Parece que neste tempo pandêmico, estamos conhecendo (ou melhor, comprovando) as verdadeiras faces de nossos políticos.
Se no Estado de São Paulo, João Dória não aceita customizar procedimentos a cada município e, no excesso de precaução, peca em medidas generalistas coletivizando a megalópole com as cidades pequenas, no plano federal a coisa é pior: Bolsonaro e Lula usam e abusam de discursos demagógicos que encantam seus aficcionados (mas não iludem, felizmente, os poucos que se mantém sensatos).
Numa triste e infeliz brincadeira, sorrindo como se nada acontecesse, o presidente Jair Bolsonaro disse:
“Quem é de Direita, toma Cloroquina; quem é de Esquerda, toma Tubaína”.
Quer dizer que o infectologista (ou epidemiologista) Dr Bolsonaro não poderia ao menos se conter nas brincadeiras de mau gosto e politizou mais uma vez a medicação que ainda está em estudo, receitando-a ideologicamente? Postura condenável de quem deveria ser um líder ponderado e unir a nação, independente de confissão política.
Por outro lado, viram a fala de Lula ao Mino Carta (da Carta Capital)? Estava até desacostumado em assistir tamanha cara-de-pau, peculiar ao corrupto ex-presidente. Disse ele:
“Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises.”
Caracoles! Ele “festeja” no seu íntimo o insucesso da política do seu adversário usando a catástrofe como palanque? O “ainda bem (…) que criou essa monstro chamado coronavírus” deixa bem claro que a preocupação não é humanitária, mas eleitoral.
Triste Brasil, que não consegue ter um só líder agregador… O inimigo comum, que deveria ser a Covid-19, passou a ser aliado eleitoral. Meu Deus.!
Rafael Porcari
Entendo que são Due ladri
Abraços
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