O marketing é algo impressionante, fazendo com que as corporações, em alguns casos, se preocupem com o interesse econômico acima do ético.
Digo isso pois critiquei a Sinovac pela doação de vacinas anunciada à Conmebol. Confira aqui: https://professorrafaelporcari.com/2021/04/14/a-possivel-doacao-de-vacinas-da-sinovac-para-a-conmebol/.
Agora, a Pfizer quer doar suas vacinas para a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. É algo válido?
Penso: se o COI “desejasse comprar para vacinar”, seria uma situação diferente. Mas o caminho da iniciativa do laboratório, nada mais é, do que divulgar sua marca e sua imagem. E a questão é bem clara: quantas nações não conseguem comprar vacinas por falta de dinheiro? E quantas não encontram vacinas disponíveis, por que são prioritárias a nações mais desenvolvidas?
Se sobram vacinas para a doação, prioritariamente o façam para necessitados da África Negra, por exemplo. Da forma como relatada, parece oportunismo.