– A repercussão desnecessária das Cartas do Papa João Paulo II à sua amiga

Dias atrás a BBC revelou o teor de mais de 300 cartas que o então cardeal Karol Woitila, que depois se tornaria Papa e posteriormente São João Paulo II, houvera escrito à sua melhor amiga por 30 anos, a filósofa Anna Teresa.

Os escritos mostram uma amizade profunda, mas que não extrapola a um romance; fala do bem-querer, mas limitado ao amor despretensioso. Nenhuma declaração de namorados, embora beirem a tal.

Porém, leio alguns críticos que estão preocupados em achar alguma frase, uma vírgula ou um trecho subliminar que fale de “algo mais”, até mesmo de sexo!

Pra quê? Muda o quê? Um homem não pode ser amigo de uma mulher? João Paulo II seria menos santo pela amizade fraternal pela filósofa?

Uma tremenda bobagem…

Abaixo, extraído de: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/02/cartas-revelam-amizade-intensa-do-papa-joao-paulo-ii-com-filosofa.html

CARTAS REVELAM AMIZADE INTENSA DO PAPA JOÃO PAULO II COM FILÓSOFA

A rede britânica de televisão BBC revelou que o Papa João Paulo II manteve, por décadas, uma amizade intensa com uma mulher e casada.

Mais do que amigos e menos do que amantes. Esta foi a definição do repórter da BBC para a relação do Papa João Paulo II com a filósofa americana Anna Teresa Timinieska, de origem polonesa.

Uma amizade que durou 30 anos e que produziu 350 cartas arquivadas numa biblioteca da Polônia. Segundo a reportagem, não foi encontrado nenhum sinal de que o Papa tenha violado o voto de castidade.

A correspondência revela uma grande admiração reciproca e afinidades como os estudos de filosofia. Os dois também viveram sob ocupação nazista.

Se conheceram em 1973, quando ele estava escrevendo um livro de filosofia. Ela deixou os Estados Unidos e foi a Polônia para ajudá-lo na revisão e na tradução.

No início eram cartas formais, que foram se tornando mais intimas. Casada Ana Teresa, chegou a declarar sentimentos mais profundos por Karol Woitila, que ele tentou desviar para a amizade.

Fotos foram encontradas na casa de Ana Teresa, depois da morte dela, em 2014. Esquiando, fazendo acampamentos, e nos corredores do Vaticano.

O documentário da TV britânica mostra hoje que Woitila mandava cartas muito sensíveis, Num certo sentido até religiosas, como uma de 1976, dois anos antes de ser eleito papa.

“No ano passado procurei uma resposta a essas palavras: ‘eu te pertenço’. E finalmente, antes de deixar a Polônia, encontrei um modo, um escapulário, um paramento sacro.” E Woitila deu o seu escapulário a amiga.

A última carta foi trocada pouco antes da morte de João Paulo II, em 2005. E é provável que a filósofa Anna Teresa estivesse presente, no seu leito de morte. O Vaticano ainda não fez comentários sobre o assunto. Como as cartas são públicas, supõe-se que o conteúdo delas seja plenamente aceito pela igreja, senão o Papa talvez não tivesse se tornado santo.

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