Quanta polêmica sobre “cantar o Hino Nacional nas escolas”, não?
Penso que vulgarizar o Hino (como a decisão de tocar nos estádios de futebol, com o público totalmente o ignorando – sem contar os hinos municipais que muitas vezes também ocorrem) é algo ruim. Somente deveria ser feito em solenidades importantes, significativas e necessárias. Mas fazer com que as crianças aprendam a letra e hasteiem a bandeira não é pecado algum também.
A bobagem (e pensei que era fake news quando eu li) é a história do MEC em filmar crianças cantando o Hino. Difícil acreditar em tamanha bizarrice pedida pelo Ministro da Educação Ricardo Vélez, aquele da entrevista ridícula de que brasileiro é um “canibal no Exterior“. Relembre aqui: https://wp.me/p4RTuC-mO2.
Pior ainda a Ministra dos Direitos Humanos, a dona Damares, dizer que “executar o hino é ‘obrigatório’ e filmar crianças é para mostrar aos pais que as leis se cumprem no Brasil“, segundo noticiou o consagrado jornalista Jamil Chade em seu novo espaço em um blog que estreou no UOL.
Fico pensando: se até os canalhas envelhecem e têm cabelos brancos, como diz o ditado (se referindo que para ser bandido não tem idade), os patriotas podem também ser corruptos. Uma coisa independe da outra, se essa foi a proposta em se incentivar o civismo com a medida do Hino. Como explicar Sérgio Cabral, ex-governador do RJ que foi preso por corrupção (que era reconhecidamente um cara atencioso com idosos, apaixonado pelo Rio de Janeiro e que se fazia demagogicamente de povão), ao vê-lo dando depoimento hoje com uma frieza absurda, contando como eram as negociatas de 3% nos contratos, golpes, falcatruas e tudo mais?
Mais do que patriotismo, precisamos de gente honesta!