Nos anos 80, era um pecado jogar retrancadamente uma partida de futebol no Brasil. Você deveria buscar a vitória tentando o gol, atacando, jogando para a frente – nunca esperando o erro do adversário para tentar o contra-ataque.
Com a derrocada das Seleções de 82 e 86, veio a era Lazzaroni e depois o pragmatismo de Parreira. Surgiu o “futebol de resultados”, de marcação forte, onde defender era a primeira necessidade; depois se preocupava com o ataque.
São estilos. Em 1994 funcionou, afinal, tínhamos uma sólida zaga formada por Aldair e Márcio Santos (seria Mozer e Ricardo Gomes a zaga titular, que se machucou), e na frente tínhamos “somente” Romário e Bebeto.
Agora, vemos as equipes europeias jogando à frente, como o Brasil jogava anteriormente. Sendo com intensidade, toque de bola incessante ou tik-tak, mas sempre buscando o gol. E os poucos que fazem isso no Brasil (ou que tentam), são criticados.
Ué, mas a nossa vocação e nossos anos de ouro não foram sempre de “sermos ofensivos”?
Ao assistir o Santos de Sampoli, o Fluminense de Diniz, entre outros, penso: não é mais prazeroso (e com tempo de treinamento adequado, eficiente) fazer futebol assim,?
Vide o 4×5 entre os tricolores gaúcho e carioca ontem…

