Ontem, na partida entre São Paulo x Tigre, uma sequência de práticas antidesportivas condenáveis.
O Tricolor Paulista, antes da partida, magoado pela truculência sofrida em Buenos Aires, revidou fora de campo proibindo o reconhecimento do gramado e o aquecimento do adversário.
Dentro de campo, os argentinos do Tigre foram duros, viris ao extremo. Os jogadores do São Paulo procuraram, dentro do limite, se controlarem.
O árbitro Enrique Osses não fugiu das suas características: deixou o jogo correr, não apitou faltinhas bobas e esteve bem posicionado. Porém, seu grande pecado foi errar por um preconceito dos árbitros da América Espanhola: sabedores que jogadores brasileiros abdicam da continuidade da jogada para pedir falta, muitas vezes tentando enganar a arbitragem, entendeu como simulação o golpe de Orban sobre Lucas. Ora, Lucas tem excelente comportamento disciplinar, é o atleta que todo árbitro quer em campo. Quando apanha, não cai a toa e busca a vantagem. Bem orientado, procura jogar só futebol. Mas pagou pela fama dos demais boleiros daqui.. Osses foi induzido ao erro pelo histórico negativo de outros atletas. Ali era agressão e cartão vermelho, errou o arbitro.
Entendo que em dúvida, Enrique Osses se preocupou em não decidir a favor do time da casa, já que tem fama de não ser caseiro e, caso errasse a favor do São Paulo, seria taxado como compensador. Ouso dizer que, se o paraguaio Arias (árbitro da primeira partida) não tivesse atuado tão mal, Osses não teria a preocupação de, na partida decisiva, demostrar preocupação com rótulos.
Enfim, o importante é que o resultado foi legitimado em campo, com a bola rolando, mesmo que com apenas 45 minutos. O que aconteceu no intervalo e depois, já é assunto para páginas policiais.