Claro que ensinar bons valores, falar de Deus, propagar a paz é bom. Indispensável. Mas alguns “poréns” a serem discutidos sobre a disciplina “Religião” nas Escolas:
1- A introdução do ensino religioso nas escolas públicas contará com professores especializados (teólogos) e preparados para alunos (e não necessariamente fiéis)?
2- A permissão para que os alunos que não queiram participar das aulas saírem da sala não ocasionará casos de “classes vazias” e/ou constrangimentos, com público diminuto demais (valeria ainda a idéia da introdução da aula de religião em substituição a outra?)
3- E a profissão de fé a ser escolhida: Umbanda, Budismo, Islamismo, Judaísmo? E se for Cristianismo, seria Católico, Evangélico ou Ortodoxo? O Ecumenismo foi descartado?
Enfim, repito: a religião é algo para pacificar, trazer mensagens de amor e unir (independente de qual seja). O problema é agradar as diferentes crenças e fazer com que os alunos não crentes em determina fé não reclamem da escolha ofertada pela instituição de ensino.
Enfim: independente das escolas oferecerem (nesse complicado cenário) as aulas de religião, fica o lembrete: a Igreja, a família e a comunidade são as primeiras evangelizadoras do aluno. Sem contar, claro, o ensino da ausência de fé (ateísmo) ou do não crer mas não duvidar (agnóstico), que se deve respeitar dentro do espírito democrático no nosso país.

