Repost de 2012! Quando Platini era considerado “honesto”:
Em entrevista à Rádio Rai 2 (Itália), o presidente da UEFA, Michel Platini, radicalizou contra o uso da tecnologia no futebol e a favor do uso dos adicionais de meta. Na última sexta-feira (02/11), declarou que:
“Se usada, cada impedimento seria decidido com recurso da tecnologia, assim como cada entrada dura, cada saída de bola do campo, porque o árbitro pode enganar-se a qualquer momento. Então, quanto tempo duraria um jogo? Quatro ou cinco horas? [A tecnologia] não pode solucionar todos os erros do futebol. Nas decisões de gol pode haver margem de erro de até três centímetros. Cinco árbitros conseguem ver todas essas infrações que aconteçam no jogo, se não fosse assim eles não teriam de ter outro trabalho.”
Ora, há tempos que ele se manifestava contra a tecnologia. Mas aqui ele está irredutível! Ninguém defende a tecnologia para decidir lances de arremesso lateral a cada saída de bola, mas sim a oportunidade de usá-la em jogadas decisivas, polêmicas e não tão claras. Mas o que me chama a atenção é a afirmação de que podemos ter com a nova tecnologia para confirmação de gol-não-gol uma margem de erros de 3 cm (portanto, alta!).
Existe mesmo essa margem de erro?
Se sim, por que não foi divulgada pela FIFA, já que tal diferença é relevante?
Consideremos: quem disse que o erro pode ser de 3 cm é o presidente da UEFA, uma autoridade significativa, não um fanático torcedor comum.
E agora?
Eu sou a favor do uso da tecnologia, de maneira ponderada, em situações previamente a serem definidas e com rápidas decisões de um “árbitro de monitor”, que poderia ser um 4o árbitro experiente ou até mesmo um árbitro de ponta jubilado (já imaginaram que hoje eles poderiam ser Sálvio Spinola, Wagner Tardelli, Cleber Abade)?
A discussão deveria ser: qual e quando usar a tecnologia. Claro: e a eficácia dela, já que se existe a margem de 3 cm, ela não serve.
Confesso que não vi manifestação da FIFA sobre essa declaração de Platini. Alguém viu?
