Há algum tempo, o Conselho Nacional de Clubes, o órgão representativo dos times de futebol junto à CBF para ideias e discussões, tem direcionado suas críticas à Comissão de Árbitros da CBF.
Dois meses atrás, escrevemos nesse espaço que os presidentes do Grêmio e Atlético Mineiro (Romildo Bolzan e Daniel Nepomuceno) desejavam que se criasse um organismo externo da CBF para fiscalizar Sérgio Correa e os observadores de árbitros.
Pois bem: leio no blog do jornalista Ricardo Perrone que na última 6a feira, através da sugestão do Flamengo, esses mesmos clubes apresentaram a Marco Polo Del Nero um projeto de “CONTROLE EXTERNO” das ações da Comissão de Árbitros.
A idéia é a criação de um grupo de especialistas independentes que avaliem as atuações dos árbitros dando notas a eles; e por essas notas os árbitros mais bem avaliados fossem para os sorteios dos jogos mais importantes. Tudo isso com auditoria sobre a CA-CBF.
Ótimo! E ao mesmo tempo vem a questão: não deveria já ser assim?
Ué, a lógica é que Sérgio Correa da Silva já colocasse para sorteio os melhores árbitros devido as melhores notas. E aí reside outro problema ainda: os avaliadores de hoje!
Será que todos entendem do ramo?
Conheço muitos ótimos observadores de árbitros, mas quando escrevem sua impressões, simplesmente seus relatos são ignorados. E conheço também outros péssimos avaliadores, que só pertencem ao quadro por politicagem.
A proposta flamenguista é ótima, mas existe o empecilho: quem pagará a conta dos avaliadores independentes e das auditorias que fiscalizarão a Comissão de Arbitragem?
Não deveríamos estarmos preocupados com dinheiro. Afinal, um mísero amistoso da Seleção Brasileira já bancaria todo o custo dessa operação. O problema é a CBF gastar dinheiro para ações de lisura…