OPS: Essa publicação foi feita antes da Conmebol “voltar atrás da decisão de proibir clubes da 2a divisão de jogarem seus torneios”. Mas a ideia, se bem analisada, era correta! Meu ponto de vista (respeitando todos os outros) e explicando os motivos abaixo:
Basicamente, a Conmebol impôs que os clubes que disputem a Libertadores da América e a Copa Sulamericana estejam na 1a divisão dos campeonatos de seus países. Na verdade, o chamado “documento de elegibilidade” diz que o clube tem que estar classificado por mérito esportivo, não pode estar punido pela Conmebol e:
“Estar disputando o torneio nacional de sua associação-membro na divisão principal em 2020 / não ter sido rebaixado nesse ano”.
E o que você entende por isso?
Num primeiro momento, que os clubes da série A do Brasileirão são os únicos que teriam a vaga, excluindo a Copa do Brasil e, se por ventura, fossem classificados por via de Copa do Nordeste ou outro torneio, também não poderiam (por serem regionais).
Ora, a CBF entende diferente. E nessa dou razão! Explico:
O Campeonato Brasileiro tem 4 divisões. Por lógica, os melhores da 1a divisão se classificam. Não teria como um time classificado por esse critério técnico ser rebaixado. Até aí, tudo bem. Mas e os da Copa do Brasil?
Esses (Paulista e Santo André, por exemplo) que estiveram na Copa do Brasil e foram campeões, disputavam a Série B e jogaram a Libertadores. O Palmeiras, na sua última conquista da Copa do Brasil, também jogou a Libertadores no ano em que disputou a série B (havia conquistado a Copa do Brasil e caiu no Brasileirão). Como seria a situação deles hoje?
Disputariam normalmente, pois se classificaram pela Copa do Brasil – um torneio nacional, e que não tem rebaixamento! Não se privilegiou “qual ou quais torneios nacionais”. Se esse regulamento dissesse “não ter sido rebaixado no principal torneio do país”, aí a situação mudaria de figura.
Mas também dou razão para a Conmebol de querer os melhores times (em tese) na sua competição. Se ela organiza a Libertadores, quer os principais de cada país e com melhor futebol jogado, pois isso melhora a qualidade técnica, o interesse e os valores dos patrocinadores. Talvez a grande queixa seja justamente o número elevado de equipes de países mais fracos e que são meramente figurantes, sendo “zebras” ou “sacos de pancada”.
Enfim: talvez somente o Brasil e a Argentina estejam preocupados com isso, pois nos outros países, com menor número de vagas, esse risco não existe.

