Cinco lances reclamados pelo Vasco da Gama no jogo contra o São Paulo pela Copa do Brasil. Com ou sem razão?
Vamos à eles:
1- 20m do 1o tempo: Miranda e Léo Jabá: não concordo com a reclamação de agressão do são-paulino contra o vascaíno, entendo que o “tapa” não ocorre deliberadamente (nem de maneira imprudente), mas num movimento natural de disputa de bola onde o braço atinge casualmente o jogador. Acerto do árbitro.
2- 21m do 1o tempo: Gol anulado de Cano: Léo Jabá domina no peito e ela espirra em sua mão esquerda (se é que há o toque), existindo o lançamento na sequência ao atacante. Foi movimento antinatural ou natural?
Até o ano passado, se a bola batesse na mão (independente de ser intencional ou não) de um companheiro e sobrasse para um atacante fazer o gol, anulava-se o gol. A partir desse ano, só se anula se isso acontecer com o próprio finalizador na imediatez do lance. Com o companheiro, não mais (a ele, voltou a valer a interpretação de intenção ou movimento antinatural).
Pra mim, erro da arbitragem, pois não entendo como movimento antinatural ou intencional de Jabá.
3- 26m do 1o tempo: Léo Jabá atinge a barriga de Reinaldo com a sola do pé. Precisava de VAR? Daronco erra ao dar amarelo e o VAR corrige para vermelho. Não se deveria nem discutir o lance.
4- 33m do 2o tempo: Nestor e Galarza: pra mim, disputa de bola normal, pois entendo que o são-paulino atinge a bola e depois o contato com o vascaíno é por natural consequência. Lance corriqueiro de jogo, acertou a arbitragem.
5 – 34m do 2o tempo: A expulsão de Castán após falta em Vitor Bueno não era para cartão vermelho direto. Era amarelo, pois havia outro atleta próximo, além de não ser uma situação clara e iminente de gol. Lógico, há quem interprete diferente, mas considero erro de arbitragem.
Em tempo: quem assistiu a narração da Globo, percebeu duas coisas:
A- Gustavo Villani conseguiu dar emoção, pasmem, à decisão do árbitro na cabine. Não é fácil ter que “segurar tanto tempo” o jogo parado e cativar a audiência. E isso mostra que o VAR, de fato, é protagonista no nosso país.
B- Anderson Daronco está correndo pouco. Ser forte ou “grandão” não quer dizer que é rápido no gramado. Há de se verificar isso…
REFORÇO: até o meio do ano, qualquer mão intencional ou “sem querer” de jogador em ataque, na iminência de gol, deveria ser considerada infração. A partir de 1º de julho isso mudou: somente se aplica a quem faz o gol. Se acontecer ao companheiro, há de se avaliar intenção ou não, além de movimento antinatural.