Queridos leitores, me sinto a vontade para escrever este post de tema tão polêmico por ser um defensor costumeiro da meritocracia em todos os setores. E o assunto em questão (a abertura de vagas exclusivas para pessoas de cor negra para trainees na Magalu) é o que “bombou” nos últimos dias.
Leio gente boa escrevendo sobre racismo reverso (e me surpreendo com isso, não tem nada a ver com esse caso). Outros, de privilégios desmedidos à uma minoria (também discordo). Por fim, uso da ação de contratação como marketing (e qual seria o problema?).
A empresa é privada e deseja contratar funcionários de uma maioria populacional (afinal, o Brasil, país mestiço, tem segundo o IBGE uma quantidade levemente maior de negros do que de brancos). O negro torna-se minoria na questão educacional e em outros índices sociais. Contratar essa parcela fora do mercado de trabalho é inclusão social (e se for usado como publicidade, não tem problema nenhum, pois é uma ação positiva).
Talvez, se não existisse uma grande quantidade de desempregados no país, muitas pessoas não dariam nem bola para o fato. Parece-me queixas de concorrência de candidatos.
O único questionamento pode ser: em condições normais de trabalho, o Magazine Luiza não contrataria negros com exclusividade?
Por fim: contratar negros foi uma ação louvável. É esperado que em outras situações, contrate-se também outros desempregados com dificuldade em entrar no mercado de trabalho, como, por exemplo, pessoas em condições de vulnerabilidades / miséria / moradores de ruas para cargos que possibilitem sua inclusão.
