– Hulk e o Racismo na Copa 2018

Quando houve a transferência milionária de Hulk do time português Porto para o russo Zenit, duas observações ocorreram:

– a dúvida sobre se as cifras exorbitantes eram lavagem de dinheiro;

– as declarações do não aceite dos seus futuros companheiros de clube.

Na Europa, o Zenit era conhecido como time de torcida racista. Nunca um jogador “de cor escura” havia vestido a camisa do clube. E Hulk (que tem a pele Parda), para os padrões de lá, é Negro.

Pura bobagem, do ponto de vista das pessoas de bem. Só existe uma raça, a Raça Humana, sendo a diferenciação da pigmentação da cor da pele algo desprezível para uma sociedade justa.

Hulk foi criticado antes de chegar. Porém, marcando muitos gols em seu time e com ótimas atuações no Campeonato Russo, passou a se tornar figura mais popular. Em Moscou, virou estrela de diversas marcas publicitárias. Trocando em miúdos: calou a boca dos críticos com bom futebol jogado.

Entretanto… isso não mudou a cultura racista. Hulk era um dos convidados especiais para o sorteio do chaveamento das Eliminatórias da Copa da Rússia 2018 desse final de semana, em São Petesburgo. E em entrevista, declarou quando questionado se sofre racismo em Moscou:

Acontece-me isto em todos os jogos. Os árbitros fingem que não veem. Agora já não fico chateado, simplesmente mando um beijo para os adeptos

Hulk acabou ficando de fora do sorteio, pois alegou-se que ele teria que se concentrar para o jogo seguinte e não poderia ir ao evento.

Você acreditou?

Eu não. Se Hulk fosse ao sorteio, seria algo positivo, um protesto simbólico contra os idiotas racistas. Tirá-lo, como parece ter sido para se evitar um constrangimento, é negar o racismo latente.

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