Em tempos de inclusão social e de diversidade, existem certos excessos. O quase bicentenário Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, há 1 ano não usa mais o termo “aluno” ou “aluna”, mas “alunx” para distinguir os estudantes, a fim de deixá-los à vontade quanto a opção sexual.
Nesta semana, outra novidade: anunciou que meninos e meninas poderão escolher qual das opções de uniformes (masculina ou feminina) desejam frequentar as aulas. Ou seja: homens poderão escolher saias!
Novos tempos?
Extraído de: http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,colegio-pedro-ii-no-rio-libera-saia-para-meninos,10000077010
COLÉGIO PEDRO II LIBERA SAIA PARA MENINOS.
O tradicional Colégio Pedro II, escola federal fundada em 1837, não tem mais uniformes masculino e feminino. Na prática, o uso de saias está liberado para os meninos. Em 2014, estudantes fizeram um “saiato”, depois que uma aluna transexual vestiu a saia de uma colega e teve de trocar o uniforme. Desde maio deste ano, o Pedro II adota na lista de chamada o nome social escolhido por alunos e alunas transexuais.
Portaria publicada em 14 de setembro lista o uniforme, sem distinguir que peças são para uso masculino ou feminino. Anteriormente, as meninas deveriam usar saia e camisa branca com viés azul e os meninos, calça de brim e camisa totalmente branca.
“Não se trata de fazer ou não distinção de gênero. Trata-se de cumprir resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (órgão ligado ao Ministério da Justiça). Eu apenas descrevo as opções de uniforme; deixo propositalmente em aberto, para o uso de acordo com a identidade de gênero”, afirmou o reitor Oscar Halac.
Ele reconhece que a decisão pode “causar certo furor” pelo fato de o Pedro II estar entre as escolas mais tradicionais do País. “Tradição não é sinônimo de anacronia. Mas pode e deve significar nossa capacidade de evoluir e de inovar”, disse.
De acordo com o reitor, a medida tem ainda o objetivo de “contribuir para que não haja sofrimento desnecessário” entre estudantes transexuais e levantar a discussão sobre tolerância e o respeito às diferenças. “A escola pública precisa sinalizar que é hora de parar de odiar por odiar.” Nesta segunda, não havia alunos de saia ou meninos e meninas que tenham trocado camisas nas unidades do Centro e zona sul. Halac disse acreditar que serão poucos os que adotarão saias. “Aqui dentro eles estão seguros. Lá fora, ainda não.”

