Compartilho o excelente trabalho do jornalista Thiago Batista de Olim, profissional da TVE e editor do site “Esporte Jundiaí”.
Não é que ele fez uma pesquisa a fundo sobre capacidade de estádios, liberação dos mesmos e de outras informações pertinentes, a fim de expor a situação da pendenga da FPF em querer cumprir seu regulamento sobre praças esportivas?
Veja abaixo como a FPF se auto-desrespeita: (lembrando que o Juventus tem a prerrogativa de ser fundador da entidade e poder jogar em seu estádio):
Extraído de: http://www.esportejundiai.com/2015/11/se-fpf-seguisse-regulamento-4-clubes.html
SE FPF SEGUISSE REGULAMENTO, 4 TIMES SERIAM EXCLUÍDOS DA A-2
Nesta segunda-feira (9), às 15h, na sede da Federação Paulista de Futebol ocorre o Congresso Técnico da Série A2 do Campeonato Paulista – edição 2.016. No encontro, a grande discussão será a exclusão do Atibaia e a entrada do Barretos na competição, por conta da cidade de Atibaia não ter um estádio para no mínimo 8.000 torcedores. Segundo o site da Federação Paulista, o estádio Salvador Russani, único na cidade para jogos da Federação, tem capacidade de 3.171. Com isso, o Barretos, 5º colocado da Série A3 entraria no seu lugar. Mas se a Federação cumprisse o seu regulamento ao pé da letra, outros três clubes correriam risco de exclusão do torneio, pelas suas cidades não ofereceram estádios com mais de 8.000 torcedores, conforme exige o regulamento geral das competições da entidade. Santo André, Velo Clube e Votuporanguense, pelos documentos oficiais no site da FPF não poderiam jogar a Série A2 de 2.016.
Se a Federação cumprisse ao pé da letra o seu regulamento, na Série A1, além do Água Santa que corre risco, outros dois clubes seriam excluídos da sua competição, por não terem estádios com no mínimo 10.000 torcedores de capacidade: Rio Claro e Oeste. O estádio do Rio Claro, o Augusto Schimidt, atualmente somente podem entrar 6.284 torcedores. Curiosamente a cidade tem dois estádios que não servem nem para a A2, já que o estádio Benito Agnello tem capacidade um pouco, 7.059 torcedores, mas não serviria para a “Segundona Estadual”.
O estádio do Oeste não serve nem para jogos da 4ª divisão Estadual (chamada pela FPF de Segunda Divisão), cuja a capacidade mínima exigida é de 5.000 torcedores. A capacidade atual do estádio dos Amaros, em Itápolis, é quase igual à do centro esportivo Francisco Dal Santo, em Jundiaí, que recebe apenas jogos do futebol amador de Jundiaí de torneios da Liga Jundiaiense e da Prefeitura e jogos das categorias de base do Paulista: 964.
O Água Santa pela lei fria da lei também não poderia jogar a “Segundona Estadual”, já que antes da reforma que está passando, o local tinha capacidade para apenas 4.738, segundo o documento publicado no site da Federação. O mesmo serviria para o Atibaia.
Pelo regulamento da FPF, Juventus e Independente teriam que jogar a Série A2 fora de suas casas, mas podendo jogar nas cidades-sede dos clubes. O Juventus não poderia mandar jogos na Rua Javari, cuja a capacidade é de apenas 4.211, mas poderia mandar suas partidas no Morumbi, Arena Corinthians, Allianz Parque, Canindé, Pacaembu e até mesmo no Nicolau Alayon, que tem capacidade para 10.723 e poderia receber jogos até da Série A1. Já o Independente poderia mandar seus jogos no estádio Major Levy Sobrinho, da rival Inter de Limeira, que pode receber até 18.000 torcedores.
Série A-1
Mínimo: 10.000 torcedores
Série A-2
Mínimo: 8.000 torcedores
* Segundo o Laudo de Segurança no Site da FPF, o Mirassol colocaria apenas 5.000 ingressos a venda por jogo em 2015, lavrando uma declaração que no campeonato de 2015 (a Série A-2), o limite de ingresso será de no máximo 5.000
Se a FPF seguisse o seu próprio regulamento como ficariam às Séries A1 e A2 para a temporada 2.016
* Excluídos da Série A1, pela cidade não ter estádio para 10mil torcedores: Rio Claro – 15º na A1, Oeste – 3º na A2 e Água Santa – 4º na A2
** – Desde que jogue no estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira, que tem capacidade de 18mil torcedores, contra os 3.067 do Agostinho Prada, da mesma Limeira
* Excluídos da Série A2, pela cidade não ter estádio para 8mil torcedores, mesmo sendo “rebaixados” da Série A1 para A2: Rio Claro – 15º na A1, Oeste – 3º na A2 e Água Santa – 4º na A2
** Excluídos da Série A2, pela cidade não ter estádio para 8mil torcedores: Santo André – 9º na A2 e Velo Clube – 14º na A2
*** Não poderiam subir da Série A3 para a Série A2 pelas suas cidades não terem estádios com capacidade para 8mil torcedores: Votuporanguense – 2º na A3, Atibaia – 4º na A3, Primavera – 7º na A3 (capacidade do Italo Limongi é de 6.914), Sertãozinho – 12º na A3 (capacidade do Frederico Dalmazo é de 6.948) e Flamengo de Guarulhos – 13º na A3 (capacidade do Antônio Soares de Oliveira é de 3.800)
**** Desde que jogue em outro local em São Paulo, que não seja a Rua Javari – exemplo: Nicolau Alayon, com capacidade de 10.723
Regulamento geral das competições da Federação Paulista
Art. 33 – Os Clubes, para participação e garantia do direito de acesso, deverão possuir no município de sua sede Estádio próprio, alugado ou por qualquer outra forma cedido com prioridade de uso, com a seguinte capacidade e nível, de acordo com critérios definidos no Manual de Infraestrutura de Estádios da FPF, anexo a este RGC:
a) Série A1 – acima de 10.000 (dez mil) lugares e Nível 3;
b) Série A2 – acima de 8.000 (oito mil) lugares e Nível 2;
c) Série A3 – acima de 6.000 (seis mil) lugares e Nível 2;
d) Segunda Divisão – acima de 5.000 (cinco mil) lugares e Nível 1
§ 1º – Nos níveis previstos no caput deste artigo serão de cumprimento obrigatório, a partir de 01.01.2016.
§ 2º – Não será permitida a instalação de arquibancadas provisórias, a partir de 01.01.2016.
§ 3º – Os Clubes deverão cumprir a obrigação prevista no caput e nas alíneas “a” a “d” deste artigo até a data de realização do Conselho Técnico.
§ 4º – A violação da norma prevista no parágrafo anterior sujeitará o infrator às sanções do § 15º deste artigo, inclusive no que diz respeito à impossibilidade de utilização do estádio.
Thiago Batista – Esporte Jundiaí

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