A situação financeira dos times de futebol é periclitante, todos nós sabemos. E se você olhar para as contas das equipes pequenas, pior ainda! Sobrevivem, muitas vezes, da renda do jogo contra um adversário grande.
E se o seu estádio for pequeno?
Vende-se “o local” da partida para uma praça maior, ou para um empresário por um valor mínimo que agrade a direção do clube. Já vi o Paulista de Jundiaí “mandando” seu jogo contra o Palmeiras em São José do Rio Preto, por exemplo.
Agora, especula-se que na Copa do Brasil, no confronto entre Madureira x São Paulo, o Tricolor Suburbano mande seu jogo contra o Tricolor do Morumbi em Londrina-PR, ao invés do seu estádio (Aniceto Moscoso, mais conhecido como Rua Conselheiro Galvão – uma versão carioca do Juventus no estádio Conde Rodolfo Crespi, a Rua Javari) .
Sabe quantos torcedores o simpático time carioca terá nas arquibancadas mandando o seu jogo no Paraná?
A resposta é dispensável por motivos óbvios. Aí, não é inversão de mando (que se configuraria se o jogo fosse na cidade de São Paulo), mas claramente uma alteração do local de mando para faturar uma receita considerável. O estádio estará lotado de são-paulinos, que encherão os bolsos dos cartolas do Madureira.
E isso deveria ser proibido?
Difícil responder. Eu não gosto dessa ideia, mas entendo que o clube que está em dificuldade financeira aceite se “auto prejudicar esportivamente” (por não jogar onde está acostumado, que é a sua casa, conhecendo cada “buraco do gramado” e se sentindo mais a vontade) para ter um dinheiro a mais.
Evidentemente, surgirão as questões como: se não pode mandar o jogo no seu estádio, não deveria disputar; ou outras provocações sobre o tema.
Me recordo que em 2013, a Portuguesa recebeu uma proposta para jogar no Ninho de Pássaro, o suntuoso estádio de Pequim, contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro, e não foi permitido. Globo e CBF não deixaram por ter que mexer na tabela do Brasileirão (relembre aqui: https://wp.me/p4RTuC-5Jv).
Talvez, em torneios de pontos corridos (diferente da Copa do Brasil), deveria-se proibir definitivamente a venda de mandos. Se não tem condição de jogar em sua casa, não pode disputar o campeonato! Na Inglaterra, isso é proibido pois uma premissa é que todos joguem contra todos em igualdade de condições no confronto.
Mas e nos “mata-mata”?
Aí é uma “única cartada” para o clube pequeno arrecadar mais, só que o prejuízo técnico para a competição é diferente, já que não são confrontos de todos contra todos (embora, insisto: não gosto da ideia)
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