Coisas que valem a reflexão: as chácaras “Dólar Furado“, “Piloto” e “Café com Polenta” foram vendidas recentemente. Ambas estão no trecho conhecido como Retão, na Avenida Reynaldo Porcari, onde predominam várias chácaras.
A “Dólar Furado” virará um “condomínio-praia“, com muita propaganda. A “Café com Polenta” e a “Piloto”, que são vizinhas, tornaram-se um terreno só e ali se deseja a construção de vários prédios.
Puxa, é visível o desmatamento. As plantações de uva, os pinheiros e as benfeitorias das chácaras foram destruídas. Desmatou-se à vontade, sem se preocupar com nascentes e mata. Os animais e aves perderam uma boa porção de terra. E onde caberá tanta gente?
Aliás, como é que a Prefeitura Municipal permite isso? Não existe impacto ambiental? E os relatórios de aumento do nível de ruído, de tráfego, de sustentabilidade… Vejo tanta gente ter problema com isso, e outros não?
Onde haverá escola para essa gente? E vias para os carros?
Não dá para transformar propriedades de veraneio em prédios de uma hora para a outra. O bairro é composto por sítios e loteamentos horizontais. Como se muda tudo facilmente? E infraestrutura?
A propósito: os vizinhos não tem força ativa? Eu, particularmente, serei vizinho de prédios e vejo a terraplangem e as obras a 1000/hora, com barulho a todo instante, caminhões e serras-elétricas. É sério que nesse meio de mato os moradores não foram ouvidos? TODOS os meus vizinhos estão revoltados.
O interessante é: mata nativa e árvores centenárias são derrubadas como se fosse capim. No domingo e no feriado, com a moto-serra já cortaram metade dessa amostra emblemática e simbólica do bairro (foto abaixo).
E insisto na pergunta: PODE CONSTRUIR PRÉDIOS SEM CONTRAPARTIDA, COM A ANIMOSIDADE DOS VIZINHOS E DESMATANDO À VONTADE? O que dizem os relatórios públicos?
Mais: o Canil da Guarda Municipal em nosso bairro também não era uma contrapartida de loteamento? Primeiro se faz o empreendimento imobiliário para ganhar dinheiro; depois se pensa se vai ou não fazer a contrapartida? ERRADO! A contrapartida deve vir antes, como garantia de melhoria da infraestutura.
O processo era este: http://www.jundiai.sp.gov.br/planejamento-e-meio-ambiente/wp-content/uploads/sites/15/2014/09/EIV_RIV_Proc_20700-2_13.pdf ; curiosamente, não está mais disponível na Internet (não sei se momentaneamente ou não).


Nossa prefeitura não está nem ai, para o bairro, nunca esteve, só se lembram na eleição, não há infra estrutura e não haverá, a prefeitura é usada para servir interesses de grupos, não para servir a população com serviços, a verticalização só é bem vinda quando acompanhada por infra estrutura, o que não o, corre em Jundiaí, e infelizmente não vai ocorrer.
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Assino embaixo tudo o que disse, Fábio. Pior: se especula que serão torres de 15 andares!
Mas de uma chácara de fim de semana, onde viviam esporadicamente 4 a 5 pessoas, desmata-se e trazem mais de 1000 de uma única vez?
O bairro foi preparado para isso?
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Boa iniciativa Rafael……também tenho visto essas modificações ao longo do “retão” e isso me preocupa muito, pois está modificando toda a paisagem e o status do bairro de um bairro calmo para um bairro caótico. Pior que infra-estrutura nenhuma está sendo feita para no mínimo amenizar esse impacto negativo com o Bairro.
O nosso Prefeito que se diz um exemplo no planejamento sustentável está deixando aqui no Medeiros uma imagem muito negativa.
Não sei se temos uma forma de parar com essas especulações imobiliárias…..temos que mobilizar o bairro para esse bem comum.
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[…] Aliás, era bola cantada que teríamos problemas. Relembre: https://professorrafaelporcari.com/2015/10/13/para-construir-no-medeiros-vale-tudo/ […]
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