Sempre uma demissão é um processo desagradável. Minimizar tal fato é importante por parte do empregador.
Nesta época do ano (de virada de semestre) costuma-se ter alguns desligamentos nas Universidades. “COMO fazê-lo” é uma questão a se discutir. Já vi “telegrama de desligamento” às vésperas de confraternização da instituição (em final de ano) redigido sem cerimônia e de maneira bem informal – com total falta de acesso aos coordenadores. Hoje, ele vem na forma de e-mail com “jeitão de mala direta”. É o chamado “facão”, onde se demite “de baciada”, sendo o professor um mero número.
Ora se demite os mais jovens, sem filhos, pois supostamente o impacto a um solteiro é menor do que o impacto a um casado com crianças. Ora se demite os mais velhos de casa, pois “custam caro à empresa”.
O que não pega nada bem (pois demitir e indenizar é direito e obrigação, como citado acima) é a demissão de muitos profissionais seguida de demonstração de gastança com eventos e promoções. Aí, não dá para configurar mudança de filosofia, redução de custos ou saída de docentes que estavam a desejar, mas sim de desumanidade!
Boa sorte aos professores que perdem o emprego em meio a pandemia (mesmo sabendo que o esforço de muitos colegas, principalmente neste momento de reinvenção, foi gigantesco).