Um erro da língua portuguesa poderia estar atrapalhando os brasileiros a entender o que a IFAB quer na interpretação da mão da bola?
Mais um lance polêmico nessa situação, agora na Arena Pantanal. O Flamengo está no ataque, a bola é cruzada e Fernandinho cabeceia a bola que toca na mão do santista Caju, logo a sua frente.
1- Havia tempo e espaço para evitar o contato do braço do atleta do Santos?
2- Bateu sem querer ou ele foi de encontro a ela intencionalmente?
3- Foi um lance de “intenção disfarçada“, agindo com os braços de maneira anormal só para tocá-la?
Para mim, acerto do árbitro Dewson Freitas ao não marcar pênalti. Entenda: ali houve movimento natural de impulsão (ninguém pula com os braços grudados ao tronco), não é movimento antinatural de quem pula a fim de tirar proveito intencionalmente para ampliar o espaço e tocar na bola (que é a intenção disfarçada).
Não gosto quando se utiliza o termo “correu o risco ou não” para explicar a jogada, pois isso remete a ideia de imprudência. E a infração do uso da mão na bola deve ser avaliada exclusivamente pela INTENÇÃO (as demais, na regra do futebol, devem ser por imprudência, intenção ou força excessiva).
O mau uso da língua portuguesa no futebol pode ocasionar essa confusão que se faz. Correr risco é ser imprudente. EVITE O TERMO!
Aliás, quem inventou esse termo “correr o risco”? Só vejo a CBF usando. Quem corre risco é imprudente e, insisto, no caso da mão na bola, não é infração.