O cara “nasceu estrela”. Desde cedo, não teve infância, e quando pode fazer o que quisesse da vida, fez.
De quem estamos falando?
Poderia ser de muito artista-mirim que virou postar, mas a celebridade em questão é Neymar.
Imagine o quanto ele deixou de aprender e viver numa infância normal para habitar na anormalidade que exige o mundo do futebol. Do seu talento, viu gerar muito dinheiro – que se tornou uma forma de extravasar as angústias que sente (ou das carências que tem, ou, se preferir, das extravagâncias que deseja).
Ronaldinho Gaúcho foi um desses exemplos: se tivesse disposição, poderia ter sido 10 vezes o melhor do mundo, mas cansou de jogar bola profissionalmente e, cheio de grana, curtiu os gramados em meio à diversão. Não o condeno, pois são opções pessoais da vida de cada um (embora eu pense diferente do que ele).
Idem a Adriano Imperador, que poderia ter ido muito mais longe se não fossem os problemas extra-campo. Idem a tantos anônimos que não ganharam dinheiro o suficiente para viver em meio a prazeres e vaidades, padecendo hoje.
Neymar, em plena pandemia, fazendo uma festa de arromba por 5 dias em sua mansão na cidade de Mangaritiba (com mega lotação), é um desrespeito. Será que ele não consegue ter empatia com os problemas que se enfrenta no mundo dos normais?
Aplaudir os médicos, como fez em vídeo promocional certa vez, é fácil. Dar exemplo na conduta é outra história…
Outra questão passará a ser: os seus patrocinadores estão contentes com seu garoto-propaganda?
É por essas e outras que se vê o “por quê” de muitos atletas e treinadores não terem o escolhido no The Best da FIFA. Apesar de saber jogar bola, as atitudes tornam-se sempre questionáveis.
Sorte dele que a sua boate na Mansão é subterrânea, diminuindo o barulho que pode incomodar os vizinhos (ops: contém ironia).

As celebridades estão dando mal exemplo.
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