Tem mais de 10 anos, mas é ótimo esse texto! Abaixo:
Como é gostoso ler boas publicações. Fabrício Carpinejar, um poeta dos tempos modernos, escreveu na Revista Crescer, ed 193, pg 60, dezembro/2009, sobre o título “Minha Catequista“, a importância em ter uma boa evangelizadora.
No artigo diz:
“Intelectual traz o ateísmo como pré-requisito. Confiar em Deus é sinônimo de ingenuidade, de burrice, de falta de conhecimento histórico (…) Parece que a Bíblia não aconteceu. (…) Concordo que a Bíblia não aconteceu, a Bíblia está sempre acontecendo. Agora, por exemplo.
Eu acredito em Deus, posso perder os leitores antes do sermão. ACREDITO. Porque tive uma catequista, Ester, que acreditou em mim. Só acredita em Deus quem um dia foi acreditado.
(…) Ela me convenceu com uma única virtude (e tinha várias): o senso de humor. Nunca conheci alguém com tamanha gentileza. Ela falava e sorria para falar do Evangelho. Não era inquisadora. (…) Havia uma leveza que não existe no moralista.
Eis o grande problema do moralista: ele não ri. Repare, é azedo, carrancudo, quer nos passar a limpo. (…) Quem não ri não inspira confiança, sugere uma vida mesquinha e ingrata, com as escolhas decididas pelo medo. E Ester é feliz (…)
O ceticismo adulto desestimula que o pequeno supere as aparências, que enriqueça o cotidiano com mistérios e poesia. Bloqueia a fantasia logo no esplendor de sua espontaneidade, como a provar que somente o que importa é o real e o que pode ser comprado. Evidente que o filho não vai acreditar em Deus, o grave é que não vai acreditar em si.”
Sensacional, não? Como primeiros catequistas, os pais devem mostrar essa faceta alegre do Cristo Vivo dentro da infantilidade dos pequenos.
Parabéns ao autor, vencedor do prêmio Jabuti de 2009. Ele é pai de Mariana (15 anos) e Vicente (7 anos).

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