A Polícia Federal agiu no meio do futebol, onde a política resolveu se meter e corromper os negócios do esporte, esquentando dinheiro de corrupção do Governo com as Construtoras.
Logo cedo, pela segunda vez, a PF esteve em Jundiaí levando para depoimento coercitivo Flávio Lúcio Magalhães, importante bandeira do quadro da CBF e que hoje está aposentado (a primeira vez, quando foi preso, está em: http://wp.me/p4RTuC-cBL). Flávio é executivo da Andrade e Gutierrez, mas não o demonizem mais do que se deve: ele é apenas testemunha de fatos, não é um agente ativo, e passou a colaborar com seus depoimentos.
Já em Itaquera…
Era bola cantada! O esquema tão demagogo de construção do Estádio do Corinthians, cantado a verso e prosa pelos ex-presidentes brasileiro e corintiano, Lula e Andrés Sanches, sempre cheirou mal.
Quando foi dito que a Arena Corinthians seria paga apenas com a venda dos direitos do nome, há quem acreditasse. Publicamos os valores dos “naming rights” mundo afora e percebemos que, caso fosse verdade, a praça esportiva seria a mais valorizada do mundo! Vide essa matéria de Agosto de 2010, que é bem esclarecedora: http://wp.me/p4RTuC-7fg.
Ledo engano… a custo bilionário, impossível crer que tudo caminhava tranquila e honestamente. Parecia que, quanto mais caro, melhor!
Ontem, a Polícia Federal confirmou que André Oliveira, o vice-presidente do Corinthians e assessor do Deputado Andrés Sanches (ex-bicheiro, segundo muitos), foi denunciado por ter recebido R$ 500.000,00 de propina da Odebrecht.
Enfim: o que se esperava aconteceu (lavaram dinheiro de corrupção através do estádio) e os naming rights continuam a venda.
Será que alguma estatal (Petrobrás, Caixa Econômica Federal) teria coragem em investir milhões depois desse escândalo? Claro que não.
Será que algum patrocinador estrangeiro terá receio em associar o seu nome com um imóvel provido de um imbróglio que é o maior caso de corrupção da história, de acordo com a Operação Lava Jato? Claro que vai.
Para os torcedores do Timão (que nada têm a ver com isso), para o treinador Tite e os jogadores da equipe (que são meros funcionários profissionais) e para os associados do Sport Clube Corinthians Paulista, a vergonha causada pelos cartolas que se dizem “apaixonados e abnegados dirigentes” será não só grande, mas de constrangimento ímpar. Vide a gozação nas ruas, inevitável, além do mal maior: o roubo dos cofres públicos e símbolo de picaretagem que ficará associada por algum tempo no clube do Parque São Jorge.
Em tempo: O Maracanã também foi construído e administrado pela Odebrecht… e as outras Arenas? E o bilionário Mané Garrincha, em Brasília?
O #7×1 continua…

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