Compartilho com os colegas este importante material sobre a saúde dos professores, publicado na Folha de São Paulo.
Extraído de:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/classificados/empregos/ult1671u437179.shtml
Rouquidão afeta a maior parte das professoras
por IGOR GIANNASI (colaboração para a Folha de S.Paulo)
Foi constatado ainda que 12,9% das professoras já haviam desenvolvido nódulos (popularmente chamados de calos) nas cordas vocais.
As complicações de voz encontradas no estudo são representativas do que acontece entre as docentes no país, segundo Eduardo Reis, professor do Departamento de Medicina Preventiva da UFBA.
Para ele, isso prejudica não só a saúde mas também o desempenho do profissional. “Se o instrumento de trabalho está ruim, o trabalho também está.”
Classes lotadas e barulhos externos contribuem para que o profissional exceda o uso da voz. “É comum o professor competir com o ruído da escola”, diz a fonoaudióloga Carolina Fanaro Damato, presidente da comissão de divulgação do Conselho Regional de Fonoaudiologia de São Paulo.
Novos hábitos
A professora de inglês Sônia Ferreira começou recentemente um tratamento fonoaudiológico. “Agora presto atenção no que estou fazendo com a minha voz”, diz ela, que tenta não falar alto e bebe líquidos na aula.
Essa consciência, porém, não é comum entre os docentes, aponta Leslie Piccolotto Ferreira, professora do Departamento de Fundamentos da Fonoaudiologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
“O professor é um dos profissionais que mais demoram a procurar tratamento. Acha que é natural estar daquele jeito”, observa a fonoaudióloga.
