Assistiram o tri-campeão mundial Jairzinho, o Furacão da Copa do México, no Programa “Bem Amigos” da última segunda-feira?
Questionado sobre as diferenças daquele incrível Escrete Canarinho e a Seleção hoje, 50 anos depois da conquista da Copa do Mundo, disse:
“Não vejo nada da seleção de 70 no futebol moderno. A diferença é brutal. Quem é o grande craque do futebol brasileiro? Neymar? Em 70, todos os jogadores, desde o goleiro até o centroavante eram craques. O craque, ele faz o sistema. O treinador podia mandar jogar de uma maneira, mas o craque identifica o defeito do adversário e passa para os colegas. Isso aconteceu muito na Copa. Os jogadores já conversaram antes da Copa (…) Foi um momento especial porque o Brasil conseguiu juntar pela primeira vez cinco camisas 10 para jogar juntos no mesmo time. E outro detalhe importante é que todos jogávamos em clubes brasileiros. Ou jogávamos juntos, ou jogávamos um contra o outro. E estávamos sempre aprendendo. Isso ajuda a explicar o sucesso da seleção de 1970. Então, a gente sabia qual seria a primeira ação de cada um, e o entrosamento veio rápido”.
Algo que me perturbou e que é impossível discordar: quantos craques tivemos há meio século no mesmo time e quantos tempos hoje? E jogávamos contra Itália, Alemanha e tantos outros países importantes e também cheios de craques…

