– O efeito Textor, de novo!

E nessa última rodada do Brasileirão, de novo foram lembrados John Textor e as denúncias de manipulação! Foram várias as queixas de “suspeitas de erros”

Sejam indiretamente e sem razão (como Wagner Leonardo, que merecidamente foi expulso, vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-WAl), ou as da diretoria do Flamengo (exageradas, mas com razão, em: https://wp.me/p4RTuC-Wzg).

Ontem, até a ANAF ameaçou processar Felipe Mello e Marcos Brás, por críticas à arbitragem e ilação de corrupção (lembrando que existem duas instituições: a outra é a ABRAFUT, totalmente discordante da mais antiga).

Reforço o que há tempos cobramos: enquanto a CBF não resolver essa pendenga (apurar tudo, doa a quem doer), esse inferno continuará. E a fraca arbitragem atual continuará a sentir os efeitos, rodada a rodada…

– Os dois lances polêmicos em Red Bull Bragantino 1×1 Flamengo. A arbitragem errou ou acertou?

Quem avisa, amigo é. Antecipamos que sempre acontece algum erro ou polêmica na arbitragem do contestado árbitro Paulo César Zanovelli da Silva, e dessa vez, ajudado pelo VAR Daniel Nobre Bins.

Para quem não leu, falamos sobre o histórico de erros e a projeção de arbitragem no link em: https://wp.me/p4RTuC-Wug e também no blog Pergunte Ao Árbitro (acessível em: https://pergunteaoarbitro.wordpress.com/2024/05/01/analise-pre-jogo-da-arbitragem-para-red-bull-bragantino-x-flamengo-2/).

A propósito, algo que precisa ser rediscutido: a miscigenação de “estilos regionais” numa escala. Árbitro de MG, VAR do RS, Quarto-árbitro da FIFA de PE, AVAR do RN e outro AVAR do ESpor quê as equipes de arbitragem não serem todos do mesmo estado? Entrosaria os escalados e diminuiria os custos.

Vamos aos lances:

LANCE 1: De La Cruz é lançado para o ataque e tem uma oportunidade clara e manifesta de gol, mas é atingido pelo carrinho de Luan Cândido.  Falta para o Flamengo e Cartão Vermelho para o defensor do Red Bull Bragantino. O árbitro aplica corretamente o que a regra manda. Porém, nos áudios divulgados pela CBF, surpreendentemente, quase que instantaneamente, alguém da cabine do VAR, aos berros, grita: “Zanovelli, falta e cartão amarelo, tem um zagueiro do lado”. E aí começa uma muvuca! Fiquei assustado com o que ouvi, pois não deixaram o árbitro apitar. Se for para trabalhar assim, que retirem o árbitro central e deixem a arbitragem ser remota, à distância. A discrição do VAR e a necessidade de ser pontual nos erros crassos e situações do protocolo foram totalmente desprezados. Depois, o VAR tentar checar impedimento (que não ouve), e, por fim, sem saber o que justificar, encontram o contato de De La Cruz e Pedro Henrique. Primeiro, dizem que há um “trança-pé” acidental, pois ambos atletas estão olhando a bola e há o contato (eu concordo com isso, não foi falta por imprudência, foi casualidade, segue o jogo), mas depois de uma “confusa mesa-redonda”, equivocadamente, entendem como falta de De La Cruz. Assim, fazem o procedimento correto (caso tivesse sido falta mesmo): a “desexpulsão” de Luan Cândido e a marcação do tiro livre direto lá atrás.

LANCE 2: O agarrão de Vitinho em Luiz Araújo, fora do lance de bola, dentro da área. Para mim, o jovem Vitinho, de maneira afoita e infantil, vacila e puxa Luiz Araújo (pênalti e cartão amarelo). Zanovelli ainda grita que não foi nada e diz “na passada”,  como se desejasse que o VAR não interferisse. O VAR analisa sem perder muito tempo, e diz que está “tudo ok”. 

Repare que faltou critério: no rigor do lance 1 quanto a contato físico, contraditoriamente foi benevolente no lance 2. O VAR não se preocupou com uniformização de decisões! Já o árbitro, faltou de personalidade no lance 1 (quando sucumbiu às tamanhas asneiras gritadas desesperadamente na cabine) e bateu no peito no lance 2, onde tecnicamente errou mas manteve sua decisão). 

O grande problema do VAR brasileiro é o protagonismo exacerbado. Falamos disso no meio de semana, durante o jogo Palmeiras 2×1 Botafogo-RP, quanto ao Protocolo do VAR e o uso correto da ferramenta (que não são realizados em nosso país). Quem tiver interesse, está em: https://professorrafaelporcari.com/2024/05/03/pela-duvida-e-pela-orientacao-o-gol-de-rony-em-palmeiras-2×1-botafogo-sp-deveria-ser-confirmado/

Em tempo: os áudios do VAR estão aqui, junto com a transcrição dos gritos: https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2024/05/04/cbf-divulga-audios-do-var-de-bragantino-x-flamengo.ghtml. Eu duvido que, se a FIFA ouvisse esses áudios, permitira a continuidade do VAR…

Por fim: vimos nas entrevistas coletivas “o efeito Textor”, que temos falado insistentemente (aqui: https://wp.me/p4RTuC-Wpr). Ou se resolve essa situação do dono do Botafogo SAF, e diz se há ou não manipulação, ou toda rodada teremos acusações de “esquema”. Marcos Braz, por exemplo, acusou a CBF de colocar todo árbitro que apita bem os jogos do Flamengo “na geladeira”. E nervoso como estava, quis criticar Textor e a CBF, dizendo que seu time tem prejuízo e falou que as pessoas fazem “inalações” indevidas sobre a situação. Ô, diretor, seria “ilações”? Claro, quando se está fora do equilíbrio, qualquer bobagem acaba aparecendo.

A única certeza: Zanovelli e toda a equipe do VAR vão fazer companhia a Flavio Rodrigues de Souza nas divisões inferiores. E faltará árbitro.

Insisto: tragamos TODA equipe de arbitragem da Inglaterra para a próxima rodada. E, se possível, dirigentes também.

– O efeito Textor, de novo!

E nessa última rodada do Brasileirão, de novo foram lembrados John Textor e as denúncias de manipulação! Foram várias as queixas de “suspeitas de erros”

Sejam indiretamente e sem razão (como Wagner Leonardo, que merecidamente foi expulso, vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-WAl), ou as da diretoria do Flamengo (exageradas, mas com razão, em: https://wp.me/p4RTuC-Wzg).

Ontem, até a ANAF ameaçou processar Felipe Mello e Marcos Brás, por críticas à arbitragem e ilação de corrupção (lembrando que existem duas instituições: a outra é a ABRAFUT, totalmente discordante da mais antiga).

Reforço o que há tempos cobramos: enquanto a CBF não resolver essa pendenga (apurar tudo, doa a quem doer), esse inferno continuará. E a fraca arbitragem atual continuará a sentir os efeitos, rodada a rodada…

– 14 anos que pendurei o apito!

Em 29 de abril de 2010, após uma reunião na Federação Paulista de Futebol, decidi encerrar minha carreira de árbitro de futebol.

Foram anos maravilhosos dentro de campo, enfadonhos nas reuniões administrativas, divertidos nas viagens para as partidas, cansativos nas exigências das Comissões de Árbitros, educativos nas coisas incríveis que o futebol apresenta, e, por fim, nojentos nos bastidores.

Queria eu ter a maturidade que tenho hoje, os recursos tecnológicos que existem e outras perspectivas que são abertas quando você percebe que existe vida fora da arbitragem. Não que eu tenha sido imaturo, sempre fui muito responsável, mas certos discernimentos que somente a casca da experiência proporcionam, teriam me feito tomar algumas decisões com dirigentes, digamos, mais incisivas.

Felizmente, nunca tive problemas de indisciplina ou desonestidade. Errei e acertei com lances normais e corriqueiros como de qualquer árbitro. Apadrinhamento nunca existiu (mas eles existem), nem pagamento de pedágio em dinheiro / serviço ou outras benesses (será que existem?), tampouco tomei “cervejadas com cartolas candidatos”, nem as promovi (tem quem faça e fez – e se deu bem, né?).

Falo por mim: foram ótimos anos que ficaram na saudade. Bola pra frente! Mas sempre torcendo para que os dirigentes ruins da arbitragem sejam deixados ao esquecimento, saindo de cena e abrindo espaço para mais honestos e competentes.

Vida que segue, o que vale é ter a consciência em paz e os amigos conquistados.

Imagem extraída de: https://www.netshoes.com.br/apito-profissional-finta-blister-azul-045-9136-008

– Somos todos Desonestos ou Não?

A Revista Época, em uma edição antiga, trouxe uma interessantíssima matéria, intitulada Somos todos um pouco trapaceiros, por Daniel Venticinque. Nela, se discute o livro “A mais pura verdade sobre a desonestidade”, do psicólogo israelense Dan Ariely.

O livro recém lançado fala sobre o fato de todas as pessoas terem uma queda, em certo momento da vida, para a desonestidade. E a culpa vem das situações cotidianas, que trazem naturalmente à tona esse defeito humano. Seriam 5 fatores para a desonestidade e outros 5 para a honestidade. Abaixo:

5 FATORES QUE NOS FAZEM TRAPACEAR DEMAIS

1- CAIR NA PIRATARIA: as pessoas que usam produtos falsificados tendem a ser mais desonetas em outros aspectos da vida. O sucesso desse pequeno deslize nos torna propenso a arriscar deslizes maiores.

2- SER MALTRATADO: para quem sente que não foi respeitado, a desonestidade pode ser uma revanche. Quem não é bem tratado por um vendedor raramente devolve o dinheiro se ele errar o troco para mais.

3- DAR ASAS À CRIATIVIDADE: além de ter uma tendência a questionar regras, as pessoas cujas profissões exigem criatividade são melhores para inventar desculpas e para bolar maneiras de desobedecer às leis.

4- FAZER O BEM PARA OUTROS: quando o desonesto beneficia outros além do trapaceiro, trapacear fica ainda mais fácil. O mal-estar da trapaça é compensado pela sensação de fazer o bem.

5- LIDAR COM VALORES VIRTUAIS: ver alguém cometer um ato desonesto aumenta muito as chances de fazermos o mesmo naquela situação. É a regra do “todo mundo faz”, que já entrou para o folclore da política brasileira.

5 ATITUDES QUE NOS TORMAM MAIS HONESTOS

1- DAR SUA PALAVRA: É antiquado, mas funciona. Assinar um temo de responsabilidade ou se comprometer a seguir um código de ética é um bom lembrete mental para evitar a tentação da trapaça.

2- TER FÉ: discursos e símbolos religiosos nos tornam menos propensos à trapaça, por estar associados à boa conduta. Não é por acaso que a música gospel é pouco atingida pela pirataria.

3- CRIAR UMA CULTURA DE HONESTIDADE: quando a desonestidade é malvista e há poucos maus exemplos maus exemplos a seguir, trapacear fica mais difícil. Isso explica por que a trapaça é mais difundida em alguns países.

4- MANTER A TRANQUILIDADE: como a trapaça é uma tendência natural, ser honesto exige esforço. Evitar o cansaço mental ajuda a manter a compostura diante de uma oportunidade de trapacear.

5- CONTRATAR FISCAIS DESINTERESSADOS: Trapaceamos menos quando somos fiscalizados. Mas os fiscais precisam ser isentos. Quanto maior o contato deles com quem fiscalizam, maiores as chances de que todos caiam na trapaça.

E aí: concorda com eles ou não? Deixe seu comentário:

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Quem é o julgador a serviço de John Textor? Não se comece o Brasileirão…

Estamos vendo mais uma série de acusações de John Textor, o dono do Botafogo SAF, falando sobre manipulação de resultados nos últimos campeonatos brasileiros. O problema é: quem declara que há maracutaia, e orientado por quem.

Vamos lá:

1- Quem declara que há desonestidade e que tem provas, é um investidor americano endinheirado, homem de negócios inteligente e de sucesso. Textor não é um “qualquer”. E isso faz com que deveríamos levar a sério suas acusações.

2- Quem diz a ele que há problemas são “especialistas” (não sabemos quem são – se são ex-árbitros que viram ou souberam de problemas, jogadores que estiveram em esquemas ou investigadores diversos) e uma empresa francesa chamada Good Game (que produziu o primeiro relatório a Textor e que foi contratada pela FERJ para monitorar o Cariocão 2024). Acrescente-se a isso o fato dele alegar que tem provas por Inteligência Artificial de que o jogo Palmeiras 5×0 São Paulo houve manipulação de jogadores tricolores para o placar ter esse elástico marcador.

3- Tudo o que foi dito no item 2, faz eu descredibilizar o item 1, onde tento levar a sério… e é esse o problema: a falta de provas concretas, reais e que mostrem nomes que cometeram de fato algo errado.

Considere: não vemos o nome do árbitro que reclama de propina ter sido divulgado; não vemos nomes de jogadores envolvidos em esquema; não sabemos como andam as investigações no Ministério Público, e me custa crer que um homem supostamente esperto como Textor, acreditaria que a Inteligência Artificial conseguiria diferenciar erro de jogo com má atuação de atleta com a intenção de desonestidade. Afinal: alguém acredita que em um clássico de tamanha rivalidade como Palmeiras x São Paulo, os atletas perderiam propositalmente de 5×0? Sendo assim, a defesa formada pelo goleiro Rafael, os zagueiros Beraldo e Diego Costa, além dos laterais Caio Paulista e Rafinha, em tese, são suspeitos e deveriam ser investigados. Também os árbitros pela declaração anterior de que não houve pagamento de um suposto suborno. E por fim, até o Fortaleza que foi envolvido no rolo. E cá entre nós: pelo que se escuta de Textor, o mundo conspirou contra o seu time, que não teve um único benefício no Brasileirão 2023 (ao contrário, só prejuízos), e por isso o Glorioso perdeu a diferença de 15 pontos.

Ironia a parte, antes de começar o Brasileirão, tudo isso deve ser resolvido, pois os atores do futebol (atletas, árbitros, treinadores e cartolas) são suspeitos pela denúncia de Textor. E se não existir nada disso, Textor deve ser punido pela irresponsabilidade da falsa alegação.

Fiquei pensando: se num dos inúmeros pênaltis polêmicos que vemos de movimento antinatural, se usasse a Inteligência Artificial para avaliar a lisura da situação, como ela julgaria o lance?

  • Desafio 1: distinguir causalidade, movimento antinatural ou intencional.
  • Desafio 2: distinguir se o atleta provocou o pênalti propositalmente ou acidentalmente.
  • Desafio 3: se o árbitro marcou certo ou errado. E se errado, por incompetência ou má fé.

Se a Inteligência Humana tem dificuldade de interpretar tudo isso e precisa ainda avaliar as nuances a fim de ter a sensibilidade de compreender a jogada, como a Inteligência Artificial, fria, mecanizada e insensível, poderia dizer algo?

Textor será um homem magnífico como desportista se provar tudo o que está dizendo. Deverá até ser homenageado pela FIFA com algumas daquelas premiações diversas do The Best. Mas se for apenas devaneios ou uma forma de justificar o vexame do seu time na reta final do Brasileirão passado (e tudo leva crer que seja isso mesmo), o dono do Botafogo será eternamente ironizado pelo mico cometido.

Anaf repudia acusações de John Textor sobre arbitragem: "Tem que ser banido do futebol"

Imagem: Botafogo, divulgação.

– Quem é o julgador a serviço de John Textor? Não se comece o Brasileirão…

Estamos vendo mais uma série de acusações de John Textor, o dono do Botafogo SAF, falando sobre manipulação de resultados nos últimos campeonatos brasileiros. O problema é: quem declara que há maracutaia, e orientado por quem.

Vamos lá:

1- Quem declara que há desonestidade e que tem provas, é um investidor americano endinheirado, homem de negócios inteligente e de sucesso. Textor não é um “qualquer”. E isso faz com que deveríamos levar a sério suas acusações.

2- Quem diz a ele que há problemas são “especialistas” (não sabemos quem são – se são ex-árbitros que viram ou souberam de problemas, jogadores que estiveram em esquemas ou investigadores diversos) e uma empresa francesa chamada Good Game (que produziu o primeiro relatório a Textor e que foi contratada pela FERJ para monitorar o Cariocão 2024). Acrescente-se a isso o fato dele alegar que tem provas por Inteligência Artificial de que o jogo Palmeiras 5×0 São Paulo houve manipulação de jogadores tricolores para o placar ter esse elástico marcador.

3- Tudo o que foi dito no item 2, faz eu descredibilizar o item 1, onde tento levar a sério… e é esse o problema: a falta de provas concretas, reais e que mostrem nomes que cometeram de fato algo errado.

Considere: não vemos o nome do árbitro que reclama de propina ter sido divulgado; não vemos nomes de jogadores envolvidos em esquema; não sabemos como andam as investigações no Ministério Público, e me custa crer que um homem supostamente esperto como Textor, acreditaria que a Inteligência Artificial conseguiria diferenciar erro de jogo com má atuação de atleta com a intenção de desonestidade. Afinal: alguém acredita que em um clássico de tamanha rivalidade como Palmeiras x São Paulo, os atletas perderiam propositalmente de 5×0? Sendo assim, a defesa formada pelo goleiro Rafael, os zagueiros Beraldo e Diego Costa, além dos laterais Caio Paulista e Rafinha, em tese, são suspeitos e deveriam ser investigados. Também os árbitros pela declaração anterior de que não houve pagamento de um suposto suborno. E por fim, até o Fortaleza que foi envolvido no rolo. E cá entre nós: pelo que se escuta de Textor, o mundo conspirou contra o seu time, que não teve um único benefício no Brasileirão 2023 (ao contrário, só prejuízos), e por isso o Glorioso perdeu a diferença de 15 pontos.

Ironia a parte, antes de começar o Brasileirão, tudo isso deve ser resolvido, pois os atores do futebol (atletas, árbitros, treinadores e cartolas) são suspeitos pela denúncia de Textor. E se não existir nada disso, Textor deve ser punido pela irresponsabilidade da falsa alegação.

Fiquei pensando: se num dos inúmeros pênaltis polêmicos que vemos de movimento antinatural, se usasse a Inteligência Artificial para avaliar a lisura da situação, como ela julgaria o lance?

  • Desafio 1: distinguir causalidade, movimento antinatural ou intencional.
  • Desafio 2: distinguir se o atleta provocou o pênalti propositalmente ou acidentalmente.
  • Desafio 3: se o árbitro marcou certo ou errado. E se errado, por incompetência ou má fé.

Se a Inteligência Humana tem dificuldade de interpretar tudo isso e precisa ainda avaliar as nuances a fim de ter a sensibilidade de compreender a jogada, como a Inteligência Artificial, fria, mecanizada e insensível, poderia dizer algo?

Textor será um homem magnífico como desportista se provar tudo o que está dizendo. Deverá até ser homenageado pela FIFA com algumas daquelas premiações diversas do The Best. Mas se for apenas devaneios ou uma forma de justificar o vexame do seu time na reta final do Brasileirão passado (e tudo leva crer que seja isso mesmo), o dono do Botafogo será eternamente ironizado pelo mico cometido.

Anaf repudia acusações de John Textor sobre arbitragem: "Tem que ser banido do futebol"

Imagem: Botafogo, divulgação.

– Ruy Barbosa continua atualíssimo.

A história conta que uma das cabeças mais inteligentes do nosso país foi Ruy Barbosa. Em discurso no Senado da República, ainda no Rio de Janeiro, em 17/12/1914, imortalizou tal verdade:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Uma verdade que perdura até nossos dias. Mais do que isso: que retrata o Brasil de mais de 100 anos atrás e o de hoje – com perfeição, infelizmente!

– A alma não pode ter segredos que a nossa conduta precise esconder.

Nunca conte mentira, pois você terá que lembrar as bobagens que falou para mantê-las como verdade. Assim, ser verdadeiro, agir coerentemente colocando as práticas dos ideais e ideologias, é fundamental para se ter credibilidade com o próximo.

Digo isso pois leio o seguinte pensamento de autor desconhecido:

A alma não pode ter segredos que a nossa conduta precise esconder“.

Correto. Necessitamos parecer e ser exteriormente o que somos. Se somos do bem, praticaremos o bem; mas se somos hipócritas, a exteriorização não tardará de ser pública.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem tiver conhecimento, informar para os créditos.

– A 1a Fake News do mundo foi contada num Livro da Bíblia!

A serpente que enganou Adão e Eva com o fruto proibido, numa linguagem romântica da entrada do pecado no mundo, foi a primeira propagadora das notícias falsas e que prejudicam as pessoas, as chamadas “Fake News”, tão comuns e preocupantes em nossos dias (para entender melhor sobre essas “Falsas Notícias”, clique aqui: https://wp.me/p4RTuC-lyJ).

Quando questionado sobre esse péssimo fenômeno na sociedade, disse o atual Pontífice, o Papa Francisco, algo bem interessante:

“A estratégia usada pela engenhosa serpente no Livro do Gênesis, quem no alvorecer da humanidade criou a primeira Fake News, que se tornou a trágica história do pecado humano”.

Perfeito! Quanta bobagem, mentira, calúnia e outras coisas ruins propagadas por fofocas e manchetes tendenciosas que o mundo virtual tem nos proporcionado, infelizmente, graças às Fake News. Cizânias e brigas a todo instante exclusivamente por falsidades.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

– Diferenciando Política e Politicagem.

Conversando com um amigo, falávamos da necessidade de se fazer Política no Brasil.

Sim, Política com P maiúsculo, aquilo que faz bem ao próximo, desinteressadamente. É a chamada “arte de se relacionar”.

Infelizmente, hoje se pratica a “politicagem”, prática corrupta e que acaba com o país!

Portanto, diferenciei a Política da Politicagem, os bons (raros, é verdade) Políticos dos Politiqueiros.

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– E o Tal de Rush+, com montagens de Luciano Hang?

Dias atrás, vi uma Fake News do apresentador Luciano Huck sendo algemado. Desprezei, era uma evidente mentira.

Agora, vejo, inúmeras postagens de “Rush+1” ou “Rush+4” (deve ter mais por aí) com o empresário Luciano Hang, dono da Havan, sendo preso.

A quem interessa isso? E por quê os vagabundos não são presos (afinal, difamam as pessoas).

Não vou postar as fotos dessas barbaridades… mas estão aos montes no Facebook.

Saúde é uma das áreas que mais sofrem com fake news - Portal Aberje

 

– O País do Jeitinho vale a pena?

Me revolto com a história de querer levar vantagem em tudo. O tal do “jeitinho brasileiro”, a “Lei de Gérson” ou de qualquer outra coisa que o valha são nefastas e deviam ser desincentivadas.

Gostei desse pensamento que compartilho:

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Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.

– Nunca perder a Honestidade! Você tem queda “para ser desonesto”?

A Revista Época, dias atrás, trouxe uma interessantíssima matéria, intitulada “Somos todos um pouco trapaceiros”, por Daniel Venticinque. Nela, se discute o livro “A mais pura verdade sobre a desonestidade”, do psicólogo israelense Dan Ariely.

O livro fala sobre o fato de todas as pessoas terem uma queda, em certo momento da vida, para a desonestidade. E a culpa vem das situações cotidianas, que trazem naturalmente à tona esse defeito humano. Seriam 5 fatores para a desonestidade e outros 5 para a honestidade. Abaixo:

5 FATORES QUE NOS FAZEM TRAPACEAR DEMAIS

1- CAIR NA PIRATARIA: as pessoas que usam produtos falsificados tendem a ser mais desonetas em outros aspectos da vida. O sucesso desse pequeno deslize nos torna propenso a arriscar deslizes maiores.

2- SER MALTRATADO: para quem sente que não foi respeitado, a desonestidade pode ser uma revanche. Quem não é bem tratado por um vendedor raramente devolve o dinheiro se ele errar o troco para mais.

3- DAR ASAS À CRIATIVIDADE: além de ter uma tendência a questionar regras, as pessoas cujas profissões exigem criatividade são melhores para inventar desculpas e para bolar maneiras de desobedecer às leis.

4- FAZER O BEM PARA OUTROS: quando o desonesto beneficia outros além do trapaceiro, trapacear fica ainda mais fácil. O mal-estar da trapaça é compensado pela sensação de fazer o bem.

5- LIDAR COM VALORES VIRTUAIS: ver alguém cometer um ato desonesto aumenta muito as chances de fazermos o mesmo naquela situação. É a regra do “todo mundo faz”, que já entrou para o folclore da política brasileira.

5 ATITUDES QUE NOS TORMAM MAIS HONESTOS

1- DAR SUA PALAVRA: É antiquado, mas funciona. Assinar um temo de responsabilidade ou se comprometer a seguir um código de ética é um bom lembrete mental para evitar a tentação da trapaça.

2- TER FÉ: discursos e símbolos religiosos nos tornam menos propensos à trapaça, por estar associados à boa conduta. Não é por acaso que a música gospel é pouco atingida pela pirataria.

3- CRIAR UMA CULTURA DE HONESTIDADE: quando a desonestidade é malvista e há poucos maus exemplos maus exemplos a seguir, trapacear fica mais difícil. Isso explica por que a trapaça é mais difundida em alguns países.

4- MANTER A TRANQUILIDADE: como a trapaça é uma tendência natural, ser honesto exige esforço. Evitar o cansaço mental ajuda a manter a compostura diante de uma oportunidade de trapacear.

5- CONTRATAR FISCAIS DESINTERESSADOS: Trapaceamos menos quando somos fiscalizados. Mas os fiscais precisam ser isentos. Quanto maior o contato deles com quem fiscalizam, maiores as chances de que todos caiam na trapaça.

E aí: concorda com eles ou não? Deixe seu comentário:

Caixa de Histórias 33 - A mais pura verdade sobre a desonestidade • B9

Imagem extraída de: https://www.b9.com.br/shows/caixadehistorias/caixa-de-historias-33-mais-pura-verdade-sobre-desonestidade/

– Honestidade Flexível?

Pesquisa americana mostra: tendemos a ser mais honestos quando somos lembrados que deve existir honestidade; que existe o vírus da desonestidade e que ele é contagioso; e que nossos princípios mudam conforme o cenário. 

Será que você concorda com esses resultados e outros mais polêmicos ainda?

A matéria sobre esse assunto intitulado Moralidade Total Flex está aqui: bit.ly/OFvJC5

 

– Teremos o mesmo fim de Lula e Bolsonaro?

Vemos algo “igualzinho” acontecendo no Brasil: prenderam Genoíno, Zé Dirceu, Okamoto e conseguiram chegar ao Lula. 

Agora, é a vez contrária: Mauro Cid, Silvinei e provavelmente chegarão a Bolsonaro. 

O problema é: como a impunidade é galopante no país, soltaram Lula e ele foi eleito. Em 2030, pela lógica, acontecerá o mesmo com Bolsonaro?

Precisamos de políticos honestos, competentes e que transmitam credibilidade. Não vejo esse conjunto de virtudes em nenhum deles.

E você tem paixões por políticos?

Foto prismada entre Lula e Bolsonaro

Imagem extraída de Poder 360, no link em: https://www.poder360.com.br/eleicoes/lula-pontua-de-34-a-36-e-bolsonaro-tem-de-27-a-29-diz-poderdata/

– As Fraudes das Bombas de Gasolina continuam Brasil afora.

Texto de 5 anos, mas um golpe atual:

Embora para muitos (como mostra a matéria abaixo do UOL) o golpe em alguns postos de combustíveis seja novo, não é. É o mesmo engodo de 1 litro contendo “900ml”, chamado de “bomba baixa”; só que ao invés do golpe ser por regulagem manual, é por via eletrônica.

Fique atento! Abasteça somente em postos de sua confiança!

Extraído de:

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/09/fraude-em-bomba-de-posto-e-quase-impossivel-de-notar-veja-dicas-de-frentistas-ao-consumidor.htm?utm_content=geral&utm_campaign=twt-noticias&utm_source=t.com&utm_medium=social

NOVA FRAUDE EM BOMBA DE GASOLINA É DIFÍCIL DE NOTAR; FRENTISTAS DÃO DICAS CONTRA GOLPES

O caso recente de um cliente que foi vítima de fraude é lembrado por dois frentistas que trabalham na marginal Tietê, em São Paulo, como exemplo da facilidade para enganar o consumidor. Wallace Alan e Jefferson Silva são funcionários de um posto atualmente sem bandeira, próximo à ponte da Casa Verde (zona norte da capital), e contam o que viram há cerca de uma semana.

“O motorista chegou aqui e pediu para pôr R$ 50 em etanol. Só que ele tinha acabado de colocar R$ 70 em outro posto, que fica bem pertinho”, diz Alan, 23. “Ele quase encheu o tanque lá, mas desconfiou que abasteceram com menos combustível do que pagou, e aí pediu para eu completar.”

Como o tanque do carro era pequeno, em torno de 45 litros –ou R$ 90– seria o máximo da capacidade.

Eu disse para ele: não vai caber mais R$ 50, o tanque deve estar quase cheio“, afirma Alan.

Mas o cliente estava certo. O posto anterior havia cobrado por uma quantidade e entregado bem menos.

Se quiser, o funcionário consegue ser desonesto [sem que percebam]“, diz Silva, 23. “Por isso, a gente sempre pede para o motorista descer do carro e acompanhar o que está acontecendo na bomba, do nosso lado. Assim a gente evita problema também.”

A reportagem do UOL conversou com frentistas em seis postos de combustíveis no centro, na zona norte e na zona oeste de São Paulo sobre um tipo de engodo difícil de perceber e que está cada vez mais comum: a fraude tecnológica.

O golpe funciona assim: com um chip instalado dentro da bomba, é possível interferir no funcionamento da placa eletrônica e alterar a contagem que aparece no visor. O comando é feito à distância, por controle remoto ou aplicativo de celular. Ao comprar 20 litros, por exemplo, o cliente recebe apenas 18 litros, sem notar que foi ludibriado.

De acordo com informações do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas), entre agosto de 2016 e maio de 2017, 55 postos no Estado foram flagrados nesse tipo de infração –45 na capital e 10 no interior. A fiscalização não identificou um padrão comum aos estabelecimentos com bombas adulteradas, então é preciso desconfiar de qualquer um.

O superintendente do órgão fiscalizador, Guaracy Fontes Monteiro Filho, explica que, na média, o motorista é lesado facilmente porque é quase impossível reparar na diferença de volume.

“Nós estamos constatando de 10% a 12% de fraude em cima do consumidor. De 20 litros abastecidos, ele perde 2 litros. De 40 litros, ele perde 4 ou 5 litros, mais ou menos”

Monteiro diz que, para mexer na bomba, além de violar o lacre de segurança colocado pelos fiscais, é preciso entender de tecnologia e de como o equipamento funciona. Por isso a suspeita é que uma quadrilha especializada esteja oferecendo o serviço aos donos de postos. Não somente em São Paulo, como também em outros Estados pelo país.

De acordo com Monteiro Filho, um posto de porte médio em São Paulo vende, por mês, em torno de 300 mil litros de combustíveis. Se deixar de entregar de 10% a 12% disso, abocanha R$ 100 mil por mês.

Geralmente, ele conclui, funcionários de confiança estão envolvidos no esquema, pois alguém no local fica encarregado de acionar ou desligar o mecanismo que regula a quantidade de combustível. A seguir, veja algumas dicas para tentar evitar o golpe.

* Duvide de preços muito abaixo da média

Esta é a dica do Ipem-SP para evitar cair no golpe. Promoções muito atraentes podem funcionar de isca. Nos postos visitados pela reportagem, o preço do litro do etanol variava entre R$ 1,95 e R$ 2,07; o da gasolina comum, entre R$, 2,95 e R$ 3,17.

* Fique atento ao visor da bomba

Para o frentista Jefferson Silva, pode parecer bobagem, mas é importante acompanhar a quantidade e o valor que a bomba está indicando. “Se o marcador de combustível, no painel do carro, estiver funcionando direito, você consegue ter uma ideia de quantos litros foram colocados e de quanto ainda falta.”

* Saiba qual é a autonomia do seu veículo

Outra dica para evitar cair em golpe é conhecer a autonomia do carro, ou seja, a média de quilômetros rodados por litro de combustível. Desta forma, observando a distância já percorrida, dá para fazer a conta de quantos litros foram consumidos e, portanto, quantos faltam para encher o tanque.

É importante saber o volume total do tanque, já que o número muda conforme o modelo do carro e o fabricante.

* Verifique se a bomba funciona direito

Todo posto de combustível deve ter à disposição do cliente um balde aferidor: trata-se de um galão de metal graduado e inspecionado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) que pode ser usado para medir se está correta a quantidade que sai da bomba.

O motorista pode pedir para fazer o teste: o frentista coloca 20 litros de combustível neste galão e a marca deve bater com o número de litros.

* Abasteça sempre no mesmo posto

“Passe em frente e veja como está o movimento”, diz o frentista Oseias Lopes, 37, que trabalha há dois anos em um posto no bairro do Limão (zona norte).

* Abasteça em um posto bem movimentado

“Se estiver sempre cheio, pode ser sinal de que tem confiança, ética com o cliente”, opina o frentista Oseias Lopes.

Assim como os outros frentistas ouvidos pela reportagem, Lopes afirma que já soube de fraudes com chip na bomba, mas que nunca viu de perto nem participou de adulterações no equipamento.

“Se você achar um posto em que confia, continue com ele”, sugere.

* Em caso de suspeita, denuncie

Para denunciar irregularidades como lacre da bomba adulterado ou quebrado, fraude na quantidade entregue ao cliente e mau funcionamento da bomba, o consumidor deve ligar para 0800 013 0522 (ligação gratuita).

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) recebe ligações gratuitas no número 0800 970 0267 para denúncias sobre adulteração de combustível.

Sofisticação quase invisível

O Estado de São Paulo tem cerca de 9.000 postos de combustíveis. Em muitos casos, é por meio de denúncias que a fiscalização chega aos criminosos.

Por conta da sofisticação na fraude tecnológica, a adulteração da bomba só é notada quando ela é aberta e vasculhada minuciosamente, um trabalho que pode levar até uma hora por equipamento.

“Na fiscalização de rotina, o Ipem não pega esse tipo de fraude. Tem que abrir a bomba, deslacrar, olhar para ver se encontra o chip. Porque, geralmente, quando o fiscal chega ao posto, a fraude já está desligada”, afirma o superintendente Monteiro.

Até um ano atrás, de todas as denúncias feitas ao Ipem-SP que levavam à fiscalização da bomba, entre 7% e 8% resultavam em constatação de crime.

A partir do segundo semestre de 2016, com o aumento do rigor nas operações para esse tipo de desvio de combustível, o acerto fica entre 15% e 20% das denúncias.

O Estado de São Paulo é o que mais registra esse tipo de fraude no país, mas é também o que possui mais capacidade de identificar a instalação de chips nas bombas. Um laboratório de treinamento foi criado no Ipem paulista para preparar fiscais de outros lugares.

Uma lei estadual de maio deste ano determina a cassação da inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do posto que for flagrado adulterando o volume do produto. Os donos do estabelecimento, pessoas físicas ou jurídicas, ficam impedidos de trabalhar no mesmo ramo de atividade, mesmo que em outro endereço, pelo prazo de cinco anos.

“SEPARAR O JOIO DO TRIGO”

A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), que representa 34 sindicatos ligados a 41 mil postos de combustíveis no país, diz que os “maus empresários” envolvidos em fraudes são minoria e representam, na realidade, uma concorrência desleal neste mercado.

O presidente da entidade, Paulo Miranda Soares, afirma que punições mais rigorosas para os casos de adulteração de quantidade, como prevê a recente lei paulista, podem ajudar a inibir crimes desse tipo.

“Nós achamos que a nova lei será muito eficiente para isso, mas ela vai depender da disposição das autoridades. Se não fiscaliza, não adianta nada. Tem que ter uma fiscalização mais assídua dos órgãos responsáveis, para aí separar o joio do trigo”, diz.

De acordo com Soares, as bombas fraudadas atingem 1% do mercado nacional –com 160 mil equipamentos em operação–, enquanto as irregularidades em geral representam 3% desse total, o que ele considera um índice “tolerável”.

Equipamentos menos suscetíveis a manipulações são uma aposta para reduzir problemas como sonegação fiscal e adulteração do produto e da quantidade vendida.

O setor mantém conversas com duas das principais fabricantes de bombas de combustíveis: a norte-americana Wayne, que tem uma unidade no Rio de Janeiro, e a Gilbarco Veeder-Root, com fábrica em São Paulo. A ideia, segundo Soares, é desenvolver bombas com “caixa-preta”, registrando tudo o que acontece no equipamento, sempre com auxílio do Inmetro, para 2018.

“Nesta crise que o país está vivendo, nós percebemos um aumento desse tipo de fraude. É um tipo de fraude mais difícil de pegar, mas, na hora em que você pega, você tem mais provas, ilícitos comprovados”, avalia.

ALTA NA REPROVAÇÃO DAS BOMBAS

No Estado de São Paulo, as fraudes ocorrem com mais frequência na capital e em sua região metropolitana, segundo informações do Ipem-SP.

Nos últimos dois anos, o número de postos fiscalizados na cidade teve uma leve redução, passando de 2.360 por ano, em média, entre 2011 e 2014, para 2.144 postos em 2015 e 2.009 postos em 2016.

A quantidade de bombas verificadas, no entanto, aumentou, chegando a quase 28 mil unidades no ano passado. Eram 25 mil em 2011.

Já a proporção de equipamentos reprovados entre todas as bombas verificadas, que vinha caindo ano a ano –de 5,86% em 2011 para 3,09% em 2015–, voltou a subir em 2016, quando 4,5% das bombas avaliadas foram reprovadas.

Em 2017, entre janeiro e maio, foram fiscalizados 1.224 postos, com reprovação de 5,6% das 17.450 bombas verificadas.

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– O seu Curriculum Vitæ é verdadeiro?

Vejam só: a Revista Exame trouxe uma matéria bacana sobre bobagens colocadas nos currucula vitae em busca de emprego. São exemplos a se evitar e dicas para uma boa elaboração. Vale a pena dar uma olhada!

Extraído de: http://exame.abril.com.br/carreira/guia-do-curriculo/noticias/as-gafes-mais-absurdas-ja-cometidas-no-curriculo?page=1

AS GAFES MAIS COMETIDAS EM CURRICULUM

Estudante envia foto de Nicolas Cage em vez de currículo para recrutador e vira celebridade na web; veja outros vexames memoráveis no currículo, segundo o Career Builder

por Talita Abrantes

Lembra da Luiza que estava no Canadá? Pois exatamente no Canadá, uma estudante ganhou o status de celebridade instantânea das redes sociais – exatamente como a brasileira há alguns meses atrás. Mas por um motivo que faria qualquer um corar de vergonha em frente ao headhunter.

Em vez de encaminhar seu currículo por e-mail para o recrutador, Vanessa Hodja anexou uma foto (para lá de bizarra) do ator Nicholas Cage. O recrutador a avisou.

Ela publicou a seguinte mensagem (em letras maiúsculas e com um print do e-mail) em  seu perfil noTumblr: “Jesus Cristo, acidentalmente, eu enviei para meu potencial futuro chefe uma foto do Nic Cage…”.

Não deu outra. Em instantes, a imagem circulou pela internet e Vanessa virou exemplo para uma porção de candidatos desatentos nos Estados Unidos.

Mas ela não é a única. Pesquisa da Career Builder, divulgada hoje, mostra que Vanessa não está sozinha quando o assunto é “mico” na hora de enviar ou escrever um currículo.

O site americano especializado em carreira pediu que recrutadores americanos contassem quais foram os erros mais bizarros que já presenciaram quando o assunto é currículo.

AS MAIS MEMORÁVEIS

1 – O candidato chamou a si mesmo de gênio no currículo e convidou o recrutador para entrevistá-lo em seu próprio apartamento.

2 – Em um processo de seleção para um emprego na Antártida, um dos candidatos afirmou que era capaz de falar “antarticano”, fluentemente.

3 – Para deixar o currículo mais charmoso, um candidato não pestanejou em decorá-lo com uma série de pequenos coelhos cor de rosa.

4 – Um candidato afirmou que seu currículo foi criado para ser “cantado ao som de ‘The Brady Bunch’”, uma série musical exibida na televisão americana nas décadas de 60 e 70. No Brasil, o programa ficou conhecido como “A família Sol-Lá-Si-Dó”.

5 – Durante o processo de seleção para uma vaga de gestão, um dos candidatos listou “caçador de jacarés” como uma habilidade em seu currículo.

OS ERROS MAIS COMUNS

Você, provavelmente, sentiu muita vergonha alheia ao ler a lista das gafes mais memoráveis. Mas, acredite, mesmo com bom senso, muita gente pode perder a oportunidade de emprego por deslizes, aparentemente, inofensivos.

Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa do Career Builder, 61% dos recrutadores afirmam que desclassificam um candidato que envia um currículo com erros gramaticais ou, pasmem, de digitação. Confira o ranking de erros que podem tirar você do processo seletivo:

1 – Erros gramaticais e de digitação
2 – Copiar frases prontas do anúncio de emprego
3 – Enviar o currículo com um e-mail inapropriado. (Exemplo: gatinha65@xxx.com)
4 – Não listar suas principais habilidades
5 – O currículo ter mais do que duas páginas
6 – Enviar um currículo impresso em um papel decorativo.
7 – Na hora de descrever sua experiência, focar mais nas tarefas do que nos resultados que entregou em cada função.
8 – Enviar uma foto junto com o currículo
9 – Ser prolixo e escrever grandes blocos de textos

Curriculum vitae (currículo): como fazer, estrutura - Brasil Escola

Imagem extraída de:  http://exame.abril.com.br/carreira/guia-do-curriculo/noticias/as-gafes-mais-absurdas-ja-cometidas-no-curriculo?page=1

– A Venda de Trabalhos Acadêmicos.

Não é novidade que infelizmente muitos alunos compram trabalhos universitários. Mas o que estarrece é o tamanho desta criminosa indústria dos TCCs, Dissertações e Teses.

Nesta matéria (de redação antiga mas conteúdo atual), se tem a ideia do tamanho deste problema…

Compartilho, extraído do site “Educar para Crescer”: http://educarparacrescer.abril.uol.com.br/comportamento/comercio-trabalhos-universitarios-475098.shtml

ALUNOS NOTA R$ 10,00.

Oito anos depois, a jornalista ainda sorri aliviada ao lembrar da tarde em que deixou seu trabalho de conclusão de curso na secretaria da faculdade. “Não via a hora de entregar a monografia. Primeiro, foram 5 meses de sofrimento tentando fazer aquele troço. Depois, um mês com medo de que o cara que eu paguei para escrever não me entregasse”, diz ela. “Nem me lembro da nota. Só queria me formar.”

De lá pra cá, as coisas mudaram. Em 2001, a jornalista do parágrafo acima (que, por motivos óbvios, pediu anonimato) entregou sua graduação nas mãos de um sujeito que havia posto um disfarçado anúncio de “digitação de monografia” – “e ele nem sabia as regras da ABNT”, recorda ela. Hoje, o aluno sem escrúpulos e com dinheiro no bolso tem a seu dispor dezenas de portais profissionais, com ofertas escancaradas (“Delivery. Sua tese ou trabalho pronto em 96 horas”) e variadas formas de pagamento. Além de universalizar o acesso ao serviço, a internet também globalizou a produção: tem americanos encomendando artigos que serão escritos por indianos.

Desde a virada do século, quando começaram a surgir denúncias contra esse tipo de site, o Ministério da Educação costuma reforçar que a responsabilidade é das faculdades, que deveriam criar ferramentas para detectar esse tipo de fraude. Enquanto isso, no maior site do setor, uma animação faz surgir uma apresentadora se gabando: “Desde 2000, já atendemos mais de 36 mil alunos, com sucesso em 97% dos casos”.

Afinal, pagar para que alguém escreva seu trabalho da faculdade é antiético, mas não é crime. Mas, se o cliente sempre tem razão, o aluno não. Se um professor atento identifica um falso autor, a punição pode ir de uma nota 0 até uma expulsão. Infelizmente, poucos parecem capazes ou dispostos a tanto. Na verdade, ser pego depende principalmente do aluno: há quem não se dê ao trabalho de ler o que comprou, e roda na banca examinadora. Aliás, aliar falta de escrúpulos com preguiça não parece ser muito raro.

PAGANDO E PASSANDO

Na monografia que foi enviada, a parte de gestão da qualidade é muito complexa, de um nível muito elevado. Então, gostaria de pedir que fosse feita uma revisão. Não será preciso fazer novamente: só torná-la mais simples e de fácil entendimento. No máximo, 5 páginas. Aguardo retorno.” Com alguns cortes e várias correções, esse é um e-mail que uma estudante de administração enviou a um site de monografias prontas. Como se vê, capricharam demais na encomenda, obrigando a cliente a requisitar uma piorada no “seu” trabalho de conclusão de curso, deixando-o assim mais de acordo com sua suposta capacidade.

Esse tipo de pedido é comum. Afinal de contas, é de imaginar que alguém que compra um texto que deveria ter escrito não tem muito jogo de cintura para fingir ter feito um trabalho muito bom, ou simplesmente não está disposto a estudar para entender o que seu ghost-writer quis dizer. “Na verdade, a maioria dos clientes é simplesmente idiota”, diz o escritor americano Nick Mamatas (sim, o nome é real), que durante anos viveu de escrever trabalhos acadêmicos para outros. “Eles não deveriam estar na faculdade. Eles precisam comprar trabalhos prontos porque eles basicamente não entendem o que é uma monografia, muito menos o que os professores pedem que seja feito nela”, diz Nick, que ficou conhecido ao publicar na rede um artigo detalhando suas atividades. Segundo ele, existem outros dois perfis secundários de clientes: bons alunos que, vítimas das circunstâncias, não conseguiram fazer algum trabalho específico, e estrangeiros que não dominam o idioma do país em que estão e precisam de uma mão na tradução.

Para uma advogada que há dois anos faz trabalhos por encomenda no interior de São Paulo, o problema é maior porque o mercado acaba obrigando profissionais sem interesse ou talento para a pesquisa acadêmica a buscar um título de pós-graduado, mestre, doutorações. “São pessoas que não querem aprender nada, mas precisam daquele diploma. Para eles, encomendar um trabalho é driblar um incômodo, os fins justificam os meios.”

OMBRO AMIGO

“A confiança é peça fundamental das relações. Oferecemos toda a segurança para nossos clientes. Assim sendo, estamos habilitados para o cumprimento e a correspondência de toda confiança depositada em nossas mãos.” Parece anúncio de banco, mas é de um portal de trabalhos prontos. Espertamente, eles se vendem como amigos (“ajudamos você a fazer seu sonho acontecer”) e colocam os clientes como vítimas, que “encontram-se em um período atribulado de sua vida”.

Além de um ombro amigo e do sigilo, outra característica fundamental oferecida pelos sites é o “certificado Google-free”: caso alguém encasquete com o texto recebido, não vai encontrar na rede nada semelhante – é um trabalho original. Pagando um extra, também se consegue um “seguro-DDD”: aquela empresa se compromete a não vender aquele trabalho para universidades da mesma região. Ah, claro: todos dizem contar com um time de especialistas.

Uma vez aceitas as condições, chega a hora de fazer o orçamento. A média para um trabalho de graduação antigo é R$ 4 por página, e um novo, customizado, fica em R$ 7. Pós, doutorado e mestrado são gradualmente mais caros. Aí é só passar no caixa: todos operam com depósitos em conta dos maiores bancos, cartão de crédito e até boleto bancário.

AUTO-ENGANO

Diante dessa máfia globalizada e escancarada, argumentos éticos parecem não estar fazendo efeito. Professores mais espertos já estão vacinados contra mecanismos de busca, mas é difícil identificar encomendas feitas sob medida. Melhorar os exames orais é um caminho, mas isso só pegaria os desleixados que não leram direito o que pagaram.

Nessa situação, o aluno que busca a sensação de dever cumprido com o dever comprado fica se achando o malandrão. Mas pode se dar mal: uma graduação sem méritos pode até colocar alguém em um emprego bom, mas não segura a pessoa lá, principalmente se envolver o dia-a-dia da profissão. Uma lição grátis: pagar para resolver problemas no presente pode comprometer o futuro.

 ABNT: normas para trabalhos acadêmicos - Estudo Prático

Imagem: Reprodução da Internet, extraída de: https://www.estudopratico.com.br/abnt-normas-para-trabalhos-academicos/

– O errado e o certo em discussão? Não…

Faça a coisa certa sempre!

Gostei da imagem abaixo: não é porque muita gente faz coisas erradas, que se deve fazer. Também não é que se ninguém faz as coisas certas, que você deve deixar de fazer.

Imagem recebida via WhatsApp, sem autoria conhecida. Quem souber o autor, por favor enviar para colocar o crédito.

– Os prêmios esquecidos da Nota Fiscal Paulista:

E se você não retirasse seu prêmio da Loteria por… esquecimento ou desconhecimento?

É isso que aconteceu a muita gente com a Nota Fiscal Paulista, e um abnegado auditor, inconformado, resolveu ajudar.

Veja que história legal, extraída de: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/06/auditor-fiscal-localiza-36-sorteados-da-nota-fiscal-paulista-e-entrega-r-72-milhoes.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_content=geral&utm_campaign=noticias

PRÊMIOS MILIONÁRIOS DA NOTA FISCAL PAULISTA SÃO ESQUECIDOS

Jair Rosa, de Marília, procura contemplados com cadastros desatualizados por telefone, email, WhatsApp e até cartas.

Incomodado com a lista de sorteados da Nota Fiscal Paulista que não recebiam o prêmio por não serem localizados, o auditor Jair Rosa, chefe do posto fiscal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, em Marília, no interior de São Paulo, pediu autorização para procurar os contemplados. Desde janeiro deste ano, conseguiu localizar 36 sorteados, o que possibilitou a entrega de R$ 7,2 milhões em prêmios.

Uma das ligações foi para a jornalista B. Salles, 54 anos, de São Paulo, que o atendeu desconfiada por acreditar se tratar de mais uma tentativa de golpe. “Falei cobras e lagartos para ele”, diz.

As dívidas com a faculdade das duas filhas a atormentavam até o início deste ano. Ela sabia que não teria condições de pagar o que devia e o sonho do ensino superior havia virado pesadelo para a família. “Minha situação era muito séria”, diz.

Jair insistiu, mandou mensagens pelo WhatsApp e, por fim, um email com uma imagem do sorteio. A jornalista bloqueou o número do auditor, mas guardou as mensagens e procurou um posto da Secretaria da Fazenda na capital.

No local, soube que o funcionário público estava certo. Ela receberia um valor que permitiria pagar as dívidas e aliviar a situação financeira. Teve uma crise de choro e chegou a passar mal. Após ser acalmada, ligou para Jair, pediu desculpas e agradeceu inúmeras vezes pela insistência dele.

“Naquele momento eu precisava desesperadamente de dinheiro, em um grau absurdo”, afirma. “Sigo agradecida.”

Por questão de segurança, os prêmios acima de R$ 100 mil precisam da identificação dos sorteados nos postos fiscais. No entanto, os contribuintes que não mantêm o cadastro atualizado correm o risco de não serem localizados e perderem o dinheiro, caso não sejam encontrados em um prazo de cinco anos.

As pessoas que concorrem aos prêmios, que variam de R$ 1.000 a R$ 1 milhão, informaram os CPFs em compras –a cada R$ 100 gastos, o consumidor recebe digitalmente uma cartela do sorteio mensal do programa.

“Na minha ótica, nós da Secretaria da Fazenda temos que fazer alguma coisa para que essas pessoas saibam sobre o prêmio”, diz o auditor. Ele afirma que os consumidores fizeram a parte deles para combater a sonegação fiscal e, portanto, merecem o esforço que decidiu empreender pessoalmente.

Servidor faz buscas pelo sistema do IPVA, CNPJ e Google

Jair usa diversas ferramentas para localizar os contribuintes: consulta dados do IPVA, verifica se há registro de contato em eventuais aberturas de empresas e realiza buscas no Google. Faz tentativas de contato por telefone, WhatsApp, email e cartas.

A principal dificuldade, segundo ele, não é localizar os sorteados e sim convencê-los de que está falando a verdade.

Nas cartas, o auditor chega a fazer um apelo: “Se você acha que isso é um trote, desconsidere o aviso, perca o prêmio e jamais lamente que a sorte não está a seu favor”.

Uma das contempladas só acreditou ao receber a visita de um filho, que viu a correspondência oficial e ligou para o auditor, ao lado da mãe. Ela pediu desculpas por ter desconfiado nos primeiros contatos, falou sobre os diversos trotes que já havia recebido e contou que o valor do sorteio seria útil para os filhos e netos.

Uma sorteada de Pompeia, também no interior paulista, pediu ajuda para um sobrinho para conversar com Jair por telefone. O auditor orientou o jovem a chegar ao endereço eletrônico que informaria o valor recebido. Ao confirmar, tia e sobrinho choraram tanto que assustaram as crianças da casa. “Foi muito emocionante”, lembra o auditor, também entre lágrimas.

Para localizar um morador de Manduri, cidade de 10 mil habitantes na região de Marília, ligou para uma farmácia e para um posto de combustíveis. Em poucos minutos conseguiu falar com o contemplado, um motorista de ônibus escolar.

Entre as recompensas, recebeu da jornalista uma carta em que diz que seu trabalho vai formar uma advogada e uma produtora cultural.

“É por essas e outras que acho que o premiado de fato sou eu”, diz o auditor. “É um trabalho que vou continuar enquanto existir alguém que foi sorteado e que não foi contatado.”

Jair Rosa, o auditor (divulgação SEFAZ).

– Transparência na conduta e nos ideais!

Nunca conte mentira, pois você terá que lembrar as bobagens que falou para mantê-las como verdade. Assim, ser verdadeiro, agir coerentemente colocando as práticas dos ideais e ideologias, é fundamental para se ter credibilidade com o próximo.

Digo isso pois leio o seguinte pensamento de autor desconhecido:

A alma não pode ter segredos que a nossa conduta precise esconder“.

Correto. Necessitamos parecer e ser exteriormente o que somos. Se somos do bem, praticaremos o bem; mas se somos hipócritas, a exteriorização não tardará de ser pública.

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Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida. Quem tiver conhecimento, informar para os créditos.

– As casas de apostas não são as culpadas no escândalo da Máfia Esportiva.

E as Casas de Apostas Esportivas estão na boca do povo, devido à máfia das apostas. Mas não podemos nos esquecer: assim como os clubes, elas são vítimas!

Se há apostadores que querem “comprar” jogadores a fim de ganhar nas apostas, eles acabam “quebrando a banca”. Com isso, as Casas de Apostas são as maiores interessadas na lisura do futebol.

Quando se pede o fim delas, é a mesma coisa da velha história de “tirar o sofá da sala” para evitar traição conjugal. O culpado não é o sofá (ou melhor, a Casa de Apostas), mas o infiel (ou melhor: o Apostador desonesto).

Aqui, uma insistente e derradeira observação: não apareceu nenhum árbitro, dirigente ou treinador até agora… Era só com os jogadores os esquemas, pois os demais estavam blindados?

Segredos de apostas bem sucedidas no futebol

Imagem extraída de: https://www.abcdoabc.com.br/brasil-mundo/noticia/voce-sabe-quais-sao-segredos-se-dar-bem-apostas-futebol-147447

– O que é Stalking?

Serviço de utilidade pública: o que é stalking?

Extraído de: https://canaltech.com.br/amp/seguranca/o-que-e-stalking-como-se-proteger-205060/

O QUE É STALKING E COMO SE PROTEGER?

Com o acesso cada vez mais fácil à internet, manter a privacidade e a segurança tem sido difícil. Nesse cenário, o stalking está cada vez mais presente. Esse ato de perseguir alguém, de forma persistente e incessante, ocorre geralmente quando um indivíduo cria uma obsessão por outro e passa a persegui-lo virtual ou presencialmente.

Quando isso acontece, o perseguidor (chamado de stalker) passa a monitorar constantemente o perseguido, coleta informações sobre ele e o cerca em vários espaços. “Se a vítima publica uma foto na internet e marca onde e com quem está, informa quem está aguardando essas informações”, aponta Afonso Morais, advogado especializado em cobrança e direito do consumidor.

O ato pode parecer simples, mas fornece dados sobre horários, amigos, familiares, preferências e assim por diante. Por isso, todo o cuidado é pouco quando se trata de golpes, fraudes e outros crimes: eles podem começar nas redes sociais e se tornarem reais e perigosos.

Stalking é crime

Morais destaca que, desde 31 de março de 2021, está em vigor a Lei nº 14.132/21. Com ela, a perseguição se tornou crime, incluído no artigo 147-A do Código Penal, punível com reclusão de 6 meses a 2 anos mais multa a ser fixada pelo juiz. E se o delito for cometido contra criança, adolescente, idoso, mulheres ou executado por duas ou mais pessoas, a pena pode aumentar.

É comum, ainda, que o autor da perseguição seja conhecido da vítima: um parceiro, um ex-companheiro, um colega de trabalho, um vizinho ou similar. O autor pode também ser um desconhecido que desenvolveu um amor platônico pela vítima. “Foi o caso da atriz Anna Hickmann, que teve repercussão nacional”, lembra Morais.

Algumas ações podem ser consideradas stalking. Veja quais são elas:

telefonemas, envio de mensagens e e-mails, tentativas de invasão de contas virtuais, reclamações em condomínios e afins;
em geral, o stalker se esconde em perfis falsos para perseguir a vítima. Em condomínios, ocorre com moradores, colaboradores e o próprio síndico. A perseguição ocorre das mais variadas formas e em, alguns casos, traz transtornos psicológicos para a vítima;
perseguição presencial: rondar a residência e o local de trabalho da vítima, bem como frequentar os mesmos lugares.

Algumas ações podem ser consideradas stalking. Veja quais são elas:

  • telefonemas, envio de mensagens e e-mails, tentativas de invasão de contas virtuais, reclamações em condomínios e afins;
  • em geral, o stalker se esconde em perfis falsos para perseguir a vítima. Em condomínios, ocorre com moradores, colaboradores e o próprio síndico. A perseguição ocorre das mais variadas formas e em, alguns casos, traz transtornos psicológicos para a vítima;
  • perseguição presencial: rondar a residência e o local de trabalho da vítima, bem como frequentar os mesmos lugares.

O que fazer se for vítima

  1. Colete todas as provas. “Guarde prints de mensagens, e-mails, grave ligações e guarde objetos que receber. Depois, apresente à polícia”, ensina Morais.
  2. Avise conhecidos: é importante não se sentir sozinho nessa situação.
  3. Se notar que o agressor o está seguindo, tente fotografá-lo, filmá-lo ou conseguir testemunhas para atestar a situação e chame por ajuda.
  4. Denuncie. “Dirija-se a uma delegacia de polícia munido das provas e registre um boletim de ocorrência.”
  5. Procure orientação jurídica. “Um advogado pode auxiliar com um pedido de medidas protetivas de urgência.”
  6. Bloqueie o contato do stalker nas redes sociais e o denuncie nas plataformas.

Perseguidor Stalker

Stalker, em geral, é um conhecido (Imagem: Reprodução/Envato/stevanovicigor)

– A cara-de-pau de Mateusinho, ao cumprir o acordo com a Máfia das Apostas.

O lateral Mateusinho não deve ter dormido nos últimos dias… o atleta que hoje está no Cuiabá, teve conversas reveladas com apostadores e colegas de clube, quando jogava no Sampaio Corrêa, e que são bem desagradáveis.

Contratado pela Máfia das Apostas, ele deveria cometer um pênalti no jogo da Série B, na partida diante do Londrina. E escreveu:

“Me deu uma missão pra mim matar… ou mato ou morro, mano. Não tinha jeito mano. Eu falei: ‘Ihh, alguém vai se fud… aí, porque eu vou dar o carrinho”.

Imagine o treinador do time, ao ler isso? E a torcida? E o presidente da agremiação?

Há coisas mais cabeludas nessa matéria do UOL:

Em: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2023/05/27/jogadores-combinavam-manipulacao-e-apostas-em-grupo-chamado-lula-13.htm

JOGADORES COMBINAVAM MANIPULAÇÃO E APOSTAS EM GRUPO CHAMADO “LULA 13”

Por Diego Garcia e Adriano Wilson

Cinco jogadores do Sampaio Corrêa usavam um grupo do WhatsApp chamado “Lula 13” para falar de apostas e da manipulação de resultados da Série B. O grupo foi criado em novembro do ano passado, dias depois das eleições para presidente.

O que aconteceu

Os prints com as mensagens do grupo foram encontrados no celular do lateral Mateusinho, um dos membros mais ativos. Nas mensagens, ele é elogiado pelos colegas por ter cometido um pênalti na partida Sampaio 2 x 1 Londrina na última rodada da Série B. “Me deu uma missão pra mim matar… ou mato ou morro, mano. Não tinha jeito mano. Eu falei: ‘Ihh, alguém vai se fud… aí, porque eu vou dar o carrinho”, disse o lateral, hoje no Cuiabá, da Série A.

Segundo o MP, o pênalti tinha sido encomendado pelos empresários que fraudavam partidas pra lucrar com apostas. Os jogadores do grupo “Lula 13” comemoram o pênalti, mas lamentaram que outra aposta na mesma rodada deu errado, o que causou prejuízo ao esquema.

Além de Mateusinho, faziam parte do grupo os zagueiros Paulo Sérgio e Allan Godoi, o volante André Queixo e o atacante Ygor Catatau. Todos foram denunciados por manipulação de evento esportivo. Outros dois participantes do grupo, um goleiro e um jogador de pôquer, não foram denunciados e, por isso, seus nomes não serão publicados.

O MP encontrou um comprovante de depósito de R$ 10 mil na conta de Paulo Sérgio, o que seria um adiantamento aos jogadores pelo pênalti.Questionados pelos promotores, os atletas negaram o crime e disseram que apenas falavam no grupo sobre apostas legalizadas, pôquer e videogame.

Por que esse nome pro grupo?

Não há no processo o motivo pelo qual os jogadores escolheram o nome do atual presidente para o grupo. Entre as mensagens que tratam de apostas há duas que mencionam Lula.

1ª referência a Lula: depois de Mateusinho postar uma figurinha de si mesmo segurando um maço de dinheiro, o goleiro do grupo manda uma figurinha de Lula com a frase “Já pode roubar?”

2ª referência a Lula: no dia 13 de novembro, Mateusinho escreve “Hoje o Lula tem que ganhar, pra gente ficar bem.” Nesse dia não havia eleições — o segundo turno já tinha acontecido, em 30 de outubro. Mas era a última rodada da Série A. Em seguida, os participantes do grupo combinam as apostas que fariam na rodada.

Jogadores cobram valores devidos pelo pênalti

O grupo “Lula 13” foi criado no dia 3 de novembro, três dias depois de Lula ser eleito. No dia 5 de novembro, na última rodada da Série B, o Sampaio enfrentou o Londrina, e Mateusinho cometeu um pênalti. Depois do jogo, ele foi celebrado no grupo pelos amigos.

Segundo o MP, os empresários que fraudavam os jogos tinham combinado pênaltis com os jogadores do Sampaio e do Vila Nova, que também jogou naquela rodada. Os atletas do Sampaio fizeram sua parte, mas os do Vila desistiram, o que causou prejuízo aos apostadores. Como os jogadores do Sampaio não receberam sua parte do combinado, eles passaram a cobrar dos apostadores.

O MP descobriu a existência de um segundo grupo, que tinha como nome um emoji de óculos escuro. Nele, os cinco atletas do time maranhense “debatem sobre a expectativa de recebimento de valores, a existência da dívida e forma de cobrança, externando, por mais de uma vez, que teriam cumprido com sua parte no esquema — leia-se, cometimento do pênalti — e esperavam receber todo o valor prometido”, escreveram os promotores da “Penalidade Máxima”.

Veja abaixo diálogos do “Lula 13”:

O que os jogadores dizem

Segundo a defesa de Paulo Sérgio, o zagueiro não conhece o jogador de pôquer com quem trocava mensagens no WhatsApp e nunca fez negócio com ele relacionado a futebol. Ele também não conhece outros envolvidos no esquema. O advogado Servigaldo Cobel relembrou que o zagueiro sequer jogou na última rodada da Série B do ano passado.

Sergivaldo Cobel também defende o goleiro e o jogador de pôquer que fazem parte do grupo “Lula 13”, mas ambos não viraram réus no processo e não tiveram seu nome citado no texto desta reportagem. Como os promotores mencionam a dupla nos interrogatórios, Cobel acrescentou que vai representar contra os membros do MP. Segundo ele, o processo está em segredo de Justiça e os vídeos não deveriam ter sido divulgados à imprensa.

A defesa do jogador André Queixo, por sua vez, disse que o processo ainda está em fase embrionária. Os advogados aguardam a citação do seu cliente pela Justiça para que possam esclarecer os fatos.

Mateusinho não atendeu aos pedidos de contato da reportagem, feitos através de seu perfil no Instagram, e por uma assessoria que aparece conectada à sua página..As defesas de Allan Godoi e Ygor Catatau não foram encontradas pela reportagem.

– Agora, surgem “Jogadores Apostadores”. Parará por aí?

A FIFA proíbe que atletas, árbitros e representantes de clubes participem de apostas esportivas (incluindo os seus familiares). No começo do ano, o Grêmio advertiu Ferreira, pois participou de uma aposta esportiva e publicou na Internet (vide aqui: https://wp.me/p4RTuC-LHh).

Agora, Didi, zagueiro do Avaí e que estava no Bahia, segundo o Ministro Público, apostava em atletas que receberiam cartões e se relacionava criminalmente com o cooptador Bruno López.

As dúvidas aumentam, assim como os fatos: até agora, não apareceu nenhum árbitro, cartola ou treinador. Estão blindados?

Mais do que isso: Bruno Lopez, de 29 anos e passagem pelo futebol da Alemanha, é de fato o “cabeça da Máfia”, ou uma espécie de gerente?

Extraído de: https://www.bahianoticias.com.br/amp/esportes/bahia/28924-penalidade-maxima-ii-ex-zagueiro-do-bahia-apostou-em-cartao-vermelho-para-bauermann

EX-ZAGUEIRO DO BAHIA APOSTOU EM CARTÃO VERMELHO PARA BAUERMANN

Por Redação

O zagueiro Didi, ex-Bahia e atualmente no Avaí, foi citado nas investigações da Operação Penalidade Máxima II do Ministério Público de Goiás. De acordo com a denúncia, o defensor trocou mensagens com o apostador que aliciou o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos.

À época, Didi estava no Tricolor, durante a Série B de 2022. Nas mensagens, ele diz ter feito uma aposta combinada para que Eduardo Bauermann (Santos), Moraes (Juventude), Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Dadá Belmonte (Goiás), Paulo Miranda (Juventude) e Igor Cariús (Cuiabá) recebessem cartões na 36ª rodada do Brasileirão.

Em outra conversa, Didi cobra o apostador pelo pagamento de R$ 250 mil a um terceiro não identificado. O prejuízo seria por conta de Eduardo Bauermann não ter recebido cartão vermelho no jogo contra o Botafogo, no dia 11 de novembro, pelo Brasileiro. O apostador explica a Didi que Bauermann estaria vendendo 15% dos seus direitos econômicos e pagando parcelas mensais de R$ 50 mil para cobrir o prejuízo.

– As importantes perguntas sobre o escândalos de jogadores envolvidos em apostas.

A cada dia, surgem novos nomes de atletas envolvidos na “Máfia das Apostas. É surpreendente a gama de jogadores comprados pelo esquema do apostador Bruno López.

Questões importantes: 

  • O quão forte é esse cara? 
  • De onde ele surgiu e quem é ele?
  • Qual a origem do seu dinheiro?

Talvez, as duas principais dúvidas sejam: 

  • Como ele conseguiu chegar e convencer atletas importantes de equipes tão diversas?
  • E como clubes e autoridades podem blindar os jogadores, árbitros, treinadores e dirigentes?

Dos relatos, me impressiona o “linguajar de bandido” com Eduardo Bauermann, ou o sucesso na cooptação de Kevin Lomónaco (atleta que ganha bem, recebe em dia e que se sujeitou a participar do esquema por um “valor baixo”, se comparado aos seus recebimentos).

Se isso está acontecendo com atletas da Série A, imagine nos campeonatos estaduais, nas últimas divisões e, segundo os relatórios da empresa que monitora fraudes para a FPF, nos torneios femininos e Sub 20 – pois financeiramente são mais vulneráveis. 

É necessário que atitudes fortes sejam tomadas, a fim de que não se caia em descrédito nos jogos do Brasileirão. Afinal, pela desconfiança natural, toda bola que bater sem querer na mão e que virar pênalti equivocado, se dirá que o árbitro estará “na gaveta”; cada gol absurdamente perdido, será proposital do atacante “de esquema”, ou cada furada de zagueiro ou cartão duvidoso, é porque o atleta “estará vendido”.

É como um casal onde um dos cônjuges desconfia de traição: uma simples e rotineira ida ao médico de um dos parceiros, pode se tornar suspeita de “escapadinha para encontro amoroso”!

Que se tome cuidado para a questão da anulação dos jogos (defendida por um ou outro) ou nãoum equívoco cometido no caso da Máfia do Apito, de 2005, onde os árbitros vendiam seus serviços mas não praticaram ilicitudes nos jogos, sem alterações nos placares.

Algo precisa ser feito – rápido e com impacto (mas não creio que se deva parar o Campeonato Brasileiro, não há alteração de placar, mas situações do meio da partida).

Imagem extraída de: https://www.mktesportivo.com/2022/03/2021-registrou-903-jogos-suspeitos-de-manipulacao/

– Máfia do Apito e Máfia dos Apostadores.

É assustador o quanto pipocam nomes de jogadores que se venderam à uma máfia de apostadores. O último escândalo do futebol aconteceu em 2005, com a “Máfia do Apito”.

Para os mais jovens, uma recordação do episódio de 2005 abaixo. Esse texto tem 10 anos, quando testemunhei o que vivemos naquela ocasião, quando participamos de investigação do Gaeco:

10 ANOS DA MÁFIA DO APITO

Amanhã, exatos 10 anos que nos trazem à triste lembrança o episódio da Máfia do Apito que escandalizou não só os amantes do futebol, mas toda a sociedade. Na ocasião, muito foi comentado e especulado. As consequências aconteceram, como a anulação de alguns jogos, embora não se tenha observado erros de arbitragem e má intenção nas partidas.

Gostaria de aproveitar esse espaço para contar o que eu, como árbitro participante do grupo de 40 juízes em Pré-temporada no ano do ocorrido com os pivôs Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, vi, vivi e soube sobre todo o imbróglio. O faço sem nenhum componente explosivo ou polêmico, mas puramente para a curiosidade dos leitores, motivado pela data.

Na sexta-feira do dia 23 de setembro de 2005, dia da prisão do Edilson, eu fui escalado para ser o árbitro-reserva dele no domingo seguinte. Na manhã desse dia, nada se sabia publicamente. Trabalharíamos numa semifinal da série A3, entre Palmeirinha de Porto Ferreira x Santacruzense. Para minha surpresa, na tarde do mesmo dia, Edilson saiu da escala no site da FPF e em seu lugar apareceu Phillipe Lombard.

Quando foi à noite… Muitos se assustaram com a capa da Revista Veja na Internet, e o pouco que se sabia era impressionante.

E os dirigentes da CBF e da FPF?

– Sumiram de imediato!

E aqui havia alguns componentes: Edilson Pereira de Carvalho sabia apitar, mas fisicamente tinha graves problemas no joelho. Enrolava para treinar, preferia ficar no hotel fazendo fisioterapia na Pré-Temporada com a anuência dos cartolas. Sim, parecia ser protegido pela chamada “República do Vale do Paraíba”, nome dado informalmente pelos árbitros ao grupo de pessoas oriundas dessa região do estado e que administrava o Futebol, em especial o presidente da CEAF José Evaristo Manuel, Reinaldo Carneiro Bastos (vice da FPF) e Sérgio Correa da Silva, presidente do Sindicato. Edilson era amigo deles.

Porém, apesar dele ter amizade com eles e alguns privilégios (cobranças menores nos testes físicos, jogos importantes nas escalas e “pouca fiscalização sobre ele” – vide a história da sua documentação irregular para apitar), para mim foi nítido que Edilson traiu a todos os seus amigos! Foi literalmente uma bola nas costas.

E tudo começou com Paulo José Danelon, árbitro de Piracicaba, que nada mais era do que o inverso de Edilson em questões de relacionamento. Edilson era fechado, ruim de conversa, introvertido e mal humorado. Danelon era aberto, piadista, e gostava de ajudar a Comissão de Árbitros realizando palestras para juízes mais jovens e elaborando apresentações sobre Regra.

Ninguém – ninguém mesmo – imaginaria que dois árbitros tão opostos entre si e que nem se conversavam poderiam ter “negócios em comum”.

O problema foi o seguinte: Danelon resolveu arregimentar árbitros para favorecer um grupo de apostadores de jogatinas eletrônicas capitaneados por um tal de Gibão (Nagib Fayad). Combinava-se quem ganharia/perderia a partida e se faria o palpite na jogatina. Edilson topou. O árbitro Romildo Correa houvera sido sondado mas ele próprio alegou estranhar uma visita de sujeitos suspeitos e não entendeu que era uma tentativa de explorá-lo, sendo que nunca mais os viu. Paulo César de Oliveira, segundo as gravações da Polícia, foi descartado com a célebre e honrosa afirmação de Danelon: “Esse não dá, é honesto e se souber vai contar tudo.

Logo após o ocorrido, na sede da FPF, houve uma reunião com os árbitros da Pré-Temporada daquele mesmo ano com o pessoal do Gaeco. O Dr José Reinaldo Carneiro (homônimo do dirigente da FPF), dissertou sobre as investigações. Me recordo quando alguém perguntou se ali estava algum árbitro que pudera ter sido grampeado, e o Dr Reinaldo não titubeou: “todos os senhores aqui presentes poderiam sim ter sido grampeados e investigados durantes o processo. Muitos foram.”.

A prisão de Edilson – e isso pra mim foi clara – só se deu pelo fato da Revista Veja “furar” a Polícia. A Editora Abril já tinha informações de investigações sobre o caso e plantou uma jornalista na vida de Edilson que se passou como “estudiosa das novas profissões”, desejando fazer uma matéria sobre esse assunto e que “ser árbitro de futebol” era uma das atividades profissionais do futuro. Ele acreditou… E Edilson vivia do dinheiro da arbitragem, era técnico de comunicações mas se passou como empresário, pedindo a um amigo para lhe “emprestar” uma fábrica de pelúcias a fim de dizer como conciliava o árduo trabalho e o futebol (na foto da revista, era uma bonequinha Hello Kitty exposta; dias depois, processou-se a empresa pois a dona dos direitos da marca descobriu que era uma firma que pirateava os brinquedos).

Com a iminente publicação, a Polícia teve que prendê-lo. Mas me pareceu que, naquele período em que as prisões de personalidades estavam acontecendo de maneira espetaculosa, aguardava-se uma escala do Edilson em um jogo como Fortaleza x Flamengo as 16h ao vivo pela Globo. Já pensaram em uma prisão com transmissão em tempo real?

Depois disso, Edilson escreveu um livro e cobrava para dar entrevistas depois do escândalo. Foi (e talvez ainda seja) gerente de bar em Jacareí. Danelon virou instrutor de auto-escola e não sei se continua trabalhando nisso.

Conheci e trabalhei com os dois. Particularmente, acho que Danelon deve estar arrependidíssimo. Edilson nem tanto. Mas pensem: perderam os amigos, foram escrachados (eles e seus familiares) e viveram um inferno. Entretanto, chamo a atenção para o seguinte: nenhum dos jogos envolvidos foram, de fato, manipulados. Assistam as partidas! Nenhum deveria ser anulado por ação ilícita dos árbitros, só que foram porque o Sveiter, presidente do STJD na época, estando acuado pelo jornalista Milton Neves em seu programa ao vivo, disse que os anularia pela questão moral.

Me pareceu, sinceramente, que os árbitros acabaram dando um golpe nos apostadores: repararam que nem todas as partidas tiveram os resultados combinados? Nos arquivos gravados, ouviam-se desculpas, como no jogo Juventude x Vasco: “Pô, o Edmundo jogou muito, não dava para fazer nada”. Aliás, nenhuma zebra nas partidas tampouco lances polêmicos. Há quem diga que o próprio Edilson vendia o serviço para um vencedor e apostava em outro, para se garantir com o dinheiro alheio.

Claro, não é defesa deles, mas constatação esportiva: os resultados deveriam ser mantidos pois aparentemente não foram manipulados. Mas isso é outra discussão.

Meu último contato com Paulo José Danelon foi em um jogo como 4o árbitro pela série A1: América x Ponte Preta em São José do Rio Preto, onde, embora já se estava no período “suspeito” e investigado pelas autoridades, tudo ocorreu muito bem. Com Edilson Pereira de Carvalho foi como colega de quarto na sua última pré-temporada. Ele foi um companheiro horrível, de difícil conversa. Me recordo que estávamos assistindo ao sorteio da abertura do Campeonato Paulista de 2005: deu Seneme como árbitro, Ana Paula de Oliveira e Aline Lambert como bandeiras e eu como 4o árbitro, na estréia da súmula eletrônica (Internacional x Palmeiras). Edilson se revoltou por ter sido sorteado para Marília x Corinthians na rodada 2 e se trancou no quarto, abandonando os trabalhos da pré-temporada daquela noite. Não pude compartilhar minha felicidade pela escala que recebi com ele, afinal, ele era “estrela”…

Passado algum tempo, é impossível não pensar e ao mesmo tempo ironizar: Edilson guardava uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no bolso do Cartão Amarelo, e a beijava como num ritual de início do jogo. Muitos diziam que no verso havia um bilhete de loteria…

Mas como blindar o surgimento de novos Edilsons e Danelons, não só árbitros mas dirigentes e jogadores?

Marco Polo Del Nero encheu a Federação Paulista de Futebol de gente da Polícia em vários cargos: Comissão de Arbitragem, Corregedoria, Ouvidoria e em outros departamentos técnicos. Mas os cartolas amigos de Edilson, todos continuam militando no meio do futebol, pois, afinal, foram considerados honestos. Só que se as partidas foram anuladas por ética, mesmo tendo sido apitadas honestamente, incoerentemente as coisas caminharam com os dirigentes.

Por fim: encerro com um pensamento do excepcional e experiente jornalista Cláudio Carsughi, ítalo-brasileiro a quem tanto admiro por sua sapiência:

Se Deus, na sua tão grande magnitude não privou nem sua própria Igreja de corrupção, por que o faria a um determinado segmento como o futebol? E em especial aos árbitros?

Disse tudo. Mas confesso que se pudesse conversar novamente com eles (e já houve oportunidade mas não era uma prioridade) pediria a eles para deixar um testemunho do que hoje pensam e sentem sobre tudo o que aconteceu.

Lamento que tudo isso manchou esportivamente o Brasileirão daquele ano. Nada de dizer que foi premeditado ao Corinthians, mas por pura vaidade do STJD (muitos criticam que as decisões na Justiça Desportiva favoreceram o time paulista). A propósito, a fiscalização sobre os árbitros-operários continua feroz desde então, mas sobre os dirigentes, presidentes de sindicatos, membros de comissões e outros cartolas mais graduados é NULA. Por isso é válido afirmar: o sistema é falho. Afinal, se o próprio Ex-Presidente da CBF José Maria Marin embolsou uma medalha de jogador Sub 20 como souvenir na surdina, e desde esse delito soubemos tantas outras coisas muito mais graves, estando ele preso na Suíça, e o atual nem do país pode sair, o que se pode esperar?