– Análise da Arbitragem para Paulista 2×1 Rio Preto

Muito boa a arbitragem de Matheus Delgado Candançan. Jovem (cara de menino) mas sabe se portar muito bem em campo. Muitas vezes os jogadores querem se aproveitar do árbitro quando percebem alguém tão novo. No jogo de hoje (embora os jogadores tenham colaborado), ele tirou isso de letra.

Correu bastante, se posicionou bem, é ativo em campo. Ótima postura.

Separei dois lances para destacar: um “contra” e outro “a favor” da arbitragem. Mas vale lembrar: foram muitos a favor, sem relaxar em momento algum (especialmente nos 10 segundos finais, aplicando corretamente o cartão amarelo a Alan John (Paulista) por indisciplina).

Um importante erro: aos 27m, o goleiro Matheus (PFC) foi repor a bola e o adversário dele, Barcos (RIO), entrou na frente. A bola foi chutada ao meio de campo, armando um contra-ataque. Porém, ao repor essa bola, acabou existindo a dividida e o goleiro caindo, se lesionando. O árbitro não viu, pois estava atento no ataque (e não era simulação do defensor, pois sua equipe estava perdendo o jogo naquele momento). O bandeira 1 Danilo Nogueira da Silva, deveria ter o avisado. Errou ao não fazer, pois o arqueiro ficou caído pedindo o atendimento médico.

Um importante acerto: aos 40m, Nenê (PFC) dá um chute muito forte para o gol, atingindo no rosto (e quase nocauteando) o adversário Rafael Cursino (RIO). O time de Jundiaí reclamou de pênalti, que não foi. O jogador tenta usar a mão para proteção (não consegue, mas mesmo se usasse não é infração por ser justamente de proteção). Acertou o árbitro, mesmo com a pressão dos atletas.

O bandeira 2 Patrick Bardauil esteve atento e trabalhou bem. Também elogios ao 4º árbitro João Mariano que não se acomodou na função. Muito bem.

Assista, abaixo, a narração de Edson Roberto (Didi), o Gargantinha de Ouro, pela Rádio Difusora AM810 (do Time Forte do Esporte da Rádio Difusora).

Placar: 2×1

Faltas: 12×18

Cartões Amarelos: 1×2

Cartões Vermelhos: 0x1

Público: 690 pagantes

Renda: R$ 9.300,00

– 15/02: O Dia de Luta contra o Câncer Infantil

Hoje se recorda o dia dedicado à causa do câncer infantojuvenil, e corroboro um artigo de Francisco Neves, um dos homens mais engajados na divulgação de ações voltadas para esse mote, que viveu na pele essa situação.

Importantíssimo e que deve ser compartilhado, extraído de: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/o-que-falta-para-vencermos-a-batalha-contra-o-cancer-na-infancia/

A CONSCIENTIZAÇÃO DA PREVENÇÃO E LUTA CONTRA O CÂNCER INFANTIL

No Dia Internacional da Luta Contra o Câncer na Infância, especialista revive sua história para abordar os desafios do câncer em crianças e adolescentes

Por Francisco Neves

O câncer mata cerca de 9,6 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a enfermidade é a principal causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos.

Todos os anos, o dia 15 de fevereiro marca o Dia Internacional da Luta Contra o Câncer na Infância, data destinada a incentivar a reflexão e a conscientização sobre a doença em crianças e adolescentes. Um dos dados estimados pela Organização Mundial da Saúde revela que, em 2030, o número de casos de câncer infantojuvenil chegará a 600 mil em todo o planeta.

Somente Brasil, a cada ano surgem 12 500 novos acometidos pela doença, segundo publicação do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Desse total, 6 200 crianças são tratadas em hospitais públicos e cerca de 4 mil morrem sem ao menos receber o diagnóstico ou ter o tratamento para a doença.

Este ano, um dos números que a OMS destaca é o despreparo de países em desenvolvimento para combater a patologia: 70% das mortes por câncer no mundo ocorrem nestes locais, considerados mal equipados para lidar com os desafios que a doença impõe. O Brasil é um desses exemplos: em média, as chances de cura do câncer infantojuvenil são de 64%, muito aquém de Estados Unidos e Europa, por exemplo, onde chegam a 85%.

Vivemos num país desigual e a cura do câncer também é afetada por isto.

Como superintendente do Instituto Ronald McDonald, organização sem fins lucrativos que tem por missão promover a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer e seus familiares, ando muito pelo Brasil. Seja em reuniões com gestores públicos e tomadores de decisões, seja em contato com a sociedade civil que nos auxilia a mobilizar as comunidades por mudanças, liderando projetos aos quais oferecemos suporte tecnológico, planejamento para busca de soluções e aporte financeiro.

A conclusão a que chego é que existem muitos Brasis no nosso Brasil: verdade que a doença não escolhe credo, cor ou classe social para se manifestar. Mas o desfecho dela depende diretamente de cada uma dessas características.

Há cerca de 30 anos me dedico à causa do câncer infantojuvenil. Quando comecei, lá na década de 1980, lutava com meu filho contra a doença. As chances de cura giravam em torno de 35% no Brasil. Marquinhos havia sido diagnosticado com leucemia, o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. No entanto, esgotamos as possibilidades de tratamento.

Meu filho estava desenganado e, como pai, fui buscar outras alternativas de tratamento fora do Brasil depois de realizar uma campanha para conseguir os recursos. Infelizmente meu filho não resistiu, mas decidi me dedicar com o apoio de família e amigos para que outras crianças pudessem ser salvas.

Naquela época, o câncer era uma sentença de morte. Ainda hoje, mesmo com todos os avanços da medicina, ele segue como um tabu, principalmente para aqueles que são alijados do acesso à saúde e do acesso a informações. O conhecimento também ajuda a curar! Devemos enfrentar o câncer com consciência: seja dos profissionais de saúde, seja de pais e responsáveis, que podem estar atentos a sinais e sintomas para buscar rapidamente ajuda especializada.

Há muitos desafios para que o câncer em crianças e adolescentes deixe ser a principal causa de morte de jovens no país: é preciso identificar a doença, encaminhar adequadamente e nos estágios iniciais, fazer um diagnóstico preciso e garantir um tratamento adequado.

Estamos caminhando para que cada um desses passos seja alcançado nos quatro cantos do Brasil. É importante dizer que, sim, há cura. E principalmente, que cada um de nós pode ser um agente no combate à doença.

*Francisco Neves é engenheiro civil por formação. Engajou-se na causa do combate ao câncer infantojuvenil após vivenciar, em 1990, junto com sua mulher, Sônia Neves, e seu filho mais velho, Carlos Neves, a perda de Marcus, o filho caçula. Desde então, se converteu em uma das principais lideranças no Brasil no que diz respeito à causa do câncer em crianças e adolescentes. É um dos fundadores do Instituto Ronald McDonald e assumiu profissionalmente a gestão estratégica da organização, da qual é o atual Superintendente.

15 de fevereiro Dia Internacional da Luta Contra o Câncer na Infância