Dois lances polêmicos em Natal/RN pela Copa do Brasil. Vamos discuti-los?
1- Em uma cobrança de falta, Léo Pereira (CRF) é puxado por Vinícius Leandro (ABC) dentro da área. Pênalti ou não?
Repare que pelo posicionamento, o árbitro ficou encoberto. É função do VAR (de acordo com o protocolo) alertá-lo de uma possível penalidade máxima que fugiu do seu campo de visão. A bola saiu pela linha de fundo e havia tempo hábil, mas nenhuma manifestação ocorreu nesse ínterim.
O equipamento ou o VAR que falhou? Ou foi o próprio juiz? Ou ambos falharam?
Importante: o Árbitro de Vídeo não pode marcar pênalti nem interpretar o lance, ele sugere que o árbitro principal verifique se o agarrão teve força suficiente para desequilibrar ou impedir o oponente de jogar.
2- Gol anulado de Michel (CRF): prevaleceu a decisão de campo do árbitro assistente 2. Entretanto, o atacante dispara em condição legal após o lançamento do seu companheiro. O problema foi: por uma falha operacional de calibração das câmeras, o equipamento eletrônico não mostrou as linhas imaginárias de impedimento na tela. Só que aqui nós temos um “porém”: a imagem clara dispensa esse “tira-teima”! Se há possibilidade de discernir a dúvida sem a necessidade dessas linhas (e para mim, há nesse lance específico), por que não se tomou a decisão correta?
Precisamos questionar: como garantir o uso do VAR nas séries B, C e D do Brasileirão, como prometido pela CBF, se o elemento humano (a “pessoa árbitro” que trabalhará no vídeo) não tem treinamento adequado (e nem pessoas com competência para treiná-lo, pelo que temos observado) e nem tecnologia de boa qualidade?
Imagine nas praças de menor infraestrutura como será o VAR… triste ver essa situação precária.