Caramba, o mundo está pilhado, louco, desconexo…
Leio uma crítica (e não vale o crédito pela tristeza da situação) sobre uma campanha solidária de ajuda a uma pessoa. O autor expõe os valores doados pelos contribuintes, e questiona se são significativos pelo que ganham.
Quanto ele, autor, doou? Não consta na lista. Independente disso, em tempos de dificuldades de todos, doar ou não é algo íntimo de cada pessoa. Não se pode cobrar ajudar em dinheiro vivo num momento em que todos estão em pandemia e o mundo praticamente parado.
Se a pessoa não doou muito dinheiro, ela não é obrigada, pois é uma questão de foro íntimo. Poderia ela ter ajudado de outras formas, como, por exemplo, divulgar uma campanha solidária!
A melhor coisa que se pode fazer – SEMPRE – é ajudar sem se vangloriar. O que a mão esquerda faz, a direita não deve saber. Doar para promoção pessoal é hipocrisia. Doar porquê alguém cobrou, idem. Doar por compaixão, é humanitário – e esse valor da doação (em espécie ou em atos) é sempre particular.
A questão fica sendo: expor ao constrangimento uma causa dessa, é demais. É insensibilidade. Teremos que apresentar holerit para dar satisfação do quanto pode-se ajudar o próximo?
Repito: a democracia não obriga isso, mas sim a consciência. Pior que doar pouco, é reclamar dos outros e não doar.
Para não surgir polêmicas: refiro-me ao caso de Ney Santos e Hugo Prado, Prefeito e Vereador de Embu das Artes, que vive um inferno na política local. Que rolo! Viram que situação?
A solidariedade verdadeira é aquela descompromissada em esperar o “Obrigado de Volta”. Quem explora o assunto difamando outrem ou quer promoção sobre valores vultuosos doados como marketing, não sabe o que é isso (a ação solidária).
