Ser árbitro de vídeo e bandeira de vídeo são duas funções novas e difíceis no futebol. Digo isso pois o “jogo jogado em campo” tem suor, emoção e vibração. Lá dentro você está no mesmo calor (ou sintonia) dos atletas. Permite-se do gramado ter a melhor leitura do jogo.
Da cabine do VAR, com ar-condicionado e muitas telas, você pode ter a maior frieza e racionalidade para tomar uma decisão; embora, sejamos justos, difere do árbitro que em tese está mais próximo do lance e no clima da partida.
Mas sabe qual o grande problema das Comissões de Arbitragem? A ESCOLHA (não é sorteio) de quem irá para o vídeo!
Como é difícil escalar um VAR!
- Se ele for menos experiente de quem apita, o árbitro desconfiará das suas informações e sugestões.
- Se for muito experiente, o árbitro obedecerá cegamente.
- Teriam eles que ter igualmente a mesma competência? E como achar colegas de naipe parecido? Ou ainda: aceitar uma correção de quem teoricamente é do seu mesmo nível e acatá-la sem vaidade?
Eu vivi algo parecido na função de quarto-árbitro em um jogo da série A1: foi em São Caetano do Sul, quando a maca entrou para retirar um jogador supostamente lesionado (estava dando pinta que era simulação só para fazer cera) e, ao sair pela linha lateral, o atleta saltou da maca pedindo para retornar ao campo, dispensando qualquer atendimento médico. O árbitro central (ele estava apenas a uma posição acima do que eu estava no ranking – que sempre foi fajuto) não percebeu. Avisei-o pelo rádio e… a resposta foi: “Se você acha que apita mais do que eu, toma o apito”.
Resolvemos depois a questão no vestiário de uma forma um pouco conturbada, mas fica a dica: existe o componente humano terrível chamado VAIDADE, ou, se preferir, a falta de HUMILDADE no trabalho em equipe.
Ainda vai demorar para se achar o bom termo de escalas para o VAR. Afinal, toda a vaidade é burra (inclusive a daqueles que gerenciam a carreira dos árbitros).

Imagem extraída da Internet, autoria desconhecida.

PORCARI; Perfeito, Amigo…
Nenhuma duvida que a vaidade é um dos maiores, senão o maior, problema do VAR.
Seus exemplos citados são, na sua maioria, a pura realidade.
Só não entenderá quem pouco, ou nada, conhece do meio…
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Obrigado Professor!
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complementando:
Para não ser injusto, as excessões existem, apesar de muito poucas…
Abraços
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