– Como devemos chamar o próximo Mundial de 2026?

A FIFA anunciou que o Estádio Azteca (na Cidade do México) e a Arena Metlife (em NY), serão respectivamente os locais de abertura e fechamento da WorldCup’26.

Um detalhe: oficialmente, como essa Copa do Mundo se chamará?

Era fácil falar “Copa do Catar 2022”. Fica difícil falar “Copa do México, Canadá e Estados Unidos 2026”. Talvez, muita gente chamará de “Copa dos EUA”, por ocorrer mais jogos lá.

Que tal Copa da América do Norte? Afinal, será o primeiro evento onde um continente inteiro sedia essa competição (muita gente confunde o México como pertencente à America Central, talvez por confundir a subdivisão das Américas em Latina e Anglo-Saxônica). Na Japão-Coreia, hoje, 22 anos depois, é lembrada de “Copa do Japão”.

Como será essa?

E a de 2030, que ninguém tem certeza como acontecerá, pois passará por 3 continentes, começando no Uruguai, indo para o Marrocos e terminando na Península Ibérica?

Ah, essa politicagem da FIFA

– Como devemos chamar o próximo Mundial de 2026?

A FIFA anunciou que o Estádio Azteca (na Cidade do México) e a Arena Metlife (em NY), serão respectivamente os locais de abertura e fechamento da WorldCup’26.

Um detalhe: oficialmente, como essa Copa do Mundo se chamará?

Era fácil falar “Copa do Catar 2022”. Fica difícil falar “Copa do México, Canadá e Estados Unidos 2026”. Talvez, muita gente chamará de “Copa dos EUA”, por ocorrer mais jogos lá.

Que tal Copa da América do Norte? Afinal, será o primeiro evento onde um continente inteiro sedia essa competição (muita gente confunde o México como pertencente à America Central, talvez por confundir a subdivisão das Américas em Latina e Anglo-Saxônica). Na Japão-Coreia, hoje, 22 anos depois, é lembrada de “Copa do Japão”.

Como será essa?

E a de 2030, que ninguém tem certeza como acontecerá, pois passará por 3 continentes, começando no Uruguai, indo para o Marrocos e terminando na Península Ibérica?

Ah, essa politicagem da FIFA

– Dorival Jr e as entrelinhas sobre Neymar.

Na apresentação de Dorival Jr na CBF, algo relevante que ele falou sobre Neymar. Disse que “o jogador é importante, mas que a Seleção Brasileira precisa aprender a jogar sem ele”

Ótimo, pois mostrou que está se preparando para tê-lo só em boas condições, sem pressão para escalar ele. Assim, a Seleção começa a se renovar e não ter mais sua dependência.

Neymar, na plenitude física e técnica, é selecionável; mas lesionado…

Só não vale dizer, como ele disse “fazendo um agrado”, que o “Menino Ney” é um dos três melhores no mundo atualmente… aí, forçou. Hoje, há vários atletas à frente do brasileiro. 

– Recordando meu momento marcante da Copa do Mundo do Catar 2022:

Há 1 ano…

Assisti muito futebol no último mês. E, confesso, nada foi mais gratificante do que ter tido a experiência de ter trabalhado comentando alguns jogos pela Rádio Jovem Pan. Mais tarde faço meu necessário agradecimento.

Mas eu tive 3 momentos que não esquecerei, que compartilho nos áudios abaixo (3’28”, 0’44″e 0’28″segundos respectivamente.

Compartilho, justamente pelo carinho recebido. E obrigado a todos que torceram por mim!

A – https://youtu.be/5jZEE0measg

B – https://youtu.be/JBjpDlk6uvU

C – https://youtu.be/ROpTNHHLQ4I

 

– A Copa do Mundo de 2034: quanto menos democrática e honesta a sede, melhor?

Mohammed bin Salman, o ditador da Arábia Saudita, conseguiu: deverá sediar a Copa do Mundo 2034.

Se a FIFA ganhou “horrores de dinheiro” com a Copa do Catar 2022, imagine com alguém que não tem preocupação com grana e quer gastar para que suas vaidades sejam realizadas?

Li (por isso compartilho) a coluna de Alicia Klein, onde ela lembra um famoso artigo de Adam Crafton e Matt Slater, onde mostram: nos países mais honestos e democráticos, o modelo da Copa do Mundo da FIFA não permite um lucro absurdo. Já nos de ditadores e corruptos…

Abaixo, extraído de: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/alicia-klein/2023/10/31/copa-do-mundo-2034-arabia-saudita-e-fifa-feitos-um-para-o-outro.htm

COPA DO MUNDO 2034: ARÁBIA SAUDITA E FIFA, FEITOS UM PARA O OUTRO

udo indica que a Arábia Saudita sediará a Copa do Mundo de 2034. Hoje cedo, a Austrália abriu mão de sua candidatura e deixou o caminho livre para o casamento da “rival” com a Fifa, já esperado por quem acompanhava os bastidores do romance.

A entidade segue com o discurso de expandir o futebol pelo mundo, de levar suas competições a todos os continentes, dizendo que está “modernizando o futebol para que se torne global, acessível e inclusivo em todos os aspectos”.

Deixo para vocês analisarem a ironia do termo “inclusivo” e o amor da Fifa por um país que executou pelo menos 100 pessoas neste ano, e onde ser LGBT é proibido por lei, sem falar em todas as restrições e violências cometidas contra as mulheres. E sem falar no recente relacionamento com o Qatar.

Uma excelente matéria da excelente The Athletic, dos excelentes Adam Crafton e Matt Slater, aborda os reais motivos.

“Outras pistas sobre por que a Fifa poderia gostar de uma Copa do Mundo na Arábia Saudita podem ser encontradas em uma entrevista de 2013, na qual Jerome Valcke, o ex-secretário-geral da Fifa (depois condenado por um tribunal suíço por aceitar subornos), disse que às vezes ‘menos democracia é melhor para organizar uma Copa do Mundo’.

Isto significa que projetos fortemente patrocinados pelo Estado costumam estar mais preocupados com o prestígio da realização de um evento como esse, e menos preocupados com os elevados custos de sua realização, deixando a Fifa mais tranquila para explorar os ativos comerciais. No torneio de 2026 nos EUA, por exemplo, a Fifa está encontrando todo tipo de desafio com os custos de aluguel de instalações de treino para equipes, bem como grandes disputas com cidades e proprietários de estádios sobre os acordos de divisão de receitas. Tudo isto deve ser mais simples na Arábia Saudita.

Esses aspectos levam a uma Copa do Mundo mais lucrativa para a Fifa, com os lucros podendo então ser distribuídos de forma mais uniforme entre as associações, que ficam mais felizes com a Fifa e seu presidente Infantino, que pode ou não permanecer no comando da Fifa por mais tempo como resultado.”

Enquanto isso, a Arábia Saudita segue normalizando seu regime, promovendo o turismo, entrando nas casas de torcedores mundo afora, alardeando sua liga recheada de estrelas e, em breve, todas as maravilhas do que deve ser mais um Mundial luxuoso e “moderno”.

Surpreendendo um total de zero pessoas, o foco da Fifa é dinheiro. E poder. Afinal, esses dois gostam muito de passear juntinhos, de mãos dadas. Assim como Infantino e seus brothers parecem gostar de caminhar juntinhos, de mãos dadas com ditaduras de histórico torpe em direitos humanos.

Continua após a publicidade
Fofos. Feitos uns para os outros. Que tragédia mais romântica.

Imagem: extraído de Divulgação Fifa.

– A Copa do Mundo de 2034: quanto menos democrática e honesta a sede, melhor?

Mohammed bin Salman, o ditador da Arábia Saudita, conseguiu: deverá sediar a Copa do Mundo 2034.

Se a FIFA ganhou “horrores de dinheiro” com a Copa do Catar 2022, imagine com alguém que não tem preocupação com grana e quer gastar para que suas vaidades sejam realizadas?

Li (por isso compartilho) a coluna de Alicia Klein, onde ela lembra um famoso artigo de Adam Crafton e Matt Slater, onde mostram: nos países mais honestos e democráticos, o modelo da Copa do Mundo da FIFA não permite um lucro absurdo. Já nos de ditadores e corruptos…

Abaixo, extraído de: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/alicia-klein/2023/10/31/copa-do-mundo-2034-arabia-saudita-e-fifa-feitos-um-para-o-outro.htm

COPA DO MUNDO 2034: ARÁBIA SAUDITA E FIFA, FEITOS UM PARA O OUTRO

udo indica que a Arábia Saudita sediará a Copa do Mundo de 2034. Hoje cedo, a Austrália abriu mão de sua candidatura e deixou o caminho livre para o casamento da “rival” com a Fifa, já esperado por quem acompanhava os bastidores do romance.

A entidade segue com o discurso de expandir o futebol pelo mundo, de levar suas competições a todos os continentes, dizendo que está “modernizando o futebol para que se torne global, acessível e inclusivo em todos os aspectos”.

Deixo para vocês analisarem a ironia do termo “inclusivo” e o amor da Fifa por um país que executou pelo menos 100 pessoas neste ano, e onde ser LGBT é proibido por lei, sem falar em todas as restrições e violências cometidas contra as mulheres. E sem falar no recente relacionamento com o Qatar.

Uma excelente matéria da excelente The Athletic, dos excelentes Adam Crafton e Matt Slater, aborda os reais motivos.

“Outras pistas sobre por que a Fifa poderia gostar de uma Copa do Mundo na Arábia Saudita podem ser encontradas em uma entrevista de 2013, na qual Jerome Valcke, o ex-secretário-geral da Fifa (depois condenado por um tribunal suíço por aceitar subornos), disse que às vezes ‘menos democracia é melhor para organizar uma Copa do Mundo’.

Isto significa que projetos fortemente patrocinados pelo Estado costumam estar mais preocupados com o prestígio da realização de um evento como esse, e menos preocupados com os elevados custos de sua realização, deixando a Fifa mais tranquila para explorar os ativos comerciais. No torneio de 2026 nos EUA, por exemplo, a Fifa está encontrando todo tipo de desafio com os custos de aluguel de instalações de treino para equipes, bem como grandes disputas com cidades e proprietários de estádios sobre os acordos de divisão de receitas. Tudo isto deve ser mais simples na Arábia Saudita.

Esses aspectos levam a uma Copa do Mundo mais lucrativa para a Fifa, com os lucros podendo então ser distribuídos de forma mais uniforme entre as associações, que ficam mais felizes com a Fifa e seu presidente Infantino, que pode ou não permanecer no comando da Fifa por mais tempo como resultado.”

Enquanto isso, a Arábia Saudita segue normalizando seu regime, promovendo o turismo, entrando nas casas de torcedores mundo afora, alardeando sua liga recheada de estrelas e, em breve, todas as maravilhas do que deve ser mais um Mundial luxuoso e “moderno”.

Surpreendendo um total de zero pessoas, o foco da Fifa é dinheiro. E poder. Afinal, esses dois gostam muito de passear juntinhos, de mãos dadas. Assim como Infantino e seus brothers parecem gostar de caminhar juntinhos, de mãos dadas com ditaduras de histórico torpe em direitos humanos.

Continua após a publicidade
Fofos. Feitos uns para os outros. Que tragédia mais romântica.

Imagem: extraído de Divulgação Fifa.

– Alejandro Dominguez forçou a barra sobre a Copa 2030?

A Conmebol não é um primor de entidade. Muda os locais de suas finais a bel-prazer e teve dois presidentes recentemente presos. E pelo Twitter, o atual mandatário, Alejandro Dominguez, “causou” a divulgar que teremos 3 aberturas da Copa de 2030 em nosso continente.

Pelo que deu a entender em sua publicação, a Copa do Mundo Centenária terá 6 sedes em 3 continentes: começará na América do Sul (com jogos festivos no Uruguai, Argentina e Paraguai), atravessará o Atlântico e continuará na África (Marrocos) e na Europa (Portugal e Espanha).

Será? Que logística maluca teremos? A Conmebol não estaria equivocada? Jogaremos no inverno sulamericano e no verão europeu em um mesmo Mundial?

Fico pensando: com 10 países na América do Sul disputando as Eliminatórias, com 6 vagas garantidas, tendo 3 reservada à sede, teoricamente apenas 1 nação daqui não participará da Copa?

Desculpe-me pela incredulidade, mas essa Copa é fantasiosa demais. Aliás, eu não vi nada oficial da FIFA.

Copa do Mundo de 2030 será em Espanha, Portugal e Marrocos, com jogo de abertura no Uruguai | futebol internacional | ge

Imagem extraída de GloboEsporte.com

– Os estádios candidatos à final da Copa 2026 e o clima para o evento.

Dias atrás, a CNN trouxe uma matéria sobre as arenas da Copa da América do Norte 2026 (Canadá / EUA / México), e surgiram 3 estádios candidatos a sediarem a final (aqui: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/fifa-inicia-visitas-a-estadios-da-copa-de-2026-para-definir-onde-sera-a-final/):

Pela ordem:

1- AT&T Stadium (Dallas),

2- MetLife Stadium (Nova Iorque)

3- SoFi Stadium (Los Angeles).

Como sabemos que os americanos são ótimos em organização de eventos, ficará a questão: diferente de 1994, os EUA estarão “vivendo o evento” Copa do Mundo?

Crédito da Imagem: LinkedIn de Bruno Costa.

– De que adianta a Data FIFA no Brasil?

Não tivemos futebol profissional no domingo devido aos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

Em tese, é para que os clubes possam jogar sem desfalques de atletas que servem suas seleções (como acontece na Europa).

Entretanto… no dia seguinte, a rodada volta normalmente! E os atletas que serviram as suas seleções, igualmente não jogam.

Pode?

Assim, não adianta parar os campeonatos

Fifa anuncia logo da Copa de 2026 em evento com Ronaldo; veja como ficou |  O TEMPO

Imagem: FIFA, divulgação.

– Sobre a eliminação da Seleção Feminina:

E a Seleção Brasileira Feminina foi eliminada da Copa do Mundo Feminina, ao empatar por 0x0 com a Jamaica.

Ao contrário do que a Rainha Marta reclamou, dessa vez houve apoio. Infelizmente, verdade seja dita: a Seleção mostrou um futebol ruim, “iludida de que era melhor do que é” pela goleada no primeiro jogo.

Imagino que muitas pessoas estejam contestando também o trabalho da treinadora Pia, bem como o desempenho de algumas atletas.

Jamaica x Brasil: retrospecto, escalações, desfalques, arbitragem e onde  assistir

Imagem extraída de Esporte News Mundo.

– 29 anos da Conquista do Tetracampeonato Mundial.

Em 17 de Julho de 1994, a Seleção Brasileira conquistava a Copa do Mundo dos EUA!

Seleção de futebol pragmático e que quase não se classificou. Parreira teve que trazer a contragosto Romário (que havia brigado com ele desde que foi reserva de Müller, contra a Alemanha, em Porto Alegre). No Maracanã, contra o Uruguai, o Baixinho chamou a responsabilidade pra si e carimbou-se ali o passaporte.

Duas coisas marcantes daquele Mundial: o baixíssimo nível técnico da competição e o pênalti desperdiçado pelo italiano Baggio, na final.

Puxa, voltamos aos anos 90 na memória ao escrever tudo isso…

Imagem extraída da Internet. Quem conhecer a autoria, favor indicar para crédito na postagem.

– 8 anos sem Ghiggia.

Em 16 de julho de 2015, morria Alcides Ghiggia, o homem que fez o 2o e decisivo gol a favor do Uruguai, na final da Copa do Mundo de 1950 contra a Seleção Brasileira, promovendo o inesquecível Maracanazo.

É dele a frase:

Somente 3 pessoas conseguiram silenciar o Maracanã: o Papa, Frank Sinatra e Eu.

Não dá para contestar…

bomba.jpg

Foto: Reprodução Internet.

– Juninho Paulista e a lamentável realidade da Seleção.

Fiquei triste ao ler a entrevista de Juninho Paulista, onde ele escancara como Tite “se magoou” com alguns atletas (e numa linguagem popular: “os queimou”). Me refiro ao Claudinho, Malcom e Gabriel Magalhães.

A Seleção não é Exército com serviço obrigatório, mas uma ação entre amigos. A CBF, dona da Seleção, é uma lucrativa empresa privada. Portanto, nada de piedade para os cartolas – que ao que se vê, são vingativos.

Triste.

Compartilho em: https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/12299837/juninho-revela-motivo-que-afastou-claudinho-e-mais-dois-da-selecao-brasileira-nao-gostei-da-atitude

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

– Seleção em transição ou apenas um Combinado?

A Seleção Brasileira está convocada para os próximos amistosos, digamos, não tão importantes. E o treinador interino Ramon vai ficando no cargo…

A questão é: a lista mostra uma Seleção em transição, em renovação, ou nada disso: apenas um combinado de atletas para cumprir acordos comerciais, sem a preocupação em formar uma base para o Mundial de 2026 (que é o que interessa)?

Os nomes são:

GOLEIROS

Alisson – Liverpool (ING)

Ederson – Manchester City (ING)

Weverton – Palmeiras 

LATERAIS

Alex Telles – Sevilla (ESP)

Ayrton Lucas – Flamengo 

Danilo – Juventus (ITA)

Vanderson – Monaco (MON)

ZAGUEIROS 

Ibañez – Roma (ITA)

Éder Militão – Real Madrid (ESP)

Marquinhos – PSG (FRA)

Nino – Fluminense

MEIO-CAMPISTAS

André – Fluminense

Bruno Guimarães – Newcastle (ING)

Casemiro – Manchester United (ING)

Joelinton – Newcastle (ING)

ATACANTES

Lucas Paquetá – West Ham (ING)

Malcom – Zenit (RUS)

Pedro – Flamengo

Richarlison – Tottenham (ING)

Rodrygo – Real Madrid (ESP)

Rony – Palmeiras

Vinicius Júnior – Real Madrid (ESP)

Raphael Veiga – Palmeiras

Ramon Menezes, técnico interino da Seleção Brasileira, convocará equipe para amistosos de junho

Créditos: Thais Magalhães/CBF

– Uma Copa do Mundo com 4 (ou 5) sedes?

Na última 3ª feira, a Conmebol anunciou o apoio à candidatura de 4 filiados para a Copa do Mundo Centenária.

Como o Uruguai não tem condições de sediar sozinho a edição comemorativa dos 100 anos do 1º Mundial de Seleções, surgiu a ideia de co-sediar com a Argentina, Paraguai e Chile. No mesmo dia, Alberto Fernández, presidente argentino, sugeriu que conversaria com Evo Moralles para que a Bolívia estudasse participar da iniciativa conjunta.

Por enquanto, fora os interessados da América do Sul, há a Arábia Saudita (Ásia), o Marrocos (África) e a candidatura ibérica (Portugal e Espanha, Europa) que também manifestaram interesse em concorrer para sediar o evento.

Se você tivesse poder de decisão na FIFA, qual seria a escolha?

– O Mundial de Clubes é realmente mundial?

O Futebol Profissional tem sua história contada pelo universo da FIFA, que é a entidade predominantemente organizadora desse esporte no planeta. Mas nem sempre foi assim: a FIFA não inventou o futebol, foi boicotada por anos pela Inglaterra e se desenvolveu financeiramente (de que jeito / como foi isso, é outro assunto) com João Havelange.

Para o seu poderio ser sempre perene, ela não costuma reconhecer nada que esteja fora da sua organização. Exemplo disso: os ditos Mundiais chamados Taça Rio, Intercontinental South America-Europa Cup ou Toyota Cup, até há pouco tempo, não existiam para ela. Quando realizou a sua primeira “Copa do Mundo de Clubes” em 2000 (organizada pela ISL), ainda os ignorava. Somente em 2005, quando a Toyota se tornou parceira dela, começou a reconhecer os títulos dos torneios que ela chamava de “Intercontinentais”.

Nos anos 50, a Taça Rio foi entendida como uma Copa do Mundo naquela época. Com o passar do tempo e a pouca frequência de suas edições, “perdeu valor e importância”. Mas em 1951, o nível dos participantes era altíssimo, e se considera um Mundial daquele período – fora do universo FIFA.

Nos anos 60 e 70, quando os sulamericanos nivelavam com os europeus em clubes (ou eram até melhores), o Santos de Pelé, o Benfica de Eusébio e outos tantos timaços eram os legítimos campeões mundiais – pois o futebol de clubes fora da Europa ou da América do Sul era de baixíssimo nível. Daí o motivo dos dois continentes jogarem – e estavam ainda fora do universo FIFA.

Nos anos 90, com mais dinheiro na competição e bancado pelos japoneses da Toyota, vimos clubes como o São Paulo de Telê Santana encarar o Barcelona e o Milan – e ainda fora do universo FIFA.

Nos anos 2000, começou a “queda de braço”: Boca Juniors campeão mundial fora da FIFA, e Corinthians por ela (com clubes importantes como Real Madrid e Manchester United jogando “com má vontade”, declaradamente em ritmo de férias e brigando para não disputar).

Em 2005, há a fusão dos torneios e a coisa perdura até hoje. Mas o problema é: não existem datas, calendário e tempo para se organizar uma Copa do Mundo de Clubes, aos moldes da de Seleções. Por isso, o Mundial atual é uma versão da Copa das Confederações de Clubes.

Em Seleções, o campeão da Confederation’s Cup não é campeão mundial de futebol, mas intercontinental. Essa lógica não funciona para os clubes na FIFA, pois o modelo da sua World Cup de times é de promover a disputa dos campeões continentais. Daí decorre o fato de em alguns anos, existirem clubes como o Raja Casablanca sendo o vice-campeão mundial de futebol (em tese, o 2o melhor time do mundo).

Eu respeito todos os campeões dos torneios que foram chamados de Mundiais anteriormente a esse e a esse atual também, afinal, é o que se tinha / tem. O ideal não existe ainda, e seria para mim: 16 agremiações, sendo 8 europeus, 4 sulamericanos e 4 dos demais continentes, divididos em 4 grupos de 4. Sempre contando com 2 europeus, 1 sul-americano e 1 outro no grupo. E é essa a lógica exigida pela geografia econômica do futebol atualmente (embora o calendário impeça sua realização).

E você, o que pensa disso? Lembre-se: nas Copas do Mundo, há Seleções que não quiseram viajar, edições que eram por convite ou ainda que nem todas as principais forças do planeta jogaram. Porém, o mesmo peso do Uruguai bicampeão de 1930/50 é o da França 1998/2018…

Imagem extraída de: https://placar.abril.com.br/placar/mundial-de-clubes-ja-comecou-tabelas-jogos-e-onde-assistir/

– Cristiano Ronaldo e Messi, rivais “irmanados” na Arábia Saudita?

Depois de Cristiano Ronaldo ir para o Al-Nassr por 1 bilhão de reais / ano, surgiu a informação por vários jornais espanhóis de que o Al-Hilal oferecerá ao término dessa temporada, R$ 1,6 bi a Lionel Messi!

É muito dinheiro… mas eles têm essa grana?

Têm. E aqui envolve uma rivalidade “amigável”. Explico sobre os proprietários desses clubes sauditas:

O Al-Nassr pertence ao príncipe Khalid bin Fahd Bin Abdulaziz, que administra o Fundo Real Saudita (que é dono também do Newcastle). Em tese, sua majestade é responsável pelo gerenciamento do dinheiro do reino. Ele paga 200 milhões de euros por ano a Cristiano Ronaldo.

O Al-Hilal, “clube dos príncipes, o de maior torcida na Arábia Saudita”, pertence ao príncipe Bin Faisal Al Saud, filho do falecido rei Al Saud (da linhagem que unificou o Reino Saudita, daí o nome do país). Ele pagaria 280 milhões de euros a Messi.

São bilionários, príncipes pertencentes à “Casa de Salman” – a linhagem real, e, apesar da rivalidade em campo, são parentes que têm um objetivo: levar a Copa do Mundo de 2030 para o país! E esse sentimento foi aflorado mais ainda depois da Copa do Catar, um país que já foi inimigo declarado dos sauditas.

Pensemos: se o Catar, com o emir Tamim bin Hamad bin Khalifa Al-Than, levou a Copa do Mundo para  seu país através de muito dinheiro (o FIFAGate mostrou isso), imagine o que os príncipes árabes não farão para ter o Mundial que comemora 100 anos de Copa do Mundo para lá (se existiu a polêmica da carne com tempero de ouro em Doha, em Riad teremos o quê?). Segundo a Forbes, o Fundo Real Saudita possui em caixa R$ 5,4 trilhões!

Cristiano Ronaldo e Messi não serão jogadores do “Sauditão”, o Campeonato local. Serão promotores mundiais da Copa de 2030.

Em tempo: em Portugal, o próprio primo do emir dono da PSG aposta na ida de Messi ao mundo árabe, que está investindo demais no futebol: https://www.abola.pt/amp/2023-01-12/paris-saint-germain-primo-do-dono-do-psg-diz-que-messi-vai-jogar-na-arabia-saudit/972104

G20: O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman afirmou que a Arábia Saudita promoverá o consenso global e a cooperação com os sócios do grupo (Sergio Moraes/Reuters)

Na imagem, o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, que assumiu a presidência do G20 em 2019 (Sergio Moraes/Reuters). Ele é o “Príncipe dos Príncipes” na Arábia Saudita, e chefe emérito da Federação de Futebol da Arábia Saudita.

– A Coca-Cola da Seleção Argentina.

Para homenagear a Seleção Tricampeã da Argentina, a Coca-Cola lançou embalagens comemorativas de seus produtos.

Eis que amantes do futebol e colecionadores já têm um objeto de desejo: a lata dourada da Coca tradicional e da zero:

– Em 2022, Messi teve torcida Mundial. Em 2026, Neymar…

Messi teve torcida para levantar a Copa do Mundo de todas as partes do planeta. Jogador extra-série, que não se envolve em polêmicas, querido pelos companheiros e adversários de profissão. Em seu último Mundial, “levantar o caneco” foi um presente dos deuses do futebol.

Em 2026, será a última Copa de Neymar. Teremos a mesma comoção mundial para que um talentoso jogador tenha a alegria de tal conquista?

Confesso: torci para Messi também, embora não estava a fim de ver os argentinos comemorarem (em especial, pelo péssimo comportamento no jogo contra a Holanda). Entretanto, é inegável que o 3×3 mostrou que tanto a Argentina quanto a França poderiam ter conquistado o título. E que jogão! Um presente para quem gosta de futebol – e que nos permitiu ver além de Messi, Mbappé!

Enfim: Viva Lionel Messi e Lionel Scaloni, o treinador que teve coragem de mudar, estudar e crescer durante a competição.

– Acabou a Copa. Obrigado pela incrível experiência, Jovem Pan.

Eu só posso agradecer aos amigos da Rádio Jovem Pan pela experiência que ganhei nesse mês de Copa do Mundo. Seja nos estúdios do “Alto da Avenida Paulista” ou pelas diversas formas de interação on-line, ao vivo ou gravado; nos boletins em vídeos, áudios ou nos textos enviados; falando ou escrevendo sobre a arbitragem… pude fazer amigos e me tornar ainda mais fã dos brilhantes jornalistas que conheci e interagi – e que os ouvia e ouço.

Obrigado àqueles que me ajudaram a crescer e aprender um pouco mais, me permitindo dividir a companhia, seja presencial ou à distância: Nilson César, Fausto Favara, José Manuel de Barros e Gabriel Dias; Wanderley Nogueira, Diogo Mesquita, Márcio Reis, Kaíque Lima e Gabriel Sá; Flávio Prado, Bruno Prado, Mauro Betting, Mauro César Pereira, Fábio Piperno e Vampeta; Daniel Lian, Giovanni Chacon, Caíque Silva, Guilherme Silva, Pedro Marques, Tiago Asmar, Livian Weber, Raul Oliveira e a todos os outros que minha memória me furta e eu possa ter esquecido.

Foi MUITO BOM!!! Até a próxima (tomara), se Deus quiser! E se Ele permitir, em 2023 voltaremos para o futebol nacional, com o Time Forte do Esporte de Adilson Freddo na Rádio Difusora, comentando a arbitragem dos jogos do Paulista FC na sua luta para se reerguer, concomitantemente com a Rádio Futebol Total na companhia dos queridos Sérgio, Sílvio e Pietro Loredo, acompanhando as partidas do Red Bull Bragantino no Campeonato Paulista, Brasileiro e Sul-americano.

Na imagem acima, algumas fotos das nossas jornadas esportivas.

Abaixo, alguns comentários de jogos trabalhados (e separei 3 que me foram bem marcantes):

A – https://youtu.be/5jZEE0measg

B – https://youtu.be/JBjpDlk6uvU

C – https://youtu.be/ROpTNHHLQ4I

 

– Dia de Decisão do Mundial de Futebol Catar 2022!

Hoje é dia da final da Copa do Mundo de 2022!

Tudo sobre a arbitragem da decisão entre Argentina x França, no vídeo em: https://youtu.be/0D_syJFZNeo

Ou no texto em: https://professorrafaelporcari.com/2022/12/16/tudo-sobre-a-escolha-da-arbitragem-de-szymon-marciniak-para-argentina-x-franca-final-da-copa-do-mundo-2022/

– Qual o seu momento marcante da Copa do Mundo do Catar 2022?

Assisti muito futebol no último mês. E, confesso, nada foi mais gratificante do que ter tido a experiência de ter trabalhado comentando alguns jogos pela Rádio Jovem Pan. Mais tarde faço meu necessário agradecimento.

Mas eu tive 3 momentos que não esquecerei, que compartilho nos áudios abaixo (3’28”, 0’44″e 0’28″segundos respectivamente.

Compartilho, justamente pelo carinho recebido. E obrigado a todos que torceram por mim!

A – https://youtu.be/5jZEE0measg

B – https://youtu.be/JBjpDlk6uvU

C – https://youtu.be/ROpTNHHLQ4I

 

– Juizão do Catar em Croácia 2×1 Marrocos foi o destaque negativo.

O árbitro Abdulrahman Al-Jassim (Catar), “protegido do príncipe catari”, foi unanimidade em Croácia 2×1 Marrocos, desagradando as duas equipes.

Faltas não marcadas, pênalti ignorado, VAR omisso… tudo errado.

É isso que dá quando se faz média, e não se opta pela meritocracia.

– Tudo sobre a escolha da arbitragem de Szymon Marciniak para Argentina x França (Final da Copa do Mundo 2022).

Para o confronto entre a Albiceleste vs Les Blues, arbitrará o seguinte “time de 11 árbitros”:

Árbitro Central: Szymon Marciniak (Polônia)
Bandeira 1: Pawel Sokolnicki (Polônia)
Bandeira 2: Tomasz Listkiewicz (Polônia)
4º árbitro: Ismail Elfath (EUA)
5º árbitro: Kathryn Nesbitt (EUA)
VAR (árbitro de vídeo): Tomasz Kwiatkowski (Polônia)
AVAR 1 (assistente do árbitro de vídeo): Juan Soto (Venezuela)
AVAR 2 / OVAR (bandeira para impedimento no vídeo): Kyle Atkins (EUA)
AVAR 3 / SVAR (suporte do VAR): Fernando Guerrero (México)
AVAR 4 / SBAVAR (substituto do AVAR): Corey Parker (EUA)
AVAR 5 / SBVAR (substituto do VAR): Bastian Dankert (Alemanha)

Marciniak (41 anos, 1,80 de altura, natural da cidade de Plock) e dedica-se exclusivamente à arbitragem. Trabalhou na Copa da Rússia 2018, apitando Argentina x Islândia e Alemanha x Suécia. Ele tem 20 anos de carreira, sendo 11 no quadro da FIFA. Destaque para a atuação positiva dele em Barcelona 3×3 Internazionale, pela UCL.

No Catar 2022, apitou França 2×1 Dinamarca e Argentina 2×1 Austrália, ambos jogos sem problemas. Por conhecer as duas equipes e ter sido bem discreto (além de competente), foi premiado com a final.

  • Curiosidade 1) Em entrevista ao site português RefereeTip, Marciniak confessou que se tornou árbitro pois era jogador do Wisla Plock, e que ao ser expulso, discutiu com o juiz que o desafiou:

“Não concordei com a decisão do árbitro e disse-lhe com palavras irreproduzíveis… Disse-lhe que era um dos piores árbitros que já tinha visto na minha vida. E ele respondeu: ‘Tudo bem. Se acha que é um trabalho fácil, então tente fazê-lo”, explicou Marciniak, que… aceitou o desafio e entrou na Escola de Arbitragem duas semanas depois.”

  • Curiosidade 2) O bandeira 2 é filho de Michał Listkiewicz, que foi bandeira 2 na final da Copa de 1990, entre Alemanha 1×0 Argentina, na Itália.

Foto extraída da Federação Polonesa de Futebol: https://www.pzpn.pl/federacja/aktualnosci/2022-12-15/szymon-marciniak-poprowadzi-final-mistrzostw-swiata

– Szymon Marciniak apitará a Final da Copa do Catar 2022.

ACERTAMOS!

Conforme falamos no começo da semana, analisando rendimento e política, o polonês Szymon Marciniak apitará a final da Copa!

Tá escrito aqui desde o começo da semana, e como 1a opção: https://professorrafaelporcari.com/2022/12/13/e-o-arbitro-da-final-da-copa-do-mundo-sera-e-as-selecoes/

Deveria ter apostado… rsrs

Amanhã escrevemos um pouco mais sobre ele.

Imagem extraída de: https://twitter.com/realmadrid/status/1462858427223396355?lang=th

– Argentina x França decidirão a Copa de 2026. Quem é o favorito?

Lionel Scaloni, jovem e estudioso treinador, fez os hermanos engatarem na Copa, após perderem para a Arábia Saudita.

Didier Deschamps, treinador francês, perdeu vários atletas, em especial Karin Benzema. E o time parece nem sentir falta…

Para mim, a Seleção da França é melhor em material humano e em bola jogada. E tem Mbappé, que é espetacular – e por isso possui (claro que é um número simbólico) 51% de favoritismo para a vitória. A Argentina é bem treinada, mas em qualidade individual, perde para o adversário. Entretanto… Messi joga, e ele é de outro mundo (e além do talento, está com a garra de Maradona): por isso, as chances de título dos nossos vizinhos é de 49%.

Quem ganha a Copa para você?

Atualizando: Especula-se Benzema no jogo final. Será? Eu acho que os demais jogadores da França podem não gostar… 

Os jogos entre Argentina e França na história da Copa do Mundo | Goal.com Brasil

Imagem extraída de: https://www.goal.com/br/listas/os-jogos-entre-argentina-e-franca-na-historia-da-copa-do-mundo/bltc3e7ec2da0e354c5

– Não somos os Globetrotters do futebol!

Muitas vezes, a arrogância de alguns de nós (ou de bastante gente) faz com que imaginemos que a Seleção Brasileira seja o Dream Team do Basquetebol dos EUA. Não somos, e falamos sobre isso em: https://professorrafaelporcari.com/2022/12/14/a-soberba-do-torcedor-brasileiro-tem-reflexo-na-selecao/

Algumas considerações sobre essa soberba, em: https://youtu.be/x1D1P6wmlwk

– A soberba do torcedor brasileiro tem reflexo na Seleção?

Claro que depois de uma eliminação de Copa do Mundo, existe uma (contestável) “Caça às Bruxas”. Partindo do torcedor popular, de alguns jornalistas e até mesmo da cartolagem, um “culpado” tem que ser encontrado.

Mas cá entre nós: isso não acontece por quê, de maneira iludida, os brasileiros mais aficcionados acham que a Seleção Brasileira tem obrigação de ganhar cada Mundial que disputa?

Que soberba! Uma só equipe vence a Copa, e há outros bons jogadores, bons treinadores e bons conjuntos (e muitas vezes, os jogadores do nosso selecionado não se dão conta disso). Seja por um time “que encaixa” por um mês ou por um trabalho de longo prazo, alguém vencerá e todos os demais irão mais cedo para casa.

A Seleção Brasileira de Futebol Masculino NÃO É a Seleção Norte-Americana de Basquetebol (o famoso Dream Team), mas muitos pensam que é. O mais perfeito “Escrete Canarinho” (adoro usar esse termo) foi o de 1970, que tinha Pelé, Tostão, Rivelino, Gerson, Carlos Alberto… mas que foi vaiado em 1969 no Maracanã!

Precisamos entender que há outros ótimos adversários. A Argentina tem uma seleção de muitos atletas bons e alguns comuns, mas tem MESSI, que é alguém fora do normal. Não adianta cobrar que Neymar tenha a qualidade de futebol e o mesmo comportamento do argentino. Aliás, Lionel Messi faz a diferença em campo, assim como o treinador Lionel Scaloni fez fora das quatro linhas: sem ser “paparicado”, houve a humildade do técnico hermano em treinar esquemas alternativos e estudar a fundo o rival, mudando seu jeito de jogar conforme o adversário. É difícil para nós, brasileiros, reconhecermos tudo isso?

Quer outra soberba? A história de que somos o país do futebol. Compare:

O Brasil tem 214 milhões de habitantes, e 5 títulos mundiais. A Alemanha tem 83 milhões e 4 títulos. A Itália tem 59 mi e 4 títulos. O Uruguai tem 3,5 milhões e 2 Copas vencidas!

É claro que “quantidade de gente” não significa “quantidade de títulos”, caso contrário, a China e a Índia estariam entre os finalistas por sua população bilionária. Mas para os países com “cultura de futebol”, isso é relevante. Em proporção, nossos rivais fizeram mais do que a gente.

Outro dado enganoso: o de termos participado de todas as Copas (como se fosse mérito e diferencial para ganhar Copa)! Em 1950, muitos países abriram mão da Copa devido à 2ª Guerra, outros acharam que era longe demais e algumas equipes nem se interessaram. Aliás, lembremos que os primeiros mundiais eram por convites. E não nos esqueçamos: em 1962 tivemos o “passito” de Nilton Santos contra a Espanha, na não marcação de um pênalti, além da polêmica da escalação de Garrincha na final (ele houvera sido expulso na semi…). Em 2002, se tivéssemos VAR, o pênalti de Luizão contra a Turquia seria falta fora da área e o gol da Bélgica validado. Mas há quem não tenha a humildade de entender tudo isso.

Na história do futebol, a Hungria de Puskas revolucionou e quebrou a hegemonia inglesa de não perder por décadas em Wembley por inventar o… aquecimento! E por muitos anos aquele time encantou, mas nada ganhou. Em 74 e 78, a maravilhosa Holanda de Cruyff fez outra revolução, e nada ganhou também. Quem vem se destacando, queiramos ou não, é a França, que se juntou aos “grandões históricos”. Tudo isso para dizer: o futebol vai mudando, e as potências são cíclicas. Especialmente com o advento da Globalização! Os grandes clubes europeus, ricos e bem estruturados, MATARAM boa parte dos clubes sulamericanos, que se transformaram de “rivais” para meros “fornecedores de pé-de-obra”. E com isso se tornaram empresas multinacionais, com jogadores de toda parte do mundo, compartilhando conhecimento pelo intercâmbio e disseminando futebol. Isso explica a evolução de equipes outrora subestimadas, e permite resultados “surpreendentes”: o Japão evoluindo, o Marrocos chegando bem mais à frente do que de costume, a Croácia alcançando uma 3ª semifinal em pouco tempo…

Por fim: menos passionalidade! Se o jogo Brasil x Croácia acabasse aos 114m (1×0), ninguém estaria tripudiando Tite e os jogadores como agora (não que estivesse tudo perfeito, mas o superdimensionamento passional assusta). Um gol sofrido mudou tudo. Comentários em cima de placar ou de… trabalho?

Aceitemos: os “bobos do futebol” diminuíram bastante, e se tornará bobo quem não acompanhar a evolução e entender esse fenômeno global.

Foto de 2014, extraída de Extra.com.br, por Marcelo Theobald (Não aprendemos nada com o 7×1?)

– Pitacos e Dúvidas sobre a Seleção Brasileira, depois da eliminação.

Faz tempo que estou a fim de escrever sobre isso: a Seleção Brasileira não aprende com os erros do passado?

Em 1998, perdemos a Copa e a polêmica foi: o acesso das famílias à concentração, as ligações de familiares de Ronaldo Nazário (da mansão que alugou para ela ao vestiário) e a falta de isolamento.

Em 2002, Felipão se fechou com um grupo e ganhou.

Em 2006, perdemos e a culpada foi: a farra de Weggis, que fez o “quarteto-mágico” sucumbir.

Em 2010, perdemos, e a culpa foi do “Dunga, que tentou imitar o Felipão” mas criou uma Seleção antipática (para alguns, arrogantes).

Em 2014, perdemos, e a culpa foi dos métodos de Felipão / falta de profissionais, como psicólogos e afins.

Em 2018, perdemos e o “culpado” foi Neymar e a sua prática do “cai-cai“, dividindo a “culpa” com o próprio Tite.

Em 2022… a culpa foi… do time que desceu ao ataque estando ganhando de 1×0? Da falta de variação tática do Tite? Da soberba em achar que iria ganhar a Copa? 

Talvez um mix de tudo isso. Mas me irrita o seguinte: o ataque da Seleção parecia de um grupo de jogadores infantilizados, imaturos e despreparados. E olhe que todos são jogadores que jogam em time grande e têm experiência internacional…

A questão é: faltou seriedade dos atacantes brasileiros?

Em 2022, tínhamos atacantes que gostavam de “farrear”, mas dentro de campo, eram maduros e buscavam o gol. As fintas aconteciam objetivamente, nada de “pentear a bola” desnecessariamente.

O quem, de fato, aconteceu preponderantemente para a eliminação do Brasil?

Foto: AFP