Aqui no Brasil existe uma boa discussão: vender o mando de campo é válido ou não?
Esportivamente falando, penso que não. Mas financeiramente pensando, pode valer a pena. Ainda assim, não gosto da idéia de clubes que mandam seus jogos em praças que o fazem ser um mero coadjuvante.
Nesse ano, o alagoano ASA virou paranaense na Copa do Brasil; a campineira Ponte Preta jogou como cuiabana macaca contra o Palmeiras pelo Brasileirão. No Paulistão, o Oeste de Itápolis trocou o Estádio dos Amaros (acanhado, difícil para se jogar, apitar ou transmitir um jogo) pelo paulistano Pacaembu para jogar contra o Santos.
Curiosamente, nestas partidas, todos os “mandantes” perderam e os adversários tiveram mais torcida do que eles. Na prática, é uma inversão na relação de mandante e visitante. Ou não?
Eis que na endinheirada Premier League, uma decisão que bate de frente com tal embate: o Tottenham fechará o seu estádio, o White Hart Lane, a fim de aumentar a capacidade para 61 mil lugares. O clube planeja mandar suas partidas em alguns estádios durante a temporada 2015/2016: o mítico Wembley (90.000 lugares) e o Milton Keynes Stadium (30.500 lugares) estão na pauta, além de outras praças que fizeram convite ao clube.
Entretanto… Richard Scudamore, o CEO da Premier League, declarou ao “The Guardian”:
“Eles terão que jogar todos jogos no mesmo estádio a temporada inteira. Pela integridade da competição. Você não pode ser mandante em 19 partidas sendo que 10 no Stadium MK e 9 em Wembley. Isto seria completamente injusto. Eles não serão autorizados na nossa competição”.
Preste atenção: o Tottenham têm dois estádios com acertos financeiros e pretende (ou pretendia) aceitar mais convites; mas a Liga, em nome da igualdade de disputa a todos os adversários, proibirá.
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