Pontos importantes para dissertar e discutir da Arbitragem na vitória do Galo sobre o Bentão e que valeu a classificação para a fase 2 da Copa Paulista com uma rodada de antecedência. Vamos aos aspectos positivos e negativos pelo quarteto capitaneado por Carlos Fernando Moreira?
DISCIPLINARMENTE, o árbitro esteve muito bem. Não deixou de aplicar nenhum cartão, nem aplicou cartão desnecessariamente. Aliás, o jogo ajudou pelo bom comportamento das equipes, sendo que no 1o tempo, das poucas 12 faltas, 8 eram de atacantes que forçaram a passagem sobre os zagueiros; delas, 4 do centroavante Rafael Gomes (SBE).
TECNICAMENTE, o árbitro não foi exigido. E quando foi, acertou uma boa vantagem após a falta em Serrano (aos 6m do 1o tempo), mas errou aos 33m, quando Brendon sofre a falta, não houve a vantagem concretizada e ao invés de marcar a infração vencida (no popular: a falta atrasada), deixou o jogo seguir. Além desse lance, foi preciso ao não marcar nada na simulação de pênalti de Ronaldo (77m).
FISICAMENTE, se posiciona bem em campo e corre bastante. O único “porém” é que, por algumas oportunidades, deu às costas para a bola. Não pode! O árbitro deve ter visão periférica – olhar o lance e o que acontece nas redondezas. Isso se corrige com a experiência.
POSTURALMENTE, pecou muito! Pela inexperiência errou em algumas coisas, de certo ponto, juvenis! Por exemplo: aos 45’50”, marcou uma falta no campo de defesa para o Paulista. O zagueiro estava sozinho, e cobrou a falta não mais do que 1 metro fora da posição. O árbitro mandou cobrar de novo, no exato ponto onde ocorreu, aos 45’58”. Aos 46’02’ encerrou a partida! Pra quê? A distância para se agilizar a partida na qual aconteceu a cobrança está dentro dos limites de tolerância. Por outras duas vezes, corretamente sinalizou o local das cobranças de laterais, distantes aproximadamente 3 metros do local da saída da bola. Os atletas foram ao local correto, correram com a bola na mão e executaram a cobrança no local originariamente errado. Tudo isso só se conserta com a rodagem de escalas… E que não se esqueça de um trejeito a ser evitado: numa marcação de tiro de meta, no segundo tempo, correu para dentro da área apontando com firmeza o centro do gol! Calma, não era pênalti, embora o gestual foi idêntico (exceto a palma da mão aberta ao invés do dedo que aponta a marca da cal). Boa parte dos torcedores ficou em dúvida do que se marcava.
Entretanto, o árbitro foi muito prejudicado pelos assistentes, com 3 erros, sendo 2 capitais!
O bandeira número 2 Rafael Penate errou um lance claro de impedimento no 1o tempo, numa jogada rápida do ataque do Paulista no lado esquerdo de ataque. Talvez a distância do lance estando contra a iluminação dos refletores tenha o atrapalhado.
Já o bandeira número 1 Luís Cláudio Pereira dos Santos pecou por 2 vezes! A primeira, anulando aos 59 minutos um ataque do Paulista, quando a bola é roubada pelo ataque e tocada para Matheus Sylvestre (PAU) que voltou do ataque a tempo de fugir da posição de impedimento. Seria um ataque promissor. Quando um defensor impede o atacante com falta uma situação clara e iminente de gol, recebe o cartão vermelho. E quando quem impede o atacante em situação similar é o bandeirinha?
O segundo erro do assistente 2, mais grave, ocorreu aos 80 minutos: Augusto (PAU) faz o 3o gol do Paulista e ele marca novamente impedimento. Errou de novo, pois era visível que do outro lado da jogada, próximo ao bandeira, o zagueiro Bruno Santos (SBE) dava condição de jogo.
Enfim: o árbitro pela juventude, tem como corrigir. Mas o bandeira já tem 41 anos e pouco trabalhou em partidas profissionais. É essa a renovação praticada pela FPF? Tomara que esse gol anulado não faça falta na classificação final.
Observação: a audiência maciça da Rádio Difusora dentro do estádio (é a única emissora jundiaiense a transmitir do Jayme Cintra), foi “tolhida” pela Polícia Militar! Não é que a PM obrigou aos torcedores a retirarem as pilhas de seu radinho?
Era Palmeiras x Corinthians sem alambrado aqui em Jundiaí? Havia confronto marcado entre a torcida do Paulista com a do São Bento? O clima era hostil? Nada disso… Custa a crer que se imaginou que os torcedores atirariam pilhas no gramado, já que hoje existe a interdição de estádio para tal fato. O que será que a PM soube de tão grave para tomar atitude tão extrema? Ou simplesmente a atitude foi tomada por algum motivo, digamos, diverso do que de segurança?
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