O mais ilustre atacante que nasceu para o futebol no Paulista de Jundiaí, o jundiaiense Nenê, de fato está de bem com a vida.
Nesta última sexta-feira, fez uma doação significativa de alimentos para o Fundo Social de Solidariedade, além de se reunir com o Prefeito Pedro Bigardi. No sábado, esteve no Centro Esportivo Romão de Souza prestigiando um evento de futsal.
É bom ver um filho da terra trilhar um ótimo caminho. Quando novo, Nenê abusava das simulações de falta e de reclamações excessivas (apitei vários jogos treinos-dele, tanto como Sub 20 quanto profissional). Felizmente, os treinadores que teve conseguiram corrigi-lo, e de tal forma, por sua técnica, foi para o Santos, Palmeiras e Europa. E como um banho de cultura só faz bem, Nenê amadureceu demais no Exterior. Em Mônaco, fez amizade com Felipe Massa e Galvão Bueno, seus vizinhos de apartamento. No Paris Saint Germain, após o príncipe catariano comprar o time e trazer estrelas como Ibraimovich e outros tantos craques midiáticos, o levou para jogar em seu time no Oriente Médio a um salário muito compensador para que trocasse a França por Doha.
Hoje, no Vasco, após ter recusado uma proposta do Santos (Nenê queria o salário que Robinho ganhava, e a contraproposta foi muito inferior), tem duas opções:
– Jogar a Série B no Vasco, onde se tornou ídolo, e curtir o Rio de Janeiro, cidade que gostou bastante;
– Disputar a Libertadores da América, seu sonho declarado. Para isso, seu empresário Gilvan Costa tem negociado com dureza: Nenê estaria indo de fato ao Palmeiras? É bem possível. O problema é que ele tem um altíssimo salário no Vasco (mais de R$ 300 mil, acima do teto do clube cruzmaltino) e está com os recebimentos em dia. O Palmeiras ofereceu menos, mas continua negociando.
Na última semana, surgiram as supostas sondagens do São Paulo (no começo de semana) e do Corinthians (no final de semana) – ambos que jogarão a Libertadores. Teria fundamento tais propostas? Me parece mais uma pressão do empresário que negocia com o Palmeiras do que oferta real.
Nenê tem contrato até dezembro de 2017, não tem cláusula que o libera do Vasco sem ônus caso o time caia para a Série B, mas sim para saída a um clube do Exterior.
Minha opinião pessoal? Se o Palmeiras liberar uma grana para o Vasco e para o empresário, Nenê voltará ao Palestra Itália em 2016.
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