Foi há 1 mês: o Programa humorístico Zorra Total da Rede Globo levou ao ar um quadro onde um soldado gay era enterrado. Na ocasião, ele recebeu honras militares e uma bandeira do time do seu coração, o São Paulo.
Muita gente reclamou de homofobia; outros não gostaram da associação; as redes sociais bombaram entre piadas e protestos. Mas, em documento oficial, o próprio SPFC publicou:
“Somos o Clube que ama a Libertadores, e também a liberdade. Sonhamos com um mundo, que já conquistamos três vezes, muito melhor. Somos o Clube da Fé. E é com a Fé que carregamos no peito que acreditamos que todo mundo deve ser feliz. Respeitamos as diferenças, pois vejam só: amamos a união do vermelho, do branco e do preto. Aqui, o cartão vermelho é para o preconceito. Somos gigantes. Somos todos Tricolores. O São Paulo Futebol Clube é contra qualquer tipo de discriminação.”
Saiu-se bem o clube, não? Talvez esteja nascendo um princípio de tolerância nesses novos tempos da sociedade. Claro, alguns membros de torcidas adversárias mais fanáticas atazanaram em gozações, e outros, mais respeitosos, condenaram.
Até qual ponto os clubes aceitam/ aceitarão facções gays em suas fileiras? E os próprios torcedores tradicionais?
Aliás, fica a observação: nos anos 80, o programa “Os Trapalhões” era sucesso em audiência com suas piadas politicamente incorretas. Hoje, com a mudança dos padrões educacionais e sociais, talvez teriam que se reinventar…
A propósito: quais dos 12 clubes grandes do Brasil (4 SP, 4 RJ, 2 MG e 2 RS) teriam a grandeza de vestir um uniforme rosa em alusão à campanha “Outubro Rosa” em prol do combate e prevenção ao câncer de mama?

