Celebra-se hoje o dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Motivo? São dois:
1) É o dia de falecimento do poeta Luís de Camões, que propagou mundo afora a língua a qual falamos.
2) Também é dia do Santo Anjo da Guarda, protetor da nação lusitana.
Sendo assim, dia 10 de Junho é feriado na nossa Pátria-Mãe. E o mais curioso é: quando Portugal viveu a ditadura, era o Feriado do “Dia da Raça”. Em tempos politicamente corretos, tal título não seria adequado…
Em tempo: com tantos assassinatos à língua portuguesa, como a criação de demagogos verbetes e termos (Presidenta me dói…), vale um dos poemas de Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Qualidade indiscutível!