A Copa Paulista de Futebol é a única competição profissional que a FPF promove no 2o Semestre. Ela se destina a dar atividade para os clubes da Série A1, A2 e A3 do Paulistão que não estão em nenhuma das 4 divisões do Campeonato Brasileiro e que não teriam calendário.
Aos pequenos, é oportunidade para se preparar ao ano seguinte ou tentar uma vaga para a série D ou na Copa do Brasil. Para os grandes, como o São Paulo e Santos, é oportunidade para dar chances aos garotos que estouraram a idade e aos jovens que estão em teste. Além disso, serve para dar esperança de renascimento a outros, como a Portuguesa que, eliminada da 4a divisão do Brasileirão, disputa o torneio e venceu no último domingo o Juventus no Canindé por 3×0 (para um público de 2.148 pessoas e uma renda líquida de R$ 16.842,00).
Entretanto, será que o custo final desse torneio para os clubes vale a pena? Um exemplo é o São Paulo FC. Veja: no último sábado, o colossal estádio do Morumbi foi aberto para o jogo entre SPFC B x Atibaia. O Tricolor não conseguiu vencer o Atibaia (que fez seu primeiro jogo profissional na sua história no Estádio Cícero Pompeu de Toledo), empatando em 1×1 (a fase é ruim até para o time B). Mas me chamou a atenção o borderô: 169 pessoas testemunharam a partida (113 entradas inteiras, 38 meias para o time da casa, e 14 entradas inteiras e 4 meias para o visitante). A Renda Bruta foi de R$ 1.480,00. Mas desse valor, descontou-se o aluguel de R$ 1.490,00 da ambulância, R$ 286,00 do custo de confecção dos ingressos, R$ 3,21 de “Seguro Torcedor” exigido pela FPF, R$ 74,00 de INSS e R$ 1.240,00 em “despesas diversas não especificadas”. Total = prejuízo de R$ 1.613,21.
Imagine agora o custo de manutenção do Morumbi, o valor pago aos funcionários do clube (bilheteiros, faxineiros) e outras saídas para “se abrir” um estádio daquele porte (energia elétrica, água, desgaste do gramado, limpeza).
Será que vale a pena?