Marco Antonio Martins, presidente da ANAF (Associação Nacional dos Árbitros), sugere que se discuta uma greve dos juízes de futebol após a presidente Dilma vetar o direito de arena para a categoria.
A entidade havia pedido 5%, o projeto final apresentou apenas 0,5% e ainda assim a presidente Dilma o barrou.
Gozado, por outras causas de remuneração não vimos o mesmo vigor e contundência, tais como à propaganda gratuita feita pelos árbitros a parceiros da CBF e à profissionalização da categoria.
Veja as marcas que são expostas pela CBF na camisa dos árbitros! Em alguns estaduais, os juízes viraram out-doors! Pergunto: quanto é que os árbitros estão recebendo desses patrocinadores?
A pergunta principal, mais importante ainda: a ANAF está brava com o veto da presidente Dilma de 0,5% aos árbitros. Mas por quê não fica brava com a própria CBF, que nada paga para usá-los como propaganda ambulante?
E aí vale discutir 3 pontos:
- – Os anúncios estão em conformidade com os dilemas éticos que a FIFA estabelece? Em São Paulo, queria-se estampar Crefisa e a própria FIFA proibiu.
- – O número de anúncios e seus locais onde se estampam publicidade atendem as exigências da FIFA? Aliás: só podem ser colocadas nas mangas da camisa! Portanto: estão com publicidade irregular.
- – Quais os valores pagos aos árbitros pela ANAF, repassados pela CBF, para fazerem a propaganda?
É por isso que questiono A TOTAL INDEPENDÊNCIA DESSAS ASSOCIAÇÕES. O senhor Marco Antonio Martins, que é uma pessoa idônea, trabalha como observador da CBF e é o presidente da ANAF. Como ele vai brigar pela ANAF contra a CBF? Se a CBF tem descaso na luta pelo direito de Arena dos seus árbitros e ainda por cima os usa como publicitários sem remuneração, por quê a ANAF não ameaçou fazer greve contra a CBF para que os árbitros recebam das marcas que ostentam em campo?
Idem ao senhor Arthur Alves Júnior, secretário da ANAF e presidente do Sindicato Paulista, que exerce concomitantemente a função de membro da Comissão de Árbitros da FPF. Se um árbitro quiser se queixar contra os cartolas do apito de SP, irá ao seu sindicato e deparará com um dos próprios funcionários que deseja se queixar!
Insisto: são pessoas honestas em cargos de INCOMPATIBILIDADE.
O mais interessante é que a CBF, contrária à MP do futebol, ficará muito feliz com essa situação… Afinal, já que Marco Polo não pode parar o campeonato por conta própria pois está sem moral, se apropriaria de um terceiro interessado.
Calma: não estou dizendo que é um locaute, uma situação disfarçada, pois penso que não haverá greve. Mas duvido que árbitros se mobilizem por conta própria para uma paralisação. E se acontecer, que seja não só pelo direito de arena, mas pela PROFISSIONALIZAÇÃO!
É curioso: por quê os sindicatos e associações de árbitros NUNCA defendam que a milionária CBF banque um grupo de árbitros com carteira assinada, FGTS, INSS e férias?
Reflita sobre isso.

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