E faleceu Luiz Carlos Ferreira, carismático treinador de futebol que se notabilizou no Interior Paulista como “O Rei do Acesso” (depois dele, outros técnicos ganharam esse título, mas o “Ferreirão” foi intitulado primeiro).
Sempre ele pegava as equipes na A2 e as levava para a A1, e se especializou nisso. Me recordo que em determinado momento na sua carreira, o São Paulo FC procurava um “nome novo” no cenário dos técnicos – alguém que tinha feito trabalhos importantes nos clubes menores e que pudesse oxigenar o rol de nomes já conhecidos. Porém, a experiência negativa de alguns anos atrás com Afrânio Riul (que foi contratado pelo Corinthians após uma trajetória parecida na Ponte Preta) desmotivou o Tricolor do Morumbi a ousar com ele.
Em Jundiaí, Ferreira foi muito querido e trabalhou por várias vezes (aliás, pelos clubes que passou sempre deixou amigos). Eu tinha um carinho especial por ele pois sempre que o Paulista FC fazia amistosos, eu apitava e ele me chamava antes e dizia: “eu gosto de você pois você apita igual ao jogo do campeonato, esquece que é treino e manda ver”. E quando eu apitava pela A2 e A3 e o encontrava em alguma outra equipe, sempre comportava-se extremamente cortês comigo na área técnica.
A propósito disso, na história recente do Galo da Japi (últimos 40 anos), temos (na minha humilde opinião) Vagner Mancini, Giba e Luiz Carlos Ferreira como os 3 principais nomes que dirigiram o time, lembrando ainda do Zetti pelo vice-campeonato de 2004 e do Nicanor de Carvalho pelo acesso de 1984.
Descanse em paz, Ferreirão!

Imagem extraída da Web, autoria desconhecida.
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