Há certas situações evitáveis, a fim de que não exista contrangimento. Falar bobagem é um perigo…
Dois casos:
- Lula: segundo a Revista Superinteressante “Terminado o mandato, todo ex-Presidente da República tem direito ao auxílio de quatro servidores para sua segurança, assim como dois veículos oficiais com dois motoristas, somando salários de R$ 28.738,36 mensais. Tanto Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992, quanto Dilma, recentemente, mantiveram esses e outros benefícios garantidos”. Lula recebe ainda R$ 6 mil como anistiado político por mês. Agora, ganhará R$ 20 mil de salário mensal do PT para “ajuda de custo”. Quer dizer que o dinheiro do fundo partidário (pago por nós) serve para bancar ex-presidiário? Pior é Lula dizer, como o fez semana passada na sede da CUT, que “se virar (ele) de ponta-cabeça não cairá nem moeda”, para dizer que está sem dinheiro algum…
- Bolsonaro: ontem, disse em entrevista, segundo a Revista Isto É: “O Alexandre Garcia [ex-jornalista e apresentador da Globo] comentou que a esposa dele, que é obstetra, atendeu uma mulher que teve primeiro filho aos 12 anos, o segundo aos 15 e no terceiro já estava com HIV. Uma pessoa com HIV, além de ter um problema sério para ela, é uma despesa para todos aqui no Brasil”. A frase final isolada é um problema, a ideia geral compreensível (colocada no contexto maior e frio). Mas e as crianças que herdaram HIV? As mulheres enganadas pelos seus maridos que contribuíram isso? Os doentes de câncer e de outros males, também não geram custos? Tudo poderia ser dito de outra forma, sem reclamar de custos, pois pode se entender insensibilidade.
Ninguém orienta a essas pessoas públicas importantes para pensar bem nos atos e palavras? Podem ser escandalosas para quem lê (só não será para insensatos, independente da ideologia).
O duro é que ninguém fala de custos e mordomias dos políticos e ex-presidentes, como omitidos nos dois casos.