Em ano eleitoral, devemos tomar certos cuidados. Portanto, não vale fazer demagogia extrema que o cara acaba falando coisa que não deve.
Nesta sexta-feira, ouvi o Secretário de Cultura de Jundiaí em entrevista ao jornalista Adilson Freddo (em seu programa matinal na Rádio Difusora) falando sobre arte. Tratou-se sobre Grafite e, em determinado momento, quando questionado sobre pichações, o Secretário saiu com uma pérola:
“Pichar também é uma arte, uma arte de protesto. Existe um dito (…) de que ‘quem picha está incomodado e instigando o acomodado’”.
Que bobagem!
O Adilson ainda deu oportunidade para ele dar uma corrigida, e neca de pitibiriba.
Certamente o representante público se mancará que foi infeliz no seu discurso. Quanto dão de prejuízo os pichadores destruindo os bens públicos? As obras históricas vandalizadas?
Vai me convencer que isso é protesto?
Pior: essas gangues ainda dão prejuízos aos moradores, enfeiam e desvalorizam os imóveis. Não merecem o nosso respeito e cometem crime, não arte.
Uma pena tal discurso equivocado do Secretário (mas reitero: uma gafe, ele próprio não deve pensar isso).
Por quê os pichadores não picham a própria casa deles? Aliás: e o recente episódio dos pichadores que assassinaram o dentista em Pirituba? Que momento delicado.
