Anderson Daronco apitou os principais jogos desse começo de Brasileirão, além da Copa do Brasil. Seu próximo jogo será o sempre esperado Palmeiras x Corinthians. Wilson Luís Seneme, o chefe dos árbitros, está apostando nele, por algumas questões que abordaremos.
Gosto sempre de fazer a respeitosa comparação com o ex-árbitro Pierluigi Colina, e explico: Colina era bom árbitro (não era excepcional), cometia erros comuns, tinha muita visibilidade devido à sua careca (ele sofre de alopecia), mas gozava de algo indispensável a qualquer pessoa em qualquer atividade profissional: credibilidade e respeito.
Mesmo quando errava, os atletas e jogadores o respeitavam. E ele tinha credibilidade, pelo carisma e pela forma com que tratava as pessoas extra-campo, segundo muitos relatos. Seu ápice foi a final da Copa de 2002, entre Brasil x Alemanha, no Japão (tanto que virou moda no Brasil os juízes “raparem a cabeça”).
Daronco, como Colina, é um bom árbitro (não é excepcional). O brasileiro tem visibilidade e credibilidade como o italiano. Logicamente, os atletas o respeitarão. Claro que enquanto que um foi pelo que fez em campo, o outro ainda está fazendo – esbanjando músculos.
Seneme vai aproveitar isso, até porque dentro de campo ele tinha essas virtudes: respeito e credibilidade (e apitava mais do que Daronco). A questão é: Colina se diferencia de Daronco por algo chamado “Carisma”, coisa que o gaúcho ainda não tem (não confundamos “ser carismático” com “ser midiático”). Terá?
Para muitos, o porte físico ainda é a principal virtude de Daronco, o que não é bem assim… (ou só isso). No meu tempo, esse jeitão para a coisa era chamado de “panca”!