Cada vez mais a Internet oferece coisas muito boas e ao mesmo tempo outras péssimas.
Os blogs, originalmente surgidos como “diários virtuais”, tornaram-se em grande parte locais de opinião dos blogueiros, sejam eles jornalistas ou apenas debatedores e pessoas comuns da sociedade.
Filtrar o que é bom ou ruim tem sido um desafio. Misturam-se informações, boatarias ditas como verdadeiras e propaganda disfarçada.
Agora, o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) investiga a grife de produtos de beleza Sephora, acusada de bancar financeiramente a opinião de sites especializados em cosméticos. Assim, o internauta que acessava blogueiros da área, tinha como informação somente aspectos positivos e um convite à compra do produto, ao invés da verdade sobre ele.
Fico pensando: não vemos muitos blogs defendendo com unhas e dentes certas empresas sou determinadas bandeiras sociais? Seja na política, e até mesmo no futebol, há a sensação de que isso ocorre com certa frequência.
Pior do que blogueiros que se tornam agentes publicitários travestidos de pseudo-lisura, são alguns jornalistas que, ao contrário do que deveriam fazer, fazem ampla defesa de temas, jogadores ou opiniões, claramente tendenciosas (evidentemente, com interesse financeiro/pessoal).
Ainda bem que no quase infinito universo virtual ainda temos bons jornalistas e bons blogueiros. Mas parece que são minoria…
