Há 1 ano… que sirva para nós como lição de cautela:
Cuidado quando você acusa alguém justificando que “um amigo lhe falou”. Pode dar muito errado…
Viram a pendenga envolvendo Luciano Hang, dono da Havan, e o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel?
O empresário tuitou que, durante uma formatura (segundo um amigo), o reitor gritou palavras de ordem comunistas (veja abaixo). Em seguida, o ofendeu na postagem.
E o grande problema foi: o professor Marcelo Knobel nem tinha participado desse evento… Na Justiça, Hang teve que indenizá-lo.
Veja a defesa do advogado ao final da matéria:
Extraído de: https://istoe.com.br/dono-da-havan-e-condenado-por-atacar-reitor-da-unicamp/
DONO DA HAVAN É CONDENADO POR ATACAR REITOR DA UNICAMP
A Justiça de São Paulo condenou o empresário Luciano Hang, donos das lojas Havan, a indenizar o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, em R$ 20,9 mil. No dia 24 de julho de 2019, Hang escreveu em seu perfil no Twitter que o reitor da universidade havia gritado “Viva la Revolução” durante uma formatura.
“Unicamp final ano passado amigo meu acaba de contar foi formatura sobrinho no final o Reitor grita: ‘Viva la Revolução’ e depois dizem que nossas universidades não estão contaminadas? Vá pra Venezuela Reitor FDP”, escreveu o dono das lojas Havan. A publicação recebeu cerca 5,3 mil curtidas e 680 retweets.
No entanto, o juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, constatou que Marcelo Knobel “não gritou ‘Viva la revolução’ em uma cerimônia de colação de grau”. Durante o processo, o reitor que é professor de física afirmou que não participou do evento.
“Ao imputar-lhe conduta em tese praticada por terceira pessoa, o requerido [Hang] procura atribuir-lhe a pecha de radical e extremista – alguém que, em evento acadêmico, manifesta uma posição política, sem qualquer relação com o contexto em que se encontra, sendo incapaz de dissociar sua suposta opção ideológica dos deveres inerentes ao cargo que ocupa. Evidentemente, essa é uma qualificação que desmerece o segundo requerente [Marcelo]. Ademais, o fato inverídico serviu de pretexto para absurda e gratuita ofensa (“Reitor FDP”)”, escreveu o juiz na sentença.
A defesa do empresário afirmou durante o processo que Hang apenas reproduziu fato que um amigo lhe contara e que o “FDP” não foi utilizado com a finalidade de ofender o reitor, e que não devia ser interpretado em seu sentido literal.

Essas verdades não verdadeiras estão cada vez mais comuns. Triste…
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