Dias atrás, escrevi sobre o susto que levei ao conversar 4a feira com um amigo que sofreu um infarto de tanto trabalhar. Jovem como eu, ele sentiu o stress e acabou sofrendo as consequências. Como Deus é bom, se safou (sobre isso, em: http://wp.me/p4RTuC-caC)!
Confesso que deu um arrepio na espinha pensar em estar no lugar dele. E não dormi pensando nisso por umas duas noites. Fiquei com aquilo “martelando” minha consciência.
– Será que eu estou me cuidando?
– Trabalho a troco de quê?
– Vale a pena se enervar no dia a dia?
– As coisas que mais gosto de fazer estão sendo sacrificadas por uma rotina de trabalho perversa?
Trabalho tanto e…
… de repente…
PUF!
Tudo pode acabar?
– E as brincadeiras que farei com minha filha e com os filhos que hão de vir?
– E os beijos que ainda darei em minha esposa?
– E as risadas que compartilharei com meus amigos?
– E os momentos felizes que ainda passarei com meus parentes?
Gente, assustei.
Tremi na base…
Desde este meio de semana, estou contando até 10 antes de reclamar.
– Fico um pouco a mais no chuveiro debaixo da água fresca.
– Saboreio cada bocado de comida.
– Respiro um pouco mais de ar puro.
– Paro com mais frequência meu trabalho para lavar o rosto.
– Faço ainda mais sagrados os minutos com a família.
– Realizo minhas atividades gerenciais com mais prazer.
– Administro com mais garra. Não me preocupo tanto mais com o relógio.
– Escrevo meus textos com mais gosto.
– Discuto futebol com mais gana.
– Olho mais para a imensidão do céu.
– Busco mais o horizonte sem fim.
– Acrescento um “amém” com mais fervor nas minhas orações.
Isso na 5a, na 6a, no sábado… e talvez hoje a amanhã e depois e “mais depois”!
Há ainda algumas pendências, como a melhora dos meus dois joelhos com meniscos em recuperação e o tratamento da labirintite. Também o aceite de voltar a lecionar após meu período sabático fora do mundo acadêmico. Idem à continuação do meu livro sobre “casos e causos” da carreira de árbitro.
Mas, pensando bem, melhor não pensar. MELHOR VIVER! Ou, se preferir, viver melhor!
– Melhor vida com a esposa,
– Melhor vida com a filha,
– Melhor vida com a cachorrinha,
– Melhor vida no esporte,
– Melhor vida com a família,
– Melhor vida com Deus!
Melhor, mais, menos, igual… sei lá. Que seja não quantificável, mas que seja bom. E se não puder ser doce, que eu tenha no meu coração sempre um açucareiro!
Puxa, escrevi rápido esse post. Brotou espontaneamente. Bom sinal.
Foi um aviso lá de cima que esse é o caminho?




