Mas, mais do que isso, um estudo da Universidade de Roma III com 1100 pessoas comprovou a tese de que os leitores são mais felizes e encaram a vida de forma mais positiva que os não leitores.
A pesquisa, publicada no artigo The Happiness of Reading, chegou a tal conclusão aplicando índices de medição da felicidade. Um deles foi a escala proposta pelo sociólogo holandês RuutVeenhoven, que enumera o grau de felicidade das pessoas entre 1 e 10.
Os leitores tiveram uma pontuação 7,44, enquanto os não leitores, 7,21, diferença tida como significativa pelos pesquisadores.
Já a escala de Diener e Biswas, que vai de 6 a 30, permitiu constatar que quem lê tem uma percepção maior de emoções como felicidade e contentamento (21,69 X 20,93), enquanto quem não lê sente mais sensações como tristeza e fúria (17,47 X 16,48).
Os acadêmicos também constataram que a atividade está em quarto lugar, ficando atrás apenas de praticar atividade física, ouvir música e ir a eventos culturais.
Bem-estar
Várias pesquisas já comprovaram por meio de ressonâncias magnéticas que a alta conectividade que se estabelece no sulco central do cérebro, região do motor sensorial primário, e no córtex temporal esquerdo, área associada à linguagem, enquanto lemos um livro e depois de acaba-lo. Ao que tudo indica, o tipo de simbolização (e imaginação) que as pessoas fazem quando leem um livro é muito diferente daquela gerada por um filme ou outro método audiovisual. A pessoa constrói as imagens livremente em sua imaginação de acordo com seu universo conceitual. Dessa forma, ela adapta o imaginário da leitura, às suas vivências, e pode elaborá-las de forma mais eficiente, que nas experiências com recursos que possuem imagem, como o cinema.
Como já disse Alan Brew, ex-editor do Financial Times: “Ler os grandes autores faz de você uma pessoa mais bem preparada para tomar decisões criativas, interessantes e educadas”.
Pitaco: “O leitor tem a chance de viver a vida de muitos personagens”; “Quem lê, viaja sem sair do lugar”. Você já ouviu ou leu essas frases, com certeza. A sensação de felicidade que um leitor experimenta – e que era difícil de comprovar, porque só quem lê é que sente – deixou de ser empírica e agora pode ser comprovada cientificamente. Eba!!!
O estudo se restringiu à população italiana. Mas alguém discorda que isso vale para todas as partes do mundo?