bola, nas urnas.

Gilson Kleina e Joel Santana (treinadores), Dinei, Douglas (ex-Corinthians e Grêmio), Marcos Braz, Bebeto… como os candidatos ligados ao futebol se saíram nas urnas?

Extraído de: https://oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2022/noticia/2022/10/bancada-da-bola-de-joel-santana-a-douglas-maestro-veja-como-se-sairam-os-candidatos-ligados-ao-futebol.ghtml

BANCADA DA BOLA

Não é de hoje que personagens ligados ao futebol buscam ingressar na política, e nesta eleição não foi diferente. Em diferentes estados brasileiros, ex-jogadores, ex-técnicos (e até treinadores em atividade), dirigentes e inclusive um sósia de atleta arriscaram-se nas urnas em busca de um cargo eletivo.

Confira, abaixo, como alguns desses nomes e como eles se saíram nas urnas.

Alexandre Kalil — Foto: Divulgação

Alexandre Kalil — Foto: Divulgação

Empresário e ex-presidente do Atlético-MG, responsável por gerir o clube em um período de muitas conquistas, Kalil foi prefeito de Belo Horizonte até março, quando descompatibilizou-se do cargo para disputar o governo de Minas Gerais. Ele é, portanto, a figura do futebol a buscar o voo mais alto este ano. O ex-cartola, porém, não conseguiu levar a disputa ao segundo turno, e o atual chefe do Executivo mineiro, Romeu Zema (Novo), reelegeu-se neste domingo.

O senador Romário (PL), que tenta a reeleição no Rio — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

O senador Romário (PL), que tenta a reeleição no Rio — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

O herói do Tetra ingressou na política em 2014, quando elegeu-se senador. Favorito desde o início da disputa pela continuidade no cargo, o Baixinho, como é conhecido, superou os adversários e foi reconduzido ao cargo até 2030.

Bebeto na Alerj — Foto: Divulgação

Bebeto na Alerj — Foto: Divulgação

Parceiro de Romário na conquista da Copa do Mundo de 1994, escolheu para as urnas o nome Bebeto Tetra. Após três mandados consecutivos na Assembleia Legislativa do Rio, o ex-jogador tentou, agora, uma vaga na Câmara de Deputados. A empreitada não deu certo e Bebeto, com cerca de 25 mil votos, não conquistou uma vaga no Congresso.

Joel Santana, o Papai Joel — Foto: Agência O Globo

Joel Santana, o Papai Joel — Foto: Agência O Globo

Sem treinar um clube desde 2017, Papai Joel decidiu aventurar-se no mundo político. Na campanha, fez piada com o inglês pouco refinado, que virou meme quando ele treinou a África do Sul na Copa do Mundo de 2010. “You tá de brinqueichon uite me, bicho?”, diz ele em uma das propagandas eleitorais. Ele buscou uma vaga como deputado federal pelo Rio de Janeiro, mas só conseguiu cerca de 2.200 votos e não se elegeu.

Gilson Kleina na foto da urna — Foto: Divulgação

Gilson Kleina na foto da urna — Foto: Divulgação

O técnico estava desempregado quando a candidatura a deputado federal no Paraná foi anunciada, mas acabou assumindo o comando do Brusque na disputa da Série B. Chegou a circular que as aspirações políticas seriam, então, deixadas de lado, mas Kleina negou: ele seguia em busca da cadeira na Câmara. Porém, Gilson Kleina não chegou nem aos mil votos e falhou na tentativa.

Bandeira de Mello — Foto: Arquivo

Bandeira de Mello — Foto: Arquivo

Foi presidente do Flamengo de 2013 a 2018, período marcado pela reorganização financeira do clube. No último ano de mandato, tentou eleger-se deputado federal pela primeira vez, sem sucesso. Em busca do mesmo cargo nesta eleição, ele tinha 72.68 votos com 99,9% das urnas apuradas, o suficiente para eleger-se.

Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo — Foto: Divulgação

Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo — Foto: Divulgação

Um dos adversários de Bandeira de Mello na disputa por uma vaga na Câmara foi Marcos Braz, hoje vereador na cidade do Rio. Ele é, também, vice-presidente de futebol do Flamengo. Neste domingo, com cerca de 38.500 votos e 99,9% das urnas apuradas, ele não estava se elegendo, mas tinha chances de se cacifar como suplente.

Dinei, ex-jogador do Corinthians — Foto: Reprodução / TV Record

Dinei, ex-jogador do Corinthians — Foto: Reprodução / TV Record

Famoso pelo faro de gol, o ex-atacante Dinei, ídolo do Corinthians, parece não ter a mesma precisão quando o assunto é disputa política. Ele já arriscou candidaturas seis vezes, aos cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal. Em 2022, a tentativa foi novamente neste último posto, mas o desfecho não mudou: com pouco mais de 2.500 votos, Dinei não foi eleito.

Douglas na foto de urna — Foto: Divulgação

Douglas na foto de urna — Foto: Divulgação

Com passagens por Corinthians, Grêmio e, com menos destaque, Vasco, o ex-jogador, aposentado em 2020, é candidato a deputado federal no Rio Grande do Sul. Ele levou para as urnas o nome “Douglas Maestro Pifador”, reunindo apelidos dos tempos em que brilhava nos gramados. Com 35.538 votos, o craque não deve conseguir se eleger, mas pode ficar com uma vaga de suplente.

Gabigol da Torcida — Foto: Reprodução

Gabigol da Torcida — Foto: Reprodução

Talvez seja a candidatura mais inusitada ligada ao universo do futebol. Conhecido por “atuar” como sósia de Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo, o postulante a deputado estadual no Rio lançou-se com o nome “Gabigol da Torcida”. A semelhança com o artilheiro não foi o bastante para conquistar o eleitorado e, com menos de 2 mil votos, o candidato não se elegeu.

– Dias de distância das Redes Sociais?

Apaixonados eleitores no Facebook e no Twitter “quebram o pau” pelo 13 ou pelo 22. Não importa se é 171, 666 ou qualquer outra coisa. Nem no 12, no 30, no 44, no 15… neles, também não vejo esperança...

Sem brigas: votem no que for mais justo pela sua consciência, para poder cobrar depois. E respeite o voto do seu próximo.

Meu candidato? Eu quero alguém honesto, competente e que tenha credibilidade… tá difícil!

Arte e Imagem: Ricardo Stucker e Alan Santos/PR, extraído de: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/01/ultimo-datafolha-ipec-o-que-pesquisas-apontaram-em-2018.htm

– Uma cédula eleitoral de 1989!

Tudo é na Urna Eletrônica hoje. Mas para quem é mais antigo, se recordará desta raridade: a cédula com as opções em 1989.

Abaixo, para “matar saudade” de alguns nomes. Dificílimo fazer algum X aqui também, hein?

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Imagem Extraída da Web

– O Debate dos Candidatos à Presidência na Globo.

A democracia pede que ouçamos a todos. Assim, os diversos candidatos ao cargo de Presidente da República estiveram na Rede Globo, desde os mais polêmicos aos mais folclóricos.

Se você não assistiu, está em: Debate da Globo para presidente; veja íntegra em VÍDEOS | Eleições 2022 | G1 https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/09/30/debate-da-globo-para-presidente-veja-integra-em-videos.ghtml

Eu quero um candidato honesto, competente e que tenha credibilidade. Mas não consigo achar…

– O Debate da Globo entre os candidatos ao Governo de SP.

O Debate para Governador de São Paulo, na Globo: sem propostas para o Estado, os candidatos “ponteiros” fizeram campanha para Lula e Bolsonaro. E só!

Para quem não assistiu, em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2022/noticia/2022/09/28/debate-para-governador-em-sp-tem-dobradinhas-para-ataques-polarizacao-lula-x-bolsonaro-e-embate-pt-x-psdb-no-estado.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-mobile&utm_campaign=materias

Foto: Fábio Tito, G1, extraído do Link acima.

– Faltar em debate não é legal.

Lula disse que não vai ao debate do SBT. Péssima decisão… TODOS os candidatos devem ir a todos os debates convidados, para o bem da democracia brasileira.

As desculpas foram demagogas: “tempo do convite” (os organizadores alegam que há meses houve o contato) e a falta de tempo para estudar o “Padre-candidato” que substituiu o Roberto Jefferson no PTB

Aí não cola, né?

Estou “a pé de candidato”. Quero alguém honesto, competente e que traga credibilidade. Não vejo nenhum.

– As pesquisas estão cansando…

Todo dia tem pesquisa eleitoral nova. E… quem as paga?

Na eleição passada, errou-se feio com Witzel no RJ. Há também outros erros históricos em muitas outras.

Deixo claro: respeito pesquisas e as suas metodologias, mas isso não quer dizer que são perfeitas. Neste ano, em particular, a diferença percentual de institutos é grande, embora os ponteiros Lula e Bolsonaro tenham polarizado.

Aguardemos as urnas.

– Populismo não tem ideologia.

Leio que Bolsonaro é criticado por defender seu governo e fazer campanha eleitoral, no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.  Igualzinho o que fizeram Lula e Dilma Roussef!

Muda-se a roupa, mas o comportamento é o mesmo

– Foram à casa do Moro para…

Quer dizer que todo o estardalhaço feito com a diligência contra Sérgio Moro foi por conta da… letra do panfleto eleitoral?

O tamanho da letra merecia uma investigação do STE com ida à casa do ex-juiz?

Barbaridade… parece que os caras pegos na Lava Jato agora vão desforrar. Segundo o Yahoo: 

“A Justiça Eleitoral cumpriu, na manhã deste sábado (3), mandados de busca e apreensão na casa do ex-juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR). Candidato ao Senado pelo Paraná, Moro (União Brasil) é acusado de distribuir materiais de campanha irregulares. O TRE do Paraná (Tribunal Regional Eleitoral) atendeu um pedido dos advogados do PT que alegaram que os materiais impressos da campanha do ex-juiz violam a legislação eleitoral. O advogado do partido, Luiz Eduardo Peccinin também reclamou à Justiça que as redes sociais de Moro têm veiculado propaganda irregular, “ante a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro é candidato ao Senado pelo União Brasil e disputa vaga pelo Paraná. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

– Sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, com que criou a proteção delas:

Muito curioso: o engenheiro que criou a camada de proteção das Urnas Eletrônicas fala sobre a segurança delas. Em teste, poderiam ser burladas. Mas na prática, não.

Leia e tire suas conclusões:

Extraído de: https://revistapesquisa.fapesp.br/osvaldo-catsumi-imamura-um-dispositivo-seguro/

OSVALDO CATSUMI IMAMURA: UM DISPOSITIVO SEGURO

Por Yuri Vasconcelos e Neldson Marcolin

Um ano antes de cada eleição, se reúnem na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, um grupo de pessoas previamente inscritas com o objetivo de tentar invadir a urna eletrônica. Trata-se do Teste Público de Segurança (TPS), um evento que ocorre desde 2009 com especialistas em computação independentes ou ligados a instituições de pesquisa que realizam planos de ataque contra o equipamento. Em 2021, foram tentadas 29 invasões feitas por 26 investigadores, como são chamados os que tentam burlar o sistema eleitoral. Cinco deles descobriram algum tipo de fragilidade, que foi corrigida pelo corpo técnico do TSE. Os ataques foram repetidos em uma segunda etapa, já em maio de 2022 – e, dessa vez, sem nenhum sucesso.

Um dos idealizadores da urna, o engenheiro eletrônico Osvaldo Catsumi Imamura, ainda acompanha os TPS, a cada eleição. Formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pesquisador do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), centro de pesquisa ligado à Aeronáutica localizado em São José dos Campos (SP), ele esteve desde o primeiro momento, em 1995, na equipe que projetou e desenvolveu a arquitetura da urna eletrônica. O engenheiro foi o principal responsável por garantir a segurança do equipamento. Até hoje, nunca houve nenhum tipo de comprovação de que o sistema tivesse sido violado e algum voto fraudado, algo relativamente comum quando a votação era feita com cédulas de papel. Catsumi, de 66 anos, saiu da equipe técnica do TSE em 2005, continuando como consultor e colaborador eventual, e aposentou-se do DCTA no ano passado. Na entrevista abaixo, contou a Pesquisa FAPESP por que a urna segue sendo segura 26 anos depois de sua criação.

O senhor participou das duas etapas do TPS para a eleição deste ano. O que foi testado ali e quais os resultados?
Os testes são decorrentes de vários pedidos internos e externos ao TSE para ampliar a verificação da urna eletrônica. Sempre discutimos como poderiam ocorrer essas avaliações de modo a tornar o sistema mais transparente possível. Em 2009 surgiu a ideia de fazer um teste público, algo que já ocorria em outros lugares, no exterior. Isso garantiria que as pessoas que queriam formar opinião sobre uma determinada situação relacionada à urna pudessem elas mesmo realizar o teste para, aí sim, ratificar ou retificar as suas próprias observações. E assim começaram os testes.

De lá para cá, o que mudou?
De uma forma geral, a avaliação da urna não mudou quase nada, em termos de escopo. Os investigadores interessados podem requerer acesso a qualquer parte do sistema, como o hardware da urna e seus softwares. Só é necessário apresentar uma proposta do que se deseja avaliar. Desde o início foram feitos alguns ajustes em todo o processo e chegou-se à versão atual em que os testes são realizados em duas etapas. A primeira, normalmente no final do ano anterior das eleições na data mais próxima à lacração final dos códigos. Isso dá tempo para os investigadores analisarem o sistema que será usado nas eleições no ano seguinte. Alguns meses depois do primeiro teste os investigadores podem conferir os ajustes que o TSE realizou.

Investigadores são pesquisadores da área?
Uma parte sim, mas já participaram pessoas da sociedade que entendem de computação e gostam de avaliar pessoalmente como funciona a urna. Há entidades acadêmicas que se inscrevem para que os professores deem uma oportunidade aos alunos de computação exercitar os seus conhecimentos. Houve até um estudante do curso de computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que sugeriu fazer um TCC [trabalho de conclusão do curso de graduação] em segurança das eleições. O aluno convenceu o docente a participar junto com ele.

Durante o TPS tudo pode ser testado?
Isso mesmo. No TPS de novembro de 2021 verificamos que vários ataques tinham como objetivo ver a parte de criptografia, o manuseio do registro dos votos, a totalização. Acabamos agrupando os investigadores para que eles pudessem colaborar entre si, já que havia equipes que iriam olhar a mesma parte do sistema eleitoral.

O que diferencia a primeira fase de testes, no ano anterior, da segunda, já no ano das eleições?
Na primeira, a pessoa faz as verificações que deseja no sistema e, quando finaliza, nós, da comissão de avaliação, conferimos se ela conseguiu avançar no que pretendia, se atacou uma determinada situação e se trilhou por caminhos que não deveria ter conseguido trilhar. Nesse caso, mesmo que não tenha alcançado o objetivo final, eles são avaliados como um primeiro sucesso. Fazemos um relatório para o TSE e sua equipe técnica tem três a quatro meses para explicar por que isso aconteceu e dar sugestões de como corrigir ou aprimorar. Na segunda etapa de testes, vemos se o trabalho interno da equipe técnica atingiu os objetivos desejados. Por isso chamamos novamente os investigadores para eles analisarem se a urna ainda tem vulnerabilidades. Mesmo que não tenha acontecido nada e nenhum investigador tenha conseguiu avançar em alguma parte do sistema, o TSE faz uma revisão geral em todos os processos. Como sempre surgem novas tecnologias, pode ser que algo que foi tentado hoje tenha algum impacto lá na frente. Esses cuidados servem como parâmetro para avaliar mudanças futuras no sistema eleitoral.

Existe a possibilidade de a urna ser violada?
Teoricamente, sim. Os processos e as tecnologias são sempre dependentes do tempo. As tecnologias que são empregadas para proteger a urna e seus periféricos passam por uma rigorosa análise para serem selecionadas e permitir que todos os componentes do sistema eleitoral estejam prontos até um ano antes das eleições. Hoje, talvez os invasores não tenham o tempo hábil de atingir seus objetivos, como fazer a adulteração do voto. Existe muita discussão na imprensa sobre possíveis violações. Também na academia seguimos debatendo. Alguns pesquisadores são mais puristas, mais teóricos, e produzem argumentos de que, na teoria, nos modelos matemáticos, é possível demonstrar que dá para burlar os códigos. Vem daí a afirmação de que a urna é violável. Não está errado. A questão toda é fazer essa teoria funcionar. Até agora, não há evidências reais.

Na teoria, dá para burlar os códigos da urna. A questão é fazer essa teoria funcionar. Até agora, não há evidências de que se tenha conseguido

Uma das questões levantadas por pesquisadores diz que o eleitor precisa confiar cegamente em como o TSE estrutura o sistema eleitoral baseado no conceito de segurança por obscuridade, algo que não combina com a sociedade democrática.
Segurança por obscuridade significa não tornar evidente algumas informações. É como dizer: está seguro porque guardou segredo. A maioria dos códigos dos produtos criptográficos de segurança do mundo é controlado para evitar invasões aos sistemas. O código usado nas urnas não é aberto nem público, mas é verificável. Só um público mais seleto, de especialistas, tem condições de fazer essa verificação. É verdade que tem um ponto obscuro no código, que é a chave. Ela não é e nem tem de ser pública da mesma forma que não passamos a chave do acesso da nossa conta bancária para ninguém. Quando você toma essa decisão é porque acredita que a obscuridade o protege. Essa crítica contra a urna não se sustenta. No TPS, alguns ataques foram para tentar achar a chave na forma digital e invadir o sistema. Ninguém conseguiu obter todas as chaves necessárias.

Para entrar no sistema da urna, seria preciso romper as diversas camadas de segurança. Já foi dito que isso talvez não seja verdade porque bastaria penetrar em uma delas para estar dentro do sistema. Isso é real?
Toda segurança está em camadas. Não há uma proteção única, exclusiva da Justiça Eleitoral, porque a urna tem de ser colocada tanto em uma escola comum como em lugares distantes de difícil acesso. Hoje, 80% das urnas são transportadas por pessoas comuns. Não existe comboio de polícia militar ou das Forças Armadas fazendo escolta. Existem níveis ou camadas de segurança que precisaram ser criados pensando nessas circunstâncias e condições até que a urna entre na fase de oficialização da seção eleitoral no dia da eleição. A partir do momento que se oficializa, as camadas que continuam existindo são exclusivas da Justiça Eleitoral. As camadas anteriores, não. Se um ladrão roubar uma urna, significa que invadiu uma primeira camada. A eleição está comprometida? Não. Só estaria comprometida se fosse roubada uma quantidade absurda de urnas, inviabilizando a eleição por falta do dispositivo.

Mas não seria possível adulterar a urna durante o transporte, por exemplo, para que seja instalado um programa malicioso de forma a direcionar os votos a um candidato?
Vamos supor que alguém consiga romper uma camada específica e inserir um programa em algumas urnas. Quando o equipamento é inicializado, além da verificação de autenticidade, o tal programa malicioso vai encontrar outras camadas de proteção. Para conseguir avançar, é preciso que a urna funcione sem as validações necessárias quando se liga a chave. A urna é um computador, um hardware, e dá para mexer no sistema operacional. Mas não dá para seguir em frente com os resultados adulterados, nem é possível assinar o boletim de urna, que é o resultado final daquela máquina, para ser validado pela Justiça Eleitoral. Essa é só uma etapa. Há várias outras camadas de proteção. Alguns investigadores tentaram, sem sucesso, atacar esse ponto no TPS, de tentar fazer a urna inicializar sem precisar ficar fazendo essas conferências de modo a conseguir executar o código invasor.

Quantas camadas há no total?
Depende da etapa do processo: ligar a urna, iniciar uma votação, terminar uma votação. Cada ação dessas tem de duas a três camadas de proteção. Somando tudo isso tem pouco mais de meia dúzia de camadas do processo como um todo. O envio dos resultados da votação é outro processo, que também tem as suas camadas. A urna, desde a sua preparação até o encerramento com a geração dos resultados, não se conecta com nada. A conexão com a rede ocorre somente com os sistemas de transmissão dos resultados de cada seção eleitoral para o sistema de totalização final. Além dos mecanismos de segurança lógica, existem outros componentes de segurança para garantir o funcionamento físico do conjunto, tornando-o tolerante a falhas e garantindo a integridade da eleição.

No momento em que as informações são enviadas ao TSE não há risco de um ataque hacker? Como ter certeza de que o resultado daquela urna é o mesmo que chegou ao tribunal?
Por conta das camadas que existem tanto na inicialização da urna, como na finalização do trabalho da urna. Nesses processos existe uma chave única, dentro de cada equipamento. Se ela for tirada ou trocada, o hardware se torna inválido. Essa chave assina o resultado e permite que a Justiça Eleitoral verifique as informações de cada urna. Se a máquina for substituída por algum problema físico ou falha, o TSE usa urnas de reserva.

Como vê a reivindicação de a urna poder ser auditada com o voto impresso?
Vou dar um exemplo sobre isso. A barragem de Brumadinho, que rompeu, foi auditada. Não obstante, a falha de projeto não foi verificada na auditoria. A auditoria é um evento importante para verificar as conformidades da execução com o planejamento operacional, com base nos registros e documentos técnicos e administrativos. Auditoria não é sinônimo ou garantia de segurança. Todos os sistemas lógicos que são empregados nas eleições passam por um ritual de assinaturas digitais para assegurar que o que foi lacrado seja exatamente o que será usado, permitindo uma auditoria antes e depois das eleições. Todavia, a auditoria não é suficiente para atestar a segurança dos sistemas envolvidos. A única forma de se verificar a correção de um sistema lógico são os testes e uma análise técnica dos códigos. O TPS foi elaborado para atender esta demanda.

E o voto impresso?
Ele representa uma pseudoconfiança. O eleitor pode receber um papel, mas qual a segurança de que a informação impressa naquele papel foi contabilizada? A fraude no voto em papel nunca aconteceu na mão do eleitor, quando ele o inseria na urna; ocorria na apuração, quando a urna era aberta e os votos impressos eram dispostos na mesa. Por isso, um dos focos do projeto da urna eletrônica foi aprimorar essa parte do processo. A Justiça Eleitoral busca garantir que o voto realizado na urna é o mesmo que seja apurado.

O eletrônico se sobrepõe, então, ao voto impresso?
Existe um tipo de medição chamado tempo médio entre falhas, o MTBF, que indica mais ou menos quando qualquer produto deve começar a apresentar problemas. O MTBF de componentes eletrônicos, como a urna, é acima de 100 mil horas; de uma impressora, que é um dispositivo mecânico, está entre 10 e 20 mil horas. Não há como realizar uma validação cruzada usando elementos que têm probabilidade de falhas diferentes. Em outras palavras, não dá para validar o que a urna imprimiu com o que foi registrado eletronicamente, a menos que esta diferença esteja equalizada. Na concepção da urna eletrônica em 1995, um dos ministros do TSE pediu à nossa equipe: “Vocês precisam apresentar garantias técnicas que, caso haja contestação, a corte possa julgar de forma bem fundamentada”. Por enquanto, o que vale é o eletrônico porque é possível provar tecnicamente que a ocorrência de inconsistências da parte eletrônica é muito menor do que da mecânica.

Como foi que o senhor entrou para o grupo de criadores da urna?
No final de 1994 e no início do ano seguinte o ministro Carlos Veloso, então presidente do TSE, recomendou que algo teria de ser feito que fosse melhor do que a contabilização manual de cédulas de papel. A Justiça Eleitoral abriu um concurso para contratar os primeiros técnicos na área de tecnologia da informação [TI]. Paralelamente, foi feito um convite para o Executivo, que contava com engenheiros e técnicos nas instituições dos ministérios da Ciência e Tecnologia, da Educação, da Indústria e Comércio, da Comunicação e militares. Um dos convites foi para o antigo Ministério da Aeronáutica. O DCTA [Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial], que é o centro de pesquisa da Força Aérea em São José dos Campos, foi consultado. O convite chegou até o IEAv [Instituto de Estudos Avançados], onde eu trabalhava. Assim, fui indicado como representante do Ministério da Aeronáutica para compor a equipe técnica.

O senhor integrou um grupo que ficou no TSE por vários anos. Quem mais fazia parte dele?
A equipe foi formada inicialmente com 14 pessoas. Passados três meses de trabalho, quando a arquitetura da urna e o edital foram concluídos, a maioria dos integrantes voltou para suas instituições de origem, exceto eu e outros três que vieram do Inpe – Paulo Seiji Nakaya, Antônio Ezio Marcondes Salgado e Mauro Hissao Hashioka. Assumi no TSE a coordenação de desenvolvimento de hardware e software; Nakaya liderou a área de logística; Salgado responsabilizou-se pelas redes de comunicação e produção fabril; e Hashioka assumiu a gerência-geral. O Giuseppe Dutra Janino, dentre os técnicos concursados, foi uma das pessoas do TSE que formamos para dar continuidade ao processo, assumindo o cargo de secretário de TI do Tribunal em 2005.

A sua função já era zelar pela segurança do sistema?
No início a equipe deveria gerar requisitos de todo o sistema, o que incluía a segurança. Como eu já tinha trabalhado em outros processos do gênero e conhecia especialistas da academia nessa área, tornei-me o responsável pela segurança do sistema de 1998 a 2005. Sugeri o envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência [Abin], que tem uma instituição, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações [CEPESC], voltada a cuidar de módulos criptográficos do governo. Fizemos um convênio para que desenvolvessem módulos exclusivos para o TSE.

Vocês se inspiraram em algum modelo do exterior?
Analisamos artigos técnicos e científicos de instituições no país e no exterior que tentavam desenvolver ou melhorar os sistemas criptográficos e dialogamos com algumas empresas do setor de segurança da informação, redes e sistemas computacionais. No exterior, a instituição eleitoral só se preocupa com as regras do processo eleitoral, deixando o desenvolvimento e o fornecimento dos modelos a cargo das empresas. O modelo brasileiro, em que a instituição responsável pelas eleições – no caso, o TSE – tem o próprio equipamento e o controle de seus softwares e hardwares, ficando as empresas responsáveis pela engenharia de produto e produção, é único no mundo.

Na época, existia algum modelo em uso em outro país?
Não, apenas protótipos submetidos a testes reais limitados a condições específicas. Algumas empresas nos emprestaram seus equipamentos, como a IBM. O coração da máquina seria uma placa-mãe comercial como as de um computador pessoal [PC]. Entramos em contato com fabricantes chineses, que são os principais fornecedores de placa-mãe, e empresas que produzem chips: AMD, Intel, Texas Instruments. Conversamos com fabricantes de HD e memória de computador, como a Itautec. Selecionamos alguns para serem testados e fazer parte do processo.

Quanto tempo levou dos primeiros estudos e consultas até começar a funcionar para valer?
Foram três meses até termos a urna desenhada no papel, com as especificações técnicas da sua arquitetura, para poder abrir o edital e verificar quem poderia produzi-la. Fizemos todo o projeto arquitetônico do sistema, tanto de hardware quanto de software. Quando consultamos a Intel, a Texas, a AMD, pedimos para eles um roadmap [ferramenta visual e descritiva que mostra como o produto evolui em cada período de vida útil] do material fabricado. Um dos requisitos da urna é que tinha que durar, no mínimo, cinco eleições [10 anos]. Pelo edital, as empresas tiveram três meses para apresentar um protótipo.

Como vê hoje o Brasil no panorama internacional de urnas eletrônicas?
Existem vários modelos no mundo, alguns mais sofisticados, outros menos. Alguns países fazem todo o processo de forma eletrônica – e não mais no papel –, como é o nosso caso, enquanto outros usam inclusive a internet como parte do sistema eleitoral. É o caso da Estônia, que tornou virtual todos os processos possíveis, não só as eleições, mas também os administrativos do governo. Eles votam pela internet há mais de 10 anos, mas já sofreram um forte ataque hacker. No mundo dos sistemas cibernéticos, o elo mais fraco hoje é a conexão em rede, isto é, a internet.

Não há, portanto, um sistema muito melhor ou muito pior do que outro?
Os sistemas estão adequados ao timing e ao risco que cada entidade eleitoral quer correr. Em termos de abrangência, volume de eleitores envolvidos e um único modelo, o Brasil está na vanguarda. Os Estados Unidos têm mais eleitores que nós, mas cada estado ou condado tem autonomia para escolher o modelo e os equipamentos de seus sistemas eleitorais.

E a crítica de que há um centralismo excessivo no sistema brasileiro?
Eu não diria excessivo porque a Constituição estabelece o modelo. A centralização na Justiça Eleitoral ocorre porque os outros dois poderes, o Legislativo e o Executivo, estão envolvidos nas eleições por apresentarem candidatos. Quem faz essa crítica deveria estudar melhor o arcabouço legal que rege os modelos organizacionais do nosso país.

A experiência no TSE foi a sua principal contribuição como pesquisador?
Esse projeto foi interessante porque entrei nele quando o TSE ainda estava formando o seu corpo técnico. Na época eu estava na chefia de uma divisão no IEAv e tinha de coordenar vários temas e pesquisadores, além de atuar como professor colaborador na pós-graduação do ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica]. Minha experiência na iniciativa privada e em uma instituição pública de pesquisa abriu a possibilidade para que pudesse apresentar um modelo para criar uma estrutura de uma equipe técnica que, mais tarde, pudesse se tornar fundamental para a Justiça Eleitoral. Tenho orgulho de ter ajudado com meus colegas a desenvolver a urna eletrônica. Foi um trabalho bem-feito para o seu momento e que se mantém em contínuo aprimoramento.

Crédito da Imagem: Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP – Catsumi no Museu Aeroespacial Brasileiro, em São José dos Campos, ao lado de um dos primeiros modelos de urna projetados para o TSE

– Os candidatos no Jornal Nacional.

Rapaz… e há quem “compre” esses senhores que foram ao Jornal Nacional.

– Um insensível.
– Um troglodita.
– Um corrupto demagogo (que os mais jovens o exaltam sem ter vivido as picaretagens que ele fez).

Eu quero um presidente HONESTO, COMPETENTE e que tenha CREDIBILIDADE. Mas não tem ninguém…

– Os 12 candidatos à Presidência da República e as 13 opções.

E as Eleições para Governador, Senador, Deputados e Presidente estão chegando. Os 12 nomes para novo Chefe da Nação estão definidos.

Na enquete abaixo, as opções para Presidente (ou não):

Resultados parciais: https://app.crowdsignal.com/surveys/2808519/report/results/11825396

– Cansa, né?

Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet, Maluf, Jânio, Getúlio… aff! Cansou!

Quero um presidente honesto, competente e que tenha credibilidade. Não consigo achar um nome.

Aliás, será que já tivemos algum bom nome outrora?

Torcerei para que esse mesmo tom de perguntas prevaleça durante a semana, nas sabatinas do Jornal Nacional.